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Justiça determina melhorias urgentes nos ônibus de Belém

quarta-feira, 14 de maio de 2025

A Justiça do Pará determinou que a Prefeitura de Belém e a Secretaria Municipal de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade (Segbel) adotem medidas para melhorar a qualidade, segurança e acessibilidade do transporte público.

A decisão liminar foi concedida pela 5ª Vara da Fazenda de Tutelas Coletivas e divulgada na última sexta-feira (9), após ação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

A Prefeitura de Belém e a Segbel informam que "não foram oficialmente notificadas sobre a decisão judicial e assim que houver notificação formal e pleno conhecimento do teor da decisão, serão adotadas as medidas cabíveis e apresentada manifestação à Justiça".

Qual foi a decisão da Justiça?
De acordo com a decisão, o município tem 90 dias para realizar vistoria técnica em 100% da frota de ônibus urbanos e apresentar um laudo detalhado sobre as condições dos veículos.

A decisão determina ainda que a circulação de ônibus com mais de 10 anos de uso ou que apresentem riscos à segurança dos passageiros deve ser suspensa em até 60 dias.

A Justiça também determinou que só poderão circular ônibus que exibam, em local visível, o Certificado de Autorização de Tráfego, conforme a legislação municipal.

Empresas que descumprirem as normas de forma recorrente deverão passar por auditorias técnicas e financeiras. O descumprimento das ordens pode gerar multa diária de R$ 2 mil, limitada a R$ 60 mil.

Quem entrou com a ação?
A ação foi proposta pelas promotoras de Justiça Regiane Ozanan e Mariela Hage. Segundo o MPPA, o transporte coletivo em Belém vem sendo prestado de forma inadequada, com frota sucateada, graves falhas de segurança e acessibilidade, além de falta de fiscalização efetiva.

Para o órgão, essas irregularidades violam direitos básicos dos consumidores e colocam em risco a integridade física dos usuários.

O que diz a Segbel?
Em comunicado à Justiça, a Segbel afirmou que vem cumprindo as normas do regulamento vigente, aplicando penalidades e tomando providências administrativas.

A Segbel disse ainda que a solução definitiva depende da renovação da frota, compromisso assumido pelas empresas. A Segbel pediu o indeferimento da liminar, alegando perda de objeto e ausência de requisitos legais.

Informações: g1 PA

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SPTrans altera temporariamente itinerário da linha 5701/10 no Brás a partir de sexta-feira (16)


A SPTrans informa que, das 22h de sexta-feira (16) às 4h de segunda-feira (19), a linha 5701/10 Metrô Conceição – Term. Água Espraiada terá desvio em seu itinerário devido à interferência viária na Rua Joaquim Nabuco e imediações, no Brás, região central.

Confira alteração: 

5701/10 Metrô Conceição – Term. Água Espraiada
Ida: sem alteração.
Volta: normal até a Av. Morumbi, Av. Santo Amaro, Av. Jornalista Roberto Marinho, Rua Antônio de Macedo Soares, Rua Joaquim Nabuco, prosseguindo normal.

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BRT de Campinas beneficia mais de 400 mil pessoas

O primeiro BRT da história de Campinas foi concluído nesta terça-feira (13). É mais agilidade, conforto e eficiência para quem utiliza o transporte público. O total investido na obra é de R$ 975 milhões, dos quais R$ 570,2 milhões foram aportados pelo Ministério das Cidades.

O secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Denis Andia, acompanhou o prefeito Dário Saadi na cerimônia de entrega do Sistema BRT de Campinas e do Terminal Ouro Verde, o último a ser colocado em funcionamento. O avanço da mobilidade brasileira em prol da população foi comemorado.

“Uma obra como essa leva tempo para ser realizada, não é fácil. Toda vez que se tem uma como essa, a gente está falando sobre muito mais do que concreto, muito mais do que os eixos do BRT, muito mais do que números. O foco são as pessoas”, disse o secretário Denis Andia.

O sistema é composto por três corredores principais: Ouro Verde, Campo Grande e Interligação Perimetral. Juntos, totalizam mais de 36 quilômetros de extensão e devem beneficiar cerca de 425 mil pessoas, o equivalente a 40% da população de Campinas. A expectativa é de que cerca de 250 mil passageiros utilizem o transporte diariamente. 

O João Vyctor já sentiu o tempo de seu deslocamento diminuir. “O BRT é bem mais rápido do que os ônibus tradicionais, então acaba sendo bem mais útil, também. O novo terminal é bonito e parece que vai funcionar”, afirmou o rapaz, que estava a caminho de assinar a papelada do novo emprego.

No corredor Campo Grande, os passageiros conseguem economizar até 25 minutos por viagem. Já nos corredores Ouro Verde e Interligação Perimetral, a redução média do tempo de deslocamento é de 10 minutos, trazendo mais praticidade e qualidade de vida para milhares de usuários.

Além do novo BRT de Campinas, outros investimentos do Ministério das Cidades prometem dar frutos em breve, como o BRT do Corredor Central de Campinas, que já está contratado e em fase de aprovação de projetos. Avançam também a elaboração dos projetos do Terminal Campo Belo e a remodelação do Terminal Amarais. No campo da mobilidade sustentável, estão previstas as aquisições de 256 ônibus elétricos e 256 ônibus a diesel de motor Euro 6.

Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério das Cidades

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Operação reforça regras de uso das ciclovias em Santos

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos) inicia nesta quinta-feira (15), das 14h às 17h, a Operação Ciclovia Segura, blitz educativa para conscientizar usuários sobre o uso correto e seguro desses espaços, com foco especial na circulação indevida de veículos motorizados incompatíveis, como ciclomotores.

A primeira ação ocorrerá em três pontos estratégicos da ciclovia da orla: na Fonte do Sapo, Praça das Bandeiras e Posto 2 (Praça do Surfista). Durante a operação, agentes de trânsito farão abordagens educativas a condutores de veículos fora das normas permitidas, além de orientar também pessoas ocupando o espaço exclusivo para veículos sobre rodas.

As ações terão caráter educativo. Os agentes vão solicitar a retirada dos veículos incompatíveis e explicar as regras de trânsito vigentes, evitando sanções imediatas. Também serão distribuídos folhetos informativos com orientações claras sobre o regramento, baseado na Resolução nº 996/2023 do Contran, regulamentada pela Lei Municipal 4.221/2023.

A Operação Ciclovia Segura passará a ocorrer rotineiramente, com cerca de três edições por semana, reforçando a educação e a fiscalização no trânsito.

NORMAS
De acordo com a legislação, apenas certos tipos de equipamentos podem circular nas ciclovias. São permitidos equipamentos de mobilidade individual, como patinetes elétricos, com velocidade de até 6 km/h em áreas de pedestres e até 20 km/h nas ciclovias. Devem estar equipados com indicador de velocidade, campainha, luzes para uso noturno e dimensões semelhantes às de uma cadeira de rodas. O transporte é individual e sem carga.

Também são permitidas bicicletas motorizadas com potência de até 1.000 watts e velocidade máxima de 25 km/h, sem acelerador (o motor só funciona ao pedalar). Devem possuir velocímetro, campainha, luzes noturnas, espelhos retrovisores, pneus em boas condições e uso obrigatório de capacete.

É proibida a circulação de ciclomotores, bicicletas com acelerador, veículos com potência ou velocidade superior ao permitido e qualquer tipo de veículo que não se enquadre nas especificações técnicas da legislação. Também não é permitido estacionar em locais proibidos, como calçadas e canteiros, nem realizar manobras perigosas que possam colocar pedestres em risco

A fiscalização é realizada pela CET-Santos e pela Guarda Civil Municipal. As penalidades previstas incluem multa de R$ 88,38 e remoção do veículo para o pátio da CET-Santos. Contudo, nesta fase inicial da operação, o foco é apenas educativo.

O diretor operacional da CET-Santos, Flávio Brito Júnior, destaca a importância da abordagem presencial. “O Contran determina critérios como potência do motor, velocidade máxima e presença de acelerador para definir se um veículo pode ou não usar a ciclovia. Essas características só podem ser verificadas com inspeção visual ou questionamento ao condutor. Para não autuar indevidamente um condutor regular, o agente precisa fazer a abordagem individual e confirmar os dados técnicos”.

A ciclovia é um espaço exclusivo para veículos sobre rodas – bicicletas, patinetes e similares – e sua ocupação por pedestres compromete a segurança de todos. A presença de pessoas caminhando ou correndo nesse espaço aumenta o risco de colisões, confunde a organização do fluxo e pode causar acidentes tanto com ciclistas quanto com os próprios pedestres. O calçadão e áreas próprias para caminhada devem ser priorizados por quem está a pé.

Informações: Prefeitura de Santos

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Prefeitura de São Paulo inicia requalificação do corredor de ônibus da Avenida Interlagos

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Para melhorar a mobilidade urbana e a qualidade do transporte público na Zona Sul da capital, a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPObras, inicia neste mês de maio as obras de requalificação do corredor de ônibus da Avenida Interlagos. Com aproximadamente 9 quilômetros de extensão, o projeto contempla o trecho entre as avenidas Washington Luís e Atlântica, beneficiando diretamente cerca de 230 mil passageiros que utilizam diariamente as linhas de ônibus da região.

Com investimento de R$ 100,5 milhões e prazo estimado de 14 meses, os trabalhos começam por um trecho de aproximadamente 300 metros na pista sentido bairro da Avenida Senador Teotônio Vilela, entre a Avenida Atlântica e a Rua Nossa Senhora de Nazaré. As intervenções começaram essa semana com a implantação do Projeto de Desvio de Tráfego (PDDT), que inclui sinalização viária provisória para minimizar os impactos no trânsito da região. 

O projeto abrange uma série de melhorias de infraestrutura e acessibilidade. Entre as principais ações estão: reforma do pavimento das vias gerais; implantação de pavimento rígido nas faixas exclusivas de ônibus, garantindo maior durabilidade e desempenho; requalificação das paradas à direita, com superguias de 28 cm para facilitar o embarque e desembarque; implantação de infraestrutura para sistema de monitoramento por câmeras nas paradas; modernização do sistema de drenagem; renovação da sinalização viária; rampas e pisos táteis para garantir acessibilidade; e adequações urbanísticas e paisagísticas.

Fios Enterrados

Uma das intervenções mais significativas da requalificação do corredor Interlagos é o enterramento das redes aéreas de energia elétrica e telecomunicações, aliado à remoção dos postes existentes. Essa medida contribui diretamente para a melhoria da acessibilidade nos passeios, tornando-os mais livres e seguros para pedestres, especialmente pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Cada vez mais adotado nas obras viárias da cidade, o enterramento das redes oferece uma série de benefícios: aumenta a segurança ao reduzir riscos de acidentes e quedas de galhos sobre a fiação, confere maior resistência às variações climáticas, reduz interrupções no fornecimento de energia e de serviços por proteger os cabos, diminui furtos e vandalismo, melhora a paisagem urbana e contribui para a valorização imobiliária do entorno.

As melhorias no corredor Interlagos têm impacto direto na qualidade de vida da população, proporcionando trajetos mais rápidos, confortáveis e seguros, reafirmando o compromisso da Prefeitura de São Paulo com a sustentabilidade e a modernização da cidade.

SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo

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VLT no Centro do Recife está garantida no projeto do Novo Cais, garantem Iphan e PCR

A Prefeitura do Recife e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) garantiram que o futuro Parque da Memória Ferroviária, que integra o projeto do Novo Cais José Estelita, prevê a implantação de um sistema de transporte urbano sobre trilhos com VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), semelhante ao VLT Carioca, que conecta o Centro do Rio de Janeiro ao Porto Maravilha e ao Aeroporto Santos Dumont na capital fluminense.

A garantia foi dada durante a entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (7/5) pelo Consórcio Novo Recife - inclusive com a presença do vice-prefeito do Recife, Victor Marques - para anunciar a liberação do novo sistema viário do Cais José Estelita e o início das obras de construção do Parque das Águas (às margens da Bacia do Rio Pina) e do Parque da Memória Ferroviária. 

O projeto, ainda básico e sem estudos de viabilidade - vale ressaltar -, começou a ser elaborado em 2019 e ficou pronto em 2022. Prevê um ramal de VLT com 5,6 quilômetros e que passaria pela área do Novo Cais onde vai ser construído o Parque da Memória Ferroviária, por trás dos edifícios e às margens da Avenida Sul.

O ramal de VLT permitiria uma conexão multimodal com o Metrô do Recife e o sistema de ônibus através do Terminal Integrado Largo da Paz, em Afogados, na Zona Oeste da capital. Faria uma ligação entre a Estação Largo da Paz e o Terminal Marítimo, passando pelo Marco Zero, no Bairro do Recife.

Na época, quando a doação do terreno de 50 mil metros quadrados do antigo pátio ferroviário inativado à área pública do Cais José Estelita foi feita pelo governo federal à Prefeitura do Recife, a Superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Recife passou a temer que o projeto do VLT não fosse priorizado. Isso porque vinha negociando, com o governo federal, o repasse do chamado Pátio Ferroviário das Cinco Pontas (como é chamado a área onde estão a oficina e a área de manobra dos trens da antiga RFFSA) desde 2015. E de ter, inclusive, provocado a Prefeitura do Recife a conhecer a proposta do Sistema de VLT um pouco antes da doação.

“Nas diretrizes que estamos desenvolvendo para a criação do Parque da Memória Ferroviária está garantido a preservação das linhas que ficam próximo à Avenida Sul para que elas fiquem operacionais. Isso significa que não haverá nenhuma intervenção que inviabilize o transporte ferroviário. A passagem do trem, do VLT”, explicou a arquiteta do Iphan, Emília Lopes, que está à frente da coordenação do Parque da Memória Ferroviária.

Segundo a arquiteta, também será garantida uma área para a manobra dos VLTs, que era o principal temor da CBTU e que poderia inviabilizar o ramal ferroviário. “Essa área de manobra também está garantida. Ela não precisa ser rotunda, mas como a do VLT Carioca, no Rio de Janeiro, por exemplo, que vai e vem”, explicou.

O VLT que a CBTU defende para o Centro do Recife seria semelhante à proposta do VLT Carioca, rede de veículos leves sobre trilhos que percorre o Centro e o Porto da cidade do Rio de Janeiro, conectando todas as demais redes de transporte metropolitano (metrô, trens, BRT, ônibus, barcas e teleférico, além de aeroporto, rodoviária e terminal de cruzeiros).

O ramal está previsto entre a Estação Largo da Paz, em Afogados, e o Terminal Marítimo do Porto do Recife, permitindo a integração com o sistema de transporte urbano em operação e utilizando a malha ferroviária existente, sem desapropriação. O projeto permite a operação urbana compartilhada e atenderá polos geradores de demandas, atuais e futuros.

O custo de implantação do ramal está estimado, atualmente, em R$ 200 milhões. Terá extensão de 5,6 quilômetros, dez estações a cada 400 metros, com operação de segunda-feira a domingo, das 5h às 23h, com três VLTs que vão circular no trecho a uma velocidade de 20 km/h e tempo de viagem entre os dois terminais de 25 minutos.


A implantação do VLT seria realizada em três fases:

Fase 1: Estação Largo da PAz/Estação Cinco Pontas
Fase 2: Estação Cinco Pontas/Parada Ponte Giratória
Fase 3: Parada Ponte Giratória/Parada Terminal Marítimo

A Prefeitura do Recife conquistou mais 50 mil metros quadrados (cinco hectares) de área pública no terreno do Cais José Estelita, fazendo com que a área inicial prevista para o público dobre de tamanho e chegue a 100 mil metros quadrados. O anúncio foi feito pelo prefeito João Campos (PSB) em junho de 2024, como um importante avanço na requalificação da área do Cais José Estelita.

Segundo a PCR, a incorporação dos 50 mil m² do antigo pátio ferroviário inativado ao projeto do parque linear que está previsto para ficar localizado na Bacia do Pina aconteceu após uma longa negociação envolvendo diversos órgãos do governo federal.

Com isso, a área pública vai dobrar de tamanho e a primeira etapa das obras do parque linear devem ser iniciadas em aproximadamente 60 dias. Também segundo a PCR, a área vai incluir a preservação da memória ferroviária em um investimento de R$ 20 milhões, com o espaço ficando disponível para todas as pessoas da cidade. A doação foi feita pela Advocacia Geral da União (AGU), mas diversos órgãos federais participaram do processo: ANTT, TNL, DNIT, IPHAN, SPU e MPF.

O projeto integra o sistema viário de planejamento para a Avenida Sul, a Rua Imperial e o complexo adjacente. O custo de toda a ampliação será arcado pelo empreendedor privado - Novo Recife -, totalizando mais de R$ 120 milhões em ações mitigadoras. Caberá à gestão da Prefeitura do Recife definir como os parques públicos serão integrados, entre tantas outras decisões sobre as contrapartidas do Novo Recife. Considerando todas as ações mitigadoras, 65% da área contemplada será projeto de área pública e 35% será composta por empreendimentos imobiliários.

Por Roberta Soares
Informações: JC Uol

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‘Monotrilho Linha 15-Prata não é confiável’, diz engenheiro que trabalhou por 35 anos no Metrô-SP

Nessa semana, usuários do monotrilho da Linha 15-Prata, que circula na zona leste de São Paulo, passaram por momentos assustadores. No dia 6 de maio, à tarde, após o sistema apresentar uma falha, os passageiros tiveram que descer dos vagões e caminhar pela plataforma do monotrilho. O caso aconteceu na Estação São Lucas e há vários vídeos circulando nas redes sociais (abaixo) mostrando como foi o momento.

De acordo com a Metrô-SP, que administra o monotrilho, os passageiros acionaram o dispositivo de emergência do trem sem aguardar as orientações dos funcionários da empresa – há vários relatos de que as pessoas se assustaram achando que o trem iria colidir com outro – e desceram à passarela. ‘Imediatamente, outra composição foi enviada para atender aos passageiros e seguir viagem. Funcionários auxiliaram no processo e todos os protocolos de segurança foram rigorosamente seguidos’, informou a empresa, em nota.

Mas não é possível culpar os passageiros por se anteciparem e apertarem o botão de emergência: desde que foi inaugurada, há onze anos, a linha do monotrilho, que tem 11 estações e atualmente transporta cerca de 140 mil passageiros por dia, acumula acidentes como colisões, pneus caídos de uma altura de 15 metros e outras situações que impactam na credibilidade do sistema.

Para entender mais sobre o modal, conversamos com Peter Alouche, engenheiro eletricista que, por 35 anos, foi responsável pela concepção dos sistemas, em especial do de energia, da Companhia do Metrô-SP. Confira, a seguir, os principais trechos.

Como o sr. avalia a segurança do monotrilho da Linha 15-Prata, que apresentou mais uma falha na última terça-feira (6)?

Peter Alouche: A segurança é um problema fundamental, e um dos muitos que o monotrilho da Linha 15-Prata apresenta. Voltando um pouco no tempo, apenas para dar um contexto, o monotrilho é um sistema de transporte elétrico de média capacidade, que roda sobre uma pista de concreto e que tem por cima rodas com pneus de borracha. Esse é um ponto importante na questão da insegurança do sistema. O monotrilho foi uma imposição de José Serra (PSDB), quando governador do Estado de São Paulo (2007-2010). Eu trabalhava no Metrô n a´peoca e sempre fui contra. Teve muita coisa errada do começo ao fim do processo.

Nosso monotrilho se inspira em uma tecnologia que era utilizada pelos Estados Unidos nos chamados People Mover, presente em aeroportos e na Disney World, ligando um ponto ao outro. Ou seja: não estamos falando de transporte público de massa. Mas, no Brasil, ele transporta em média 48 mil passageiros por hora/por sentido. Outro absurdo é que, na época, buscaram a tecnologia na Malásia, que não é referência no transporte sobre trilhos, e coube à canadense Bombardier fornecer e instalar o sistema do monotrilho, que, embora seja uma empresa séria, nunca havia escutado falar de monotrilho.

Tem vários aspectos que influenciam sua segurança. Um deles é que as rodas com pneus de borracha não só sustentam os veículos e os guias, mas são responsáveis pela tração e frenagem. Os pneus, por serem pressionados na viga, estão sujeitos a fortes pressões e desgastes com possível risco de explosão e podem provocar incêndio do veículo. Os pneus podem se soltar e caírem de uma altura de 15 metros.

O acidente do dia 29 de fevereiro de 2020, na mesma linha, é prova irrefutável disso. Na ocasião, cinco pneus da composição M20 do monotrilho estouraram e caíram na via pública felizmente não acertando ninguém. Os pneus localizados junto ao trilho de tração também estão sujeitos a pegar fogo, como já aconteceu em Mumbai, na Índia. Isso sem falar na poluição que geram, porque precisam ser substituídos após entre 40 mil e 60 mil quilômetros de uso — como comparação, no metrô, os pneus são trocados a cada 1,5 milhão de quilômetros — e nos altos custos com manutenção por conta dessa substituição a cada 4 meses, em média.

Além desses problemas, também há dificuldades no aparelho de mudança de via, que são lentos e caros, e a difícil evacuação dos passageiros em caso de dificuldades, caso que aconteceu nesta semana. Por conta de tudo isso, não acho que o monotrilho seja um sistema confiável.

O sr. permitiria à sua família embarcar no monotrilho da Linha-15 Prata?

Alouche: Eu não ando, só andei uma única vez, quando trabalhava no metrô e era responsável por testes da tecnologia. Eu desaconselho qualquer pessoa a andar nesse monotrilho. Se eu fosse presidente do Metrô, eu reduziria a velocidade para 40 quilômetros por hora e diminuiria a quantidade de usuários do monotrilho da Linha 15-Prata. Já o monotrilho da Linha 17-Ouro [com inauguração prevista para o segundo semestre de 2026] seria abolido.

Antigamente, eu pregava a inclusão do monotrilho no sistema [de transporte público sobre trilhos], mas respeitando alguns parâmetros, principalmente os de segurança. Hoje, não mais. A idade me ensinou que foi um dinheiro desperdiçado: cada linha de monotrilho era para custar 20% de uma linha do metrô e custou o dobro dela.

Algum desses problemas que o sr. mencionou pode ter levado ao incidente ocorrido dia 6/5?

Alouche: Eu não sei exatamente qual foi a questão dessa vez, se foi um problema no truque, um problema AMV  (Automated Vehicle Management ou Gestão Automática de Veículos) ou uma falha de sinalização — essa última acho mais provável. Sinalização é um sistema de segurança que evita de o trem colidir com outro. Esse é outro fator de insegurança no monotrilho, que não existe no metrô, porque no metrô o sinal é emitido por meio das rodas de ferro e lá ele funciona muito bem. Já no monotrilho, como o pneu é de borracha, a sinalização não funciona direito.

O Sindicato dos Metroviários sempre alega que a condução autônoma do monotrilho afeta a segurança. O sr. concorda?

Eu sou totalmente a favor da automação, sempre a defendi e atuei nesse processo no metrô, começando com a Linha 4-Amarela, a primeira a ser automatizada. Isso porque o papel do condutor sempre foi muito reduzido e, de maneira geral, mais causava acidentes do que evitava. E, na minha visão, os condutores deveriam ser aproveitados como agentes de estação, auxiliando o usuário em diversas situações.

Levando em conta esse histórico, há aprendizados que podem ajudar na construção do monotrilho da Linha 17-Ouro?

Alouche: O principal aprendizado seria proibir o monotrilho no futuro. No Japão, que é a pátria desse tipo de transporte, já não se constrói mais. Nem na Malásia, e na China, muito pouco. O monotrilho está em declínio no mundo todo.

Qual sua avaliação sobre a Linha 17-Ouro, que está sendo construída na zona sul e cuja ideia inicial era ligar o aeroporto de Congonhas a Paraisópolis?

Alouche: Primeiro deram para uma empreiteira construir a via, o que é muito arriscado, pois o declive da via é a base para diversos parâmetros, inclusive para o tipo de veículo que irá trafegar em cima dela. Ainda bem que coube, podia nem caber. Agora foram comprar o veículo na China. E além de terem feito a via de qualquer jeito, era para ela ir até a comunidade de Paraisópolis [extremo da zona sul da capital paulista].

Depois, verificaram que essa linha, da forma que planejaram e chegando a Paraisópolis, teria 100 mil passageiros por hora por sentido. Aí falaram: ‘vamos parar no meio do caminho’. Então, agora, ela irá do Aeroporto de Cogonhas até a Estação Morumbi [da Linha 9-Esmeralda]. Aí eu pergunto: quem vai descer de um avião e parar no meio da marginal, em um lugar perigoso? Além de tudo isso, esqueceram de construir o pátio de manobra.

Agora, foram encontrar um terreno para o pátio de manobra no Campo Belo, perto do Aeroporto, uma região que tem um reservatório de água. Imagine só o custo que isso terá.

Informações: Estadão

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Transporte coletivo de Sorocaba ganha dez ônibus zero quilômetro

A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Urbes – Trânsito e Transporte, dando sequência no plano de renovação de frota e melhoria nas linhas do transporte coletivo, recebeu mais dez ônibus novos da empresa Consor, que foram colocados em operação na segunda-feira (5).

Quatro ônibus são da marca Mercedez e com carroceria Caio (OF 1726), e os outros seis são da marca Volkswagen, também com carroceria Caio (17260).

Eles serão utilizados para incrementar as linhas A31/1 – Cajuru; A53/1 – Jd. Dos Pássaros; A53/3 – Jd. Harmonia; A58/2 – Jd. Imperatriz/Alpes de Sorocaba; A62/1 – São Bento 2; A76 – São Guilherme; 307 – Interbairros VII/Term. S. Bento/Av.3 de Março; 03 – Nova Esperança; e 55 Rodrigo.

“São ônibus zero quilômetro, adaptados e mais modernos, com ar-condicionado, luz de Led, entrada USB para carregamento de dispositivos eletrônicos e motor a diesel, Euro 6, de última geração e bem menos poluentes”, explica o diretor-presidente da Urbes, Adriano Brasil.

Informações: Prefeitura de Sorocaba

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