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Estação da Luz da CPTM deve ser reaberta nesta quarta-feira (30)

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Uma semana após o incêndio que destruiu parte do Museu da Língua Portuguesa, a Estação da Luz da CPTM deve ser reaberta nesta quarta-feira (30). A estimativa é do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Nesta segunda-feira (28), técnicos do IPT devem voltar ao local dos escombros para reavaliar a estrutura do prédio que pegou fogo. As causas das chamas ainda são desconhecidas, mas uma das hipóteses é a de que tenha ocorrido um curto circuito após troca de uma luminária. O bombeiro civil Ronaldo Pereira morreu no incêndio.

“Eu estou estimando que mais uns dois dias, acredito, pelas condições que eu encontrei”, disse no domingo (27) o José Teóphilo Leme de Moraes, engenheiro do IPT, sobre a previsão de quando a estação da Luz da CPTM deverá ser reaberta.

Apesar de a Estação da Luz seguir interditada, a de Metrô que leva o mesmo nome está funcionado. Só não circulam pelo trecho afetado trens da CPTM e de carga.

Moraes e demais técnicos do IPT localizaram novos pontos de fragilidade na estrutura da estação. Por isso, sugeriram mais obras de reforço. “Esse fortalecimento, a grosso modo, é amarrar um cabo de aço numa parte construtiva do lado de cá e no correspondente do lado de lá, para que eles sejam solidários e um ajude ao outro”, afirmou o engenheiro.

Além do IPT, membros da CPTM e da Defesa Civil acompanharam os trabalhos de vistoria no domingo.

Obras emergenciais

O governo de São Paulo iniciou na quarta-feira (23) obras emergenciais para dar estabilidade às ruínas e permitir a desinterdição da Estação da Luz da CPTM. Técnicos do IPT avaliam o impacto do incêndio e as obras necessárias.

Apesar da destruição do edifício, será possível recuperar o acervo virtual guardado em cópia de segurança.

O prédio onde fica o museu foi inaugurado em 1901. Já o Museu da Língua Portuguesa foi inaugurado oficialmente no dia 20 de março de 2006 e abriu suas portas ao público no dia 21 de março daquele ano. Em seus três primeiros anos de funcionamento mais de 1,6 milhão de pessoas já visitaram o espaço, consolidando-o como um dos museus mais visitados do Brasil e da América do Sul.

O Museu da Língua Portuguesa foi desenvolvido e implantado pela Fundação Roberto Marinho por meio de um convenio com o governo do estado de São Paulo. O museu é dedicado à valorização e difusão da língua portuguesa.

Informações: G1 SP

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Terminais de Natal são vistoriados pela vigilância em saúde

O Setor de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador (Visamt) do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (DVS/SMS) de Natal retoma nesta terça-feira (29) as vistorias aos terminais de ônibus urbanos de Natal. A ação tem o objetivo de avaliar as condições de trabalho de motoristas, cobradores e demais funcionários das empresas de transporte coletivo que atuam nestes locais. Nesta terça-feira, a equipe estará, a partir das 9h, no terminal de ônibus do bairro de Cidade da Esperança, zona Oeste de Natal.

O chefe do Visamt, Marcílio Xavier, explicou que o objetivo da pesquisa é traçar o perfil dos trabalhadores do sistema de transporte público municipal e que as vistorias foram definidas a partir de uma demanda apresentada pelo Setor de Vigilância Sanitária do município (Visa Natal).

“Será nosso foco de atuação durante o próximo ano, com o levantamento das condições de trabalho de motoristas, cobradores e dos funcionários que exercem suas atividades nos terminais das empresas de ônibus. E esse material deverá ser transformado em um relatório detalhado sobre o que encontrarmos nestes locais, que será encaminhado aos setores competentes, para que sejam tomadas as devidas providências”.

Participam da ação servidores da Visamt e da Visa Natal, que coletam informações sobre a situação no local com os presentes e inspecionam as condições sanitárias e ambientais.

Informações: PortalN10 

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Tarifa do ônibus passa para R$ 3,70 em Joinville

Em decreto a ser publicado nesta segunda-feira, a passagem de ônibus de Joinville passa de R$ 3,25 para R$ 3,70 a partir da zero hora de 4 de janeiro, o primeiro dia útil de 2016. A decisão foi tomada pela Prefeitura, após derrota na disputa judicial com as empresas de ônibus envolvendo a planilha de custos.
Foto: Rodrigo Philipps / Agencia RBS

No início de dezembro, em ação inédita na cidade, Gidion e Transtusa conseguiram liminar determinado que o índice de aumento atendesse ao valor previsto na planilha. A alegação das empresas foi de prejuízos históricos por conta de reajustes abaixo dos custos – na maioria das vezes, a tarifa era atualizada por índices em torno da inflação.

O município recorreu ao Tribunal de Justiça, com a alegação de evitar impactos maiores aos usuários. A argumentação não foi aceita e foi mantido o entendimento de necessidade de equilíbrio do contrato. Assim, foi adotado o valor previsto em planilha.

No cálculo inicial, a planilha elaborada pela Secretaria de Infraestrutura de Joinville apontava a tarifa técnica em R$ 3,78. No entanto, foi revisada para R$ 3,74, porque o fim da desoneração da folha dos funcionários não se confirmou. O valor da passagem comprada com antecedência foi fixada em R$ 3,70 em arredondamento para baixo. O reajuste ficou em 13,8% — nos últimos doze meses, a inflação foi de 10,48% (IPCA). A tarifa embarcada, comprada dentro do ônibus, passará de R$ 3,70 para R$ 4,50. Em Joinville, a antecipada responde por 95% da venda da passagens.

Planilha motiva outra disputa

A planilha motiva outra disputa judicial no transporte coletivo em Joinville. Desta vez, envolvendo a licitação. Em decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública, mantida pelo Tribunal de Justiça, a Prefeitura está proibida de dar continuidade à concorrência enquanto não se decidir sobre a chamada dívida da planilha. Em perícia judicial realizada a pedido das empresas, foi apurado que Gidion e Transtusa deixaram de ganhar R$ 268 milhões entre 1998 e 2010 devido à defasagem da tarifa provocada por concessão de reajustes abaixo do indicado pela planilha.

Em valores atualizados, seriam R$ 375 milhões. No final do governo Carlito Merss, o débito foi reconhecido de forma parcial. A atual administração contesta a dívida e o reconhecimento. Uma das alegações é de que parte do montante está prescrita. Outro argumento é de que o reconhecimento do débito precisaria de aval dos vereadores, além de definição de previsão orçamentária.

Enquanto a pendenga continua na Justiça, a Prefeitura não adianta se esse débito pode ser usado para pagamento da outorga do sistema, como fez Curitiba, por exemplo. A atual permissão de Joinville, concedida em 1998 sem licitação, está vencida desde janeiro de 2014, com prorrogação até que seja a realizada a concorrência – que será a primeira da história de Joinville para o transporte coletivo.

Por Jefferson Saavedra
Informações: Agência RBS e Portal A Notícia

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Frota de ônibus de Petrolina é renovada

Foram entregues nesta segunda-feira (28), em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, 22 ônibus para o transporte público de passageiros. A ação cumpre reivindicações de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre o Ministério Público e a gestão municipal. Os veículos começam a circular a partir da próxima segunda-feira (4).
Foto: Taisa Alencar
Dos 66 veículos da frota operante, 22 foram substituídos. “A gente fecha um compromisso assumido pelo Executivo, em relação a renovação da frota. Tínhamos um Termo de Ajustamento de Conduta e a gente está até superando em 50% o que foi ajustado. Esperamos com isso oferecer uma maior qualidade aos usuários, enquanto finalizamos o plano de mobilidade e consequentemente a licitação que vai vir para dar uma nova cara ao sistema de transporte coletivo de Petrolina”, explicou o diretor-presidente da Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo (EPTTC), Paulo Valgueiro.

Ainda de acordo com Paulo, os ônibus já estão dentro dos padrões exigidos para cadeirantes. “Os 22 carros que estão sendo entregues, todos esses já estão preparados para acessibilidade, de forma padrão. A partir de agora, todo veículo para entrar no sistema tem que ter a acessibilidade”, disse Paulo.

Outras mudanças devem ser feitas nos próximos meses. “O Plano de Mobilidade já contempla as vias onde deverão ser utilizadas pelo sistema de transporte coletivo. Assim como os padrões mínimos de condições exigidas para circulação, esses veículos vão atender. Essa nova roupagem desses ônibus já é fruto do Plano de Mobilidade. A partir de agora vamos trabalhar o Mobi Petrolina, com os demais sistemas”, concluiu Paulo.

A gestora executiva do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Vale do São Francisco (Setranvasf), Rosicleia Rodrigues, a entrega dos 22 ônibus representa um avanço. “Até o ano passado tínhamos apenas três ônibus adaptados. Já em 2015, com essa renovação, temos 42. A gente fica muito feliz com essa renovação porque era uma meta da Setravans trazes novos ônibus para a população e é importantíssimo porque vamos dar mais qualidade de vida para os novos usuários”, destacou.

TAC
O Termo de Ajustamento de Conduta foi firmado em outubro de 2014 com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para a renovação da frota de ônibus da cidade. De acordo com o TAC, a gestão municipal se comprometeu em exigir das empresas de transporte coletivo, Viva Petrolina e Joalina, que os veículos com mais de 10 anos de uso fossem substituídos de forma progressiva.

Segundo dados da Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo (EPTTC), cerca de 31.600 pessoas dependem diariamente dos veículos da frota que atendem o município. São 21 linhas de ônibus para atender aos bairros da cidade. De acordo com a EPTTC, nos horários de pico, o tempo de parada nos veículos nos terminais são reduzidos, diminuindo os intervalos entre um ônibus e outro.

Por Taisa Alencar
Informações: G1 Petrolina

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Prefeitura de SP pretende entregar em 60 dias um pacote de 32 quilômetros de corredores de ônibus

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) pretende entregar em 60 dias um pacote de 32 quilômetros de corredores de ônibus, o primeiro deles na segunda-feira (28), na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, zona sul de São Paulo, com 3,3 km. A ação, em começo de ano eleitoral, vem com números tímidos diante da promessa de campanha de fazer 150 km de vias exclusivas. O prefeito deve concluir só um terço do previsto.

O corredor da Berrini demorou 26 meses para ficar pronto, ou seis a mais do que a previsão original, e custou R$ 45 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Por ali devem passar 100 mil pessoas por dia. Ele deve alterar o percurso de 14 linhas de ônibus.

As que passarão a usar a via expressa fazem a conexão entre o centro e terminais como Capelinha, Santo Amaro, Jardim Ângela e Guarapiranga, na zona sul. Estudos da São Paulo Transporte (SPTrans) estimam ganho de até 20% na velocidade média.

Segundo a prefeitura, a via foi pensada para servir como ponto de articulação entre a avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul, e o futuro corredor de ônibus Perimetral Bandeirantes, até São Mateus, na zona leste (em processo de licitação). Ela foi concebida na gestão Gilberto Kassab (PSD), entre 2008 e 2012, que fez a licitação.

Entregue pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras na terça-feira, o corredor foi usado por carros nesta semana, sem fiscalização. Na segunda, os coletivos começam a circular oficialmente, parando nos novos pontos à esquerda. A previsão da gestão Haddad é que haja um período de adaptação, de provavelmente cinco dias, antes de a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) começar a multar os carros que trafeguem por lá. Também não há data definida para que os pontos de ônibus da direita sejam desativados.

"Não vi nenhum aviso ainda orientando a mudança. Acho que estou do lado certo. Tem gente dizendo que o ponto da Marginal do Pinheiros vai ser transferido para o corredor, mas não sei", disse o comerciante Alessandro Soares Filho, de 56 anos, que esperava por um coletivo à direita anteontem.

O secretário municipal de Obras, Roberto Garibe, diz que outros dois corredores serão entregues em janeiro. "O corredor Inajar [de Souza, na zona norte] e o M'Boi [Mirim, na zona sul]. Em fevereiro, é a vez do Binário Santo Amaro [também na zona sul]." Contando com esses corredores, a capital paulista terá 66,3 quilômetros de obras, abrangendo nove avenidas - foram prometidos 173,4 quilômetros.

O secretário conta ainda com 35,5 quilômetros de corredores, em cinco vias, cujo processo de licitação terminou e as obras devem começar nesta gestão. Nas pranchetas da prefeitura, há três corredores que obtiveram todo o licenciamento ambiental e estão com os editais de licitação publicados e outros quatro com os projetos prontos, esperando a publicação dos editais de licitação. Os últimos são todos na zona sul.

Em apresentação feita ao Conselho da Cidade no começo do mês, foram detalhadas ações para a construção de 165,5 quilômetros de corredores exclusivos - isso considerando tanto as obras que já estão em execução quanto os trabalhos que já foram contratados e ainda não começaram e aqueles cuja licitação está acontecendo ou deve ocorrer ainda na gestão petista.

Nem com essa margem, incluindo projetos só no papel, a gestão chega perto da meta anunciada no primeiro trimestre de mandato de Haddad, que era "projetar, licitar, licenciar, garantir a fonte de financiamento e construir" 23 corredores de ônibus - cuja extensão total era de 173,4 km, além até da promessa de campanha de 150 km.

O ritmo fraco se deve, em parte, à demora na liberação de recursos do governo federal, que secaram diante do ajuste fiscal e da queda de arrecadação da União. Mas parte do atraso também resulta de bloqueio de licitações feito pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). Três tentativas de licitações dessas obras foram suspensas pelo tribunal, que apontou irregularidades burocráticas.

Ao longo dos três anos de governo, a Prefeitura viu todos os bloqueios impostos pelo TCM como ações pontuais e foi respondendo aos questionamentos. A gestão chegou a manobrar, transferindo a responsabilidade de licitações da SPTrans para a Secretaria de Obras, de forma a mudar o conselheiro responsável pela análise. 

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Descumprimento de horário é a principal queixa de usuários de ônibus em Salvador

Com a bolsa no ombro e os livros da faculdade nas mãos, a estudante Ana Vitória Sena, 22 anos, observava os ônibus que passavam pela Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana). Há 40 minutos, ela esperava pelo Mirante de Periperi – Ondina, e nada. O carro deveria ter passado há 20 minutos, só que não. O motorista queimou - deixou de cumprir o horário previsto - e ela chegou atrasada na aula.

De acordo com dados da Secretaria Municipal da Mobilidade (Semob), desde abril, mais de 14 mil autos de infração foram emitidos por queima de horário na cidade. O número equivale a 66% do total de penalidades registradas pelo Centro de Controle Operacional (CCO) nos sete primeiros meses de atuação, quando foram contadas 21.316 notificações para os consórcios Plataforma, OTTrans e Salvador Norte, responsáveis por operar os ônibus do sistema de transporte urbano.

Segundo o titular da Semob, secretário Fábio Mota, depois de receber a notificação, os consórcios têm até 30 dias para recorrer. Ele afirma ainda que em aproximadamente 60% dos casos de queima de horário, as queixas foram justificadas. “Depois que é feita a notificação, a empresa apresenta uma justificativa que é avaliada por uma comissão da própria secretaria. A maioria desses registros aconteceu no período das chuvas, quando diversas vias alagaram e o trânsito estava complicado” , comentou. Ainda conforme o secretário, “as multas são aplicadas quando os argumentos apresentados pelas empresas não são plausíveis”.

Inexpressivo
Para o diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) Jorge Castro, os números de autos de infração não são tão expressivos. “Foram 18 mil notificações nos primeiros seis meses. Eu tenho, diariamente, 2.400 ônibus nas ruas fazendo oito viagens cada, portanto, esse número de autuações pode parecer elevado, mas não é tão expressivo”, avaliou. Para Castro,  “é preciso analisar caso por caso” e, de acordo com os casos que tem analisado, “na maioria das vezes, o funcionário está com razão”.

Para os passageiros, no entanto, a razão está com eles. “Não podemos nos programar para fazer nada porque nunca sabemos a que horas o carro vai passar, por mais que a secretaria tente determinar esses horários”, declarou, indignado, o auxiliar administrativo Diogo Moreira.

Sobrecarga 
Atualmente, existem cerca de 600 linhas de ônibus em Salvador e, em média, 1,3 milhão de passageiros utilizam o sistema de transporte público todos os dias. Segundo Mota, a falta de pontualidade sobrecarrega o sistema.

“A quantidade e o horário das viagens são feitas em cima de pesquisas com base na demanda. Quando um ônibus deixa de sair ou sai no horário diferente do programado, a viagem seguinte fica sobrecarregada, o que resulta em ônibus cheios ou dois veículos de uma mesma linha circulando no mesmo horário”, explicou o secretário.

Segundo usuários do sistema da Cidade Baixa, esse cenário faz parte da rotina para quem utiliza o transporte na região. A auxiliar de serviços gerais Joseane Batista, 33, trabalha há três anos no Bonfim e contou que costuma aguardar, em média, uma hora por um coletivo. “Demora muito e, quanto passa, está lotado. Na semana passada, esperei quase uma hora e então veio um Paripe, mas estava tão lotado que era impossível de entrar mais alguém. Aguardei mais uns 30 minutos esperando o próximo ônibus. Às vezes, demora e, quando passa, vem três de uma só vez”, contou Joseane.

Quem passa por esses apertos pode denunciar os casos na Semob, através do telefone 156, do WhatsApp (71) 99977-5135 ou do aplicativo CittaMobi – onde o usuário também tem informações sobre o horário dos veículos de cada linha.

Classificação  
Na lista da Semob, o segundo colocado em número de infrações foi o déficit de frota. Desde maio, foram 1.512 ocorrências. São situações em que os passageiros notaram a falta de veículos em algumas linhas. No entanto, o secretário chamou a atenção para evitar confusão com os números.

“Não existe déficit de frota em Salvador. A quantidade de ônibus é suficiente. O que precisamos é de organização. Quando o passageiro reclama de déficit, na verdade, são situações provocadas pela desorganização nos horários, quando um ônibus deixa de sair ou não sai no horário devido”, afirmou Mota.

Nas três posições seguintes da tabela estão ações relacionadas com a parada dos veículos nos pontos de ônibus: foram 1.171 ocorrências dos rodoviários que não param em alguns pontos (3º lugar), 1.088 que deixam de atender à solicitação de parada (4º) e outros 1.046 que pararam afastados do meio-fio (5º).

Segurança
Houve outros 332 casos em que motoristas estavam trafegando com as portas do coletivo abertas. Mais do que uma questão ilegal, essa prática põe em risco a vida dos passageiros. No mês passado, um homem sofreu um traumatismo craniano depois de cair de um coletivo na Avenida Princesa Isabel, na Barra. Na época, o motorista admitiu para a Polícia Civil que estava trafegando com as portas abertas.

Recusar passageiros também foi recorrente nos registros do centro de controle. Foram 111 situações nos últimos meses, além de outras 185 ocorrências em que o rodoviário alterou o itinerário do veículo no meio do percurso. O CCO foi instalado em maio deste ano, na sede da Semob, em Amaralina. O centro monitora, em tempo real, através de GPS, toda a frota de transporte coletivo. Agentes de trânsito e denúncias também ajudam na fiscalização.

Motoristas indicam trânsito como maior responsável pelas 'queimas'
Motoristas e cobradores comentaram as acusações de queima de horário e apontaram o trânsito intenso como o principal responsável pelos atrasos. Eles contaram que, algumas vezes, é preciso abrir mão de alguns direitos para cumprir os horários. “O fiscal exige que a gente faça quatro viagens, mas o trânsito não ajuda. Às vezes, chegamos no final de linha e temos que sair de imediato. Não querem deixar nem a gente ir ao banheiro ou beber uma água”, contou a cobradora Tatiane Nogueira. Para os rodoviários, é necessário rever o horário dos ônibus, diminuindo a quantidade de viagens. 

Questionados sobre as acusações de ignorar os pedidos de parada, eles apontaram o comportamento dos passageiros como um fator que atrapalha o bom serviço. “Acontece muito de o ônibus estar parado no ponto e o passageiro não se manifestar. Quando estamos arrastando, ele corre e sinaliza com a mão. Algumas vezes dá para parar, mas em outras tem carro no fundo. Se parar, a gente bate”, contou o motorista Roberto Santos, 43. 

Outras queixas são as situações em que os passageiros pedem para o motorista parar fora do ponto ou insistem para descer pela porta do meio do veículo, quando o correto é usar a porta do fundo. “Tudo isso atrapalha e atrasa a viagem, além das obras na cidade. Hoje (dia da entrevista) foram cerca de 50 minutos parado apenas na região da Estação Pirajá”, afirmou Roberto, que faz a linha Estação Pirajá-Barra 3.

Os pesos e valores das multas aplicadas 
Grupo A Infrações de natureza leve, punidas com multa de valor correspondente a 10 (dez) vezes o valor da tarifa em vigor no sistema: R$ 30

Grupo B  Infrações de natureza média, punidas com multa de valor correspondente a 30 (trinta) vezes o valor da tarifa em vigor no STCO: R$ 60

Grupo C  Infrações de natureza grave, punidas com multas de valor correspondente a 100 (cem) vezes o valor da tarifa em vigor no STCO: R$ 300

Grupo D Infração de natureza gravíssima, punida com multa de valor correspondente a 200 (duzentas) vezes o valor da tarifa em vigor: R$ 600

Observação: no dia 2, as tarifas serão reajustadas em 10%

Por Gil Santos
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Transporte Coletivo de Florianópolis terá linhas extras no Réveillon

Quem for curtir de ônibus a festa do Réveillon na avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, terá transporte coletivo extra para garantir a volta para casa. Serão disponibilizados 30 veículos para operarem em dois pontos da cidade: na Praça Governador Celso Ramos (Agronômica) e no Terminal de Integração do Centro (TICEN). Os ônibus não tem horário definido, irão sair de acordo com a demanda. 
Foto: Betina Humeres / Agencia RBS

Confira como vai funcionar: 

Saída da Praça Governador Celso Ramos 

Os usuários do Norte da Ilha serão atendidos pelas linhas: 
— 200 - Madrugadão Norte
— D266 - Praia Brava Direto
— D267 - Rio Vermelho Direto

Os usuários do Centro e Leste da Ilha serão atendidos pelas linhas: 
— 100 - Madrugadão Centro
— D174 - Monte Verde Direto
— 300 - Madrugadão Leste 

Saída do Terminal de Integração do Centro (TICEN) 

Os usuários do Norte da Ilha serão atendidos pelas linhas: 
— 200 - Madrugadão Norte
— D266 - Praia Brava Direto 
— D267 - Rio Vermelho Direto. 

Os usuários do Centro e Leste da Ilha serão atendidos pelas linhas:
— 100 - Madrugadão Centro
— D174 - Monte Verde Direto 
— 300 - Madrugadão Leste. 

Os usuários do Continente e Sul da Ilha serão atendidos pelas linhas:
— 500 - Madrugadão Sul
— 501 - Madrugadão Sul via Tapera  
— 600 - Madrugadão Continente.

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Manaus: Falta de recursos serão obstáculos para o BTR em 2016

Com um custo inicial estimado em R$ 1,118 bilhão, o Bus Rapid Transit (BRT), sistema de transporte de passageiros considerado pela prefeitura de Manaus o mais indicado para a capital, pode não sair do papel em 2016.

A falta de dinheiro para viabilizar a obra é o maior obstáculo à implementação do projeto, disse Pedro Carvalho, diretor-presidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU). “É preciso, primeiro, homologar o Plano de Mobilidade Urbana (PLanMob) – e, depois, tentar viabilizar os recursos com o governo federal”, disse.

Carvalho lembra que a negociação por recursos federais é demorada porque é preciso cumprir um processo burocrático rigoroso e extenso. “Não temos recursos para fazer o sistema rodar, mas quero deixar claro que esse problema de falta de recursos para o BRT não ocorre só na nossa cidade. Outras, como o Rio de Janeiro, também passaram por isso. Não tem como melhorar o transporte se não tiver melhoria na infraestrutura”, disse.

Em Manaus, segundo Carvalho, o BRT seria implantado por etapas. A primeira parte da obra seria construída na avenida Constantino Nery, a primeira também a receber a “Faixa Azul” – corredor exclusivo para ônibus articulados. “O primeiro corredor seria o eixo Norte-Sul, pois é o que está mais preparado para isso no momento. Em seguida, a obra envolveria o trecho na avenida Torquato Tapajós. Estamos fazendo de tudo para que esse projeto saia do papel e melhore o tráfego nas principais vias da cidade”, ponderou.

Sobre a ação judicial movida pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) que determinava a suspensão imediata da “Faixa Azul”, Carvalho lembrou afirmou que a Justiça foi favorável à continuação do corredor exclusivo. “Vamos manter a ‘Faixa Azul’ até a implantação definitiva do BRT, porque até ele ficar pronto temos que dar mais mobilidade para o trânsito da nossa cidade”, declarou.

O BRT integrou as ações de mobilidade urbana de Manaus para Copa do Mundo de 2014. Entretanto, a primeira proposta foi descarta porque o MP identificou superfaturamento no valor estimado do projeto. Na ocasião, foi alegado que o projeto apresentava “grandes prejuízos ao patrimônio histórico” da cidade. O orçamento inicial era de R$ 1,3 bilhão. Já a segunda proposta não saiu do papel.

A Prefeitura de Manaus e o Governo do Amazonas alegaram inviabilidade devido ao atraso, aprovação do projeto e liberação de recursos. Após o mundial de futebol, a Prefeitura e o governo do Estado mantiveram a ideia de implantar o BRT.

Por Michelle Freitas
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