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Greve no transporte coletivo de Blumenau é aprovada e pode ter catraca livre

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Em três assembleias ocorridas nesta terça-feira, cerca de 600 motoristas e cobradores rejeitaram a proposta de acordo do Consórcio Siga e aprovaram o estado de greve. Nesta quarta, será protocolado o resultado das assembleias na prefeitura, no Consórcio Siga e no Ministério Público do Trabalho para começar a contar o prazo de 72 horas previsto em lei federal para o início das paralisações.

O diretor do Sindicato dos Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo de Blumenau e Gaspar (Sindetranscol), Marciano Arcanjo, diz que o resultado das assembleias já era esperado e garante que a partir desta quarta-feira uma comissão vai se reunir para organizar como será a greve no transporte público.

— Com o resultado da negativa à proposta, agora vamos oficializar nossa decisão e começar a organizar novas ações — explicou.
O diretor do Sindicato comentou também a possibilidade de realizar a greve de uma maneira diferente, sem a paralisação dos ônibus:
— O estado de greve será oficializado nesta quarta-feira, a partir de sábado podemos parar. Estamos analisando fazer greve com a catraca livre, ainda não sabemos se é possível, mas é uma ideia para não prejudicar a população — explica.

O Sindicato dos Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo de Blumenau e Gaspar (Sindetranscol) tem 72 horas para avisar o início da greve (até sábado dia 03/12/11), mas lembrando que eles tem até 30 dias para entrar com a greve, portanto a greve poderá acontecer dentro do mês de dezembro sem data certa.de Jaime Batista da Silva
 
Nesta terça-feira dia 29/11/11 aconteceram 3 assembleias no Sindicato na rua Érico Hoffmann, 70 bairro Garcia. Mais de 600 motoristas e cobradores estiveram presentes nestas assembleias. E agora a noite às 19h foi realizada a última assembleia.


Informações: portal.radiobailao.com

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Tarifa de metrô no Brasil é a mais cara do mundo

Usar metrô no Brasil pesa mais no bolso do que em qualquer outro lugar no mundo, segundo estudo do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

Foi pesquisado o impacto das tarifas de metrô em 19 grandes cidades em relação ao salário mínimo local, sempre considerando a menor tarifa disponível.
Foto: Rafael Mulinari

As quatro primeiras cidades do ranking são brasileiras. A capital federal lidera, com a tarifa de adulto por R$ 3. Ao final do mês, o trabalhador que ganha salário mínimo desembolsa 22% da sua renda com o transporte.

Em seguida aparece o Rio de Janeiro, onde a tarifa é de R$ 3,10, mas o salário é um pouco maior, e esse gasto representa 20,4% no fim do mês. Em São Paulo a proporção é de 19% da renda e, em Belo Horizonte, 13%.

A avaliação é ainda pior quando considerado o tamanho da malha. A capital paulista, por exemplo, tem 74,3 km de metrô, muito menos do que Paris, que tem 213 km e onde o gasto é de 4,82%.

O balanço que o Idec faz é que os preços de metrô pagos no Brasil são muito elevados, considerando o poder aquisitivo e a baixa extensão das linhas. "É caro e ineficiente se comparado a outras cidades", disse a "O Estado de S.Paulo" Adriana Charoux, coordenadora do estudo.


Informações: O Estado de S.Paulo

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Bilhete Único no transporte coletivo de Diadema será implementado em março

O usuário do transporte coletivo de Diadema precisará de sorte para conseguir fazer transferência gratuita nos ônibus municipais dentro do tempo limite. O sistema de Bilhete Único, que está previsto para ser implementado em março, prevê que o usuário faça a baldeação dentro de 45 minutos. Porém, a equipe do Diário percorreu algumas linhas, ontem, e constatou que esse tempo pode não ser suficiente para completar a viagem.

No primeiro dia de operação das empresas Benfica e MobiBrasil, o veículo da linha 30DP, que vai do Centro até Eldorado, realizou tempo de viagem equivalente a 40 minutos. A equipe do Diário só conseguiu pegar outro ônibus no ponto final dentro do tempo limite porque havia veículo em processo de saída.

Já no trajeto de volta, com a linha 34ED, também da Benfica, o itinerário foi feito em 45 minutos. Com isso, o usuário não conseguiria realizar a transferência dentro do tempo limite, e só seria possível a baldeação gratuita dentro do Terminal Diadema.

Caso semelhante aconteceu na linha 25DP, da MobiBrasil, que vai do Centro até o Terminal Piraporinha, trajeto também completado em 45 minutos.

A Benfica comunicou que em decorrência de a frota ser inteiramente zero-quilômetro e possuir alguns avanços tecnológicos, como freios de porta e câmbio automatizado, alguns problemas técnicos causaram atrasos na programação da manhã. Durante a tarde, o número de ocorrências caiu e o serviço já apresentou melhora na frequência. Informou ainda que tudo estará normalizado dentro dos próximos dias.

Já a MobiBrasil, por meio de seu diretor executivo, Manoel Marinho, informou que teve problemas no sistema de bilhetagem eletrônica no período da manhã, e isso ocasionou atraso na saída de alguns veículos. Porém, o serviço foi normalizado durante o dia. "O usuário não sofrerá mais com esse problema nos próximos dias", afirmou Marinho.

A Secretaria de Transportes de Diadema avaliou como positivo o primeiro dia útil de operação dos novos ônibus. Segundo a Pasta, estão em circulação 120 dos 194 veículos. A baldeação gratuita não deverá trazer acréscimo no preço da passagem, que atualmente custa R$ 2,80.


Informações: Diário do Grande ABC

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Aprovado projeto que prevê presença do cobrador nos ônibus de Londrina

A Câmara Municipal de Londrina aprovou na sessão desta terça-feira (29) o projeto de lei de autoria do vereador Marcelo Belinati (PP) que mantém cobradores nos ônibus do transporte coletivo da cidade. A matéria foi aprovada em primeira discussão por unanimidade.

O projeto está baseado na argumentação da necessidade de proteção ao emprego dos cobradores. A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) anunciou adequações no sistema de transporte, afirmando que seria feito um estudo sobre a retirada dos profissionais dos veículos.

A Comissão de Justiça,Trabalho e de Desenvolvimento Urbano emitiram parecees favoráveis à tramitação da matéria. O projeto recebeu manifestação favorável do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), que também encaminhou um abaixo-assinado dos empregados das empresas TCGL e Londrisul.

A CMTU apontou vício de iniciativa do projeto, mas mesmo assim o legislativo deu continuidade aos trâmites burocratáticos. O projeto ainda precisa passar por segunda votação.

O presidente da companhia, André Nadai, informou que não acompanhou a votação da Câmara. Para ele, o projeto seria inconstitucional, no entato, não quis comentar sobre o assunto. "Não sei se foi apresentada alguma emenda. Ainda vou ter que analisar", disse.


Informações: O Diário de Londrina

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O transporte público nas grandes metrópoles

Nas grandes metrópoles depender dos transportes coletivos é uma situação complicada. Um dos principais problemas encontrados é a quantidade elevada de pessoas para um espaço pequeno. Outro problema a ser colocado em questão é o tempo que os passageiros esperam por esses transportes, e por fim a falta de áreas preferenciais, tanto para idosos quanto para deficientes e cadeirantes.

Os meios de locomoção públicos são a alternativa mais viável para a maioria da população, em virtude principalmente das condições financeiras que não são muito boas. As pessoas vivem na correria do cotidiano, no final do dia estão exaustas e ainda tem que se deparar com a precariedade das condições físicas do espaço, que não são boas o bastante para suportarem a quantidade de usuários que utilizam esses meios. A infraestrutura dos transportes deveria ser analisada e calculada de uma forma melhor, pois não é novidade para ninguém que todos sofrem ao ter que passar algum tempo dentro desses veículos, sem poder se mexer direito, passando calor e lidando com o estresse próprio e alheio.

Todos nós temos compromissos e horários a cumprir, ficar esperando em pé em filas enormes, principalmente nos horários de pico, além de ser cansativo, pode acabar prejudicando em nossas vidas pessoais e profissionais com relação ao atraso das atividades combinadas. A população está crescendo cada vez mais, isso faz com que haja uma grande quantidade de passageiros para poucas frotas de ônibus, o que aumenta as filas e o tempo de espera. Em vez de o governo gastar dinheiro com obras inúteis e perder seu tempo com leis banais, deveria estar providenciando mais frotas de ônibus para a população brasileira, pois eles dependem de nós para estarem no poder e não estão cumprindo com as necessidades do povo.

O descaso com portadores de deficiência física, com as grávidas e com os idosos é evidente, os locais para essas pessoas são poucos e sem contar que não são todos que respeitam. Para quem tem dificuldade em sua locomoção o problema se torna maior, começa desde as calçadas esburacadas, depois passa pelo problema de ter que ficar na fila correndo o risco de perder o transporte, já que a quantidade de usuários encobrindo a sua visão é grande, e por último e mais dificultoso, a entrada nos veículos. Além de ser perigoso, no caso de metrôs e trens considerando as pessoas desesperadas por um lugar que saem empurrando todos, os elevadores geralmente nunca entram em prática para os cadeirantes, sempre ocorrem problemas técnicos, ou de preguiça mesmo. Os lugares para eles também são poucos, havendo na maioria das vezes apenas uma vaga, que acaba sempre ocupada por outras pessoas, decorrente da falta de espaço.

Levando em consideração os pontos levantados, o sistema de transporte público deveria tomar uma atitude para cobrir as necessidades da população, contribuindo com frotas renovadas de ônibus, contendo mais espaço físico e equipamentos que funcionem corretamente, disponibilizando mais vagas para cadeirantes e para pessoas que necessitem de um lugar realmente, e não deixando de lado a conscientização da população, que tem que lutar pelos seus direitos e respeitar o próximo.

Basilides de Godoy - 2011

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Sem controle, custo de obras da copa já subiu R$ 2 bilhões

BRASÍLIA - A fraude no Ministério das Cidades que abriu caminho para a aprovação do projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, R$ 700 milhões mais caro que o original, é apenas um dos exemplos de como o custo das obras da Copa do Mundo escapou do controle público. No que diz respeito à mobilidade urbana, os gastos totais aumentaram R$ 760 milhões, quando comparada a atual estimativa à previsão inicial de janeiro de 2010. O caso de Cuiabá foi revelado pelo Estado na última quinta-feira.

Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões.
Projeto do VLT de Cuiabá é um dos mais polêmicos

A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB). Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%. Em Manaus, o valor global das duas obras previstas - um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus - aumentou 20%.

O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro.
Exceção. Em São Paulo, por outro lado, a obra do monotrilho despencou de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão, o que, no conjunto, reduziu o impacto do aumento de preço em outros Estados. Já em Fortaleza não houve mudança nos investimentos. Em Brasília, a variação foi mínima: 4,48%.

Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões.

A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB). Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%. Em Manaus, o valor global das duas obras previstas - um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus - aumentou 20%.

O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro. Todas as cinco obras de mobilidade urbana programadas para Recife encareceram - entre elas, o BRT Leste/Oeste - Ramal Cidade da Copa, que aumentou de R$ 99 milhões para R$ 182,6 milhões (84,40% de diferença). O Corredor Caxangá (Leste/Oeste), por sua vez, agora custa R$ 133,6 milhões, ou 80,54% a mais.

Exceção. Em São Paulo, por outro lado, a obra do monotrilho despencou de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão, o que, no conjunto, reduziu o impacto do aumento de preço em outros Estados. Já em Fortaleza não houve mudança nos investimentos. Em Brasília, a variação foi mínima: 4,48%.

O BRT Cristiano Machado, em Belo Horizonte, por exemplo, ganhou recursos remanejados de outro projeto, "em função de estudos mais aprofundados, que mostraram a necessidade de mudanças na pavimentação e inclusão de estações de integração", informou a pasta. (Autor: Rafael Moraes Moura)

Informações: O Estado de S. Paulo

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Cidade de Blumenau pode ficar sem ônibus esta semana

Com a sede do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Blumenau lotada, a categoria aprovou o indicativo de greve na primeira das três assembleias para discutir a possibilidade de paralisação das atividades. Às 15h e às 19h serão feitos outros dois encontros.

Se as assembleias decidirem pela greve no transporte público, a paralisação nos serviços só deve ocorrer dentro de 72 horas. Essa é a garantia do diretor do Sindicato dos Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo de Blumenau e Gaspar (Sindetranscol), Marciano Arcanjo.

No encontro desta manhã, foi feita a apresentação da proposta salarial oferecida pelo Consórcio Siga. Em seguida, abriu-se espaço para tirar dúvidas e depois foi feita a votação por aclamação. No fim do encontro, os trabalhadores deram sugestões de como será a greve.

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Informações: Jornal de Santa Catarina

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VLT é deficitário e não facilita trânsito caótico de Maceió

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Quando se anunciou a vinda de um VLT, pareceu coisa do outro mundo. As pessoas imaginaram um super metrô de superfície, ágil como um trem bala japonês, seguro como uma aeronave guardada no angar, rodando sobre trilhos novinhos, parando em estações modernas e confortáveis. O Veículo Leve sobre Trilho trouxe esperança de dias melhores no trânsito atribulado de Maceió. A população seria altamente beneficiada com transporte coletivo rápido, seguro e barato. A realidade, porém, é outra.

O VLT chegou, já está circulando comercialmente, e o que mudou, no trânsito de Maceió, foi absolutamente nada. Primeiro, as pessoas se deram conta de que os comboios praticamente não atendem à população maceioense, mas aos moradores de Rio Largo (por enquanto os de Satuba) que trabalham na capital.

Serviriam, em parte, ao maceioense se ao menos fizessem o ramal entre a Estação Central, próximo à Praça dos Palmares, e o Maceió Shopping, na Zona Norte. Mas, se para chegar aonde chegou, foi todo um drama, imagine-se para ir adiante.

O que se questiona, hoje, é quanto custou o VLT e se valeu a pena um investimento de grande porte para atender a uma pequena parcela de usuários. Foram R$ 180 milhões que, transformados em composições, transportam 3.000 passageiros/ dia.
O gerente operacional da CBTU/AL, Flávio Tenório, explica que o VLT está atendendo usuários de Maceió e Satuba por conta das obras que estão sendo feitas no município de Rio Largo. “São obras de reestruturação da nossa malha, estações novas: Gustavo Paiva e Lourenço de Albuquerque, troca de todos os trilhos e dormentes”. A expectativa é que em janeiro de 2012 o trecho Maceió – Rio Largo já esteja em operação.

Atualmente, o VLT sequer consegue atender a demanda em horário de pico, em especial no distrito de Fernão Velho onde há cerca de 900 passageiros, fazendo-se necessária a utilização do antigo trem. “Queremos aumentar essa grade para adentrar o VLT nessa grade de pico, que hoje a gente não atende. A composição do VLT consegue comportar até 510 pessoas”.

Segundo o gerente estão sendo ofertados novos cruzamentos, que já estão sendo licitados, para que aumente o número de viagens e assim consiga se diminuir o tempo de espera entre uma viagem e outra, cujo intervalo é de uma hora. “No horário de pico a gente quer o intervalo entre as viagens de apenas 15 minutos. Vamos ofertar cruzamentos e isso vai permitir que a gente tenha fluxo nos dois sentidos e facilitar o nosso dia a dia”.

O VLT está operando com dois comboios e o terceiro já está em fase de teste para que seja liberado esta semana. “O nosso usuário tem conservado o nosso VLT, não percebemos qualquer vandalismo ou sujeira. E também as limitações ao uso de transporte de mercadorias. Está tudo a contento”.

Flávio garante que o total da verba ainda não foi utilizado e que até agora o que foi gasto gira em torno de R$ 100 milhões. “Estamos em processo de execução e quando concluído, aí sim, poderemos falar que foram gastos os R$180 milhões. O VLT é nosso, está garantido e até junho de 2012 estaremos recebendo todas as composições”.

Especialista diz que VLT é deficitário e prevê colapso no trânsito de Maceió

O professor de planejamento de transporte público da Universidade Federal de Alagoas, Alberto Rostand Lanverly, diz que o grande problema do VLT é que esse tipo de transporte deve ter densidade de malha, ou seja, poder atingir os bairros, ruas, todos os ambientes. “Aí sim você teria demanda, volume de usuários, para pagar o transporte”.

Alberto Rostand explica que o Brasil não investe, não subsidia transporte e aí quem paga o transporte é o usuário. Ele observa que a implementação de tudo que é novo e moderno é muito bom no início. “Com o VLT atendendo Rio Largo até o centro de Maceió, seu investimento não vai ser pago porque você vai ter poucos usuários”. 

Para que o transporte seja pago é necessário que haja 10 mil passageiros hora-sentido. A técnica diz que até 10 mil passageiros hora-sentido o transporte mais indicado é o ônibus. “Acima de 10 mil é que se pensa em outro tipo de transporte”.

Soluções?
O que falta para solucionar os problemas de transporte e trânsito em Maceió? Profissionais preparados. “As cabeças pensantes pensam no hoje, no assar e comer. Não se pensa no médio, muito menos no longo prazo”, afirma Rostand.

Segundo ele, só se pode investir em mais ônibus quando se resolver o problema da Fernandes Lima, já que é preciso ter vias de auxílio. “Aí sim passa a investir em mais ônibus para atender a população”. 

Além disso, é necessário que haja uma fiscalização mais efetiva: quantas pessoas sobem, quantas descem, quantas pagam, qual o nível de evasão e outros. “Pelo que me consta na atualidade a fiscalização é feita mais pelo próprio setor (através da Transpal, entidade dos empresários) do que pelo próprio poder concedente que é prefeitura”. 

Em Maceió atualmente existem cerca de 600 ônibus rodando para atender a população. “Não cabe novos ônibus nas ruas da capital”. O problema da ‘falta de ônibus’ na capital é que os trechos pertencem a uma única empresa. Por exemplo: a empresa Real Alagoas é dona do trecho que faz a Fernandes Lima indo até o Ouro Preto, a empresa São Franiscco é dona do trecho do Bebedouro e assim sucessivamente.

O que falta? Concorrência. “Na minha ótica o correto seria que as empresas fossem autorizadas a rodar no sistema viário de Maceió. E a prefeitura, poder concedente, diria que necessitava de tantos ônibus e cada empresa disponibilizaria os de sua frota. E aí o passageiro escolheria a empresa que tivesse mais conforto, higiene e que cumprisse o horário. Aqui não existe concorrência. Por isso, o transporte alternativo cresce tanto: é que o usuário vive à mercê de certas empresas de ônibus”, aduz o especialista.

Situação crítica

E acrescenta: “No curto prazo não se corrige Maceió e olhe lá se no médio prazo se corrige. E se continuar como está, grosseiramente falando, a cidade para daqui a alguns anos. Enquanto não se levar o transporte público como ciência, pode ter certeza de que vamos ter problema para a geração que vem. Eu vejo a situação crítica senão se pensar Maceió para a próxima década” adverte Alberto Rostand Lanverly.

Para usuários de ônibus de Maceió, o VLT terá pouca ou nenhuma valia, vez que continuará fazendo o mesmo percurso dos velhos trens da CBTU, ou seja, trazendo e levando passageiros que vivem em Rio Largo ou mesmo Satuba. “Serviria à população maceioense se cortasse a capital ou se ao menos chegasse a Mangabeiras, transportando gente do Centro para o Maceió Shopping”, opinou o corretor Edvaldo A. Cardoso.


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