O metrô que vai ligar a Barra da Tijuca a Ipanema começa a sair do papel. Ontem teve início as duas detonações diárias previstas para os próximos 4 meses na Estrada da Barra, no itanhangá. O trânsito de motoristas e pedestres teve de ser interrompido por 2 minutos a cada explosão, em frente às pontes sobre o Canal da Barra. A primeira explosão foi às 11h, e outra a tarde.
Até dezembro, será aberto túnel de serviço por onde passarão máquinas, caminhões e operários. Depois disso, por mais um ano e meio, serão feitas detonações para construir a galeria principal da Linha 4 do metrô — com trajeto Barra, São Conrado, Gávea e Leblon até a já existente Estação General Osório, em Ipanema.
Até dezembro, será aberto túnel de serviço por onde passarão máquinas, caminhões e operários. Depois disso, por mais um ano e meio, serão feitas detonações para construir a galeria principal da Linha 4 do metrô — com trajeto Barra, São Conrado, Gávea e Leblon até a já existente Estação General Osório, em Ipanema.
Ir da Zona Sul à Barra deverá levar 15 minutos e meio. Da Barra ao Centro, serão 34, segundo estimativa da Secretaria Estadual de Transportes.
Para garantir a segurança nas proximidades da rocha, antes de cada explosão será emitido alerta sonoro com três toques de sirene, e um quarto silvo sinalizará o fim da operação. Ainda assim, moradores estão temerosos. “Estamos preocupados, pois o nosso prédio está bem próximo da pedra a ser detonada”, afirmou Paulo Vaz, administrador de condomínio vizinho à obra.
Cerca de 100 residências e estabelecimentos comerciais foram visitados por técnicos durante o período de preparação, que envolveu testes e condicionamento da encosta. “É seguro. Faremos pequenas explosões sem força para abalar a estrutura da rocha”, explica o diretor de engenharia da Rio Trilhos, Bento Lima.
“A rotina da área vai mudar”, prevê o diretor da associação de moradores Câmara Comunitária da Barra, Cléo Tagliosa, que, pretende acompanhar os trabalhos.
Câmara e moradores pedem traçado pelo Humaitá
A Comissão Especial da Copa do Mundo de 2014, composta por quatro vereadores e representantes de associações de moradores da Barra e da Zona Sul, questiona o traçado da Linha 4 apresentado pelo estado. O tema foi debatido ontem na Câmara dos Vereadores.
O grupo defende a manutenção do projeto licitado em 1998, que previa a extensão da Linha 1 saindo de Botafogo, no Morro de São João, passando pelo Humaitá, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico, na Barra.
A proposta do governo é prolongar a Linha 1 a partir da Estação General Osório, passando pelo Leblon, Gávea, São Conrado e Barra. A localização das estações, contudo, ainda será definida. O plano é construir 4.
“Se esse projeto se concretizar, teremos, na verdade, uma única linha cortando a cidade, favorecendo a superlotação e comprometendo a qualidade do transporte” público, questiona o vereador Carlo Caiado, presidente da Comissão.
Segundo a Secretaria Estadual de Transportes, o traçado atual poderá beneficiar um número maior de usuários, cerca de 230 mil passageiros por dia, enquanto o outro trajeto atenderia apenas 120 mil passageiros por dia.
Fonte: O Dia