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Governo de SP entrega primeiro trem da Linha 6-Laranja do metrô

quinta-feira, 10 de julho de 2025

O Governo do Estado de São Paulo participou, nesta quinta-feira (10), do evento de entrega do primeiro trem que será utilizado na operação da Linha 6-Laranja do metrô. A cerimônia ocorreu no Pátio Morro Grande, na zona norte da capital. No total, serão 22 composições com seis carros cada, capazes de transportar até 2.044 passageiros entre a Brasilândia, na zona norte, e a Estação São Joaquim, no centro de São Paulo. A previsão é de que a linha atenda mais de 630 mil passageiros por dia.

Fabricados em aço inoxidável no município de Taubaté, no interior paulista, os trens possuem durabilidade superior a 40 anos e são mais leves, o que contribui para maior eficiência energética e uma operação mais sustentável. Todas as composições contam com tecnologia que permitirá a operação sem a necessidade de condutor a bordo, com velocidade máxima de até 90 km/h.

“Viemos receber o primeiro trem da Linha 6-Laranja e acompanhar o andamento da obra: temos mais de 10 quilômetros de linha lançada e algumas estações já com 80% de execução. A ideia é que a gente comece os primeiros testes aqui no Pátio Morro Grande no segundo semestre deste ano. As obras estão andando bem e mantém excelente evolução”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas.

O primeiro trecho da linha, entre a Brasilândia e a Estação Perdizes, será entregue no segundo semestre de 2026. Já o segundo trecho, entre Perdizes e a Estação São Joaquim, tem entrega prevista para 2027. A Linha 6-Laranja terá conexões com as Linhas 1-Azul, 4-Amarela e 7-Rubi do sistema metropolitano.

Com 15,3 km de extensão, a Linha 6-Laranja reduzirá de cerca de 1h30 para apenas 23 minutos o tempo de deslocamento no trajeto atualmente realizado por ônibus. Conhecida como “linha das universidades”, ela atenderá diretamente sete instituições de ensino superior e outras quatro de forma indireta.

A escavação dos túneis da linha foi concluída em fevereiro de 2025, conectando todas as 15 futuras estações. Paralelamente, já está em andamento a instalação de trilhos, sistemas e a entrega das composições.

A Linha 6-Laranja é uma parceria público-privada (PPP) do Governo do Estado de São Paulo com a concessionária Linha Uni, executada pela Acciona, com geração de mais de 10 mil empregos. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado (SPI), responsável por estruturar e acompanhar os projetos de concessão e PPPs no estado.

Informações: Investe SP

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Números das linhas de ônibus de BH têm significados; saiba por quê

Cada município tem seu sistema de identificação das linhas de ônibus. Na capital mineira, as linhas podem ter dois, três ou quatro dígitos. Mas você sabia que esses códigos que aparecem na frente e nas laterais dos ônibus não são apenas números aleatórios, mas sim uma forma de identificar a origem, o destino e o trajeto da linha?

O atual sistema de numeração do transporte coletivo que atinge 268 das 299 linhas ativas de Belo Horizonte, foi implantado em 1998, com objetivo de orientar os 900 mil usuários que dependem do transporte público diariamente de acordo com a numeração das regionais administrativas da cidade, indicando a região de origem do ônibus, o destino e até mesmo o tipo de trajeto que ele faz.  

“O sistema foi criado para dar mais clareza ao usuário. Cada número tem um sentido, ele informa a região de origem, para onde o ônibus vai e se passa pelo Hipercentro ou não”, explica Luís Castilho, chefe de gabinete da Superintendência de Mobilidade de Belo Horizonte (Sumob). 

As linhas que são acompanhadas por letras, como a 83D e 83P, sinalizam que uma delas é direta e a outra paradora, mas ambas com o mesmo ponto de origem, destino e trajeto. "Esse sistema permite que os passageiros tenham uma noção mais clara do percurso mesmo antes de embarcar", afirma Castilho. 

Como funciona o sistema de numeração 
A capital mineira é dividida em dez regionais administrativas e cada uma recebeu um número, sendo identificadas por: (0) Hipercentro, (1) Centro-Sul, (2) Oeste, (3) Barreiro. (4) Noroeste, (5) Pampulha, (6) Venda Nova, (7) Norte, (8) Nordeste e (9) Leste.  

As linhas de ônibus de BH podem ter entre dois, três e quatro dígitos, e são organizadas de acordo com as dez regionais administrativas. A quantidade de dígitos de uma linha diz respeito ao tipo de serviço que ela oferta para a população, podendo ser: troncal, diametral, alimentadora, radial, perimetral, suplementar e vilas e favelas.

Os ônibus com apenas dois dígitos são as linhas troncais, com trajetos principais e mais diretos. Os dígitos dessas linhas são formados por: região de origem + número sequencial que diferencia a linha de outras. Elas têm origem em uma estação de integração, com destino à área central e durante o trajeto utiliza os “troncos” da cidade, como as avenidas Amazonas, Presidente Antônio Carlos e Presidente Carlos Luz.

Por exemplo, a linha 61 que liga Venda Nova (6) à região Central fazendo um trajeto direto, sem paradas. Já a linha 62 também liga Venda Nova (6) até a área hospitalar da capital, fazendo paradas durante o trajeto.  

Os ônibus de três dígitos são as linhas alimentadoras, que ligam um bairro à uma estação de integração ou de metrô, podendo também prestar atendimento dentro da própria região. Os números dessas linhas são formados por: região de origem + dois números sequenciais que diferenciam as linhas de outras. Por exemplo, a linha 407 faz a ligação entre os bairros Califórnia e Glória. Já a linha 621 faz a ligação da estação Venda Nova com o bairro Lagoa, que fica na mesma região. 

Já os ônibus com quatro dígitos são linhas que têm itinerários mais longos, podendo ser diametrais (ligação entre duas regionais atendendo ao Hipercentro), perimetrais (ligação entre duas regionais não atendendo ao Hipercentro) e radiais (ligação entre uma regional e a área Central). Os dígitos dessas linhas são formados por região de origem + região de destino + dois números sequenciais que vão de 0 a 99, sendo que de 0 a 49 a linha passa pelo Hipercentro, e de 50 a 99, a linha não passa pelo Hipercentro.   

As linhas diametrais, como a 8102, faz ligação da regional Nordeste (8) com a regional Centro-Sul (1) e o sequencial (02) indica que atende ao Hipercentro. Já a 9250, que é uma linha perimetral, liga a regional Leste (9) com a Oeste (2), e o sequencial 50 indica que ela não atende ao Hipercentro. A 4031 faz ligação da regional Noroeste (4) com o Hipercentro (0) e o sequencial (31) reforça que atende à região central. 

Uma diferença nas linhas alimentadoras das outras é que a tarifa delas é reduzida ou até mesmo gratuita, no caso das linhas de vilas e favelas. 

Atualmente, 12 linhas (101, 102, 103, 107, 201, 203, 319, 321, 336, 740, 826 e 902) fazem atendimento em dez comunidades da capital. Essas linhas operam com micro-ônibus e vão aonde os ônibus convencionais não conseguem acessar.

O objetivo dessas linhas é acessar aglomerados urbanos da cidade e conectar os moradores dessas regiões a outras linhas convencionais para que eles consigam alcançar toda a cidade. “Desde 2023, as doze linhas de vilas e favelas que operam com micro-ônibus têm tarifa zero. Um exemplo forte que temos é o Aglomerado da Serra, que tem três linhas de vilas e favelas para fazer a conexão dos moradores ao restante da rede de transporte da cidade. As demais linhas têm a tarifa normal, atualmente no valor de R$ 5,75”, afirma Castilho. 

Linhas com numeração antiga ainda circulam  
Algumas linhas não seguem esse padrão de numeração. Mesmo com o atual sistema, das 299 linhas ativas, 31 ainda utilizam o sistema antigo, que não era relacionado à regional e sim aos corredores importantes de ligação da capital. São elas: 1145, 1404A, 1404C, 1502, 1505, 1505R, 1509, 1510, 3301A, 3301B, 3302A, 3302B, 3302D, 3502, 3503A, 4405, 4501, 4801A, 4802A, 5502C, 5503A, 5503B, 5506A, 8001A, SC01A, SC01B, SC01R, SC02A, SC03A, SC04A e SC04B. 

Segundo Castilho, essas linhas que ainda seguem com a numeração anterior, pois são linhas muito antigas e não houve um ambiente adequado para fazer essa reorganização de numeração delas. “A linha 1502 foi criada em 1982. O usuário já está muito habituado com essa numeração e, por isso, que a gente ainda a mantém. Se não há alteração no trajeto ou nenhuma previsão de alteração no atendimento, entendemos que não tem necessidade de mudar o número apenas por mudar. O impacto maior vai ser para o próprio usuário que terá que se readequar sem necessidade, porque pode mais atrapalhar do que auxiliar o usuário que já está utilizando de maneira corriqueira dessas linhas”. 

Em 2023, quatro linhas que operam na Região da Pampulha com a numeração anterior foram renumeradas. As linhas 4403A, 4403C, 4403D e 4410 foram reestruturadas e transformadas nas atuais linhas 5034, 5035 e 5036. “Nessas linhas, não houve apenas alteração no número, nesse caso reestruturamos todo o atendimento. Fazia sentido atualizar a numeração. Em alguns momentos buscamos renumerar essas linhas para deixar um padrão unificado na cidade”, afirma Luís Castilho. 

Padronização das cores e melhorias 
Desde 2017, o município escolheu padronizar as cores dos ônibus com pintura em cinza e azul para os convencionais; verde e cinza no Move; e laranja os suplementares, como uma forma de facilitar a utilização da frota em diversas linhas. “Nos bastidores da operação tem uma série de adequações na frota que são necessárias que uma pintura única facilita, otimizando a operação, reduzindo a frota necessária para cidade, porque o mesmo veículo reserva pode ser reserva em qualquer linha. E isso facilita na operação”, afirma Castilho.  

A mudança não foi apenas nas cores, algumas exigências mudaram nos ônibus que circulam na capital. A frota passou a incluir ar-condicionado, obrigatório desde 2017, e suspensão a ar, garantindo mais conforto e segurança para os usuários. “Hoje grande parte da frota já tem ar-condicionado e também a suspensão a ar que fornece mais segurança para o usuário. Só de 2023 para cá, incluímos mais de 1.000 ônibus na frota, totalizando atualmente 2.723 veículos”, diz o chefe de gabinete da Sumob.   

Antes, com as cores dos ônibus diferentes, alguns usuários utilizavam esse recurso para identificar seu meio de transporte. O atendente de telemarketing Luís Antônio, que utiliza a linha 1280, lembra dessa época e sente falta das cores diferentes. “Na época dos ônibus coloridos era mais fácil. Eu sabia que os amarelinhos rodavam nos bairros e os verdes iam para o Centro”.

A auxiliar de limpeza Geisiane Barbosa também relatou que achava melhor essa época. “Lembro da época que os ônibus tinham cores diferentes e me ajudava a identificar meu ônibus com mais facilidade, era melhor”. 

A recepcionista Alice Barbosa, mora atualmente na Região Noroeste e pega o 9415. Ela relatou que não sabia o porquê de o ônibus ter esse número. “Nunca parei para pensar na numeração do ônibus que pego. Na época que morava em Venda Nova os ônibus tinham cores diferentes e usava bastante o recurso das cores para diferenciar os ônibus que precisava pegar”. 

Para facilitar a identificação dos ônibus, a Sumob tem atualizado os pontos. “A gente tem feito um esforço muito grande em revisar a sinalização dos pontos de ônibus para trazer a informação atualizada para o usuário, sempre destacando o cinza com azul. Só no ano passado foram mais de 200 pontos atualizados, principalmente na área central, para a informação do ponto coincidir com a informação do ônibus e facilitar a identificação do usuário”, afirma Castilho.

Informações: Estado de Minas

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Transporte de passageiros sobre trilhos economizou cerca R$ 12 bilhões no Brasil em 2024

domingo, 4 de maio de 2025

O setor metroferroviário brasileiro vem em uma crescente nos últimos anos, com novos investimentos e projetos. Esse impulso está exposto no Balanço Metroferroviário da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), que revelou o aumento do número de passageiros e uma economia de R$ 11,7 bilhões com transporte no Brasil.

Conforme o balanço, anunciado durante a Intermodal, que ocorreu entre os dias 22 e 24 de abril, em São Paulo, os sistemas urbanos de transporte de passageiros sobre trilhos transportaram 2,57 bilhões de pessoas ao longo do ano, crescimento de 3,6% em relação a 2023. Se, por um lado, as pessoas utilizaram mais trens, metrôs e VLTs (Veículo Leves sobre Trilhos), a redução da circulação de veículos individuais e ônibus permitiu uma economia de aproximadamente R$ 12 bilhões. Somado a isso, é pertinente supor que houve queda nos gastos com manutenção de vias.

Além disso, 2,4 milhões de toneladas de poluentes não foram emitidos. Esse dado vai ao encontro do estudo ‘Situação Global do Transporte e Mudança Climática Global’, publicado durante a COP-24, em 2018. Neste relatório, consta que os trens, principalmente os cargueiros a diesel, são os menos poluentes entre os modais. O transporte sobre trilhos seria responsável por apenas 3% das emissões de CO2, enquanto os carros de passeio seriam responsáveis por 45%.

Aliás, o balanço da ANPTrilhos levantou que o uso de transporte metroferroviário para passageiros reduziu o consumo de 1,2 bilhão de litros de combustíveis fósseis. Já no quesito bem-estar, os modais que funcionam sobre trilhos permitiram uma economia de 1,5 bilhão de horas no transporte diário.

O tamanho do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil
Para a ANPTrihlos, 2024 foi um ano marcado por avanços importantes no setor. Por exemplo, a operação da Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro e a expansão do Metrô de Teresina. Até o fim do ano de 2024, a malha metroferroviária brasileira somava 1.137,5 km.

Além disso, o balanço ressalta a concessão do Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas e os avanços nos sistemas metroferroviários de São Paulo e Belo Horizonte como pontos positivos do ano.

Ao longo do ano, o setor inaugurou três estações de embarque e desembarque de passageiros: a Estação Várzea Nova (Trens Urbanos de João Pessoa), a Estação Colorado (Metrô de Teresina) e o Terminal Gentileza, que, além de atender o VLT Carioca, integra outros dois modos de transporte. Por outro lado, houve desativação da Estação Mutange do Trens Urbanos de Maceió.

Ao total, o Brasil conta com 21 sistemas de transporte urbano de passageiros sobre trilhos, localizados em 12 unidades federativas e 15 regiões metropolitanas. São 73 municípios atendidos, com cerca de 8,1 milhão de passageiros por dia. Esses usuários utilizam 49 linhas de metrô, trens urbanos, VLT, Monotrilho e AMP (Automated People Mover).

Para isso, percorrem 633 estações, administradas por 16 empresas. Nove delas são concessionárias e sete empresas públicas. Apenas duas gestões de sistema ficam no âmbito federal: Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).

Tamanho das linhas
Em 2024, a Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro acrescentou 0,4 km de trilhos. Somado à expansão do Metrô de Teresina, com mais 2,5 km, a malha ferroviária para passageiros fechou o ano com mais 2,9 km. Entretanto, a revisão dos dados de outros sistemas mexeu na somatória dos quilômetros de trilhos brasileiros. Em Brasília, o metrô saiu dos 39,10 km para 42,38 km. Já o Metrô de Teresina foi de 13,6 para 13,5 km. A maior redução foi percebida no VLT do Rio Janeiro, de 13,1 para 11,1 km.

Portanto, dos 1.137,5 km de malha metroferroviário brasileira, os metrôs têm 310,8 km distribuídos em 16 linhas e os trens urbanos têm 536,0 km em 15 linhas.

Passageiros do transporte sobre trilhos no Brasil

Os passageiros do transporte metroferroviário no Brasil atingiram uma média diária de 8,61 milhão de pessoas em 2024. Isso representa uma alta de 420 mil passageiros por dia. Conforme o balanço do setor, 73,4% dos passageiros usam o transporte para ir trabalhar. Dos usuários, 55,2% tem entre 20 e 39 anos e 51,2% são do gênero feminino.

Apesar do aumento no número de passageiros, alguns Estados apresentam quedas significativas. No Rio Grande do Sul, o reflexo das enchentes que afetaram a região no primeiro trimestre de 2024 levou a uma queda de 34% no volume de passageiros.

Na mesma toada, a Paraíba continuou em queda, situação já identificada em 2023. Apesar da redução ser menos, de 27,1% para 20%, o sistema ainda enfrenta desafios para atrair usuários. Em Pernambuco, a queda saiu de 10,8% para 6,9%, entre 2023 e 2024. Conforme a ANPTrilhos, essa redução está associada diretamente a problemas operacionais, como cancelamento e atrasos.

Já no Rio de Janeiro, o registro de redução foi menos, de 3,5% para 1,2% de queda. No caso carioca, a associação explica que o principal causador da redução é o aumento da tarifa e a força do subsídio municipal no sistema de ônibus.

Por outro lado, o Distrito Federal, que havia registrado crescimento no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, apresentou, no acumulado do ano, pequena oscilação negativa no acumulado do ano. De 2,2% de crescimento em 2023 para 0,9% de queda em 2024. Entretanto, no Piauí, a recuperação foi expressiva, com reversão do cenário anterior, de -20% para +30%.

Oferta de lugares caiu
O que também impacta a aderência no sistema de transporte sobre trilhos é a oferta de lugares. Em 2023, a ANPTrilhos identificou que haviam 5,4 bilhões, já em 2024, o número caiu para 5,2 bilhões. Isso fica perceptível no número de carros, que registrou queda de 1,8%, chegando a 4.790. Apesar disso, o índice de previsibilidade nos sistemas cresceu, de 98,6% para 98,8%.

Funcionários do setor metroferroviário
O setor metroferroviário fechou 2024 com 39,7 mil empregados, uma queda de 6,9% em relação a 2023. A principal redução foi no quadro de funcionários com vínculo empregatício, que saiu de 30,5 % para 28,4%. Entretanto, a quantidade de terceirizados cresceu, de 10,2% para 11,3%.

De acordo com o balanço, a participação feminina se manteve, com 22% do quadro das contratações.

Transporte regional

Apesar do potencial do transporte sobre trilhos regionais, o Brasil só contêm dois sistemas desse tipo. As linhas em operação são: Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e Estrada de Ferro Carajás (EFC), ambas operadas pela Vale.

Juntas, essas linhas transportaram 1,2 milhão de passageiros em 2024, conforme dados da companhia. A EFVM tem 584 km e apresentou crescimento no número de passageiros de 742 mil em 2023 para 836 mil em 2024.

O aumento também ocorreu na EFC, com 892 km. A linha saiu dos 399 mil passageiros em 2023 para 423 mil em 2024.

Crescimento da rede de transporte de passageiros sobre trilhos
Apesar dos números positivos de 2024, o setor ainda precisa avançar. É consenso para aqueles que trabalham com o sistema metroferroviário que o investimento público é essencial para avançar. Entretanto, a capacidade de investimentos municipais, estaduais e federais é pequena, em relação à demanda. Por isso, as parcerias público-privadas são vistas como a alternativa viável para buscar a transição energética e solução dos problemas de mobilidade urbana.

Está previsto para lançamento o Plano Nacional Ferroviário, que ainda depende de alguns ajustes antes da publicação oficial. O que se sabe e espera é um plano de investimentos de cerca de R$ 100 bilhões. Disso, o governo federal deve ficar responsável de 20% a 30% do aporte financeiro. Dentro do plano, é esperado que haja autorizações para concessões e incentivos ao setor privado.

Em janeiro deste ano, o ministro dos Transportes Renan Filho anunciou que publicaria o Plano Nacional Ferroviário até fevereiro, entretanto, o texto ainda passa por revisões.

Informações: Estadão

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Metrô de SP prevê crescimento para 280 km de rede e 12 linhas até 2040

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Roberto Torres, diretor de Engenharia e Planejamento do Metrô de São Paulo, detalhou os projetos de expansão da rede e a previsão de conclusão das obras das linhas 6-Laranja e 17-Ouro, que devem beneficiar mais de 1,2 milhão de usuários, em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira (14).
"O Metrô está com um cenário bastante agressivo de expansão das linhas. A gente tem várias obras em construção e outras na fase de projeto e licitação, como é o caso da Linha 19-Celeste. A gente deve crescer em torno de 180 km nos próximos 15 anos. Hoje, o Metrô tem 104 km, e a gente visa chegar a cerca de 280 km até 2040, sendo que até 2028 devemos entrar com duas novas linhas, que são a Linha 6-Laranja e a Linha 17-Ouro. Até 2040, a gente planeja dobrar o número de linhas, saindo das atuais seis para pelo menos doze", explicou Torres.

O diretor também falou sobre a quantidade de prestadores de serviços atuais da companhia. "O Metrô hoje tem em torno de 6 mil empregados, e quase metade desse quadro é dedicada às áreas de operação e manutenção — tudo isso para atender cerca de 4,5 milhões de passageiros todos os dias. Em ordem de grandeza, isso se equivale ao que o metrô de Nova York transporta hoje. Lembrando que esses são números do Metrô, somados às linhas 4-Amarela e 5-Lilás, que são de iniciativas privadas."

Torres disse que o objetivo do Metrô é atender cerca 9 milhões de passageiros todos os dias até 2040.

"Somente dessas obras em expansão, que são as linhas 6 e 17, a gente deve beneficiar 1,2 milhão de passageiros. Quando a gente fala em 2040, o objetivo é beneficiar cerca de 5 milhões a mais de passageiros, saindo dos atuais 4,5 milhões e ultrapassando os 9 milhões de usuários por dia", disse.

"Obviamente, o Metrô traz um impacto socioeconômico significativo dentro da cidade, porque traz mobilidade, integração, melhoria da qualidade de vida das pessoas, à medida que a gente reduz o tempo de viagem delas — tempo que pode ser dedicado à família. Também pensamos na melhoria da sustentabilidade e na diminuição de acidentes, porque quando o passageiro deixa um transporte em via pública e vem para o Metrô, isso é reduzido — e isso é muito significativo para uma cidade como São Paulo", acrescentou.

Informações: Band

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Trem Bala ligará a Cidade Maravilhosa à capital paulista em incríveis 105 minutos

domingo, 30 de março de 2025

Prepare-se para uma verdadeira revolução no transporte brasileiro! Em um futuro próximo, você poderá viajar da Cidade Maravilhosa para a capital paulista em incríveis 105 minutos, em um trem-bala que alcança impressionantes 320 km/h. O sonho de muitos brasileiros está prestes a se tornar realidade, e quem está à frente dessa gigante empreitada é Bernardo Figueiredo, CEO da TAV Brasil.

Com um orçamento colossal de R$ 60 bilhões, ele promete transformar a mobilidade no Brasil, com a construção de 417 km de infraestrutura ferroviária. Mas o que chama atenção é o preço: R$ 500 por trecho. Pode parecer caro, mas imagine o que isso representa em tempo e conforto. O projeto, que só foi viável graças à aprovação do marco legal ferroviário, será explorado pela TAV Brasil por 99 anos e começa a operar em 2032.

Além disso, paradas estratégicas em cidades como Volta Redonda e São José dos Campos prometem revolucionar ainda mais o transporte no país. Será o começo de uma nova era? 

Sob fiscalização da Agência nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o projeto da TAV Brasil foi assinado em março de 2023. A companhia terá direito de explorar a ferrovia por 99 anos.

Trem-bala circulando

A ferrovia terá extensão de 417 km e serão quatro estações próprias: São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Volta Redonda (RJ) e Rio de Janeiro (RJ). Além disso, estão previstas estações intermediárias em Guarulhos (SP), Jacareí (SP), Taubaté (SP), Aparecida (SP) e Rezende (RJ).

Para facilitar a mobilidade dos passageiros entre trens e metrôs já existentes, o trem-bala terá ligação com o Trem Intercidades (TIC) já em São Paulo (SP), que deve começar a operar em maio de 2031.

Ele também será ligado à Linha 6 – Laranja do Metrô de São Paulo, à Linha 7 – Rubi da Companhia Paulista de Trens Urbanos (CPTM) e ao Ramal Santa Cruz, da SuperVia, no Rio de Janeiro (RJ). Espera-se que mais de 25 milhões de pessoas por ano sejam transportadas pela composição.

Novidades do trem-bala que vai ligar RJ e SP
Figueiredo confirmou à revista as seguintes informações:

O tempo médio da viagem deverá ser de 105 minutos (1h45);
A velocidade média do trem-bala será de 320 km/h;
Já a passagem terá valores distintos por pessoa, sendo:
R$ 500 para quem fizer o trajeto completo;
R$ 1 mil para quem fizer ida e volta completos;
R$ 250 para quem for até São José dos Campos (SP) ou Volta Redonda (RJ);
R$ 500 para quem desejar viajar até uma das cidades citadas acima e retornar para sua cidade de origem;
O valor cheio de ida — R$ 500 — é maior do que o que as empresas de ônibus cobram e próximo ao que as companhias aéreas praticam, mas com a vantagem de ser terrestre, com paradas em algumas cidades e bem mais rápido em relação às viagens de ônibus, que demoram cerca de seis horas entre esses estados;
Estima-se que o projeto custará R$ 60 bilhões à TAV Brasil e que as operações do trem-bala comecem em 2032.

TAV Brasil também estima que o trem-bala pode adicionar R$ 168 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, gerar 130 mil empregos diretos e indiretos e conferir R$ 46 bilhões em impostos aos cofres do País até 2055.

Uma das formas pela qual a empresa pretende recuperar seu investimento será por meio da exploração imobiliária nas regiões das futuras estações. Dessa forma, a TAV estima que essa receita adicional tem potencial de chegar a R$ 27,3 bilhões.

Sobre a desapropriação de imóveis para a construção do projeto, espera-se que esse processo tenha início em dezembro deste ano, segundo o contrato de adesão. Nesse sentido, Figueiredo deu mais detalhes, indicando que a companhia poderá adquirir terrenos privados para desenvolvimento imobiliário ou para mitigar custos altos de desapropriação.

Um exemplo disso seria negociar, com proprietários, áreas para aproveitamento do crescimento da operação ferroviária. A mesma linha de pensamento vale para outras estações e imóveis estratégicos que estejam dentro da faixa de domínio da TAV, caso seja vantajoso para a companhia.

Informações: Exame

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Com R$ 12,3 bi, BNDES apoia construção da Linha 6 do metrô de São Paulo

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

A diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, participou, nesta terça-feira, dia 4 de fevereiro, em São Paulo (SP), da celebração da chegada da tuneladora norte à futura Estação Brasilândia e da conclusão da construção do tramo norte da Linha 6-Laranja do metrô da capital paulista. A obra, que prevê investimento total de R$ 17 bilhões, conta com financiamento do BNDES no valor de R$ 12,3 bilhões.

Do total financiado pelo Banco, R$ 6,9 bilhões foram contratados com a Concessionária Linha Universidade (CLU) e R$ 5,4 bilhões com o Governo do Estado de São Paulo. 

A tuneladora (TBM – tunnel boring machine), ou tatuzão, como é popularmente conhecida, é um equipamento de 2 mil toneladas, mais de 100 metros de extensão, e com diâmetro de escavação de 10 metros. O equipamento realizou a perfuração entre as estações Freguesia do Ó e Brasilândia, no trecho norte da linha.

A Linha 6 terá 15,3 km de via permanente, conectando Brasilândia, região carente da cidade, ao centro de São Paulo, com integrações com as linhas 1 e 4 do Metrô, e linhas 7 e 8 da CPTM. Ao todo, serão 15 estações e transporte de passageiros com 22 trens (132 vagões). As obras estão avançadas, com o início da operação parcial previsto para 2026 e conclusão total em 2027, com uma demanda esperada de 600 mil pessoas por dia útil.

“A Linha 6 do metrô vai reduzir significativamente o tempo de deslocamento de quem vive em Brasilândia até o centro da cidade. Hoje, esse trajeto que é feito em cerca de uma hora e meia será realizado em menos de trinta minutos. A melhoria da qualidade de vida dos brasileiros é uma prioridade do governo do presidente Lula. Além de reduzir o tempo, a linha vai facilitar o acesso de populações de áreas carentes de São Paulo a postos de trabalho e lazer, que ficam na zona central da cidade”, explica a diretora do BNDES Luciana Costa.

O projeto aprovado pelo Banco vai contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa e de material particulado, tendo em vista que o metrô é um dos modos de transporte mais sustentáveis. A estimativa é de redução de mais de 200 mil toneladas de CO2 por ano. Seria necessária uma área florestal do tamanho de 33 Maracanãs para neutralizar esse volume de emissões. Além disso, o projeto prevê investimentos sociais em comunidades no entorno das estações, como ações de capacitação e inclusão, principalmente para ampliar a mão-de-obra feminina, tanto na obra quanto na futura operação da concessão.

Histórico de apoio – Desde 2000, o BNDES já aprovou R$ 37,7 bilhões em financiamentos para o sistema de transporte sobre trilhos de São Paulo para beneficiar 3,6 milhões de pessoas por dia com a conclusão de todas as obras. Ao todo, foram nove linhas apoiadas com diferentes finalidades: modernização, expansão e até criação de novas linhas. A maioria das obras já está finalizada. Em todo o Brasil, o Banco já financiou R$ 65 bilhões em obras de mobilidade urbana desde 2000.

Todos os grandes metrôs e trens urbanos do Brasil receberam ou estão recebendo apoio do BNDES por meio de crédito ou estruturação de projetos. O Banco já apoiou metrôs e trens urbanos em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Distrito Federal, Belo Horizonte, Recife, Natal, Maceió, João Pessoa e Porto Alegre.

Informações a Imprensa

READ MORE - Com R$ 12,3 bi, BNDES apoia construção da Linha 6 do metrô de São Paulo

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