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Os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) estão chegando com força

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Uma expansão da malha de trilhos urbanos, metropolitanos e entre cidades no Brasil – que está em gestação e começará a se concretizar em pouco tempo – promete trazer pelo menos uma dúzia de novos sistemas de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). Até onde se podia ver na primeira quinzena de junho de 2025, a implantação desses sistemas, uma vez integralmente efetivada, significará mais 367,58 quilômetros desse tipo de transporte rápido, eficiente, sustentável e estruturante em diferentes cidades do país.

Atualmente, há dez sistemas de VLT, totalizando 281,46 km, que atendem passageiros em mais de 20 grandes e médias cidades. Parte dessa rede corresponde a antigos sistemas de trens criados no fim do século XIX e início do século XX, que chegaram ao século XXI transformados em trens suburbanos, e mais recentemente foram reconfigurados, passando a operar com composições de VLT.

Os sistemas de VLT em operação atendem ao Rio de Janeiro, as cidades paulistas de Santos e São Vicente, na Baixada Santista; os municípios cearenses de Fortaleza, Caucaia, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato. Também são atendidas por VLT as cidades de Maceió, Satuba e Rio Largo, em Alagoas; Santa Rita, Bayeux e João Pessoa, na Paraíba; Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco; Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz e São Jose Mipibu, no Rio Grande do Norte, e Teresina, capital do Piauí.

Os Futuros Sistemas
No Distrito Federal, se busca a implantação de uma linha de VLT em Brasília, com 22 km. Em Salvador, capital da Bahia, prosseguem as obras de construção do VLT que correrá no espaço deixado pelo subúrbio ferroviário, dividido em três trechos e totalizando 36,38 km. 

No Paraná, o governo avalia um VLT entre Curitiba e São José dos Pinhais (26 km). O governo de Santa Catarina anunciou em fevereiro de 2025 a contratação de estudos sobre um sistema de VLT que ligaria a capital, Florianópolis, a cidades de seu entorno, como Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça, Jurerê, Canasvieiras e São José.

No Sudeste
Em 2024, foi inaugurada a Linha 4-Laranja do VLT Carioca (5,1 km e 11 paradas), ligada ao terminal Gentileza. Em operação desde junho de 2016, o VLT Carioca conta com quatro linhas em funcionamento e cerca de 28 km de extensão. Trata-se de um sistema que conecta pontos estratégicos da cidade, promovendo integração com metrô, trens, barcas, ônibus urbanos e intermunicipais, BRT e o aeroporto Santos Dumont. O VLT Carioca opera com uma frota de 32 composições, cada uma com capacidade para até 420 passageiros.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse ter interesse em transformar dois sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), operados com ônibus, em VLT. São eles o TransOeste, com 62,5 km, e o TransCarioca, com 43 km. Pensa-se ainda na implantação do VLT da Zona Sul, que teria extensão de 12 km.

Ainda no estado do Rio de Janeiro, está em exame o chamado VLT de Niterói, ligando o bairro do Barreto ao Centro da cidade, com potencial de extensão até Charitas. A extensão total do sistema deverá ser de 11,4 km, sendo que a primeira etapa terá cerca de 5 km e nove estações.

O governo capixaba estuda um sistema de VLT interligando a capital, Vitória, a Vila Velha, com extensão total de 34,8 km; uma das linhas com extensão proposta de 25,5 km, outra com 7,8 km e a terceira com 1,5 km.

Projetos Paulistas
Em território paulista, estuda-se o VLT de Campinas, com 44 km, 18 estações, ligando o centro ao aeroporto de Viracopos e cidades vizinhas; este sistema terá conexão com o Trem Intercidades Eixo Norte, a nova ligação ferroviária com a capital, já licitada. Também está em exame o VLT entre as cidades de Sorocaba e Iperó, com 25 km de extensão, integrado ao Trem Intercidades Eixo Oeste, este, com leilão previsto para acontecer no último trimestre de 2025.

A futura Linha 14 do sistema de trilhos da região metropolitana de São Paulo deverá ter 41 km, 23 estações e 41 carros de VLT com capacidade para 600 passageiros cada um e intervalo médio de cinco minutos.

Há propostas para implantação de dois sistemas de VLT no centro de São Paulo, com 12 km de extensão no total, integrados a projetos de revitalização urbana. Outra ideia é o VLT Barra Funda-Mandaqui, com 8 km – projeto elaborado por diferentes entidades e sugerido às autoridades.

Na Baixada Santista, o sistema de VLT segue em expansão: o primeiro trecho (Barreiros-Porto de Santos), com 11,5 km, foi entregue em 2017. O segundo (Conselheiro Nébias-Valongo, 8 km) está em obras. O terceiro (Barreiros-Samarita, 7,5 km) está previsto para ser iniciado em breve.

Estudo Nacional
A articulação institucional em torno da mobilidade urbana ganhou novo impulso com o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), conduzido desde 2024 pelo ministério das cidades e pelo BNDES. A iniciativa visa mapear as demandas e oportunidades de transporte de média e alta capacidade nas 21 maiores regiões metropolitanas do país.

Levantamento preliminar divulgado em março de 2025 apontou cerca de 400 projetos em potencial, abrangendo trens, metrôs, sistemas de VLT e BRTs. Estima-se que, para viabilizar esse conjunto, seriam necessários investimentos superiores a R$ 600 bilhões. Os dados ajudarão a estruturar a Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana e devem alimentar a carteira de projetos do Novo PAC.

A ideia é identificar projetos prioritários, de modo que o ministério das cidades possa contribuir com os investimentos necessários, o que inclui tanto o financiamento de obras quanto o apoio à elaboração e estruturação de projetos de mobilidade urbana.

Informações: Canal Technibus

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Metrô de Salvador será ampliado com recursos do Novo PAC

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Em Salvador nesta segunda-feira (9), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, participou ao lado do governador Jerônimo Rodrigues do ato de assinatura que autoriza a publicação do edital de licitação para as obras do Tramo IV do Sistema Metroviário Salvador–Lauro de Freitas. A obra está entre os investimentos do Novo PAC Seleções na capital baiana, no valor de R$ 1,518 bilhão.

“Essa extensão do metrô vai ligar a estação da Lapa até uma nova estação subterrânea, que ficará na praça do Campo Grande”, explicou. “Será um sucesso porque toda população será beneficiada, sejam moradores da região, da Vitória, do Garcia, do Canela, do Campo Grande, de Politeama, e também quem trabalha, quem vai para a universidade, quem está indo pra escola, no hospital ou fazer exame numa clínica. Ou seja, teremos usuários da cidade inteira”, acrescentou Rui Costa.

O ministro lembrou que o metrô de Salvador opera há 11 anos, com "absoluto sucesso. É um modelo de referência para o país. Nós estamos remodelando outros metrôs existentes no Brasil, como em Recife e Fortaleza, para ficar tão eficiente quanto o de Salvador", afirmou.

Com o novo trecho de 1,5 km, o metrô de Salvador chegará a quase 40 km de extensão. O projeto inclui ainda o acréscimo de novos trens, “para manter o intervalo curto entre um trem e outro e aumentar a qualidade do serviço”, explicou o ministro. A previsão é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2026. O investimento total do Governo Federal chega a R$ 2,134 bilhões.

Durante o ato, também foi autorizado pelo Governo do Estado o lançamento do edital para a aquisição de 10 novos trens que irão operar no novo trecho do metrô, ligando a Estação da Lapa à futura Estação Campo Grande e ampliando a malha de transporte na capital baiana e região metropolitana.

Investimentos pelo Brasil

O ministro Rui Costa falou ainda sobre os investimentos do Novo PAC na mobilidade urbana de outras capitais, focados na modernização dos sistemas metroviários.

“Já estamos concluindo os estudos de mobilidade urbana para a modernização do metrô de Natal, de Maceió, de Recife e Porto Alegre. Em São Paulo, nós participamos com a extensão de várias linhas, inclusive do chamado Trem Intercidades, que vai ligar a cidade de Campinas à capital e será o mais rápido do Brasil, com velocidade de 140 quilômetros por hora”, detalhou o ministro.

Informações: Governo Federal

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Metrô do Recife deve ser privatizado até 2026

terça-feira, 3 de junho de 2025

Um meio de transporte essencial para milhares de pessoas no Grande Recife, mas que se tornou sinônimo de transtorno. O metrô, que deveria oferecer agilidade, opera com um sistema complexo e repleto de falhas que se arrastam por anos. Agora, os governos federal e estadual apostam na privatização do serviço para tentar resolver esses problemas crônicos.

Conforme consta no projeto da concessão, o leilão para concessão do serviço à iniciativa privada deve ser realizado até 2026, e a nova gestão deve começar em 2027.

A autorização para que o processo de concessão comece foi publicada no Diário Oficial da União neste mês, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será o responsável por conduzir todo o trâmite.

Confira, abaixo, o cronograma:

Realização de estudos técnicos e consulta pública: 3º trimestre de 2025;
Aprovação dos órgãos de controle: 2º trimestre de 2026;
Publicação do edital: 2º trimestre de 2026;
Leilão: 4º trimestre de 2026;
Formalização do contrato: 1º trimestre de 2027.

Por meio de nota, o governo do estado disse que, desde 2023, "tem colocado ao governo federal a urgência e relevância de realização de investimentos no metrô do Recife", tendo, inclusive, solicitado recursos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

"No atual momento, o estado está acompanhando e discutindo a conclusão desses estudos e do modelo proposto, bem como as condições para celebração de acordo de cooperação técnica com a União, com acompanhamento do BNDES, que discipline, dentre outros temas, a responsabilidade de cada parte na futura concessão e as regras relacionadas aos bens do metrô do Recife, buscando o modelo que melhor atenda aos usuários dos serviços", informou o governo.

Problemas antigos
Quem usa o metrô diariamente conhece bem os desafios. Severina Pereira, que trabalha com serviços gerais e utiliza o sistema para chegar em casa em Jaboatão, na Região Metropolitana, convive com as dificuldades.

"Superlotação agonia, empurra-empurra, eu via gente se machucando, caindo. E eu disse, não dá para mim não, parei de vir de metrô para o trabalho, mas tenho que voltar nele, porque é a melhor opção para chegar em casa logo cedo", contou.

A empresa vencedora da concessão assumirá a gestão de um sistema com 37 estações que atendem uma média diária de 137 mil passageiros. A estrutura do metrô do Recife é dividida em:

Linha Centro: sai do Centro do Recife, vai até Coqueiral e se divide em dois ramais para Jaboatão e Camaragibe.
Linha Sul: Completa o sistema, ligando a Estação Cajueiro Seco à Estação Recife.
Linhas a diesel: compostas por veículos leves sobre trilhos (VLTs), vão até o Cabo de Santo Agostinho, partindo da Estação Curado, na Linha Centro, e da Estação Cajueiro Seco, na Linha Sul.

Os principais problemas estão diretamente ligados a falhas na rede aérea. Nos últimos dois anos, foram registradas pelo menos 18 paralisações.

Recentemente, um trem da Linha Centro parou entre as estações Tejipió e Barro, na Zona Oeste do Recife, obrigando os passageiros a caminharem pelos trilhos. Além das interrupções, vagões lotados e o calor excessivo são queixas constantes dos usuários do sistema, criado em 1983.

A discussão sobre a concessão do metrô do Recife não é recente. O projeto está em pauta desde 2019, ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2024, já sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo federal incluiu o projeto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), também já defendeu publicamente a medida, mostrando um alinhamento político em torno da iniciativa, mesmo entre diferentes espectros ideológicos.

No entanto, a proposta encontra resistência. O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro/PE) é contra a concessão, alegando preocupação com a continuidade dos quase 1.500 funcionários concursados.

"É importante que garanta esses empregos. Como é a garantia desses empregos? É fazendo a movimentação para outros órgãos, caso ele seja concedido. A nossa grande bandeira é a não privatização do Metrô do Recife, que a gente defende, recursos para investimento para que a gente possa ter um metrô de qualidade para atender bem a população", afirmou.

A concessão, para ser efetivada, depende de um acordo entre o estado, a União e o BNDES, e não há um prazo definido para que isso aconteça. Para Maurício Pina, professor e doutor em engenharia de transportes, o sistema de trens urbanos necessita de investimentos urgentes, independentemente da concessão

"[É preciso] manutenção tanto dos veículos como da via permanente, que são exatamente o conjunto dos lastros e trilhos. Existem vários trechos que têm a necessidade de substituição de trilhos, que estão muito desgastados", explicou.

Informações: g1 PE

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Grande Recife, Linhas de ônibus mudam itinerário e passam a fazer integração no Terminal da PE-15

domingo, 1 de junho de 2025


As linhas TI Pelópidas (Conde da Boa Vista) e Ouro Preto (Jatobá I) passam a fazer integração no Terminal da PE-15, em Olinda, no Grande Recife, a partir do próximo domingo (1º). O Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM) anunciou a mudança dos itinerários com o novo esquema de transporte.

TI Pelópidas (Conde da Boa Vista)
O novo trajeto, sentido Paulista/Recife, da linha 1977-TI Pelópidas (Conde da Boa Vista) sai da rodovia PE-15, entra no Terminal Integrado e segue para a Avenida Agamenon Magalhães. Na sequência, o coletivo acessa a via local da Avenida Agamenon Magalhães, próximo ao Hospital da Restauração, e passa pela via local oeste da avenida, via norte da Praça do Derby, Rua Jenner de Souza, Avenida Dr. Severino Pinheiro. Em seguida, pega o retorno na Praça Prof. Ageu Magalhães, Rua Jenner de Souza, Praça do Derby (via central), Avenida Gov. Carlos De Lima Cavalcanti e Avenida Conde da Boa Vista.

Saindo do Centro do Recife, a linha deixa a Rua da Aurora, passa pelas ruas do Riachuelo e do Hospício, acessa a Avenida Cruz Cabugá e segue para a PE-15. A mudança amplia o percurso para as paradas 180078, na Rua do Riachuelo, por trás da Faculdade de Direito, e 180087, na Rua do Hospício, em frente ao Parque 13 de Maio.

Contudo, com a alteração do itinerário, a linha TI Pelópidas (Conde da Boa Vista) deixa de atender às paradas 180285, na Rua da Aurora, e 180090, na Rua João Lira.

OURO PRETO/TI PE-15
As mudanças na linha 1921-Ouro Preto (Jatobá I) começam pelo nome. O ônibus passa a se chamar Ouro Preto/TI PE-15 e também começa a oferecer acesso ao sistema integrado através do cartão VEM.

O novo itinerário, sentido Ouro Preto/TI PE-15, começa na Avenida Argentina Castelo Branco e segue pelas ruas Açaí, Baobá, retorna à Rua Açaí, pega a Puma, Peixe Agulha, Quati e Esquilo. Em seguida, o ônibus roda na PE-015 (via de tráfego misto), pega o retorno sob o elevado de Ouro Preto, volta à PE-015 (via de tráfego misto) e entra no TI PE-15.

No sentido contrário, a linha deixa o TI PE-15 em direção às Ruas Esquilo, Quati, Peixe Agulha, Puma, Açaí, Baobá, Açaí e retorna a partir da Avenida Argentina Castelo Branco.

Para manter a opção aos passageiros com destino direto ao Centro do Recife, a linha 1926-Ouro Preto (JATOBÁ II) passa a operar todos os dias e contará com o aumento da frota.

Para mais informações, usuários podem entrar em contato com o Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM) através da Central de Atendimento ao Cliente, das 6h às 18h, pelo telefone 0800 081 0158 ou no WhatsApp 99488-3999. Demandas também pode ser enviadas, em segunda instância, à Ouvidoria pelo e-mail ouvidoriapublica@granderecife.pe.gov.br ou pelos telefones 3182.5544/5633.

Informações: Leia Já

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Brasil tem 642 novos ônibus elétricos em 21 cidades, segundo dados da ABVE

segunda-feira, 26 de maio de 2025

O Brasil emplacou 642 ônibus elétricos em 21 cidades no período de 2022 a 2025. É um número muito baixo ainda, considerando o tamanho do país e a urgência climática. A cidade de São Paulo lidera com mais de 80% dos novos elétricos. Os dados passam a ser monitorados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

“Estamos trabalhando para fazer da ABVE o ponto de convergência da eletromobilidade no Brasil, não só atuando nas políticas públicas que interessam ao setor, mas também produzindo informações confiáveis sobre a evolução desse mercado”, disse Ricardo Bastos, presidente da ABVE.

Segundo a gerente da ABVE Data, Emmanuela Jordão, o objetivo é formar séries históricas que permitam acompanhar a evolução do transporte público sustentável em todas as regiões do país: “E não vamos parar por aí: em breve, começaremos a produzir séries históricas específicas de caminhões elétricos, motos elétricas e veículos elétricos levíssimos em geral”.

O Sudeste lidera disparado as estatísticas, concentrando 89% do total (569), com destaque para o município de São Paulo, que, sozinho, emplacou 518 ônibus no período – sem contar os trólebus. A região Sul aparece em segundo lugar, com 8% dos veículos (49), seguida pelo Centro-Oeste, com 2% (12). O Nordeste (8) e o Norte (4) somam juntos os 2% restantes.

Hoje, nove fabricantes atuam no segmento, sendo que 67% deles (6) produzem ônibus elétricos em território nacional, enquanto os demais 33% (3) importam esses veículos. O mercado brasileiro já conta com 25 modelos disponíveis, prontos para atender às demandas específicas dos municípios.

Os números do início de 2025 já são animadores. Em apenas quatro meses, 248 ônibus elétricos foram emplacados, o que já representa 82% do total de 2024 (302). O crescimento do setor é claro e constante. Em 2022, apenas três fabricantes estavam presentes no país, oferecendo seis modelos de ônibus elétricos e com um total tímido de 11 emplacamentos.

Além do crescimento em números, o setor de ônibus elétricos no Brasil também mostra a liderança da produção nacional. Dos 9 fabricantes que emplacaram ônibus elétricos, 6 produzem localmente, o que representa 67% do mercado. São eles: BYD, Marcopolo, Eletra/Caio, Mercedes-Benz, Volkswagen e Volvo.

Segundo a ABVE, "isso indica não apenas um aumento da oferta, mas também um fortalecimento da cadeia produtiva interna". As projeções indicam que em breve a população estará usando mais ônibus elétricos, que, além de não poluírem a atmosfera, rodam silenciosamente e sem vibrações, tornando as viagens mais confortáveis.

Ônibus elétricos por municípios
 
SÃO PAULO,  SP - 518
SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP - 19
CASCAVEL, PR - 15
GOIÂNIA, GO - 12
PORTO ALEGRE, RS - 12
CARIACICA, ES - 11
CAXIAS DO SUL, RS - 10
CURITIBA, PR - 8
SALVADOR, BA - 8
RIBEIRÃO PRETO, SP - 4
BERTIOGA, SP - 3
CAMPINAS, SP - 3
RESENDE, RJ - 3
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, PR - 3
SERRA, ES - 3
BARUERI, SP - 2
BELÉM, PA - 2
MANAUS, AM - 2
TABOÃO DA SERRA, SP - 2
LONDRINA, PR - 1
OSASCO, SP - 1

Os ônibuis elétricos são uma ótima solução de descarbionização para as cidades. Como eles rodam cerca de 250 km por dia e tem espaço para grande bateria, podem ser carregados no período de não utilização (a grande maioria à noite) e o próprio uso ajuda na eficiência energética. O anda-e-para do trânsito urbano é ótimo para veículos elétricos, que regeneram e eergia nas frenagens.

Segundo a ABVE, é importante ressaltar que os números apresentados estão relacionados com os emplacamentos registrados em cada município, o que não significa, necessariamente, que eles correspondam ao total de ônibus elétricos em circulação nessas cidades.

PAC Seleções

O segmento de ônibus elétricos tende a ganhar escala nos próximos anos, isso porque o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções, por meio da modalidade "Renovação de Frota", está promovendo a modernização do transporte público em diversos municípios brasileiros.

Com um investimento total previsto de R$ 10,6 bilhões, o programa visa a aquisição de 2.529 ônibus elétricos, 2.782 ônibus Euro 6 e 39 veículos sobre trilhos, contribuindo para a eficiência energética e a redução das emissões de CO₂ nas cidades.

A iniciativa contempla 61 municípios e 7 estados, priorizando a melhoria da qualidade de vida urbana e o fortalecimento da indústria nacional. Os recursos serão utilizados para substituir veículos antigos por modelos mais modernos e sustentáveis, alinhando-se às metas de descarbonização e à promoção de uma mobilidade urbana mais eficiente.

Informações: Terra

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Grande Recife: TI Igarassu completou um mês de operação

sexta-feira, 16 de maio de 2025


Com investimento de R$ 30 milhões, sendo R$ 20 milhões provenientes do Governo do Estado e R$ 10 milhões do Governo Federal, no último domingo (11), o Terminal Integrado de Igarassu completou um mês de operação. O equipamento que foi totalmente reformado, passou de 3.088,05 m² para 12.511,10 m² de área construída. Além da ampliação das plataformas de embarque, o terminal conta com acessos para pessoas com mobilidade reduzida, bicicletário, área de convivência com lanchonetes, quiosques, banco 24h e recarga do VEM.

Desde a sua entrega, feita pela Governadora Raquel Lyra no dia 11 de abril, o TI opera com 11 linhas e 85 ônibus conectando os principais municípios do Litoral Norte e a Região Metropolitana, passando de uma operacional de 15 mil para 40 mil passageiros por dia, garantindo acessibilidade, segurança e impulsionando a mobilidade urbana na Região Metropolitana Norte.

A obra teve sua execução retomada em 2023, quando o canteiro apresentava apenas 3,67% de avanço. O local tinha apenas um muro de contenção erguido e estava parado por causa de entraves econômicos devido à defasagem de preços dos insumos. Além disso, a terraplenagem precisou ser refeita por erros de cota e desgaste pelo tempo decorrido.

Para Matheus Freitas, Diretor-Presidente do Consórcio de Transporte Metropolitano – CTM, com apenas um mês da entrega, o TI Igarassu representa um avanço importante para os usuários de ônibus daquela localidade. “Ainda precisamos evoluir muito nos desafios que passamos no transporte público, porém, nosso compromisso é prestar um serviço de qualidade para a população, garantindo dignidade, e, acima de tudo, colocar a população em primeiro lugar”.

Informações: GRCT

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Transporte de passageiros sobre trilhos economizou cerca R$ 12 bilhões no Brasil em 2024

domingo, 4 de maio de 2025

O setor metroferroviário brasileiro vem em uma crescente nos últimos anos, com novos investimentos e projetos. Esse impulso está exposto no Balanço Metroferroviário da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), que revelou o aumento do número de passageiros e uma economia de R$ 11,7 bilhões com transporte no Brasil.

Conforme o balanço, anunciado durante a Intermodal, que ocorreu entre os dias 22 e 24 de abril, em São Paulo, os sistemas urbanos de transporte de passageiros sobre trilhos transportaram 2,57 bilhões de pessoas ao longo do ano, crescimento de 3,6% em relação a 2023. Se, por um lado, as pessoas utilizaram mais trens, metrôs e VLTs (Veículo Leves sobre Trilhos), a redução da circulação de veículos individuais e ônibus permitiu uma economia de aproximadamente R$ 12 bilhões. Somado a isso, é pertinente supor que houve queda nos gastos com manutenção de vias.

Além disso, 2,4 milhões de toneladas de poluentes não foram emitidos. Esse dado vai ao encontro do estudo ‘Situação Global do Transporte e Mudança Climática Global’, publicado durante a COP-24, em 2018. Neste relatório, consta que os trens, principalmente os cargueiros a diesel, são os menos poluentes entre os modais. O transporte sobre trilhos seria responsável por apenas 3% das emissões de CO2, enquanto os carros de passeio seriam responsáveis por 45%.

Aliás, o balanço da ANPTrilhos levantou que o uso de transporte metroferroviário para passageiros reduziu o consumo de 1,2 bilhão de litros de combustíveis fósseis. Já no quesito bem-estar, os modais que funcionam sobre trilhos permitiram uma economia de 1,5 bilhão de horas no transporte diário.

O tamanho do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil
Para a ANPTrihlos, 2024 foi um ano marcado por avanços importantes no setor. Por exemplo, a operação da Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro e a expansão do Metrô de Teresina. Até o fim do ano de 2024, a malha metroferroviária brasileira somava 1.137,5 km.

Além disso, o balanço ressalta a concessão do Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas e os avanços nos sistemas metroferroviários de São Paulo e Belo Horizonte como pontos positivos do ano.

Ao longo do ano, o setor inaugurou três estações de embarque e desembarque de passageiros: a Estação Várzea Nova (Trens Urbanos de João Pessoa), a Estação Colorado (Metrô de Teresina) e o Terminal Gentileza, que, além de atender o VLT Carioca, integra outros dois modos de transporte. Por outro lado, houve desativação da Estação Mutange do Trens Urbanos de Maceió.

Ao total, o Brasil conta com 21 sistemas de transporte urbano de passageiros sobre trilhos, localizados em 12 unidades federativas e 15 regiões metropolitanas. São 73 municípios atendidos, com cerca de 8,1 milhão de passageiros por dia. Esses usuários utilizam 49 linhas de metrô, trens urbanos, VLT, Monotrilho e AMP (Automated People Mover).

Para isso, percorrem 633 estações, administradas por 16 empresas. Nove delas são concessionárias e sete empresas públicas. Apenas duas gestões de sistema ficam no âmbito federal: Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).

Tamanho das linhas
Em 2024, a Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro acrescentou 0,4 km de trilhos. Somado à expansão do Metrô de Teresina, com mais 2,5 km, a malha ferroviária para passageiros fechou o ano com mais 2,9 km. Entretanto, a revisão dos dados de outros sistemas mexeu na somatória dos quilômetros de trilhos brasileiros. Em Brasília, o metrô saiu dos 39,10 km para 42,38 km. Já o Metrô de Teresina foi de 13,6 para 13,5 km. A maior redução foi percebida no VLT do Rio Janeiro, de 13,1 para 11,1 km.

Portanto, dos 1.137,5 km de malha metroferroviário brasileira, os metrôs têm 310,8 km distribuídos em 16 linhas e os trens urbanos têm 536,0 km em 15 linhas.

Passageiros do transporte sobre trilhos no Brasil

Os passageiros do transporte metroferroviário no Brasil atingiram uma média diária de 8,61 milhão de pessoas em 2024. Isso representa uma alta de 420 mil passageiros por dia. Conforme o balanço do setor, 73,4% dos passageiros usam o transporte para ir trabalhar. Dos usuários, 55,2% tem entre 20 e 39 anos e 51,2% são do gênero feminino.

Apesar do aumento no número de passageiros, alguns Estados apresentam quedas significativas. No Rio Grande do Sul, o reflexo das enchentes que afetaram a região no primeiro trimestre de 2024 levou a uma queda de 34% no volume de passageiros.

Na mesma toada, a Paraíba continuou em queda, situação já identificada em 2023. Apesar da redução ser menos, de 27,1% para 20%, o sistema ainda enfrenta desafios para atrair usuários. Em Pernambuco, a queda saiu de 10,8% para 6,9%, entre 2023 e 2024. Conforme a ANPTrilhos, essa redução está associada diretamente a problemas operacionais, como cancelamento e atrasos.

Já no Rio de Janeiro, o registro de redução foi menos, de 3,5% para 1,2% de queda. No caso carioca, a associação explica que o principal causador da redução é o aumento da tarifa e a força do subsídio municipal no sistema de ônibus.

Por outro lado, o Distrito Federal, que havia registrado crescimento no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, apresentou, no acumulado do ano, pequena oscilação negativa no acumulado do ano. De 2,2% de crescimento em 2023 para 0,9% de queda em 2024. Entretanto, no Piauí, a recuperação foi expressiva, com reversão do cenário anterior, de -20% para +30%.

Oferta de lugares caiu
O que também impacta a aderência no sistema de transporte sobre trilhos é a oferta de lugares. Em 2023, a ANPTrilhos identificou que haviam 5,4 bilhões, já em 2024, o número caiu para 5,2 bilhões. Isso fica perceptível no número de carros, que registrou queda de 1,8%, chegando a 4.790. Apesar disso, o índice de previsibilidade nos sistemas cresceu, de 98,6% para 98,8%.

Funcionários do setor metroferroviário
O setor metroferroviário fechou 2024 com 39,7 mil empregados, uma queda de 6,9% em relação a 2023. A principal redução foi no quadro de funcionários com vínculo empregatício, que saiu de 30,5 % para 28,4%. Entretanto, a quantidade de terceirizados cresceu, de 10,2% para 11,3%.

De acordo com o balanço, a participação feminina se manteve, com 22% do quadro das contratações.

Transporte regional

Apesar do potencial do transporte sobre trilhos regionais, o Brasil só contêm dois sistemas desse tipo. As linhas em operação são: Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e Estrada de Ferro Carajás (EFC), ambas operadas pela Vale.

Juntas, essas linhas transportaram 1,2 milhão de passageiros em 2024, conforme dados da companhia. A EFVM tem 584 km e apresentou crescimento no número de passageiros de 742 mil em 2023 para 836 mil em 2024.

O aumento também ocorreu na EFC, com 892 km. A linha saiu dos 399 mil passageiros em 2023 para 423 mil em 2024.

Crescimento da rede de transporte de passageiros sobre trilhos
Apesar dos números positivos de 2024, o setor ainda precisa avançar. É consenso para aqueles que trabalham com o sistema metroferroviário que o investimento público é essencial para avançar. Entretanto, a capacidade de investimentos municipais, estaduais e federais é pequena, em relação à demanda. Por isso, as parcerias público-privadas são vistas como a alternativa viável para buscar a transição energética e solução dos problemas de mobilidade urbana.

Está previsto para lançamento o Plano Nacional Ferroviário, que ainda depende de alguns ajustes antes da publicação oficial. O que se sabe e espera é um plano de investimentos de cerca de R$ 100 bilhões. Disso, o governo federal deve ficar responsável de 20% a 30% do aporte financeiro. Dentro do plano, é esperado que haja autorizações para concessões e incentivos ao setor privado.

Em janeiro deste ano, o ministro dos Transportes Renan Filho anunciou que publicaria o Plano Nacional Ferroviário até fevereiro, entretanto, o texto ainda passa por revisões.

Informações: Estadão

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