Semáforos inteligentes, carros autônomos, iluminação guiada por sensores e outras tecnologias estão tornando os grandes centros urbanos mais sustentáveis e eficientes, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Clovis Armando Alvarenga Netto, professor do Departamento de Engenharia de Produção e colaborador do Centro de Estudos Sociedade e Tecnologia (Cest) da Escola Politécnica (Poli) da USP, garante que “o Brasil não está fora disso [tudo]”. O movimento das cidades inteligentes e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) são as linhas mestras de ações que guiam as melhorias.
Na mobilidade, algumas das possibilidades são a indicação de caminhos menos congestionados e os locais mais seguros para a prática de uma atividade específica, além da redução dos deslocamentos com as reuniões virtuais, que também permitem a comunicação com pessoas muito distantes. A análise estatística das regiões e dos horários nos quais há maior concentração de emissão de poluentes para um futuro remanejamento é outro avanço.
A tecnologia pode atender ao aspecto psicológico da caminhabilidade das ruas, que é quando as calçadas estão bem conservadas, sem buracos e riscos de acidentes. “As pessoas querem poder andar na rua, andar a esmo, para ver o que está acontecendo, ver movimento de pessoas, vitrines e coisas parecidas”, conta o professor. Com a informação de quais comércios e outros atrativos há naquela localidade e seus horários de funcionamento, as pessoas podem se programar melhor antes de sair de casa.
Obstáculos a serem superados
O professor explica também que, na prestação de serviços aos cidadãos, há três elementos importantes a serem considerados: a tecnologia em si, as pessoas envolvidas com isso e os processos de geração de valor dela para a sociedade. Um dos entraves pode ser a viabilidade econômica da inovação.
O modelo de negócios dos totens, que, “fazendo propaganda de vários tipos de produtos ou serviços, é uma forma de as empresas, de a iniciativa privada entrar no circuito, fazer aportes de investimento para que aquele totem seja disponibilizado”, cita o professor. O setor público também pode trazer esses projetos à vida, sem deixar de se preocupar com a proteção dos dados das pessoas.
Informações: Jornal da USP
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