A nova tarifa do transporte público de Piracicaba, cidade com cerca de 400 mil habitantes, a 17ª mais populosa de São Paulo, passa a vigorar a partir do dia 13 de julho de 2019.
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) revisou o custo operacional do sistema, levando em conta a inflação, mão-de-obra, variação dos combustíveis, depreciação da frota, equilíbrio do contrato, entre outros itens.
O reajuste, segundo comunicado da prefeitura, é a variação dos custos no período de abril/2018 a abril deste ano e o reequilíbrio do contrato de concessão.
A tarifa comum, para os usuários do Cartão VAI, será reajustada em R$ 0,30 (7,5%), passando de R$ 4 para R$ 4,30. Já a tarifa paga pelos estudantes subirá R$ 0,20 (9,3%), passando dos atuais R$ 2,15 para R$ 2,35.
O vale-transporte, hoje em R$ 4,34, passará para R$ 4,90 (aumento de 12,9%), custo assumido diretamente pelo empregador.
Para o pagamento em dinheiro, voltado aos usuários que não possuem o Cartão VAI, o valor passará de R$ 4,40 para R$ 4,80 (9,1%). Segundo a prefeitura, essa diferença será repassada para o motorista, responsável pela venda da passagem nos ônibus.
Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Semuttran), o reajuste da tarifa do transporte coletivo urbano e rural é resultado dos estudos técnicos realizados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), que determina os seus parâmetros. O objetivo é garantir o equilíbrio econômico do contrato entre a Prefeitura de Piracicaba e a empresa Concessionária Via Ágil.
A prefeitura subsidia o sistema de transporte coletivo, repondo a diferença entre o valor arrecadado com as tarifas e o custo de operação das linhas. Entre julho de 2018 a junho de 2019, a o gasto com subsídios ficou em R$ 5,97 milhões. Para os próximos 12 meses, a previsão é de que o subsídio alcance R$ 6,38 milhões.
Um item que impactou e colaborou para o reajuste foi a redução dos passageiros transportados. De 2014 a 2018, devido à crise econômica, houve uma queda de 17,5% do total de passageiros transportados, o que equivale a menos 5,9 milhões de viagens anualmente.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
Informações: Diário do Transporte
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