A Transurc (Associação das Empresas do Transporte Coletivo Urbano de Campinas) vai gastar R$ 6 milhões para implementar um sistema de reconhecimento facial no transporte público de Campinas. O objetivo, segundo a associação, é coibir as fraudes por parte de usuários que usufruem de algum tipo de benefício, como os bilhetes únicos escolar, universitário e gratuito (destinados a pessoas com necessidades especiais e idosos). A associação admite, no entanto, não ter condições de manter fiscais em todos os coletivos e que se não houver reconhecimento da face de uma pessoa, ela terá de pagar a passagem e ir até a sede da Transurc para ter o caso avaliado. O Conselho de Transportes critica a prefeitura por não consultar a entidade e diz que vai acompanhar se a situação não causará constrangimento.
O sistema, que será composto de câmeras e validadores de cartões, já começou a ser instalado em toda a frota, que conta com cerca de mil ônibus. A expectativa da Transurc é que a nova fiscalização comece a funcionar entre janeiro e fevereiro de 2016.
"Não temos condições de ter fiscais em todos os ônibus da cidade, então o sistema trava e a pessoa não vai poder utilizar o cartão. Aí vai ter que pagar passagem se quiser andar e depois terá que ir até o prédio da Transurc para explicar a situação", relatou.
Questionado sobre possíveis falhas na identificação, como alterações faciais da pessoa em relação à foto, Barddal disse que possíveis falhas serão adequadas com o tempo. "Já estamos instalando os equipamentos com a expectativa de entrar em funcionamento entre janeiro e fevereiro. Vamos fazer testes antes. Ainda não temos definição de todas as possibilidades".
De acordo com a associação, em outubro, cerca de 5% a 10% dos beneficiários fraudaram o sistema. "Atualmente, o número de fraudes contra o sistema de transporte público é alto. A utilização de benefícios por quem não tem esse direito acaba onerando o sistema, com prejuízos para toda a população", apontou Belarmino da Ascenção Marta, presidente da Transurc.
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