O sistema de BRT (Bus Rapid Transit) passa por análise de financiamento das obras para que seja instalado em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Assim que o Banco do Brasil concluir esta fase - independente e junto com a secretaria do Tesouro Nacional - que inclui a capacidade de endividamento do município, um retorno será dado. "Nós estamos simplesmente aguardando. Depois da liberação, se assinarmos o financiamento, nós teremos que contratar os projetos executivos e, por fim, a obra em si ser tocada e concluir essa linha troncal de BRT, onde a gente pode melhorar a mobilidade”, explica Paulo Cassundé Júnior, secretário Municipal de Gestão e Serviços Públicos.
Adotado em alguns municípios do país, a exemplo do Recife, o sistema funciona como uma espécie de metrô, com corredor próprio além de estações. Em Caruaru, o projeto existe desde 2012, quando o Ministério das Cidades avaliou e constatou que havia viabilidade local para a instalação do equipamento. Após aprovado pelo Legislativo, em 2013, e orçado em R$ 250 milhões - incluindo a pavimentação, ele passa por análise de financiamento. Pelo projeto, o BRT terá 13,8km e ligará Caruaru de Leste a Oeste - do Alto do Moura ao Bairro das Rendeiras. Ele deverá passar por estações próprias, aproveitando o trajeto da linha férrea do município.
Para o arquiteto e urbanista Pedro Vilarim, o BRT é importante, desde que haja uma integração urbana. “É preciso integrar as linhas que vêm dos bairros para esse eixo central do BRT. É preciso ter terminais de integração. É preciso saber também como é que vai ficar a questão dos mototaxistas. Um sistema público de transporte não admite concorrências, senão ele não tem equilíbrio financeiro. Então, se a gente está há 10 anos com o mesmo número de passageiros transportados na cidade, a cidade crescendo, é porque as pessoas estão procurando outros meios de transporte além do público”.
O secretário Paulo Cassundé afirma que a ideia é que haja mesmo uma integração urbana. “O projeto inicial, a ideia, a concepção é que ao longo dessa linha tenha as estações onde se possa ofertar bicicletários, estabelecer uma ciclovia margeando o BRT e também, ao mesmo tempo, se pegar todo o sistema de transporte de passageiro público hoje existente e reestudá-lo para que o BRT seja alimentado e também receptor desses passageiros, fazendo, portanto, essas estações de integração com as linhas para os bairros que não cruzam a linha do BRT”.
Informações: G1 Caruaru
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