Em 2009 foi aprovada a Lei de Mudanças Climáticas de São Paulo, onde a cidade tem de usar uma fonte de energia renovável em 100% de sua frota de ônibus até o ano de 2018. Surgiu então o programa Ecofrota que visava encontrar a melhor alternativa ao ônibus movido a diesel, tanto do ponto de vista técnico (o desempenho dos ônibus não poderia piorar) quanto econômico, uma vez que a conta deveria ser paga pela gerenciadora do sistema, a SPTrans que já arca com de R$ 6 bilhões por ano em subsídios.
Entretanto, de acordo com publicação do jornal “O Estado de São Paulo”, problemas técnicos e financeiros paralisaram o projeto. O texto diz que surgiram dúvidas por parte dos engenheiros da gestora do transporte paulistano. Além disso, o repasse de verbas para subsidiar esses combustíveis também está suspenso.
A meta não foi alcançada, com a exceção da substituição da frota de trólebus, onde cerca de 200 ônibus elétricos novos rodam na cidade. A SPTrans, no entanto, afirma que vai encontrar a solução dentro do prazo determinado na lei.
Problemas com o Biodiesel
O Jornal conta ainda que uma das viações de ônibus da zona leste da cidade, já em 2011 usava a frota com biodiesel, onde chegou a ter 1.200 ônibus rodando com esse combustível. Mas teve de conviver com problemas como corrosão de motores e perdas de desempenho. Ainda no primeiro semestre do ano passado, a empresa deixou de usar o combustível nas ruas: “Temos dúvidas do ponto de vista técnico se essa alternativa é a que melhor se adapta às exigências da legislação”, diz o diretor econômico-financeiro da SPTrans, Adalto Farias.
“Neste momento, a questão financeira é quase que uma das últimas. Nosso pessoal de engenharia não tem claro se o B20 é a solução para o que preconiza a lei de mudanças climáticas”, continua. “Entre os que atendem integralmente à lei, temos o combustível elétrico e o Amyris (diesel de cana). Mas o Amyris tem dois problemas. O litro custa R$ 7 e a indústria, hoje, não tem capacidade para atender às demandas”, completa.
O diretor afirma que a SPTrans deve primeiro definir uma matriz para fazer os investimentos no setor. “Com o biodiesel, gastávamos R$ 2 milhões por mês. Se fosse atender a frota inteira, seria R$ 350 milhões. É preciso definir a matriz antes de fazer esse gasto.” Mas não há prazo para resolver o problema.
Com as informações de Agência Estado
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