Depois de um mês e meio da instalação das faixas exclusivas de circulação do sistema Bus Rapid Service (BRS), localizadas na avenida Constantino Nery, usuários de 10 linhas que atendem as Zonas Norte e Leste avaliam que é muito cedo falar de melhoria nas condições do transporte, mas reconhecem a redução no tempo das viagens.
O grande problema é que faixas exclusivas do BRS ainda não estão funcionando corretamente. Segundo o comerciante Túlio Araújo, 47, em alguns trechos as obras não foram concluídas e não há qualquer respeito por parte dos motoristas de veículos de passeios e cargas.
A faixa da esquerda, que deve ser exclusiva para os ônibus, é invadida várias vezes por condutores de outros veículos, deixando os motoristas irritados. Um motorista que pediu para não ter o nome revelado disse que se até hoje algum motorista saiu ou entrou na faixa exclusiva não é por falta de informação. “Estamos trabalhando isso há mais de um mês e, apesar de não ter fiscalização, todos sabem que essa faixas são exclusivas para certas linhas de ônibus articulados ”, disse o motorista.
Apesar do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), afirmar que agentes de trânsito estão diariamente ao longo da Constantino Nery para orientar condutores flagrados circulando dentro da faixa exclusiva, a população diz que não existe qualquer orientação ou impedimento de carros não autorizados circularem nelas. A auxiliar administrativa Bianca Corrêa, 21, moradora do bairro rio Piorini, Zona Norte, afirma que os carros entram e atrapalham a circulação rápida. “Às vezes fica aquela fila enorme e não aparece nenhum carro do Manaustrans para mandar os particulares sairem da faixa do BRS”. afirmou.
Tempo
Os moradores da comunidade Igarapé do Passarinho, no Rio Piorini, dizem que depois da implantação do BRS o tempo de viagem melhou, mas ainda assim eles consideram essa melhora insuficiente. A cabeleireira Joana Lima, 70, contou que antes saia de casa para ir ao centro e a viagem demorava duas horas até chegar ao destino. “Agora com o BRS estou chegando em uma hora e meia, às vezes até menos, mas acho que esta faltando respeito dos outros motoristas (dos particulares) e mais orientação para o povo sobre essa faixa”. disse.
O diretor-presidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho, lembrou que o sistema BRS ainda está em fase de implantação e todas as adequações necessárias para aprimorá-lo estão sendo realizadas. Carvalho também destacou a importância da implantação dele para melhorar a mobilidade urbana em Manaus. “A frota de ônibus coletivos representa apenas 2,5% de toda a frota de veículos da cidade. Esses 2,5%, no entanto, transportam 60% da população. Os dados devem nos fazer refletir e nos fazer entender que os ônibus do transporte coletivo precisam ter prioridade porque transportam mais pessoas”, concluiu.
Informações: A Crítica
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