O valor da passagem do transporte coletivo em Uberaba pode ser reajustado de R$ 2,80 para R$ 3,44. Nesta sexta-feira (31), representantes do Ministério Público se reunirão com membros da Prefeitura e de um movimento contra o aumento da passagem para discutir o assunto. E na próxima segunda-feira (3), às 19h, também está marcada uma reunião pública na Câmara de Vereadores para discutir o assunto.
As duas concessionárias de transporte coletivo de Uberaba querem que a tarifa seja reajustada. A proposta está sendo avaliada pela Prefeitura, que só irá se posicionar após a conclusão da análise.
José Tiago de Castro, presidente da Associação dos Usuários do Transporte Coletivo, que lidera o movimento, explicou que já foram feitas várias tentativas para discutir o reajuste na Prefeitura. “Estamos tentando marcar reunião com o prefeito para discutirmos não só o preço da tarifa como também a qualidade do serviço”, afirmou.
Cerca de 3% do que as empresas arrecadam é repassado para a Prefeitura, que deve arcar com as despesas de manutenção dos abrigos e do sistema de monitoramento, de acordo com o presidente da Associação. Outros problemas, como as empresas continuarem com ônibus circulando sem cobradores, foram apontados. No Centro da cidade, tetos de abrigos estão danificados. A proteção do sol forte são as árvores e em outros pontos pelos bairros eles estão quebrados.
Alguns usuários reclamam que os problemas não estão apenas fora dos ônibus. “Alguns botões de sinalização de parada não funcionam e temos que puxar a ‘cordinha’. Além disso, muitos usuários têm que ficar em pé porque o ônibus não comporta a quantidade. Querem aumentar o preço, mas não fornecem qualidade”, contou a enfermeira Norma Dias.
Mais um motivo que reforça a reivindicação da Associação de Usuários do Transporte Coletivo. “O retorno é praticamente zero para os usuários, por isso não deve haver o aumento. Vamos discutir com o prefeito sobre esta qualidade para depois sim, talvez ter reajuste”, observou.
Geraldo Parreira, líder comunitário, contou que as empresas não estão cumprindo os horários previstos no bairro. “Muitos perdem o horário do trabalho e são obrigados a pagar mototáxi. Isso sai muito mais caro”, disse.
A queixa de Edênio Campos é a mesma, que não concorda em pagar mais caro por um serviço que, segundo ele, deixa muito a desejar. “Se aumentar, vai atrapalhar muito no meu orçamento. Recebo R$ 1.100 mensais, pago as dívidas e agora tenho que pagar ônibus mais caro”, revelou o aposentado.
O estudante Guilherme Augusto Rosa anda de ônibus quatro vezes por dia. Se o preço da passagem aumentar, como propõem as empresas, ele vai gastar cerca de 20% a mais com o transporte. “Nós somos estudantes e dependemos muito do transporte público. E com o novo preço fica bem complicado”, comentou.
Informações: G1 Minas
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