O Metrô de São Paulo proporciona ganhos de R$ 19,3 bilhões anualmente para economia do Brasil, o equivalente a 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB). É o que aponta estudo da Universidade de São Paulo (USP), que comparou dois cenários - com a presença do Metrô e sem - e concluiu que, quanto menos tempo de deslocamento diário de casa para o trabalho, mais produtivo será o trabalhador, o que gera efeitos positivos na economia.
“Quando você retira o metrô, o tempo de deslocamento aumenta e a produtividade cai. O PIB da cidade de São Paulo e de outras regiões do País é afetado. O Brasil perde competitividade, a arrecadação do governo é reduzida, as famílias têm menos renda e, portanto, consomem menos”, diz o estudo parcialmente divulgado nesta quarta-feira, e que será apresentado na íntegra na próxima sexta-feira.
A pesquisa, denominada A Economia Subterrânea: Monitorando os Impactos mais Amplos do Metrô de São Paulo, conduzida pelo professor Eduardo Haddad, da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP, mostra que, caso o Metrô de São Paulo não existisse, a cidade deixaria de produzir R$ 6,15 bilhões (32% do total dos impactos econômicos avaliados).
O restante da região metropolitana deixaria de contribuir com a economia em R$ 2,17 bilhões (11%). Os demais municípios do Estado de São Paulo perderiam R$ 2,29 bilhões (12%) e o restante do Brasil sofreria um impacto econômico negativo de R$ 8,7 bilhões (45%).
O Metrô de São Paulo tem extensão de 74 quilômetros e 64 estações, transporta diariamente 4 milhões de passageiros e representa 20% das viagens em transportes públicos da cidade. Segundo o estudo, a quantidade de recursos que o Metrô gera anualmente (R$ 19,3 bilhões) equivale a aproximadamente a 65% dos custos da construção de toda a rede de linhas e estações.
Informações: Agência Brasil
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