A Prefeitura de São Paulo vai desapropriar imóveis para criar parte dos corredores de ônibus na cidade. O plano foi anunciado ontem e prevê 13 novas vias exclusivas.
Os trechos serão implantados em vias congestionadas como a 23 de Maio e Bandeirantes, na zona sul, e Celso Garcia e Radial Leste, na zona leste. Ao todo, o plano é entregar 147 km de corredores e 12 terminais de ônibus até junho de 2016.
De acordo com o secretário Jilmar Tatto (Transportes), para viabilizar a construção algumas regiões terão a desapropriação de quadras inteiras. Além de alargar as vias e calçadas, os terrenos serão usados para intervenções de requalificação da prefeitura.
Os espaços não utilizados serão revendidos à iniciativa privada e o dinheiro obtido será usado para bancar as próprias desapropriações.
"Na Celso Garcia, por exemplo, não adianta fazer um corredor bonito e deixar o entorno degradado. A ideia é adensar onde tem transporte público", disse. Ele não revelou outros locais passíveis de desapropriação.
PROJETO
A prefeitura vai contratar, por R$ 93 milhões, empresas para fazerem os projetos. Ao todo, os 13 corredores devem custar R$ 6,1 bilhões. O cronograma prevê que os projetos sejam concluídos até setembro e a licitação das obras até o fim do ano, para que elas comecem em 2014.
Os corredores deverão ter faixa de ultrapassagem, paradas a cada 500 metros, ciclovias, cobrança de passagem na plataforma -para agilizar o embarque- e fiação subterrânea.
Também serão feitas obras como túneis e viadutos. Outra proposta é priorizar os ônibus nos semáforos.
Questionado sobre o impacto no tráfego de carros, Tatto disse que a prioridade é o transporte público. "Com mais velocidade e qualidade, a expectativa é que as pessoas deixem o carro e migrem para o transporte público."
Outros 66 km de corredores planejados pela gestão Gilberto Kassab (PSD) já tiveram a licitação concluída e as obras devem começar nos próximos meses.
Por André Monteiro
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