A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) tem 30 dias para analisar uma proposta que pretende reservar ônibus exclusivos para as mulheres durante os horários de pico em Campinas. A iniciativa, da comerciante Neusa Concetta, teve 1.470 assinaturas e foi entregue para o secretário de Transportes, André Aranha Ribeiro, na segunda-feira (14).
Segundo a assessoria da Emdec, se a reivindicação for acatada, necessita ainda de uma alteração contratual com as empresas de transporte público da cidade e uma aprovação orçamentária na Câmara de Vereadores para entrar em vigor.
Expresso Mulher
A iniciativa pretende reduzir os casos de assédio sexual nos veículos do transporte público e foi batizada de "Expresso Mulher". A ideia é que a prefeitura disponibilize um veículo com identificação diferenciada no trajeto que liga o Terminal Campo Grande ao Terminal Central.
A iniciativa pretende reduzir os casos de assédio sexual nos veículos do transporte público e foi batizada de "Expresso Mulher". A ideia é que a prefeitura disponibilize um veículo com identificação diferenciada no trajeto que liga o Terminal Campo Grande ao Terminal Central.
A reinvidicação surgiu após as reclamações constantes de passageiras que desembarcam no Terminal Campo Grande. "Elas passam por aqui revoltadas com a situação que são submetidas nos ônibus", comenta Neusa, que é dona de um mercado próximo ao terminal.
Reclamações
O relato da dona de casa Vânia Barroso é mais grave. "Um homem já chegou a ficar quase sem roupas perto de mim. Comecei a gritar e ele desceu em seguida", conta. A revolta das passageiras, porém, geralmente passa despercebida, segundo Neusa. "Elas sentem que não tem com quem reclamar", diz a idealizadora.
O relato da dona de casa Vânia Barroso é mais grave. "Um homem já chegou a ficar quase sem roupas perto de mim. Comecei a gritar e ele desceu em seguida", conta. A revolta das passageiras, porém, geralmente passa despercebida, segundo Neusa. "Elas sentem que não tem com quem reclamar", diz a idealizadora.
A separação entre homens e mulheres no transporte público não é inédita no país. No Rio de Janeiro, vigora uma lei desde 2006 que garante exclusividade às mulheres em um dos vagões de metrô da cidade durante a semana em horários de pico.
Informações: G1.globo.com
3 comentários:
"Elas sentem que não têm com quem reclamar". Sentiam. Ao Diabo! Se fossem brancos se queixando de roubos, fariam o "Expresso Branco"? Já começou o apartheid lésbico?
E realmente não é a primeira vez que essa solução aparece. E veja que coisa: eu publiquei este domingo um texto que tem a ver com isso.
http://uniplebe.blogspot.com/2012/05/dias-negros-no-brasil-as-cotas-sao.html
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