Um estacionamento subterrâneo, três terminais de ônibus, muitas escadas rolantes e grandes claraboias. Esses são alguns dos elementos que os passageiros encontrarão nas estações da futura Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. Desenhos do projeto preliminar de arquitetura revelam os diferenciais das paradas, que devem começar a abrir em 2016 - a previsão de início da obra é 2013. O ramal terá 15 estações.
A Estação Perdizes, na zona oeste, deverá ter até lugar para guardar carros. O projeto indica a construção de uma garagem subterrânea com quatro pavimentos. O Metrô não informou qual será a capacidade do estacionamento. As saídas serão pela Avenida Sumaré e pela Rua Apinajés. Também se estuda o plantio de várias árvores sobre a estação, que ficará bem ao lado do Hospital Albert Einstein.
O engenheiro José Geraldo Baião, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp), explica que garagens assim, ligadas ao transporte coletivo, tiram carros das ruas. "Não é só pensar em integração do metrô com trem ou ônibus. É preciso ligar o carro à rede de transporte coletivo."
Os ônibus também terão vez nas futuras estações. Na extremidade norte da Linha 6, as paradas Brasilândia e Vila Cardoso terão terminais para os coletivos, segundo o estudo de impacto ambiental da obra. A Estação João Paulo I igualmente terá um terminal. Outra característica marcante dessa estação é a sua cobertura, uma enorme claraboia sobre o mezanino e a parte central da plataforma, que ficará quatro níveis mais para baixo.
Na Estação Pompeia, situada na esquina da Avenida Pompeia com a Rua Venâncio Aires, zona oeste, terão prioridade, segundo o projeto, "os espaços de circulação de pedestres, haja vista a existência de um bom número de polos atratores" nas redondezas. A parada, que também pode ter uma claraboia, será construída no mesmo quarteirão do Sesc Pompeia e ficará perto dos Shoppings Bourbon e West Plaza.
Profundidade. A Linha 6-Laranja terá algumas das paradas mais profundas do Metrô. A Estação Cardoso de Almeida, na zona oeste, deverá ter 58 metros de profundidade e 20 escadas rolantes. O número de equipamentos deverá ser ainda maior na Estação São Joaquim, na zona sul, que se conectará à Linha 1-Azul. Ali, serão 32 desses aparelhos.
Esteiras rolantes, como as que existem na conexão entre as linhas 2-Verde e 4-Amarela, estão previstas para ligar a Estação Higienópolis-Mackenzie da Linha 6 com a sua homônima da Linha 4. A distância entre o centro das duas será de 280 metros. A Linha 6, com 15,9 km de extensão, deverá custar R$ 12 bilhões e ser totalmente entregue em 2020. Segundo o relatório de impacto ambiental, R$ 570 milhões devem ser gastos com desapropriações.
Fonte: Estadão
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