Os rodoviários de Porto Alegre querem retomar as negociações com o Seopa (Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre) e acabar com a possibilidade de greve dos servidores. Por enquanto, a possibilidade de uma paralisação da categoria está afastada, segundo Júlio Gamaliel, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários.
"Por enquanto, não tem paralisação nenhuma. O que temos que fazer agora é tentar reabrir negociações com o Seopa.
Os rodoviários pedem um reajuste de 22%, na expectativa de repor perdas salariais acumuladas desde 1994, segundo o sindicato da categoria. O sindicato patronal ofereceu aumento de 2% na primeira proposta e 4% na segunda, feita no dia 17. Os índices são menores do que a inflação de 2011, que foi de 6%.
A última oferta feita pelo Seopa oferecia 7% de reajuste, aumento no vale-refeição (que passaria de R$ 13 para R$ 14,50), auxílio funeral de R$ 2 mil e pagamento de 100% da hora trabalhada nos domingos e feriados, além de garantia de dois anos no emprego para os que vão se aposentar. O pacote foi negado integralmente pelos servidores em assembleia realizada na sexta-feira (20).
Não está descartada uma nova “operação tartaruga”, com número reduzido de ônibus e os veículos circulando a 5 km/h nas avenidas mais movimentadas da capital gaúcha. Mas, por enquanto, nenhuma atitude será tomada pelos servidores.
"Primeiro temos que tentar retomar as negociações com o sindicato patronal. Dependendo das conversas, vamos ver o que fazer", completou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários.
O dissídio em vigor vale só até o dia 31 de janeiro, segundo o sindicato. Atualmente, são 8,5 mil rodoviários trabalhando em Porto Alegre, que atuam em 13 empresas divididas em três consórcios (Unibus, STS e Conorte), além da empresa pública, a Carris. O piso salarial dos motoristas de ônibus na capital gaúcha é de R$ 1.616,00. Os cobradores recebem R$ 971.
Fonte: G1 / Rio Grande do Sul
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