O Sindicato dos Rodoviários de Transporte Coletivo de Passageiros Urbanos de Porto Alegre decidiu, após assembleia, manter o estado geral de greve iniciado na última quinta-feira (19). De acordo com a categoria, a proposta de reajuste salarial de 7% oferecida pela Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) da Capital no final da tarde desta sexta-feira (20) é insatisfatória e representa um retrocesso nas negociações com o sindicato.
FREDY VIEIRA/JC |
"O sindicato patronal precisa entender que as nossas perdas salariais são enormes. Eu, como muitos de meus colegas, saio de casa para ganhar R$ 60,00 por dia trabalhado", declarou o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Fraga. "Nossa profissão envolve um fator de risco muito grande. Já ouvi histórias de vários motoristas e cobradores que foram assaltados e acabaram indo a óbito enquanto estavam trabalhando. Ganhamos muito pouco para correr esses riscos e transportar em segurança mais de 900 passageiros por dia”, complementou.
Durante a reunião realizada na sede do sindicato, na Avenida Venâncio Aires, próximo a esquina com a Avenida João Pessoa, o grupo manteve o trânsito congestionado por quase uma hora. Segundo Fraga, isto é apenas o começo de uma série de retaliações que pretendem realizar enquanto as demandas não forem atendidas. O líder sindical afirma que se outras propostas não forem oferecidas pela ATP até o dia 26 de janeiro, quando a presidente Dilma Rousseff vem a Capital para o Fórum Social Temático, a categoria pretende realizar uma paralisação de mais de 24 horas.
A chamada "operação tartaruga" – que reduziu o número de funcionários das empresas de transporte público na Capital – já dura mais de um dia. Os funcionários de empresas como Carris, Conorte e STF protestam por um reajuste salarial de 22% acima da inflação. A ATP ainda não se manifestou sobre a decisão do grupo.
Fonte: Jornal do Comércio
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