Enquanto o Governo do Estado, através da EMTU - Empresa Metropolitana de Transportes - e as empresas que operam as linhas intermunicipais que servem a região não chegam a um acordo, cerca de 600 mil passageiros sofrem todos os dias sendo transportados como gado no precário e antiquado sistema vigente.
Pagando uma das tarifas mais caras do país, enfrentam demora nos pontos de ônibus, superlotação e correm risco de vida nos veículos velhos com manutenção questionável.
Agora, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, parece ter acordado para a realidade. A área 5 da EMTU é a única que opera sem licitação e com permissões precárias de toda a Grande São Paulo.
Antes de retaliar as empresas, cassando os alvarás precários de funcionamento, a Secretaria de Transportes promete fazer um termo provisório até 2016 quando devem encerrar os contratos de outras regiões.
Desde 2006, foram quatro tentativas da EMTU para licitar as linhas, a maioria concedida entre os anos de 1970 e 1980, mas as empresas de ônibus locais não se apresentaram.
As outras quatro áreas operacionais da Região Metropolitana já foram licitadas nos mesmos moldes que a EMTU queria implantar na região.
A licitação resultou em organização das empresas em consórcios, renovação da frota, racionalização das linhas e fim de sobreposições de itinerários que encarecem o sistema.
Os empresários alegam que o ABC deve ser tratado de maneira diferente.
Para os donos de empresas de ônibus, alguns itens que formam os custos de operação nas cidades da região são dispendiosos, como os salários dos motoristas e cobradores.
Para os donos de empresas de ônibus, alguns itens que formam os custos de operação nas cidades da região são dispendiosos, como os salários dos motoristas e cobradores.
São argumentos que servem, tão somente, para protelar a implantação da solução determinada pela Constituição Federal que exige licitações transparentes no transporte público.
Fonte: Jornal ABC Reporter
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