O reajuste de 83,33% no valor da tarifa do transporte Executivo vai diminuir em 80% a quantidade de passageiros do sistema, segundo avaliação de Equias Sobrinho, presidente da Federação das Cooperativas de Transportes Executivos.
Sobrinho afirmou que “tentará o diálogo” com a Prefeitura de Manaus a partir desta segunda-feira (10) para sugerir e negociar outro valor.
Ele disse que, junto com outros representantes do Executivo, foi surpreendido com o reajuste de R$ 3 (valor atual) para R$ 5,5. Este valor passará a vigorar a partir do próximo dia 12.
“Soubemos deste valor quando vimos no Diário Oficial do Município na sexta-feira (07). Não fomos chamados pela prefeitura ou pela Secretaria Municipal de Transportes Urbanos para discutir a nova tarifa”, disse ele.
Para Equias Sobrinho, um reajuste tão elevado é uma “arapuca” da Prefeitura para afastar os usuários do Executivo, mas com a intenção de jogar a responsabilidade para os operadores deste sistema.
O sistema Executivo em Manaus é uma alternativa para usuários que optam por não pegar o transporte coletivo urbano.
A modalidade é composta por 260 veículos. A maioria circula nas Zonas Norte e Leste, áreas com mais deficiência de transporte urbano.
Já a tarifa do transporte coletivo passará de R$ 2,25 para R$ 2,75, um reajuste de 22,22%. Este valor atende a uma reivindicação dos empresários do setor.
Nota
O portal acritica.com não conseguiu contato com a assessoria de comunicação da SMTU, mas teve acesso a uma nota oficial enviada pela Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), na qual diz que “o valor do reajuste para o sistema Executivo, assim como o valor de todas as outras modalidades, foi indicado pela pesquisa qualitativa que a SMTU realizou, em dezembro de 2010, em todo o sistema viário da cidade”.
Conforme a nota, “esses dados foram amplamente discutidos em várias ocasiões, com a participação da população em geral, mas também do sociedade civil organizada. Como aconteceu no Fórum de Debates e Estudos Técnicos sobre Valor da Tarifa, em março deste ano”.
A nota diz que, na ocasião, “foram analisadas planilhas de custos sobre depreciação do veículo, remuneração do capital, custos com pessoal, valores com planos de saúde e bilhetagem”.
Segundo a nota, na última sexta-feira (07), os representantes de cooperativas foram alertados em reunião que a partir da divulgação da tarifa e antes mesmo de ser definida a concorrência que regularizará o serviço, os microônibus do sistema Executivo estão obrigados a seguir várias regras.
A nota, contudo, não diz se os representantes foram comunicados ou mesmo consultados sobre a nova tarifa.
Fonte: A Critíca Manaus
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