As licitações de trens monotrilho têm se mostrado um bom filão de negócios para as grandes construtoras do país.
Os projetos não são tão vultosos como a construção de metrô, mas demandam mais obras de construção civil que corredores de ônibus ou VLTs (bondes modernos). Isso porque os trens monotrilho correm sobre vigas de concreto suspensas.
Nos contratos fechados até agora no país, Andrade Gutierrez, CR Almeida e Queiroz Galvão foram as vencedoras e saem na frente no desenvolvimento de conhecimento na área.
Segundo as companhias fabricantes dos trens monotrilho, a produção das vigas demanda tecnologias específicas, diferentes da usada na construção de prédios e outras obras de infraestrutura. Além delas, é preciso construir estações elevadas.
Só na linha 17 do metrô de São Paulo, serão 17 dessas estações, que ficarão a cargo da An drade Gutierrez e de suas parceiras nas obras.
Todas as linhas de monotrilho em estudo, ou já consideradas pelo governo paulista nas gestões de José Serra e Gilberto Kassab, somam mais de 100 quilômetros, extensão que supera a atual rede do metrô paulistano.
Não é pouco dinheiro em jogo. Do projeto paulista de extensão da linha 2, por exemplo, orçado em R$ 2,64 bilhões, a Queiroz Galvão e OAS deverão ficar com pouco mais de R$1 bilhão. Outras companhias com interesse neste mercado são Galvão, Odebrecht e Camargo Corrêa.
O andamento dos projetos em São Paulo nos próximos anos será um bom indicador do futuro deste mercado, avaliam executivos como Hilmy Zaini, presidente da Scomi no Brasil.
Para ele, caso o modelo faça sucesso na capita paulista, as portas provavelmente se abrirão em outras cidades do país e, em seguida, na América Latina — algo que as construtoras brasileiras que já operam na região poderão aproveitar para ampliar suas receitas e seu portfólio de atuação em países vizinhos.
Fonte: Brasil Econômico
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