Mesmo estando sancionada há um ano, a Lei 4.381- que institui a implantação do cartão eletrônico para idosos no transporte coletivo de Contagem- ainda não saiu do papel. Autor da preposição, o vereador João Bosco (PMN) chegou a cobrar agilidade pela conclusão do novo sistema durante reunião plenária na Câmara Municipal. Mas a realidade é que tem gente que anda pagando passagem para não fazer a viagem em pé.
Paulo Souza de Oliveira, 74, mora no Eldorado e utiliza diariamente o transporte coletivo de Contagem. Mesmo assegurado o direito de gratuidade na passagem, ele já chegou a pagar para não fazer o trajeto em pé. "Às vezes, tem 12 bancos vazios depois da roleta e muitos idosos em pé na parte da frente. Eu, como não aguento, pago passagem e passo para a parte de trás", relata Oliveira.
Ele também explica que câmeras nos ônibus poderiam resolver o problema, enquanto o cartão não é implantado. "Nos micro-ônibus, muitos motoristas deixam que a gente passe a roleta para não ficar em pé. Mas nos coletivos com trocador, a gente não pode passar para a parte de trás do ônibus porque não tem a câmera com a filmagem da nossa identidade", afirma.
Já seu José Rodrigues de Sousa, 68, aposentado, viveu uma outra situação inusitada pela falta do passe livre em Contagem. Ele mora no Parque São João e utiliza principalmente a linha 103 para locomover-se a outros bairros. "Eu tenho a carteirinha do passe livre para os ônibus de Belo Horizonte que fiz na BHTrans. Quando eu tentei utilizar esta carteirinha em Contagem, o motorista falou que o documento não valia. Sei que não é culpa do motorista, mas é constrangedor ter que descer do ônibus", explicou.
O usuário do transporte coletivo também disse que pelo acúmulo de idosos na frente, ele acaba tendo que ceder o lugar para outros. "Quando a gente vê uma pessoa com mais dificuldade que a gente, acabamos cedendo o lugar. Se a gente passasse a roleta, não precisaria ser assim, porque às vezes tem muito lugar vazio na parte de trás", afirma.
Segundo o vereador João Bosco, a Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes (Transcon) garantiu que o sistema começaria a ser implantado no último dia 31. "A Lei já completou um ano que foi aprovada, e isto é tempo suficiente para que a Transcon, além de regulamentar, iniciasse o cadastramento e entrega dos cartões", cobrou.
"Apresentamos indicação no plenário da Câmara em maio exigindo a imediata implantação, referendados em especial pelos vereadores Arnaldo de Oliveira (PTB) e Caxicó (PPS), que também assinaram a autoria do projeto. Com esta resposta que a implantação se dará a partir do dia 31 de agosto, estamos vigilantes para divulgarmos aos interessados", completa o vereador.Sistema. Uma fonte ligada a Transcon, informou que a Prefeitura de Contagem fará o anúncio oficial da implantação do sistema, que está em estudo. Questionada sobre o assunto, a assessoria de imprensa da autarquia disse que ainda não tem dados sobre o projeto.
Ônibus é o principal meio de locomoção urbana, diz estudoUma pesquisa divulgada no mês de agosto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre locomoção urbana mostrou que a maioria dos brasileiros, um total de 34% dos entrevistados, utilizam os ônibus como principal meio de transporte. Outros 24% se deslocam mais vezes com uma caminhada. Ainda segundo a pesquisa, a maior parte dos usuários do transporte coletivo não está satisfeita com a qualidade do serviço oferecido. Ao todo, 31% dos usuários de ônibus consideram o meio de locomoção regular e 24% acham que ele é ruim ou péssimo. Para 45%, o transporte de ônibus é ótimo ou bom. Para o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, o resultado da pesquisa mostrou uma necessidade de melhorar o serviço de ônibus. "Precisa haver uma mudança do tipo de locomoção, deixar o sistema de transporte usual como os ônibus, que demora muito tempo", diz.
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Fonte: O Tempo
Foto: Alex de Jesus |
Ele também explica que câmeras nos ônibus poderiam resolver o problema, enquanto o cartão não é implantado. "Nos micro-ônibus, muitos motoristas deixam que a gente passe a roleta para não ficar em pé. Mas nos coletivos com trocador, a gente não pode passar para a parte de trás do ônibus porque não tem a câmera com a filmagem da nossa identidade", afirma.
Já seu José Rodrigues de Sousa, 68, aposentado, viveu uma outra situação inusitada pela falta do passe livre em Contagem. Ele mora no Parque São João e utiliza principalmente a linha 103 para locomover-se a outros bairros. "Eu tenho a carteirinha do passe livre para os ônibus de Belo Horizonte que fiz na BHTrans. Quando eu tentei utilizar esta carteirinha em Contagem, o motorista falou que o documento não valia. Sei que não é culpa do motorista, mas é constrangedor ter que descer do ônibus", explicou.
O usuário do transporte coletivo também disse que pelo acúmulo de idosos na frente, ele acaba tendo que ceder o lugar para outros. "Quando a gente vê uma pessoa com mais dificuldade que a gente, acabamos cedendo o lugar. Se a gente passasse a roleta, não precisaria ser assim, porque às vezes tem muito lugar vazio na parte de trás", afirma.
Segundo o vereador João Bosco, a Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes (Transcon) garantiu que o sistema começaria a ser implantado no último dia 31. "A Lei já completou um ano que foi aprovada, e isto é tempo suficiente para que a Transcon, além de regulamentar, iniciasse o cadastramento e entrega dos cartões", cobrou.
"Apresentamos indicação no plenário da Câmara em maio exigindo a imediata implantação, referendados em especial pelos vereadores Arnaldo de Oliveira (PTB) e Caxicó (PPS), que também assinaram a autoria do projeto. Com esta resposta que a implantação se dará a partir do dia 31 de agosto, estamos vigilantes para divulgarmos aos interessados", completa o vereador.Sistema. Uma fonte ligada a Transcon, informou que a Prefeitura de Contagem fará o anúncio oficial da implantação do sistema, que está em estudo. Questionada sobre o assunto, a assessoria de imprensa da autarquia disse que ainda não tem dados sobre o projeto.
Ônibus é o principal meio de locomoção urbana, diz estudoUma pesquisa divulgada no mês de agosto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre locomoção urbana mostrou que a maioria dos brasileiros, um total de 34% dos entrevistados, utilizam os ônibus como principal meio de transporte. Outros 24% se deslocam mais vezes com uma caminhada. Ainda segundo a pesquisa, a maior parte dos usuários do transporte coletivo não está satisfeita com a qualidade do serviço oferecido. Ao todo, 31% dos usuários de ônibus consideram o meio de locomoção regular e 24% acham que ele é ruim ou péssimo. Para 45%, o transporte de ônibus é ótimo ou bom. Para o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, o resultado da pesquisa mostrou uma necessidade de melhorar o serviço de ônibus. "Precisa haver uma mudança do tipo de locomoção, deixar o sistema de transporte usual como os ônibus, que demora muito tempo", diz.
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