A partir de abril, parte dos ônibus da capital começa a ser rastreada por GPS. O tempo e as condições das viagens serão monitoradas pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BH-Trans). No ponto de ônibus, os usuários terão um painel de informações que irá mostrar, por exemplo, em quanto tempo sua linha irá passar. Com a adoção do sistema, as promessas da prefeitura são de mais pontualidade e segurança para os passageiros.
O sistema é simples. O GPS instalado dentro dos coletivos envia à central da BHTrans uma série de dados que são convertidos em informações para o usuário. A primeira fase de implantação funcionará como teste em 47 ônibus das linhas 9206 e 8207. Já os painéis eletrônicos serão colocados em 20 pontos de embarque e desembarque.
O diretor de desenvolvimento e implantação de projetos da BHTrans, Daniel Marx, explica que as duas linhas foram selecionadas por rodarem em uma via de tráfego intenso, a Cristiano Machado. Outro motivo é o fato de elas passarem em um intervalo de tempo curto. De quatro minutos, no caso do 8207, e de seis minutos, no 9206. "O objetivo é testar os equipamentos em uma situação próxima do momento crítico do dia a dia. Vamos detectar possíveis falhas e fazer ajustes", disse.
Os painéis passarão por um teste físico, quando a equipe irá avaliar qual o melhor material e a altura mais adequada para a tela do equipamento e para o letreiro - os técnicos vão levar em consideração que tudo ficará exposto ao tempo, além de vandalismo.
A meta é que, até o fim do ano, 600 pontos e todos os 2.854 ônibus da capital estejam com o equipamento. Até 2014, serão 1.500 pontos de embarque e desembarque. O novo sistema também será aproveitado nos BRTs (sigla em inglês para Bus Rapid Transit) - previstos para operarem na capital em 2012.
Para o diretor da BHTrans, com os novos recursos, as empresas serão forçadas a melhorar os serviços prestados aos usuários.
Câmeras. Outra novidade é que esses coletivos também irão receber câmeras. Elas terão quatro pontos de imagens - próximos ao trocador e ao motorista e também nas portas de entrada e saída. Hoje, cerca de 300 coletivos têm esse dispositivo de segurança.
"O objetivo é aumentar a segurança, reduzir o número de assaltos e agressões. Também vamos inibir a evasão, aquelas pessoas que descem sem pagar, e a gratuidade indevida", afirmou Marx.
Contador. Em junho, começará uma nova fase de testes. Nela, será ampliado o número de linhas, além de incluída uma outra ferramenta: o contador de passageiros.
Os ônibus terão uma espécie de tapete e de sensor no teto que irão apontar com precisão quantos usuários entraram e saíram do veículo. O objetivo é atacar o problema da superlotação de algumas linhas.
Com as novas ferramentas instaladas nos ônibus da capital, a BHTrans promete atacar as duas principais reclamações dos usuários do transporte coletivo: quando ele não para no ponto certo e a relação com o motorista.
"Em cada itinerário, teremos as informações se o ônibus passou por aquele lugar, quando isso aconteceu e se ele parou no ponto. Isso quer dizer que será possível constatar a veracidade das reclamações dos usuários", afirmou o diretor de desenvolvimento e implantação de projetos da BHTrans, Daniel Marx.
Marx explica ainda que as câmeras que serão instaladas dentro dos ônibus poderão melhorar a relação entre o rodoviário e o usuário. "Eles vão saber que estão sendo filmados. Em caso de queixa, vamos ver a reação de cada um", disse. (TT)
Entenda:
Como é. Hoje, a inspeção é automática e feita por meio de um equipamento que aponta o horário de chegada e partida dos ônibus.
Como será. Com o GPS, a BHTrans terá informações mais precisas, como o ponto em que o veículo estava em determinado horário.
Satisfação. Ao longo do período de testes, funcionários da BHTrans irão para as ruas verificar quais são as reclamações e sugestões dos usuários quanto ao novo sistema.
Fonte: O Tempo
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