A partir de domingo, os passageiros de ônibus vão pagar R$ 0,20 a mais de tarifa. O secretário municipal dos Transportes e Infraestrutura (Setin), Euvaldo Jorge, reconheceu ontem os impactos do aumento na passagem de R$ 2,30 para R$ 2,50, mas diz não haver outra saída.
“Claro que é antipático o aumento, mas se o valor da passagem não for reajustado de forma gradual como agora, em outro momento a população pode não suportar”. Segundo ele, os fatores que justificam o reajuste estão relacionados ao aumento de salários dos rodoviários, combustível, manutenção, pneus e ônibus novos. Além disso, diz, as empresas de transportes de Salvador não recebem subsídios.
“Em São Paulo, por exemplo, há subsídios de R$ 600 milhões. Aqui não existe. Os custos são arcados pelos empresários e, por isso, a tarifa é assim”. O reajuste de 8,6% corresponde ao dobro do aplicado no início deste ano, que foi de 4,1%.
Apesar de o aumento ter sido fechado acima da inflação acumulada, prevista para ficar em 5,78% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o secretário argumentou que o reajuste está abaixo de outros índices. “Fechou abaixo do IGPM (Índice Geral de Preço do Mercado, 11,34%) e da Cesta Básica (8,79%)”, comparou.
Os estudantes já estão se articulando contra o aumento. Ontem foi criada uma comunidade no orkut intitulada Movimento Exu Tranca Ruas - SSA para divulgar uma manifestação programada para 3 de janeiro contra o aumento da passagem. Os estudantes prometem fazer passeata da Rótula do Abacaxi até a Estação de Transbordo do Iguatemi.
Fonte: Correio 24horas
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