Os usuários da Circular não acreditam que a empresa reduza o valor da passagem, conforme propõe ação do Ministério Público. Valor de R$ 2,30 teria que ser reduzido para R$ 2,10 sob pena de multa de R$ 50 mil por dia.
Ação civil pública também responsabiliza a prefeitura, já que o prefeito Mário Bulgareli deu parecer favorável ao aumento após as polêmicas votações do SAF (Sistema Auxiliar de Fiscalização do Transporte Coletivo de Marília), ocorridas nos dias 28 de maio e 1º de junho.
Para a costureira Maria Helena Vieira, 47, caso a justiça acate a ação e determine a redução da tarifa, a Circular vai desrespeitar a ordem judicial do mesmo jeito que destrata os seus clientes.
“Somos ignorados pela empresa e acho que ela dará à Justiça o mesmo tratamento que dão para nós. Tenho certeza que, mesmo com a mais alta multa, o valor de R$ 2,30 será mantido”, diz.
Já a auxiliar de serviços gerais, Aparecida da Silva Antônio, 38, lembra a recente disputa entre a Circular e a Justiça para dar a sua opinião.
“Há pouco tempo, uma decisão obrigava a empresa a reduzir o valor da taxa, mas esta queda foi sendo adiada. Quando o preço caiu, já estava tudo planejado para eles terem um novo aumento”, afirma.
Votações do SAF que autorizou último aumento foram decisivas para a ação do MP. No dia 28 de maio, a representante dos idosos, Aparecida da Silva, foi impedida de votar. Ela daria parecer favorável à manutenção da tarifa (na época, R$ 2,10), mas sem seu voto, a contagem terminou empatada em cinco votos.
Já no segundo encontro realizado às pressas, dia 1º de julho, membros favoráveis ao novo aumento não esperaram os oposicionistas, votaram e decretaram o novo aumento. No dia seguinte, Bulgareli decretou a nova tarifa.
Fonte: Jornal Diário
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