Entre os oito blocos estão as imediações do aeroporto de Congonhas e imóveis ao lado da marginal Pinheiros. Desapropriações ainda ocorrerão na região do estádio do São Paulo e nas proximidades do cemitério do Morumbi
Áreas ao lado da marginal Pinheiros, no entorno do aeroporto de Congonhas e nas proximidades do estádio e do cemitério do Morumbi terão imóveis desapropriados para a implantação da linha 17-ouro do metrô paulistano.
A definição das oito áreas está no edital do pregão que o Metrô fará no dia 24 para definir a empresa que vai elaborar os laudos de avaliação.
Segundo o edital, a avaliação dos imóveis "permitirá o conhecimento macro de seus valores de mercado", necessários à decretação de utilidade pública. A vistoria será da rua, mas cada imóvel terá ficha individual, com dados que permitam aferir o valor.
Segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), na região da marginal Pinheiros, com duas áreas incluídas na lista, o valor do terreno vai de R$ 4.000 a R$ 5.000 o metro quadrado. Também são valorizadas as regiões no entorno do aeroporto e do estádio.
O Metrô espera gastar R$ 185 milhões para desapropriar até 132 mil m2 -área de 18 campos de futebol-, o que dá, em média, R$ 1.400 por metro quadrado.
De acordo com estudo feito a pedido do Metrô, 19,5% das desapropriações deverão ser de imóveis residenciais de alto padrão e 7,6% de residenciais de padrão médio -42,2% dos imóveis são terrenos ou estão desocupados.
O Metrô diz que só após a conclusão do projeto básico é que serão definidos o exato traçado da linha e os imóveis que serão desapropriados.
MONOTRILHO
A empresa disse ainda que "não há como fazer metrô em São Paulo sem fazer desapropriações", mas que "trabalha para minimizá-las". O sistema da linha 17 será em forma de monotrilho -trens que trafegam sobre vias elevadas-, o que diminui a necessidade de desapropriação.
A linha, de 21,6 km, vai ligar Congonhas ao Morumbi (zona oeste) e ao Jabaquara (zona sul) e integrar o aeroporto à rede sobre trilhos.
As desapropriações visam áreas para as futuras estações, como a de Congonhas, que deve ficar às margens da avenida Washington Luís. Também para estações haverá desapropriações ao lado da marginal Pinheiros.
José Benedito da Silva, Folha
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