O transporte coletivo nunca esteve em situação "tão crítica", não houve "grande avanço" recente e existe necessidade urgente de corredores de ônibus, mais úteis e baratos que o monotrilho -defendido por Alexandre de Moraes, secretário que está de saída da gestão Kassab.
Esse ideário é defendido por Adriano Branco, engenheiro que, além de próximo de Kassab, é tio e "guru" de Marcelo Branco, futuro chefe do trânsito e do transporte no lugar de Moraes.
O prefeito confirmou ontem oficialmente a saída de Moraes, chefe das pastas dos Transportes e de Serviços.Kassab disse que os projetos seguem os mesmos, incluindo a previsão de vetar motos na av. 23 de Maio e de novas restrições a caminhões na av. dos Bandeirantes e marginal Pinheiros.
Mas nas equipes técnicas já são esperadas novas medidas especialmente em transporte, alvo de críticas por não ter investido em corredores -exceção ao Fura-Fila. A proposta é cobrada por empresas de ônibus e pelo tio do novo secretário.
"Há visivelmente retrocesso na qualidade do transporte. O que a prefeitura pode fazer de mais eficaz são os corredores. Precisa de uma virada forte", diz Adriano, que foi secretário dos Transportes (Montoro) e da Habitação (Quércia) nos anos 80.
Marcelo, administrador de empresas, atuava no escritório do tio antes de entrar no governo. Passou pela Secretaria Estadual da Habitação e foi secretário da Infraestrutura de Kassab -quando fez projetos com dicas do tio.
Transita bem tanto entre políticos do PSDB como do DEM, mas é considerado discreto, com perfil mais técnico. Na pasta anterior, era responsável por uma obra bilionária -um túnel da Roberto Marinho até a Imigrantes.
O prefeito adotou discurso de que Moraes saiu por conta própria, para abrir um escritório de advocacia. Negou desgastes. Relatos de auxiliares de ambos são diferentes.
Além de divergências com o governo Serra/Goldman na criação de uma agência metropolitana de transportes, Moraes enfrentou desgaste por falhas na coleta de lixo e declarações sobre restrições a estacionamento nas vias públicas.
Fonte: Folha de São Paulo
Fonte: Folha de São Paulo
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