Há 50 anos tentando superar a mudança da capital para Brasília, o Rio de Janeiro tem agora na agenda dois compromissos que prometem corrigir a rota de decadência que marcou a vida recente da cidade. Em apenas dois anos, todas as atenções se voltarão para o Rio, nos dois maiores eventos esportivos do planeta.
A Copa de 2014, que deverá ter o Rio como palco principal, e a Olimpíada de 2016 prometem o renascimento da cidade. Se as estimativas de investimentos nos dois eventos giram em torno de R$ 130 bilhões, pelo menos R$ 30 bilhões serão aplicados no Rio.
Para abrigar atletas, turistas e os olhos do mundo, o Rio tem pouco tempo para superar velhos dramas, como a realidade armada das favelas, o transporte desorganizado, a degradação do meio ambiente e a desordem urbana. O ataque já começou, e poderá determinar não apenas o sucesso dos jogos, mas a geração de empregos e qualidade de vida.
Estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam a geração de 3 milhões de empregos no País com os dois eventos, sendo 1 milhão no setor de serviços, como o turismo. No Rio, a expectativa é de 120 mil vagas até 2016.
Ainda sem conseguir alterar as deficiências crônicas da Polícia Militar, o governo estadual já tem resultados com a ocupação permanente de favelas. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) serão 15 até o fim do ano. Uma gota no oceano de dezenas de comunidades dominadas por traficantes, mas uma visão promissora do que pode ser feito pela segurança até os eventos.
Junto com a polícia, obras de urbanização do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) estão em curso nas maiores favelas, como Rocinha e Manguinhos. Envolvem construção de casas, ruas, saneamento e soluções de mobilidade, como um elevador do Cantagalo ao metrô de Ipanema, na zona sul, ou um teleférico que interliga as favelas do Complexo do Alemão, na zona norte. No entanto, as mais de cem mortes na tragédia das chuvas de abril mostraram que quase tudo ainda está por fazer.
O prefeito Eduardo Paes (PMDB) acredita que, até a Olimpíada, o Rio será outro. No plano estratégico para 2012, estão promessas como a recuperação de 300 quilômetros de vias, 50 mil casas populares e a redução de 3,5% das áreas favelizadas. Até agora, a prefeitura tem sido apenas usina incansável de planos, como a revitalização da zona portuária, com museu, teleférico e instalações para a Olimpíada, ou a transformação da Av. Rio Branco num parque urbano.
Há projetos como uma linha até a Barra da Tijuca para se somar às duas limitadas linhas de metrô da cidade e corredores expressos de ônibus biarticulados para superar a deficiência crônica de um cartel que controla linhas desorganizadas. Outro desafio é modernizar o sucateado sistema de trens urbanos.
O tamanho do desafio para uma cidade que saiu dos Jogos Pan-Americanos de 2007 sem resolver nenhum desses problemas deixa dúvidas, mas os benefícios ainda maiores que a Copa e a Olimpíada podem trazer podem fazer a diferença agora.
Um estudo do banco britânico Barclays estimou, por exemplo, que as exportações podem crescer 30% após os eventos se o País aproveitar a oportunidade para se vender ao mundo. Poucos países têm a chance de sediar Copa e Olimpíada em sequência.
Mais do que apoteoses do universo do esporte, Copas e Olimpíadas estão cada vez mais ligadas à economia. Não só pelo efeito multiplicador de investimentos, mas pela carga simbólica que têm dado ao renascimento econômico de países e cidades.
A Copa de 2014, que deverá ter o Rio como palco principal, e a Olimpíada de 2016 prometem o renascimento da cidade. Se as estimativas de investimentos nos dois eventos giram em torno de R$ 130 bilhões, pelo menos R$ 30 bilhões serão aplicados no Rio.
Para abrigar atletas, turistas e os olhos do mundo, o Rio tem pouco tempo para superar velhos dramas, como a realidade armada das favelas, o transporte desorganizado, a degradação do meio ambiente e a desordem urbana. O ataque já começou, e poderá determinar não apenas o sucesso dos jogos, mas a geração de empregos e qualidade de vida.
Estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam a geração de 3 milhões de empregos no País com os dois eventos, sendo 1 milhão no setor de serviços, como o turismo. No Rio, a expectativa é de 120 mil vagas até 2016.
Ainda sem conseguir alterar as deficiências crônicas da Polícia Militar, o governo estadual já tem resultados com a ocupação permanente de favelas. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) serão 15 até o fim do ano. Uma gota no oceano de dezenas de comunidades dominadas por traficantes, mas uma visão promissora do que pode ser feito pela segurança até os eventos.
Junto com a polícia, obras de urbanização do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) estão em curso nas maiores favelas, como Rocinha e Manguinhos. Envolvem construção de casas, ruas, saneamento e soluções de mobilidade, como um elevador do Cantagalo ao metrô de Ipanema, na zona sul, ou um teleférico que interliga as favelas do Complexo do Alemão, na zona norte. No entanto, as mais de cem mortes na tragédia das chuvas de abril mostraram que quase tudo ainda está por fazer.
O prefeito Eduardo Paes (PMDB) acredita que, até a Olimpíada, o Rio será outro. No plano estratégico para 2012, estão promessas como a recuperação de 300 quilômetros de vias, 50 mil casas populares e a redução de 3,5% das áreas favelizadas. Até agora, a prefeitura tem sido apenas usina incansável de planos, como a revitalização da zona portuária, com museu, teleférico e instalações para a Olimpíada, ou a transformação da Av. Rio Branco num parque urbano.
Há projetos como uma linha até a Barra da Tijuca para se somar às duas limitadas linhas de metrô da cidade e corredores expressos de ônibus biarticulados para superar a deficiência crônica de um cartel que controla linhas desorganizadas. Outro desafio é modernizar o sucateado sistema de trens urbanos.
O tamanho do desafio para uma cidade que saiu dos Jogos Pan-Americanos de 2007 sem resolver nenhum desses problemas deixa dúvidas, mas os benefícios ainda maiores que a Copa e a Olimpíada podem trazer podem fazer a diferença agora.
Um estudo do banco britânico Barclays estimou, por exemplo, que as exportações podem crescer 30% após os eventos se o País aproveitar a oportunidade para se vender ao mundo. Poucos países têm a chance de sediar Copa e Olimpíada em sequência.
Mais do que apoteoses do universo do esporte, Copas e Olimpíadas estão cada vez mais ligadas à economia. Não só pelo efeito multiplicador de investimentos, mas pela carga simbólica que têm dado ao renascimento econômico de países e cidades.
Fonte: O Estadão
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