A Faol (Friburgo Auto Ônibus Ltda), única empresa de transporte coletivo urbano do município, implantou recentemente o sistema de linha direta, que tem dividido a opinião da população que usa o serviço diariamente. Para quem mora em bairros afastados do centro, o atendimento melhorou, pois os ônibus não estão mais tão lotados e fica mais fácil encontrar um lugar para sentar. Já os que ficam no meio do caminho reclamam porque diminuiu a quantidade de carros que eles podem pegar.
Nos horários de pico, as pessoas lotam pontos de ônibus e a rodoviária urbana à espera dos coletivos a fim de cumprir o itinerário. Com a linha direta, muitos usuários que podiam usar diferentes linhas para chegar ao local desejado, reclamam da falta de opção, pois a oferta de horários e a quantidade carros continuam as mesmas de antes, com a diferença que era possível pegar qualquer coletivo.É o caso do vendedor Rafael Moraes que, apesar de morar no Parque das Flores, concentra a maioria de suas atividades entre o Centro e Conselheiro Paulino, e não está gostando nem um pouco do novo sistema.
“Antes, tínhamos mais opções: podíamos pegar o Floresta, Três Irmãos, São Jorge, Parque Maria Thereza, Riograndina, Alto dos Michéis, Belmont, Maias... Agora, nem metade dessas linhas param aqui. Isso faz com que as pessoas esperem muito tempo o ônibus desejado, o que é um absurdo”, reclamou.
Já para o metalúrgico Emerson Silva da Rocha, morador de Conselheiro Paulino, aprova o sistema, que considera funcional. “A linha direta é uma boa opção. As pessoas trafegam em coletivos de suas respectivas localidades e vão mais tranqüilos para seu itinerário”, disse.
Questionada sobre o assunto, a Faol respondeu em nota que o “sistema foi implantado através de reuniões realizadas com a Comamor (Conselho Municipal de Associação de Moradores de Nova Friburgo) e a Prefeitura, que decidiram retornar com as linhas diretas”. A empresa esclareceu ainda que em alguns bairros a linha direta não funciona mais à pedido da associação de moradores.
Fonte: A Voz da Região
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