"A subida de um cadeirante em um transporte coletivo é bem mais difícil". Foi com essa frase que Antonio Nunes Farias, de 58 anos, e há 23 na situação de cadeirante, reclamou das péssimas condições dos transportes coletivos da linha Vila Conceição / Coroadinho da empresa Sol e Mar.Cansados de reclamar e não serem ouvidos, os moradores do bairro Coroadinho fizeram, na manhã desta terça-feira, no ponto final da linha Vila Conceição, uma mobilização reivindicando mais transportes coletivos e adaptação dos ônibus aos cadeirantes.
O objetivo da reivindicação foi chamar a atenção das autoridades para o problema sofrido pelos moradores. Foi impedida a saída dos veículos do local como forma de protesto e disseram que eles só voltariam a funcionar se as autoridades atenderem as reivindicações. Enio José Veloso, de 49 anos, reclamou que alguns moradores são obrigados a irem até a Avenida dos Africanos para conseguirem pegar um coletivo. Segundo ele a dificuldade se torna maior porque ao sair do bairro, os ônibus estão sempre lotados.
De acordo com ele, os veículos só chegam atrasados e todo mundo quer entrar ao mesmo tempo. “No horário de pico é que todo mundo sai para trabalhar e estudar. Por isso os ônibus são lotados, se eles passassem mais cedo, nós não teríamos esse problema. Por isso que somos obrigados a ir pegar ônibus na Avenida dos Africanos”, contou Veloso.
O líder comunitário, Paulo Arte, de 33 amos, reforça a reclamação dos moradores dizendo que a frota de ônibus realmente é insuficiente. Mas para ele outro problema que deve ser enfatizado é o fato dos ônibus não pararem nos pontos.“Às vezes passamos horas nas paradas e os motoristas passam direto. Eles precisam se conscientizar que um dia eles podem estar em nossa situação”, argumentou Arte.
Eles reclamam que um dos maiores problemas é a falta de adaptação dos ônibus aos cadeirantes. Além disso, a quantidade dos ônibus é insuficiente para a comunidade do Coroadinho: são seis coletivos, sendo que apenas dois fazem linha com destino a Integração.
O encarregado de transporte da empresa Sol e Mar, José Albuquerque, afirmou que já estava ciente e as providências seriam tomadas para que as reivindicações dos moradores possam ser atendidas.
Fonte: O Imparcial online
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