Um dia após o incêndio que destruiu cerca de 80% do camelódromo da Central do Brasil, a Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminais do Estado do Rio de Janeiro (Coderte) defendeu a adoção de um projeto que prevê a construção de um novo terminal Américo Fontenelle.
A ideia é ampliar o espaço do terminal utilizando a área atingida pelo incêndio — o fogo destruiu total ou parcialmente 592 boxes. O terreno era alugado aos comerciantes, mas o contrato terminou em 2009. De acordo com o presidente do Coderte, Ronaldo Francisco, o projeto já foi aprovado pelo governo e será enviado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
— As obras devem começar logo, pois temos de terminá-las até a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 — explicou Ronaldo, acrescentado que a licitação deve ser feita em 30 dias, e o custo para reforma está estimado em até R$ 36 milhões.
— O fogo destruiu 18 mil metros quadrados de uma área de 32 mil metros quadrados. Vamos demolir tudo. O novo terminal vai ocupar todo o quarteirão — disse o presidente da Empresa de Obras Públicas, Ícaro Moreno.
Mas a proposta da Coderte não deve ser bem recebida pelos comerciantes, que nesta terça-feira impediram a demolição dos boxes atingidos pelo fogo. Mais cedo um grupo de vendedores procurou a Ordem dos Advogados do Brasil e a Assembleia Legislativa do Rio.
Entre os pedidos, estava a suspensão do pagamento do aluguel dos boxes até a retomada das atividades, o que contraria a ideia da Coderte.
— Nunca existiu um contrato. Eles poderiam ficar no local até que o Estado sentisse a necessidade de retomar a área. O prazo terminou no fim de 2009, mas eles não saíram — disse Ronaldo.
Na noite de terça-feira, a juíza da 10 Vara da Fazenda Pública, Simone Lopes, garantiu a limpeza e a remoção das barracas. Os comerciantes queriam impedir a demolição enquanto tentavam negociar a reconstrução do camelódromo.
Fonte: Extra online
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