Ainda que a legislação garanta a inserção de deficientes físicos na sociedade como um todo, os portadores de deficiência se sentem excluídos da comunidade onde vivem. Quando o assunto é acessibilidade, Salvador deixa a desejar por apresentar enorme quantidade de calçadas esburacadas, transporte coletivo adaptado para cadeirantes insuficiente, terminais de ônibus sem rampa e com escadas rolantes quebradas e mais uma infinidades de “deficiências”.
Além de ser classificada como a capital que menos respeita o idoso, Salvador poderia também ser a que mais desrespeita pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
O último censo apontou que 24,5 milhões de pessoas ou 14.5% da população brasileira tem algum tipo de deficiência física. De acordo com as estatísticas verificadas nos hospitais, 60% dos leitos são ocupados por pessoas vítimas de acidentes no trânsito e, o que é pior, quando não vão a óbito ficam com alguma sequela irreversível.
Baseado nesse levantamento, fica fácil concluir que o novo censo deverá trazer mais surpresas. O percentual de dez anos atrás tem grande chance de ser muito mais agressivo na próxima pesquisa. Com o objetivo de chamar atenção mais uma vez e dar visibilidade às limitações da cidade, acontece hoje uma audiência no Ministério Público para discutir as questões relacionadas aos deficientes físicos.
A audiência será promovida pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e o objetivo é discutir a elaboração do Plano Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, traçando políticas que consolidem a construção de uma sociedade voltada para a defesa de ações que garantam a cidadania, a acessibilidade e a inclusão das pessoas com deficiência no estado da Bahia. Serão abordados, durante a audiência, os quatro eixos temáticos do Plano Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência: Prevenção, diagnóstico, pesquisa e rede de apoio; Sistema educacional, empreendedorismo e divulgação; Equipamentos, tecnologias, acesso e informação; e Direitos, fiscalização e recursos.
A composição do plano acontecerá de forma participativa, efetivando um diálogo onde todos possam contribuir ativamente através das audiências, que já foram realizadas nos municípios de Amargosa e Caetité. A previsão é que ainda sejam realizadas em Juazeiro e Lauro de Freitas e que o Plano seja finalizado em junho deste ano.
Para a presidente da Associação Baiana dos Deficientes Físicos (Abadef), Maria Luísa Câmera, a cidade não está preparada para receber o deficiente físico. “Foi-se o tempo que o deficiente tinha que ficar em casa, hoje ele estuda, trabalha. Conseguimos com a lei 8.213 que as empresas o absorvessem não por pena, mas por direito, e agora nos tomam até nossa vaga no estacionamento”.
"Além do olhar preconceituoso de que somos vítimas, somos também condenados a não melhorar de vida, não podemos comprar um carro porque as pessoas inescrupulosas e preconceituosas ocupam nossa vaga no estacionamento”, indignou-se a presidente da Abadef. A afirmação de Maria Luisa é facilmente confirmada nos estacionamentos de Shopping da cidade. O cadeirante Ronaldo Santana reclama da falta de atenção ou até mesmo de educação das pessoas que chegam e ocupam as vagas. “Muitas vezes chego ao estacionamento e não encontro a vaga que me é reservada. Eu até já tive até a “sorte” de verificar que pessoas sem problema algum de locomoção ocupam sem escrúpulo algum o espaço destinado ao deficiente físico”, ressaltou.
Além de ser classificada como a capital que menos respeita o idoso, Salvador poderia também ser a que mais desrespeita pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
O último censo apontou que 24,5 milhões de pessoas ou 14.5% da população brasileira tem algum tipo de deficiência física. De acordo com as estatísticas verificadas nos hospitais, 60% dos leitos são ocupados por pessoas vítimas de acidentes no trânsito e, o que é pior, quando não vão a óbito ficam com alguma sequela irreversível.
Baseado nesse levantamento, fica fácil concluir que o novo censo deverá trazer mais surpresas. O percentual de dez anos atrás tem grande chance de ser muito mais agressivo na próxima pesquisa. Com o objetivo de chamar atenção mais uma vez e dar visibilidade às limitações da cidade, acontece hoje uma audiência no Ministério Público para discutir as questões relacionadas aos deficientes físicos.
A audiência será promovida pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e o objetivo é discutir a elaboração do Plano Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, traçando políticas que consolidem a construção de uma sociedade voltada para a defesa de ações que garantam a cidadania, a acessibilidade e a inclusão das pessoas com deficiência no estado da Bahia. Serão abordados, durante a audiência, os quatro eixos temáticos do Plano Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência: Prevenção, diagnóstico, pesquisa e rede de apoio; Sistema educacional, empreendedorismo e divulgação; Equipamentos, tecnologias, acesso e informação; e Direitos, fiscalização e recursos.
A composição do plano acontecerá de forma participativa, efetivando um diálogo onde todos possam contribuir ativamente através das audiências, que já foram realizadas nos municípios de Amargosa e Caetité. A previsão é que ainda sejam realizadas em Juazeiro e Lauro de Freitas e que o Plano seja finalizado em junho deste ano.
Para a presidente da Associação Baiana dos Deficientes Físicos (Abadef), Maria Luísa Câmera, a cidade não está preparada para receber o deficiente físico. “Foi-se o tempo que o deficiente tinha que ficar em casa, hoje ele estuda, trabalha. Conseguimos com a lei 8.213 que as empresas o absorvessem não por pena, mas por direito, e agora nos tomam até nossa vaga no estacionamento”.
"Além do olhar preconceituoso de que somos vítimas, somos também condenados a não melhorar de vida, não podemos comprar um carro porque as pessoas inescrupulosas e preconceituosas ocupam nossa vaga no estacionamento”, indignou-se a presidente da Abadef. A afirmação de Maria Luisa é facilmente confirmada nos estacionamentos de Shopping da cidade. O cadeirante Ronaldo Santana reclama da falta de atenção ou até mesmo de educação das pessoas que chegam e ocupam as vagas. “Muitas vezes chego ao estacionamento e não encontro a vaga que me é reservada. Eu até já tive até a “sorte” de verificar que pessoas sem problema algum de locomoção ocupam sem escrúpulo algum o espaço destinado ao deficiente físico”, ressaltou.
Fonte: Tribuna da Bahia
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