O cadeirante Antônio Carlos Ataíde de Jesus, de 39 anos, viveu mas um drama que pessoas em sua condição vivem todos os duas. Ele participou de sessão da Câmara Municipal de Vereadores, e denunciou o descaso ao reclamar de uma situação pela qual passou ao precisar entrar em um ônibus de transporte coletivo em Rondonópolis. Segundo ele, às 13h12 de quarta-feira aguardava um ônibus próximo ao Jardim Atlântico, em frente ao Instituto Médico Legal (IML).
No momento chovia um pouco, de acordo com Paulo, e o motorista do ônibus da linha 176 (Coophalis/Jd. Atlântico) o avisou que a plataforma para a cadeira de rodas estava danificada. O motorista teria se recusado a descer do ônibus e ajudar Paulo a entrar no coletivo.
O cadeirante contou que teve que aguardar na chuva um outro veículo, que só chegou às 13h44. O ônibus da linha 175 também estava com a plataforma estragada, mas o motorista ajudou Paulo a entrar. De acordo com ele, quando precisou retornar de seu destino, próximo à Prefeitura, na Rua D. Pedro II, utilizou o veículo da situação anterior, o 176. Desta vez, a plataforma não estava mais danificada e Paulo pode entrar normalmente.
Ele reclama do descaso do profissional que não quis ajudá-lo e relata que ele e outros colegas cadeirantes já passaram por situações semelhantes ao precisar do transporte coletivo urbano.
O gerente administrativo da empresa responsável pelo transporte coletivo na cidade, Paulo César da Silva, declarou ao Olhar Direto que as plataformas são peças sensíveis e que diariamente apresentam problemas. Ele afirmou que o veículo da linha 176 recebeu a manutenção na plataforma nesta tarde e que conversou com o motorista envolvido na questão rapidamente.“Eu falei rapidamente com ele porque ele estava dirigindo, mas vou conversar amanhã.
O procedimento de um serve para todos”, disse o gerente sobre o treinamento recebido pelos motoristas, onde são orientados a ajudar os cadeirantes quando necessário e ainda pedir a eles se aceitam a ajuda de mais uma pessoa para entrar nos coletivos. Paulo contou a versão do motorista que teria avisado ao cadeirante sobre o problemas e perguntado se gostaria de aguardar outro veículo que chegaria rápido, ao que o cadeirante teria respondido que sim.
Paulo explicou ainda que por lei a empresa deve ter 20% da frota com plataformas para cadeiras de rodas, mas que mantém 70% de veículos com esse equipamento. “Precisaria ter 12 a cada 60 ônibus, mas hoje temos 40 veículos com plataforma na frota de 65 e queremos chegar a 100%. Acho que isso demonstra o quanto é significante nossa preocupação em atender bem”, ressalta.
Fonte: Olhar Direto
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