Do projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que operou em Campinas entre 1991 e 1995, restam apenas estações sucateadas ao longo do antigo leito, como na Vila Aurocan, próxima à Avenida John Boyd Dunlop, uma das vias principais de Campinas. A estrutura abandonada, deteriorada pelo tempo e por atos de vandalismo, serve muitas vezes de abrigo a moradores de rua. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, a prefeitura investiu ao menos R$ 130 milhões na obra, mas os benefícios aos usuários foram poucos porque o VLT "ligava nada a lugar nenhum". O sistema funcionava exclusivamente dentro de Campinas.
O VLT fracassou porque o serviço tinha uma rota concorrente com o sistema de ônibus, sem "jamais ter operado com integração físico-tarifária com o transporte coletivo", apontou a secretaria. Além disso, "suas estações não tinham infraestrutura adequada para permitir o transbordo no volume e dentro do padrão de conforto necessários", reconheceu o departamento.
O VLT operou num traçado de 8 km. A tarifa era igual à do ônibus. Embora projetado para transportar até 600 mil pessoas por dia - o que representaria a demanda por transporte público na época -, não levava mais que 2.500, enquanto algumas linhas de ônibus chegavam a 13.500 usuários por dia, segundo a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas.
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