Está marcada para hoje a reunião do Conselho de Transporte do Município de Belém, para discutir o novo preço da passagem de ônibus na capital paraense. Na ocasião, os 18 conselheiros – nove representam a sociedade civil organizada e nove o poder público vão deliberar sobre a questão de duas planilhas apresentadas: a do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setrans-Bel), que quer fixar o preço da passagem em R$ 1,97, e a elaborada pela Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel), que pretende uma tarifa de R$ 1,90.
Para o presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (Umes), Cleiton Brito, o reajuste é injusto. Ele teme, no entanto, que a proposta de maior valor seja aprovada. “Na planilha apresentada pelo Setrans-Bel, há a justificativa de que a população está procurando cada vez mais pelo transporte alternativo, o que tem provocado prejuízos para o setor. Não percebem que, com esse aumento, aí mesmo é que essa procura vai acontecer, pois a população não vai ter condições de pagar pelo serviço”.
Cleiton também acredita que, caso o preço da passagem seja fixado em R$ 1,97, muitas pessoas venham a deixar de estudar. “Esse aumento vai ser muito ruim para os trabalhadores assalariados, entre os quais estão muitos estudantes que, tendo de conciliar o trabalho com os estudos, são obrigados a se deslocar diversas vezes durante o dia”.
Por conta disso, várias organizações estudantis realizam, a partir das nove horas, um ato público contra o reajuste, em frente à sede da prefeitura de Belém. “Embora os empresários digam que, mesmo com o acréscimo, a tarifa de Belém vai continuar sendo uma das mais baratas do país, esse aumento é inaceitável, já que o serviço ofertado também é um dos piores do Brasil”.
Fonte: Diário do Pará
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