Começou a vigorar hoje o reajuste da nova tarifa do transporte coletivo de Belém. O decreto, assinado ontem pelo prefeito Duciomar Costa, foi publicado hoje no Diário Oficial do Município e fixa o valor de R$ 1,85 para a passagem dos ônibus. Os estudantes vão pagar pela meia passagem o valor de R$ 0,90 e a tarifa do transporte Belém-Mosqueiro/Mosqueiro-Belém também foi reajustado e ficou em R$ 3,05. A meia-passagem desse itinerário para a ilha será cobrada em R$ 1,50.
O aumento foi aprovado na manhã da última segunda-feira durante a reunião do Conselho de Transporte do Município de Belém, da qual participaram a Companhia de Transporte do Município de Belém (CTBel), Sindicato das Empresas de Transporte e Passageiros de Belém (Setrans-Bel) e associações de moradores, entre outros. Na reunião, o valor aprovado foi de R$ 1,90. O preço foi votado com base na apresentação de planilhas técnicas elaboradas pela CTBel. Apesar disso, a Prefeitura de Belém fixou o valor de R$ 1,85.
A proposta da Setrans-Bel era de R$ 1,97. Edilberto Santos, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Belém, afirma que a entidade não apoia oreajuste da tarifa. “A patronal associa o aumento da passagem de ônibus ao aumento do salário mínimo, mas as pessoas que não são assalariadas e não recebem o reajuste anual também são prejudicadas. No nosso caso, por exemplo, os empresários passam a receber mais, mas nós, rodoviários, não temos nenhum tipo de reajuste. Somo pais e acabamos também sendo penalizados com isso”. Nas ruas, a população de Belém reclama da decisão, principalmente por causa da falta de qualidade do transporte público.
Uma hora na parada. Esse é o tempo médio que o operário Maekson Sacramento passa na parada esperando o ônibus. Ele mora na Pratinha e garante que se sente prejudicado com o aumento da tarifa. “Os veículos vivem lotados, sujos, quebrados e sucateados. Isso sem contar os dias em que eles dão ‘prego’. É um absurdo ainda exigirem mais isso dos trabalhadores”.
O motorista Josiel farias diz que existem poucos ônibus para atender toda a demanda da capital, por isso ocorrem as demoras e as superlotações. “Para um assalariado, qualquer reajuste pesa. Não há sentido em aumentar o salário e todas as outras coisas também serem reajustadas. Acaba ficando tudo na mesma coisa”.
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