Os motoristas e cobradores ameaçam paralisar as linhas do transporte coletivo de Natal, a fim de alertar o poder público sobre a necessidade de conter os assaltos a ônibus na capital. Outra alternativa é rodar somente até as 18 horas. A categoria já havia feito uma manifestação contra a violência na semana passada, na avenida Rio Branco, e já planeja outras formas de protesto, caso o Comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte não volte a debater o tema da insegurança nos coletivos que circulam na Grande Natal.
A expectativa do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado (Sintro/RN) é que os policiais voltem, pelo menos, a realizar as barreiras itinerantes que no ano passado ajudaram a reduzir em 70% os assaltos a ônibus e alternativos.O ofício pedindo uma reunião com a Polícia Militar foi enviado ontem pelo presidente do Sintro, Nastagnan Batista, que aguarda o quanto antes que a categoria seja chamada para discutir medidas de segurança.
“A situação está ficando insustentável e o que queremos é que, pelo menos, o assunto volte a ser discutido. Caso isso não aconteça, vamos ter que tomar algumas providências. Poderemos ter que recolher os ônibus às 18 horas nos domingos e feriados, mudar rotas ou fazer uma paralisação geral”, afirmou o presidente da categoria.
Para Nastagnam Batista, uma ideia que poderia voltar a ser trabalhada para diminuir a violência seria as barreiras policiais itinerantes. “Entre setembro e novembro, quando a PM realizou essas barreiras, diminuiu em cerca de 70% os assaltos, porque os bandidos não sabiam onde os policiais poderiam abordar os coletivos. Hoje, com apenas barreiras em pontos já conhecidos, como a da Ponte de Igapó, ficou muito fácil assaltar os ônibus e os alternativos”, afirmou.
A insegurança chegou a um ponto que não se registra mais os crimes. “Muitos motoristas de opcionais preferem nem ir a delegacia, pois ficam esperando horas para fazer o boletim de ocorrência que geralmente não dá em nada. Para eles, é melhor ficar circulando para diminuir o prejuízo. A insegurança está tanta, que temos a informação de que até mulheres estão assaltando ônibus em Felipe Camarão e nada acontece”, revelou.
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