
Segundo o procurador do Trabalho, responsável pela ação, Odracir Juares Hecht, em Campo Grande já ficou comprovada que a atividade dos motoristas do transporte coletivo tem sido estressante e arriscada desde o momento que os cobradores começaram a ser retirados da função em algumas linhas.
“Ouvimos 75 usuários e 100% disseram que preferiam o serviço com o cobrador. A Prefeitura não devia aceitar isso”, diz Hecht.
Na Capital, a situação nos horários de pico exige o apoio do profissional para que haja segurança, diz. “O motorista já tem dificuldade para dirigir o veículo de grande porte, ainda cuidar do troco e da segurança dos passageiros? E ainda, se parar, atrasa é multado e ainda tem a multada repassada pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito)”.
A base de sustentação para o argumento do procurador é a Lei Municipal que regulamenta o transporte público. Conforme Hecht, o que tem que ser priorizada é uma situação que garanta maior conforto aos usuários.
O argumento das empresas de ônibus é de que o uso do cartão tem sido prática em várias cidades e países e que a modernidade exige a substituição do cobrador. Sobre isso, o procurador abre um parêntese: “na Europa, o passe é comprado e o passageiro sobe e desce do ônibus quantas vezes quiser. Se o fiscal passar e pedir o cartão e o passageiro não tiver, tem que pagar uma multa. Sem falar que lá os ônibus são bem mais vazios”.
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