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Linha Leste do Metrô de Fortaleza receberá investimento de R$ 2 bilhões

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O Governo Federal e o Governo do Estado firmaram nesta segunda-feira (27) a maior parceria em investimento da história do Ceará. Juntos, União e Estado destinarão o montante de R$ 2 bilhões para a construção da Linha Leste do Metrô de Fortaleza. A presidenta Dilma Rousseff fez o anúncio do investimento de R$ 1 bilhão para obra na manhã desta segunda-feira (27), durante visita as obras da Linha Sul do Metrô, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Segundo explicou a Presidenta, o Governo Federal entrará com esse valor, que faz parte do orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), e o Governo Estadual entrará com o mesmo montante através de financiamento. “Vamos começar a Linha Leste que é do mais absoluto interesse do Governo Federal. Em parceria com o Governo do Estado, vamos fazer uma revolução no transporte de massa, isso é muito importante para o Brasil”, destacou Dilma Rousseff.

Na ocasião, a Presidenta conheceu duas, das 20 estações que compõem a Linha Sul do Metrô de Fortaleza (Metrofor). Ela percorreu de trem o trajeto de cerca um quilômetro entre as estações Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú) e Rachel de Queiroz (antiga Pajuçara). Dilma aproveitou para destacar a importância que a conclusão dessa obra tem não só para o Ceará, mas para todo o Brasil. “Na década de 80 se falava que o Brasil era um país pobre e que por isso não precisava de metrôs. Uma Região Metropolitana precisa de transporte de massa de qualidade, e isso significa um transporte rápido, seguro e confortável. E o Brasil entrou atrasado nisso. O Governo do Ceará hoje nos mostra a capacidade de planejar a estrutura do seu sistema de transporte. Em pouco tempo a Região Metropolitana de Fortaleza terá uma das maiores estruturas de transporte coletivo. E mais importante é que vai anteder os anseios da população que usa o sistema para se deslocar”, destacou a Presidenta. Dilma também conheceu o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), produzido na cidade de Barbalha, no Ceará, que vai funcionar no Ramal Parangaba-Mucuripe.
Sobre a implantação da Linha Leste, que vai ligar a Estação Central Chico da Silva, no Centro de Fortaleza, ao Fórum Clóvis Beviláqua, no bairro Água Fria, o Governador Cid Gomes ressaltou que com sua implantação o Ceará terá “um dos melhores sistemas de transporte do Brasil". “Essa é a nossa meta”, ressaltou. A Linha terá 12 estações e a extensão de 12,4 quilômetros, todos em subterrâneo. A nova linha deverá integrar-se com as Linhas Sul e Oeste do Metrô, já implantada, e toda rede de transporte público de passageiros da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
 Cid Gomes também aproveitou a solenidade para anunciar a inauguração da Linha Sul do Metrô: No dia 15 de junho o Governo do Estado vai entregar a população a primeira etapa dessa Linha, que vai ligar o município de Pacatuba, na estação Carlito Benevides (antiga Vila das Flores), ao bairro Parangaba, passando pelas estações: Jereissati; Maracanaú; Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú); Rachel de Queiroz (antiga Pajuçara); Alto Alegre; Aracapé; Esperança (antiga Conjunto Esperança); Mondubim; Manoel Sátiro; Vila Pery; Parangaba; Jereissati; Maracanaú; Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú); Alto Alegre; Aracapé; Esperança (antiga Conjunto Esperança); Mondubim; Manoel Sátiro e Vila Pery. No dia 15 Outubro será inaugurada a segunda etapa que vai ligar o bairro Parangaba ao Centro de Fortaleza, na Estação Central – Chico da Silva (antiga João Felipe), através das estações: Couto Fernandes, Porangabussu; Benfica; São Benedito e José de Alencar (antiga Lagoinha); “Essa obra foi iniciada em 1997, já se vão 15 anos e muita gente não tem esperança de andar no Metrô. Graças ao apoio do ex-Presidente Lula e continuidade do seu governo com a Presidenta Dilma essa obra agora tem data começar a funcionar” comemorou Cid Gomes.
A Linha Sul tem 24,1 km de extensão em via dupla, sendo 18 km de superfície, 3,9 km subterrâneo e 2,2 km em elevado. A obra está recebendo um investimento total de R$ 1,705 bilhão. Em 2013, serão feitos os ajustes finais. A expectativa é transportar 350 mil passageiros por dia, com a integração plena com os terminais de ônibus. A implantação do metrô de Fortaleza é considerada a maior obra estruturante da Capital. Segundo o Governador, com a conclusão das obras na Linha Sul, o tempo de viagem entre Pacatuba e Centro de Fortaleza vai ser diminuído em um terço. “Essa linha vai permitir o deslocamento fácil, confortável e rápido de quem fazia esse trajeto de ônibus. Tudo isso significa melhoria de vida para a nossa população”, ressaltou.
Após realizar o percurso, a presidenta Dilma declarou que o Ceará hoje dá um exemplo para o País. “Hoje é um dia muito importante porque estamos vendo um das mais importantes obras de redes de Metrô do Brasil”, ressaltou. Segundo ela, as cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador também estão recebendo investimentos do Governo Federal para a implantação de sistemas rodoviários. “É legítimo que Fortaleza tenha essa estrutura”, reforçou.
Presente na solenidade, o Ministro das Cidades, Agnaldo Rebelo, destacou a implantação de todo o Projeto do Metrô de Fortaleza como a solução de um dos maiores problemas de quem vive hoje nas grandes cidades. “Esse é um Governo de grandes parcerias e que visa não só obras de infraestrutura, mas que está olhando para o cuidado do bem estar da população”, destacou. Ainda segundo Rebelo, o Governo Federal está investindo R$ 30 bilhões em obras de infraestrutura no País, do montante, o Ceará está sendo beneficiado com R$ 4 bilhões através dos PAC de Mobilidade Urbana, da Copa e das Grandes Cidades.

Informações: Governo do Ceará



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Metrô de Fortaleza faz primeira viagem após 13 anos em obras

sábado, 16 de junho de 2012

O metrô de Fortaleza fez a viagem inaugural da linha Sul do metrô de Fortaleza nesta sexta-feira (15), após 13 anos que foi dada a ordem de serviço para o início das obras. Em 15 minutos, o trem percorreu, pela primeira vez com passageiros, 15 quilômetros, saindo da estação Carlito Benevides (antiga Vila das Flores), na Pacatuba, até a Parangaba, em Fortaleza.

No total, a obra custou R$ 1,705 bilhão, segundo a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) e é uma das obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014.

A partir deste mês até o início do ano que vem, o transporte de passageiros vai ser gratuito, segundo o Metrofor, por se tratar da operação assistida. Para andar de metrô nesse período, a população não precisa se cadastrar, mas apenas entrar pelas estações e esperar o trem. A expectativa é transportar 350 mil passageiros por dia, com a integração plena com os terminais de ônibus. Mas somente em 2013, serão feitos os ajustes finais para início da operação comercial.

Durante o período da operação assistida o transporte gratuito de passageiros será de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h. A cada 20 minutos haverá uma viagem de teste com passageiros e cada uma delas poderá levar entre 445 e 890 pessoas, segundo o Metrofor. Durante esse período, haverá parada em todas as estações.

A viagem desta sexta vai ter direito a uma parada durante o percurso, na estação Virgílio Távora (no antigo Novo Maracanaú), e segue para a Parangaba. De acordo com o Metrofor, de junho a outubro deste ano, vão ser feitos os testes operacionais com passageiros nos Trens Unidades Elétricas (TUEs) entre a Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, e a Parangaba, na capital. A partir de outubro até o início do ano que vem, os trens passam realizar todo o percurso de 24 km, que vai da Pacatuba até o Centro de Fortaleza.

O Metrofor afirmou ainda que serão construídas mais duas estações com R$ 35 milhões  financiados pelo Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), do governo federal. As estações Padre Cícero e estação Juscelino Kubitschek, serão construídas nos bairros Jardim América e Parangaba, em Fortaleza.

Trens
O Metrô de Fortaleza terá 20 carros para atender cerca de 350 mil pessoas por dia. Os trens são elétricos com 40 metros de comprimento e capacidade para 445 passageiros, cada. Os  trens podem ser conectados para ficarem com seis carros, dobrando a capacidade de transporte. Os veículos são fabricados em alumínio. A velocidade máxima operacional do trem será de 80 quilômetros por hora.


Veja a cronologia do Metrô de Fortaleza - linha Sul:
 1987
 É criado o Metrofor com interveniência da RFFSA e da CBTU

1997
 Em abril, o banco japonês Eximbank assina acordo para liberar US$ 268 milhões.

1998
 A ordem de serviço para início das obras é assinado em dezembro.

1999
 Em janeiro, são iniciadas as obras na ligação Norte/Sul da linha de Carga
 Em agosto, é iniciado o trecho subterrâneo em Fortaleza

2001
 Enquanto as obras civis seguem no trecho subterrâneo e em superfície, as viagens de trem da CBTU no trecho entre Carlito Benevides e Aracapé são paralisadas, em novembro.

2002
 Grande parte das obras é suspensa em setembro pelo contingenciamento de recursos do governo federal.

2004
 Em março, as obras são retomadas.

2005
 Nova redução no ritmo das obras. O governo federal libera R$ 22 milhões dos R$ 61,5 milhões previstos.

2007
 Governo federal lança o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e viabiliza recursos para a linha Sul

2009
 Por causa das obras, o trecho da linha entre Couto Fernandes e a Central Chico da Silva deixa de ser usado para viagens de trem.

2010
 Todas as frentes de serviço passam a trabalhar simultaneamente. Em abril, impasse entre prefeitura de Fortaleza e vendedores do Beco da Poeira é resolvido e as obras de construção da estação José de Alencar são iniciadas.

2011
 Primeiras estações são finalizadas. A linha é concluída e a energia é ligada para primeiros testes com TUEs em junho.

2012
 Testes prosseguem em um trecho maior da linha. Em abril, as obras civis são concluídas. Em junho, começa a operação assistida no primeiro trecho da linha (Pacatuba - Parangaba).
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Linha Sul do Metrô de Fortaleza começa a virar realidade

sábado, 18 de junho de 2011

O primeiro trem elétrico do Metrô de Fortaleza começou a operar em fase de teste dinâmico nesta sexta-feira (17). O governador Cid Gomes fez o trajeto entre as estações Rachel de Queiroz, na antiga Pajuçara, e Virgílio Távora, no antiga Novo Maracanaú, pilotando o trem unidade elétrica (TUE) que vai fazer a Linha Sul do Metrô. Ao todo foram 2,8 quilômetros percorridos, do total de 24,1 quilômetros da Linha que vai ligar o município de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, ao Centro da Capital. Para Cid, essa data marca o inicio da implantação do sonhado Metrô de Fortaleza, que após 10 anos começa a virar uma realidade que vai beneficiar mais de 350 mil passageiros diariamente. “O Governo do Estado tem uma decisão firme de ajudar as pessoas da nossa cidade a enfrentar o grande desafio que vem se tornando o trânsito nas grandes capitais. Um trabalhador que leva mais de uma hora para fazer o percurso Pacatuba – Fortaleza, com o Metrô vai levar 30 minutos. Isso é garantia de conforto, segurança e principalmente de respeito com a população”, destacou.

O trem testado nesta sexta-feira faz parte de um conjunto de 20 unidades adquiridas pelo Governo do Estado da empresa italiana Ansaldo Breda. Até o fim de 2012 eles deverão operar comercialmente na Linha Sul do Metrô. Cada unidade é constituída de três carros, com comprimento total de aproximadamente 40 metros. Duas dessas unidades já estão no Ceará, outros seis três chegarão ao Estado até o final deste ano, e as unidades restantes ao logo de 2012. “O dia de hoje é uma vitória. Estamos hoje constatando a funcionalidade do Metrô de Fortaleza, que há mais de 10 anos era esperado pela população”, comemorou o secretário da Infraestrutura, Adail Fontenele. Ainda segundo o secretário, o Governo Estadual já está licitando ações para dá continuidade ao trabalho de implantação do Metrô, que são as ações de energização, controle do TUEs e ventilação dos túneis. “Já as obras civis estão 89% concluídas. E o governador fez questão de construir mais duas estações na Linha Sul, que antes contava com 18 estações”, lembrou o Adail.

Na chamada fase de testes dinâmicos, estão sendo aferidos os diversos sistemas em operação real dos trens unidades elétricas (TUEs), como freios, sistema pneumático, portas, iluminação interna e externa, informações ao passageiro, comandos operacionais, energia de tração, energia auxiliar, sistemas mecânicos e climatização. Após essa fase, está previsto que até o início do próximo ano os TUEs funcionem em fase de operação assistida, que é quando são transportados passageiros sem a cobrança de passagens. “O cronograma prevê que até o final de 2012, o Metrô já vai poder ser utilizado comercialmente de Pacatuba até a Parangaba”, reforçou Cid. Segundo ele, mais de 1500 pessoas estão tralhando em 30 frentes de trabalho para garantir que o cronograma seja respeitado. “Na próxima quarta-feira irei a Brasília para audiência no Ministério das Cidades, afim de equacionar algumas pendências do Metrô, como o replanilhamento para termos todas as estações prontas”, informou Cid. A previsão é que até o fim deste ano, as obras civis sejam concluídas.

Linha Sul

A Linha Sul é a primeira linha metroviária do Ceará, que terá um investimento de R$ 1,7 bilhão. Ela será operada com trens unidades elétricas e contará com 20 estações: Carlito Benevides (antiga Vila das Flores); Jereissati; Maracanaú; Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú); Raquel de Queiroz (antiga Pajuçara); Alto Alegre; Aracapé; Esperança (antiga Conjunto Esperança); Mondubim; Manoel Sátiro; Vila Pery; Parangaba; Couto Fernandes, Porangabussu; Benfica; São Benedito; José de Alencar (antiga Lagoinha); Central - Xico da Silva (antiga João Felipe). As estações Juscelino Kubitschek (antiga Montese) e Padre Cícero já estavam previstas desde a concepção original da Linha Sul, mas com o Plano de Mobilidade Urbana gerado pela Copa do Mundo da Fifa em 2014, suas implantações foram antecipadas.

Linha Oeste

Durante a solenidade em Maracanaú, Cid também lembrou que na última segunda-feira (13) foram entregues seis veículo leve sobre trilhos (VLT) que vão funcionar na Linha Oeste do Metrô de Fortaleza. Também nesse dias foram entregues totalmente recuperados 13 carros de passageiros, conhecidos como Pidners, que já faziam percurso da Linha Oeste, que liga o município de Caucaia a Fortaleza. Na aquisição dos seis VLTs, recuperação dos trens e recuperação de 19,5 quilômetros de via foram investidos o montante de R$ 124 milhões. “Todo o investimento na área de transporte público é pequeno em relação ao benefício que traz para as pessoas”, concluiu o Governador.

O presidente presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), Rômulo Fortes; e os secretários estaduais das Cidades, Camilo Santana; e Especial da Copa 2014, Ferruccio Feitosa; o presidente do Instituto de Desenvolvimento das Cidades (Idece), Júlio César Costa Lima, os deputados estaduais Júlio Costa Lima e Fernanda Pessoa, prestigiam a solenidade.


Fonte: Governo do Ceará

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Governo do Estado inaugura primeiro trecho da Linha Sul do Metrô de Fortaleza

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O governador Cid Gomes realiza nesta sexta-feira (15), às 15 horas,  a viagem inaugural do primeiro trecho da Linha Sul do Metrô de Fortaleza. Com a inauguração desse trecho, os Trens Unidades Elétricas (TUEs) irão iniciar a operação assistida, que consiste em teste operacionais com passageiros.

Os testes nesse trecho serão realizados de junho a outubro deste ano. Durante esse período, o Metrô irá transportar passageiros voluntários entre as estações Carlito Benevides, em Pacatuba, e Parangaba, em Fortaleza. Ao longo do trecho, 12 estações em três municípios serão atendidas pelo Metrô. Além de Fortaleza e Pacatuba, Maracanaú também é beneficiada pela linha.

Os 15 km de extensão, entre as duas estações, serão percorridos em 15 minutos. A operação assistida será realizada, de segunda a sexta, das 9 horas às 15 horas. A cada 20 minutos haverá uma viagem de teste com passageiros e cada uma delas poderá levar entre 445 e 890 pessoas, dependendo da composição que estiver sendo usada (variando de três a seis carros). Durante esse período, haverá parada em todas as estações.

Trens

O Metrô de Fortaleza já recebeu oito trens de um total de 20 carros que o Governo do Estado adquiriu para atender cerca de 350 mil pessoas por dia. Os trens são elétricos com 40 metros de comprimento cada um e capacidade para 445 passageiros, sendo 50 sentados. Os trens podem ser conectados para ficarem com seis carros, dobrando a capacidade de transporte.
Os veículos são fabricados em alumínio. A velocidade máxima operacional do trem será de 80 quilômetros por hora. Os trens foram comprados da empresa italiana Ansaldo Breda.

Linha Sul

A linha Sul liga Fortaleza a Pacatuba. São 24,1 km de extensão em via dupla, sendo 18 km de superfície, 3,9 km subterrâneo e 2,2 km em elevado.

Esta linha irá receber um total de 20 trens que formarão dez composições de 80 metros, cada. A linha contém 18 estações: Carlito Benevides (antiga Vila das Flores); Jereissati; Maracanaú; Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú); Rachel de Queiroz (antiga Pajuçara); Alto Alegre; Aracapé; Esperança (antiga Conjunto Esperança); Mondubim; Manoel Sátiro; Vila Pery; Parangaba; Couto Fernandes, Porangabussu; Benfica; São Benedito; José de Alencar (antiga Lagoinha); Central –  Chico da Silva.

A obra está recebendo um investimento total de R$ 1,705 bilhão. Em 2013, serão feitos os ajustes finais para início da operação comercial. A expectativa é transportar 350 mil passageiros por dia, com a integração plena com os terminais de ônibus.

A implantação do Metrô de Fortaleza é considerada a maior obra estruturante da Capital. A expectativa é que o Metrô solucione um dos grandes problemas da cidade, que é o ordenamento de seu trânsito. A necessidade de se aumentar a oferta de transporte público de qualidade em substituição aos carros de passeio tem sido um dos objetivos de governos para desafogar as vias e melhorar a mobilidade urbana.

Histórico

A Linha Sul do Metrô de Fortaleza é uma obra do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) e da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor). Um sonho antigo da população do Estado, o Metrô começou a ser construído em janeiro de 1999.
Somente a partir de 2007 houve um incremento no ritmo de execução das obras. O período de 2007 a 2011 foi responsável por mais de 58% de todos os investimentos feitos na Linha Sul.

Além disso, nesse período o governo do Estado conseguiu garantir o  investimento para a construção das duas estações na linha Sul que serão financiadas pelo PAC 2 (estação Padre Cícero e estação Juscelino Kubitschek). Serão R$ 35 milhões de investimento. Todo o recurso é do Governo Federal.

Conheça as estações atendidas no primeiro trecho da Linha Sul

Parangaba

A estação Parangaba, que será integrada com o terminal de ônibus e a estação da linha VLT Parangaba-Mucuripe, tem 3.200,56 m² de área construída. A capacidade é de receber 25.000 passageiros por hora. Possui quatro escadas convencionais, quatro escadas rolantes e dois elevadores. Há dois acessos para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Serão quatro guichês de bilheteria e oito lojas.

Vila Pery

A estação Vila Pery possui 2.237,65 m² de área construída e capacidade de receber 7.000 passageiros por hora. A estação possui três escadas convencionais, duas rampas de acesso e dois elevadores. Há um acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Haverá dois guichês de bilheteria.

Manoel Sátiro

A estação Manoel Sátiro possui 2.589,00 m² de área construída e capacidade de receber 7.000 passageiros por hora. A estação possui três escadas convencionais, três rampas de acesso e dois elevadores. Há um acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Haverá dois guichês de bilheteria.

Mondubim

A estação Mondubim possui 1.384,3 m² de área construída e capacidade de receber 7.000 passageiros por hora. A estação possui duas escadas convencionais e um elevador. Há um acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Haverá dois guichês de bilheteria.

Esperança

A estação Esperança possui 1.602,83 m² de área construída e capacidade de receber 7.000 passageiros por hora. A estação possui duas escadas convencionais e um elevador. Há um acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Haverá dois guichês de bilheteria.

Aracapé

A estação Aracapé possui 968,87 m² de área construída e capacidade de receber 7.000 passageiros por hora. A estação possui duas escadas convencionais e um elevador. Há um acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Haverá dois guichês de bilheteria.

Alto Alegre

A estação Alto Alegre possui 1.375,42 m² de área construída e capacidade de receber 4.200 passageiros por hora. A estação possui duas escadas convencionais e um elevador. Há um acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Haverá dois guichês de bilheteria.

Rachel de Queiroz

A estação Rachel de Queiroz possui 2.306,03 m² de área construída e capacidade de receber 8.700 passageiros por hora. A estação possui duas rampas de acesso, duas escadas convencionais e um elevador. Há um acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Haverá dois guichês de bilheteria.

Virgílio Távora

A estação Virgílio Távora possui 1.229,48 m² de área construída e capacidade de receber 7.200 passageiros por hora. A estação possui duas escadas convencionais e um elevador. Há um acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Haverá dois guichês de bilheteria.

Maracanaú

A estação Maracanaú possui 1.983,26 m² de área construída e capacidade de receber 7.000 passageiros por hora. A estação possui duas escadas convencionais, duas rampas e um acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Haverá dois guichês de bilheteria.

Jereissati

A estação Jereissati possui 1.599,24 m² de área construída e capacidade de receber 9.600 passageiros por hora. A estação possui duas escadas convencionais e um elevador, além de um acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Haverá dois guichês de bilheteria.

Carlito Benevides

A estação Carlito Benevides possui 2.383,50 m² de área construída e capacidade de receber 9.000 passageiros por hora. A estação possui duas escadas convencionais e um elevador, além de um acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção. Haverá dois guichês de bilheteria.

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VLT cearense é referência de mobilidade urbana no Brasil

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A experiência do Ceará em construir veículos leves sobre trilhos (VLTs), que estão ganhando o mundo como uma solução inteligente na área de transporte e de menor impacto ambiental, está atraindo interesse de outros Estados. Nesta segunda-feira (19), uma comitiva de representantes do sistema de transportes metropolitanos de São Paulo conheceu as composições que estão sendo testadas em Fortaleza, as que operam há mais de um ano no Metrô do Cariri e a sede da fabricante, a empresa Bom Sinal, em Barbalha.
Metrô do Carir / Foto: Jota Lopes
A comitiva foi formada pelo secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes; o presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda; o presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Bandeira, e o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes. A visita teve início pela Estação São Benedito da Linha Sul do Metrô de Fortaleza.

Guiados pelo secretário da Infraestrutura, Adail Fontenele, e o presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor, Rômulo Fortes, o grupo pôde conhecer as instalações de uma das quatro estações subterrâneas da Linha Sul do Metrô de Fortaleza. “Estamos muito impressionados porque esta estação está praticamente pronta”, elogiou o secretário Jurandir Fernandes. Ele destacou que o Metrô de São Paulo está à disposição do Governo do Ceará para a troca de experiências.

O presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda, diz que a experiência do Ceará na fabricação de VLTs é uma grande contribuição para outros Estados que buscam soluções para o trânsito. “Nós temos buscado outras opções para melhorar o trânsito da cidade, para melhorar a mobilidade urbana”, diz.

O secretário da Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele, reforça que a visita da comitiva de representantes de São Paulo é resultado da conjugação de esforços feita pelo Governo do Estado para dotar o Ceará de um sistema de transporte sobre trilhos de passageiros eficiente. “São Paulo é referência porque tem os melhores técnicos e o metrô de lá se assemelha a grandes metrôs do mundo. Acreditamos que uma parceria futura será a construção da Linha Leste (projeto que vai ligar o Centro de Fortaleza até o bairro do Édson Queiroz) que se assemelha muito ao metrô de lá”, diz.

O presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor, Rômulo Fortes, apresentou aos representantes da comitiva o andamento da obra da Linha Sul e de outros projetos de extensão do Metrô. Ele também destacou que a fabricação de VLTs no Ceará estimulou a indústria ferroviária nacional, que não produzia novos trens desde a década de 1970.


Assessoria de Imprensa do Metrô de Fortaleza

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Após 27 anos, obras do metrô de Fortaleza continuam inacabadas

domingo, 28 de setembro de 2014

Quando o Ministério dos Transportes e o governo do Estado criaram o consórcio ferroviário, chamado Metrofor, no dia 25 de setembro de 1987, a expectativa era que as obras fossem concluídas em até três anos. Hoje, 27 anos depois, os cearenses ainda não viram o Metrô de Fortaleza funcionando plenamente. A Linha Sul está há dois anos em operação assistida e a Linha Oeste precisa ser modernizada. Já as obras da Linha Leste, cujo projeto começou no ano 2000, tiveram início em fevereiro.
Foto: Fernanda Siebra
A dona de casa Maria Lucina dos Santos, 66, ainda sonha com a inauguração do equipamento. Residindo há quase 50 anos em uma pequena vila, a vista da janela é a Estação Porangabussu, que permanece inacabada. "Quero que essa estação funcione logo para eu poder visitar a minha filha mais velha, que mora bem próximo à Estação Vila das Flores (atual Carlito Benevides)", afirma.

Apesar de ter esperanças, Lucina não esconde a descrença na conclusão da obra. "Até os meus filhos já casaram. Daqui a pouco, verei meus netos casarem também, e nada do metrô ser concluído", reclamou.

A aposentada Teresinha Maia Farias, 58, relembra do tempo que foi morar no mesmo vilarejo, quando já se falava na construção do Metrofor. "Aqui, as casas ainda eram de taipa, não tínhamos nem luz direito. Mas, naquela época, a história de que Fortaleza teria um metrô já existia. Hoje, o meu neto já tem 21 anos e ainda não vimos nada funcionando direito", lamenta.

O professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC), José Sales, que faz parte da elaboração do projeto, lembra que a concepção começou em 1986. "Originalmente, não era um metrô e, sim, a modernização das linhas Norte e Sul da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU)", explicou.


Sales acredita que a demora faz com que o projeto fique prejudicado, pois a população cria grandes expectativas. Até hoje, apenas parte da Linha Sul está em funcionamento, mas apenas simbolicamente, pois, como faz parte de uma operação assistida, é uma linha única com apenas quatro horas de trabalho.

O equipamento é necessário, ressaltou o urbanista, mas é preciso que ele tenha confiabilidade, horários corretos, bom atendimento e integração com outros meios de transporte. "Essa proposta metroviária nunca foi integrada ao sistema de transporte público. Isso leva ao seu isolamento. O metrô não pode ser um transporte que atua sozinho", comentou.

Defasado

Para o professor da Universidade de Fortaleza (Unifor) e conselheiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-CE), Marcus Lima, em qualquer circunstância, o metrô é uma realização de alto alcance. No entanto, essa é uma ação tardia, na Capital, em comparação com outras cidades do Brasil. "Fortaleza está sempre defasada em relação à mobilidade e os problemas acabam crescendo", avalia.

Lima destacou que é consenso que uma obra não concluída se torna mais onerosa e os materiais, que têm uma vida útil determinada, são prejudicados. Dessa forma, a intervenção acaba sendo paga várias vezes. "Esse custo retorna para a sociedade de uma forma negativa", acrescenta o professor.

No caso do Metrofor faltou planejamento, concluiu o conselheiro do CAU-CE. Para o especialista, a demora nas decisões e a "miopia dos políticos em relação aos problemas urbanos" afetaram o projeto. "As dificuldades de 27 anos atrás ainda repercutem. Por isso, o metrô não pode ser uma peça única. São necessárias várias ações".

Operação comercial deve se iniciar neste ano

Construção de estações, escavação de túneis e modernização dos equipamentos são apenas algumas das intervenções que ainda precisam ser realizadas para que o Metrô de Fortaleza (Metrofor) possa finalmente ser totalmente concluído. Hoje, 15 anos depois do início da construção da Linha Sul, que liga a estação Chico da Silva até Carlito Benevides, apenas a operação assistida funciona, sem cobrança e somente durante quatro horas.

A operação comercial, entretanto, deve começar ainda neste ano, mas sem data definida. O valor total das licitações para que isso aconteça é de R$ 187 milhões. O horário de funcionamento será de 6h30 até às 21h, havendo um intervalo de 30 minutos de um trem para o outro. O valor cobrado será de R$ 2,85 a inteira e R$ 1,40 a meia.

Além disso, mais duas estações, Padre Cícero e JK, ainda estão sendo construídas e devem ser finalizadas apenas no próximo ano.

Hoje, a Linha Oeste, que vai de Fortaleza até Caucaia, faz viagens de 5h30 até as 20h30, durante a semana. Os investimentos do Estado, em 2010, não foram suficientes. Por isso, o governo federal vai destinar R$ 1,2 bilhão para a duplicação, eletrificação, modernização, eliminação das passagens de nível e aquisição de novos trens.

A Linha Leste começou a ser construída neste ano. O trajeto, que vai do Centro até o Bairro Edson Queiroz, será quase todo subterrâneo. O custo é de R$ 2,3 bilhões e deve ser finalizada em cinco anos.

Emboque

As obras seguem com a construção do emboque, túnel por onde entrarão as tuneladoras que farão a abertura do percurso do trem. Até agora, estão iniciadas as obras nas estações Colégio Militar, Nunes Valente - ambas na Av. Santos Dumont e a Edson Queiroz, situada no eixo da Av. Washington Soares, entre a Avenida do Contorno e a Av. Desembargador Floriano Benevides.

ENQUETE

O Metrofor será concluído em breve?

"Do jeito que a obra está e pelo tanto de tempo parada, não acredito que isso seja possível. Acho que nem eu mesmo estarei vivo quando esse metrô ficar pronto. Infelizmente".
Geraldo Faustino Freitas
Aposentado

"Eu moro aqui há mais de 34 anos. Os meus filhos cresceram ouvindo essa história de que o metrô seria construído. Mas a obra nunca acabou e ainda levará muito tempo".
Maria Neuza lima
Aposentada

Repórteres: Thiago Rocha/Patrícia Holanda
Informações: Diário do Nordeste

READ MORE - Após 27 anos, obras do metrô de Fortaleza continuam inacabadas

Linha Sul do metrô de Fortaleza só transporta 9,7% do total projetado de passageiros

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Há sete anos a Linha Sul do Metrô de Fortaleza (Metrofor) entrou em funcionamento. Isto, após quase 13 anos de obras. Hoje, a linha que liga a capital a Maracanaú, na Região Metropolitana, é a maior via de transporte de passageiros sobre trilhos em operação no Ceará, tanto em extensão como em quantidade de usuários. Entre 2015 e 2018, o aumento dos embarques foi de 84%, passando de 4,6 milhões para 8,6 milhões. A situação da linha reflete justamente os dilemas do transporte metroferroviário em Fortaleza, que, apesar de bem avaliado por quem usa, ainda padece com o ritmo lento de expansão e oferta integral dos serviços.
Foto: Kid Júnior / SVM

Apesar da expansão de 84% no número de usuários, a linha transporta por mês 34 mil passageiros, o equivalente a 9,7% do projetado em 2012, quando o metrô entrou em operação. A estimativa era de que 350 mil passageiros fossem transportados por mês caso o sistema metroferroviário estivesse operando totalmente, com a Linha Oeste e o VLT, e integrado a outros modais, como ônibus.

O presidente do Metrofor, Eduardo Hotz, considera essa quantidade "um avanço significativo" e reitera que o número estimado de transporte de 350 mil pessoas por dia seria possível se, além da Linha Sul completamente estruturada, as linhas Oeste, Leste e o VLT já estivessem em funcionamento pleno.

"Eu não avalio como um problema, embora a primeira vista seja 10% do que havia sido citado, porque na realidade o nosso sistema está operando com marcha à vista, isto é, sem sistemas automatizados, porque eles não acabaram de ser implantados. A nossa previsão era conseguir fazer essa implantação até o fim do ano e ainda continuamos com essa pauta. Se isso acontecer nós estaremos em condição de dobrar a frota e reduzir pela metade o intervalo entre os trens, portanto estarei oferecendo um serviço de muito melhor qualidade", afirma.

Eduardo também garante que não "há decepção com esse processo", porque ele depende da liberação de recursos. "Nós sabemos que o metrô de Fortaleza tem sofrido com a liberação de recursos sendo feita de maneira não sistemática e abaixo do que estava previsto nos contratos originais por conta da dificuldades financeiras que passou o governo federal, e os próprios cuidados que eram necessários o governo estadual ter pra fazer as suas despesas".

Ele avalia que, embora a operação tenha déficits, ainda é bastante consistente em relação aos outros projetos. "A nossa demanda hoje é de 34 mil. Quando começamos esse processo, não tínhamos 5 mil ou 6 mil passageiros por dia. Isso é positivo porque traz não apenas uma receita adicional como também oferece às pessoas uma confiança de que o metrô está andando".

Intervalo entre as viagens gera queixas
Entre os usuários as queixas referem-se, sobretudo, ao intervalo de tempo entre as composições. Os 20 minutos de espera na Estação da Parangaba poderiam ser reduzidos, projeta a técnica de enfermagem Amanda da Silva, mas ela reconhece que de forma gradual o intervalo entre um metrô e outro tem diminuído. Há mais de dis anos, a Linha Sul é prioridade em seu deslocamento entre Maracanaú e Fortaleza.

O faturista Michel Platini, morador da Região Metropolitana, compartilha da percepção. Dos sete anos de abertura da Linha Sul, há seis ele usufrui do modal para chegar ao trabalho no Bairro Parangaba, em Fortaleza. Sai de casa às 6h e retorna às 17h. Trajeto rápido, que caso fosse de ônibus levaria cerca de duas horas. "É um transporte muito bom, mas se tivesse menos intervalo seria melhor. Tem vezes que está tão lotado que não tem nem como a gente subir", desabafa.

O presidente do Metrofor ressalta que a perspectiva é garantir recursos para que até março de 2020 o metrô esteja automatizado. O que poderá reduzir o intervalo das viagens e aumentar a frota uma vez que haverá mais segurança da sinalização. "Isto é, eu posso reduzir o intervalo para a metade. Com isso, posso dobrar a minha frota, porque terei mais segurança para colocar mais trens operando. Hoje opero com cinco trens e passarei a operar com dez quando tiver o sistema de sinalização. A oferta de lugares será não apenas maior do ponto de vista de quantidade como muito maior do ponto de vista da qualidade. Hoje tenho de 16 a 17 minutos, terei algo em torno de sete minutos e meio a oito minutos, que facilita muito a vida das pessoas".

Integração necessária
Uma das premissas para otimizar a expansão do transporte sobre trilhos é não vê-lo como "concorrente de algum outro sistema, sobretudo transporte público por ônibus", alerta o professor de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Bruno Vieira Bertoncini. De acordo com ele, a não integração da rede metroferroviária com os ônibus e bicicletas é um elemento que prejudica o desempenho do sistema, bem como a mobilidade urbana. Um dos exemplos é a ausência de políticas para transporte de bicicletas nos vagões ou mesmo de bicicletários nas estações.

Além disso, o traçado da linha passando por áreas pouco adensadas de população, ou de comércio, pode comprometer a atração do modal e provocar um efeito de concentração de viagens em momentos bem definidos do dia e gerar ociosidade em outros períodos. "Uma quantidade de passageiros transportada por dia muito abaixo da capacidade do sistema pode ser ruim, não apenas para o equilíbrio financeiro do mesmo, mas também para outros aspectos, como manutenção do nível de serviço do sistema. Contudo, a demanda dependerá da existência de atividades ao longo do corredor, bem como da possibilidade de integração com os demais componentes da oferta de transportes".

Tarifas não pagam operação
Na Linha Sul, as tarifas são R$ 3,60 a inteira e R$ 1,80 a meia. Mas os valores pagos pelos usuários não custeiam nem as operações e nem a manutenção da linha. Essa situação, explica o conselheiro da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Conrado Grava de Souza, é comum nas operações do transporte público sobre trilhos. Conforme o professor Bruno Bertoncini, "seria inviável repassar tais custos para o valor da tarifa, pois ficaria muito cara".

O representante da ANPTrilhos também destaca que poucos sistemas pesados de metrô público do mundo são autossuficientes. Um exemplo é o sistema de São Paulo, que paga o próprio custo operacional. "Se você tiver um bom planejamento e diminuir a ineficiência do sistema, consegue manter. Mas sequer tem condições de ampliar", pondera Souza.

Informações: G1 CE


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Metrofor inicia fase de testes

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Depois de 12 anos de paralisações, problemas no repasse dos recursos, modificações no projeto original e brigas na Justiça, finalmente, a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor)iniciou os primeiros testes dinâmicos dos trens. Mesmo num trecho curto, em apenas 2,8 quilômetros - entre as estações Virgílio Távora (Novo Maracanaú) e Rachel de Queiroz (antiga Pajuçara) - a operação, que contou com o apoio da Polícia Rodoviária Ferroviária (PRF), animou a equipe de técnicos e mobilizou a manhã de moradores, seguranças e operários da obra. Esta é a segunda fase dos trabalhos após os testes estáticos pelos quais passaram os dois primeiros trens unidades elétricas (TUEs) que vão operar no sistema.

O trecho é o primeiro cuja catenária - nome do sistema de alimentação elétrica aérea ao qual se ligam as locomotivas dos trens e os carros de tração dos metrôs - ficou pronta. A subestação de energia da Estação Rachel de Queiroz, já totalmente concluída, é responsável por energizar o trecho em que se realizam os testes dinâmicos do Metrô de Fortaleza. A subestação recebe energia da Coelce e transforma 60 mil volts em corrente alternada para três mil volts em corrente contínua. A energia vai suprir a rede aérea na qual os trens do Metrô estarão conectados.

De acordo com a assessoria de imprensa do Metrofor, nessa primeira etapa são testados os dois TUEs que fazem parte de um conjunto de 20 equipamentos comprados da Itália para o Metrô de Fortaleza. As composições formarão dez grupos, de 80 metros, cada.

Sem passageiros
Nos testes dinâmicos ainda não haverá o transporte de passageiros. Durante esta fase, estão sendo avaliadas a aceleração dos carros, a frenagem, o circuito da cadeia de tração e outros itens. Logo após os testes dinâmicos, terá início a Operação Assistida, período em que o trem passa a transportar passageiros, mas faz viagens em um período de tempo reduzido e sem cobrança de passagem. A Operação Assistida deve começar em outubro. Durante esta etapa, serão feitas as aferições restantes e a adaptação dos passageiros ao serviço. A previsão é que em 2012, o Metrô comece a funcionar.

A Linha Sul do Metrô de Fortaleza vai ligar Pacatuba ao Centro de Fortaleza ao longo de 24 km de extensão em via dupla, sendo 18 km de superfície, 3,8 km subterrâneo e 2,2 km em elevado. A obra terá um investimento de R$ 1,705 bilhão. Atualmente, 89,37% das obras civis foram executadas.

Operação
Cercado de muita expectativa, o primeiro trem rebocado por uma máquina a diesel partiu do Pátio de Manutenção do Metrofor, logo após a Estação Vila das Flores, em Pacatuba. A operação começou às 9h20min de ontem e, em sua preparação, para evitar acidentes, foram colocadas placas ao longo da via férrea avisando do perigo devido à energização dos trilhos desde a tarde da terça-feira. "O alerta é para que as pessoas não atravessem de jeito nenhum esse trecho de 2,8 onde a catenária está pronta", frisou o engenheiro eletricista da empresa terceirizada responsável pela instalação do sistema elétrico, Jonas Agapito. Segundo ele, a meta é concluir o trecho da Vila das Flores até o Virgílio Távora até o meio de junho, possibilitando a ampliação dos testes dinâmicos.

População emocionada
A operação chamou a atenção de quem passou pelo trecho e, principalmente, dos operários do Metrofor que ainda trabalham na Estação Virgílio Távora. Três deles, Márcio dos Santos, Marcos Antônio de Almeida e Francisco das Chagas, ficaram emocionados com o que estavam testemunhando. "Nossa, assim eu vejo que o trem vai mesmo funcionar", soltou o primeiro. "Eu fico alegre de saber que eu ajudei a construir. Vai beneficiar tanta gente até mais importante", afirma Marcos Antônio.

As amigas Emanuelle Paula Ferreira e Arlene Leite pararam a bicicleta para ficar observando as manobras do trem. "Nem acredito que o Metrô vai começar de fato a andar. Vou para casa contar a novidade para a minha mãe", diz Emanuelle. Já para Arlene, o início dos testes comprova o que já nem confiava mais. "Também, depois de tantos anos é normal a gente nem pensar mais sobre isso".

Após a implantação da Linha Sul, o Metrô de Fortaleza, com a integração plena entre os modais de transporte, terá capacidade de transportar cerca de 350 mil pessoas, por dia, numa primeira etapa. A projeção é que em 2014 sejam beneficiados 675 mil passageiros.

FIQUE POR DENTRO
Novela sob trilhos
Em Janeiro de 1999, os moradores de Fortaleza começaram a ver na cidade o início das obras do Metrofor. Na época, a previsão era de que a primeira etapa do projeto fosse concluída em 11 meses e que o metrô fosse entregue em 2002. Entre 2001 e 2002, o Ministério Público Federal (MPF) já tinha encaminhado uma série de recomendações à Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) em relação ao contrato estabelecido com as construtoras.

Em 2007, as obras do metrô foram incluídas entre as beneficiárias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que destinou R$ 523,5 mi. Em 2009, após 43 dias de paralisação, as obras foram reiniciadas em agosto. A decisão foi tomada antes mesmo do julgamento do TCU sobre supostas irregularidades nos repasses ao projeto.

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Metrô de Fortaleza inaugura primeira estação do Centro

terça-feira, 23 de outubro de 2012


Há menos de um mês o Governo do Estado, através do Metrô de Fortaleza, entregava a população o trecho da Linha Sul que vai de Parangaba a Benfica. Agora, a previsão de chegar ao Centro de Fortaleza começa a virar realidade nesta quarta-feira (24) quando ocorre a inauguração de mais uma estação: a São Benedito. O evento, que contará com as presenças do governador em exercício Domingos Filho, inicia às 9h30min na Estação Benfica, de onde seguirá para a nova Estação.

Localizada ao lado da igreja de mesmo nome, na Avenida Tristão Gonçalves com Rua Clarindo de Queiroz, a Estação São Benedito é a próxima parada dos Trens Unidade Elétrica (TUEs) após o bairro Benfica. Esta é a primeira das três estações da Linha Sul no Centro de Fortaleza e a segunda subterrânea. É constituída fisicamente em três níveis: no primeiro (no nível da rua) encontra-se setor administrativo e duas bilheterias; logo abaixo, no intermediário, há um mezanino e no último há a plataforma, a casa de máquinas do elevador, as salas técnicas e o acesso aos equipamentos de exaustão. Há ainda quatro escadas fixas, quatro rolantes e dois elevadores. A estação tem capacidade para um fluxo de 18.000 passageiros/hora, sistema de iluminação de emergência através de gerador de energia elétrica a diesel com acionamento automático e plataforma central com 110 metros de comprimento.

Para que a via seja completamente finalizada e tenha início a operação comercial na Linha Sul, resta a conclusão das estações José de Alencar e Chico da Silva. Quanto as estações Juscelino Kubitschek e a Padre Cícero, incluídas nas obras da Copa 2014, serão finalizadas posteriormente, sem que isso seja um empecilho para a viagem em todo percurso que vai de Pacatuba a Fortaleza.

A cada inauguração, um novo trecho passa automaticamente para operação assistida, que consiste em um período de testes, no qual o metrô funciona em horário reduzido e gratuitamente, para que a população possa conhecer o equipamento. Nessa fase, os TUEs têm operado das 8 horas às 12 horas, de segunda-feira a sexta-feira.

Números da Estação São Benedito
Investimento de R$ 44.141.181,14;
Primeira no Centro de Fortaleza;
Segunda subterrânea;
Área total construída de 4.459,90 m²;
A 1,1 quilômetro da estação Benfica;
Com ela já foram entregue 22 quilômetros da via.

Linha Sul
Na segunda-feira (15) a operação assistida na Linha Sul do Metrô de Fortaleza completou quatro meses de funcionamento, chegando a uma média de quase 5 mil passageiros por dia. Ressalte-se que este número diz respeito apenas ao período da manhã, pois é quando há disponibilização do equipamento para teste da população. Até o momento, cerca de 300 mil pessoas já utilizaram o serviço que permanece gratuito até meados de 2013, quando está previsto o início da operação comercial. O investimento total na obra é de R$ 1,8 bilhão.

Quando completamente concluída, a Linha Sul contará com 24,1 km de extensão em via dupla entre Pacatuba e Fortaleza, sendo 18 km de superfície, 3,9 km subterrâneo e 2,2 km em elevado. Ao todo, o projeto da Linha Sul contempla 20 estações: Carlito Benevides (antiga Vila das Flores); Jereissati; Maracanaú; Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú); Rachel de Queiroz (antiga Pajuçara); Alto Alegre; Aracapé; Esperança (antiga Conjunto Esperança); Mondubim; Manoel Sátiro; Vila Pery; Parangaba; Juscelino Kubitschek; Couto Fernandes, Porangabussu; Padre Cícero; Benfica; São Benedito; José de Alencar (antiga Lagoinha); e Central – Chico da Silva.

Estações que ainda serão inauguradas: Juscelino Kubitschek (antiga Montese), Padre Cícero, José de Alencar (antiga Lagoinha) e Central – Chico da Silva

Estações em operação assistida:
São Benedito: Avenida Tristão Gonçalves (próximo ao número 1700), esquina com Rua Clarindo de Queiroz 
Benfica: Av. Carapinima nº 2087 - Benfica
Porangabussu: Rua Professor Costa Mendes s/n, entre a Av. José Bastos a Rua Machado de Assis – Porangabussu.
Couto Fernandes: Av. José Bastos, nº 4601 - Rodolfo Teófilo
Parangaba: Rua Dom Pedro II, 91 - Parangaba 
Vila Pery: Rua Cônego de Castro, 1387 - Vila Pery
Manoel Sátiro: Rua Manoel Sátiro, 529 - Vila Manoel Sátiro
Mondubim: Rua Manoel Sátiro, 1159 - Mondubim
Esperança (antiga Conjunto Esperança): Av. Penetração Norte, 235 C. Esperança
Aracapé: Linha Férrea, 2611 - Aracapé
Alto Alegre: Linha Férrea, s/n - Alto Alegre
Raquel de Queiroz (antiga Pajuçara): Av. Central, s/n - Acaracuzinho
Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú): Rua 20, - Novo Maracanaú
Maracanaú: Rua Henrique Mendes, s/n - Centro - Maracanaú
Jereissati: LINHA FERREA S/N - Maracanaú
Carlito Benevides (antiga Vila das Flores): Rua 17, 01 Bom Futuro - Vila das Flores - Pacatuba

Horário estendido até domingo
A operação assistida da Linha Sul se estenderá de 8 às 14 horas excepcionalmente durante os dias 24 25, 26 e 27 de outubro para que o Metrô de Fortaleza possa obter uma melhor análise sobre a sua demanda . No domingo (28), em virtude do aumento de passageiros que ocorre devido as eleições municipais, os Trens Unidade Elétrica (TUEs) permanecerão em atividade até às 18 horas.

A programação da fase assistida volta a acontecer das 8 horas às 12 horas a partir da próxima segunda-feira (29), somente em dias úteis. A previsão para que a linha comece a funcionar em sua totalidade, operando comercialmente, é em meados de 2013, quando já estarão concluídas e testadas as estações José de Alencar e Chico da Silva.

Informações: Governo do Ceará

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Conheça a Linha Oeste do Metrô de Fortaleza

sexta-feira, 9 de março de 2012

Você já andou de trem? Pois saiba que você pode fazer um passeio bem peculiar por trilhos entre Fortaleza e Caucaia. A linha Oeste do metrô de Fortaleza está em pleno funcionamento e transporta mais de 10 mil pessoas por dia. Conheça a linha que liga Fortaleza a uma das principais cidades da Região Metropolitana.
Linha Oeste
A linha Oeste do metrô de Fortaleza liga o centro da Capital ao centro de Caucaia. A linha de 19,5 quilômetros de extensão possui nove estações em funcionamento. Em 2010, tanto as estações quantos os trens foram reformados: quatro locomotivas foram modernizadas e 31 carros de passageiros receberam nova fuselagem e sistema de climatização.
A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) investiu cerca de R$ 125 milhões nessa melhoria. Com isso, mais passageiros estão utilizando a linha. Em 2011, os trens da linha Oeste transportaram mais de 3,46 milhões de passageiros.
Hoje, os passageiros podem embarcar ou desembarcar em nove estações ao longo do trecho: João Felipe, Álvaro Weyne, Padre Andrade, Antônio Bezerra, São Miguel, Parque Albano, Conjunto Ceará, Jurema, Araturi e Caucaia.

Metrofor transportou 3,7 milhões de pessoas em 2011
A linha Oeste, em Fortaleza, respondeu por 92% do transporte de passageiros no Ceará em 2011. Por mês, mais de 300 mil pessoas utilizam as vias férreas.
Mais de 3,7 milhões de passageiros utilizaram o transporte ferroviário no Ceará em 2011. As duas linhas em atividade da Metrofor, uma em Fortaleza e outra no Cariri, levaram 3.764.187 passageiros no ano passado. A linha Oeste, que liga o centro de Fortaleza ao centro de Caucaia, respondeu por 92% das passagens. Foram 3.468.787 passageiros utilizando os trens do Metrofor na Capital. No interior, foram 295.400 pessoas transportadas.
Climatização de carros ajudou a atrair passageiros
Segundo o diretor de operação do Metrofor, Plínio Saboya Neto, o transporte ferroviário continua atraindo muitos passageiros pelo baixo preço da passagem e pelo conforto que oferece. Para utilizar o trem, o passageiro paga somente um real. O valor é subsidiado para beneficiar a população que mais utiliza esse meio de transporte, que está concentrado nas classes C e D.
Plínio afirma, ainda, que outro atrativo é o conforto. O Metrofor investiu na modernização de locomotivas e carros de passageiros, que receberam sistema de climatização. Além disso, há muito mais seguranças dentro dos trens e nas estações para orientar o correto uso do transporte sem risco à segurança dos usuários.
Festas aquecem o setor
Os períodos de festas foram responsáveis pelos “picos” no transporte ferroviário no Ceará. Em Fortaleza, o mês que registrou o maior número de passageiros (351.632) foi dezembro. Muitos consumidores aproveitaram o trem para fazer compras no Centro de Fortaleza.
Já no Cariri, os dois meses com maior número de passageiros foram setembro (33.756) e julho (32.792). Nos dois casos, as festas religiosas elevaram a movimentação. Em julho, milhares de romeiros visitam o túmulo de Padre Cícero. Em setembro, os fiéis realizam duas festas: procissão dos carros e N. S. Das Dores.

Fonte: Governo do Ceará

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