Mesmo com todos as falhas de planejamento que o Corredor Leste-Oeste possui desde sua criação, técnicos em transporte defendem o equipamento e demonstram temor de a cidade decidir desfazer o projeto, abrindo mais espaço para os automóveis na Avenida Conde da Boa Vista.
“O Leste-Oeste tem problemas de planejamento e passou por muitos ajustes que deveriam ter sido feitos antes do início da operação. Isso é fato e o transformou numa obra maldita, sem pai nem mãe. A falta de manutenção também piora tudo. Mas a concepção do corredor é importante e tem que ser mantida. É a prioridade ao transporte público. Tanta resistência a ele existe porque o automóvel perdeu espaço para o ônibus e isso incomoda a sociedade”, defendeu o consultor Germano Travassos.
Para o consultor, o prefeito deveria, inclusive, implantar uma política pública de incentivo ao transporte na cidade. “Algo urgente para ser feito é reativar a faixa exclusiva de ônibus que existia na Avenida Herculano Bandeira, no Pina, e foi desativada pela prefeitura há anos. Ela ainda deveria ser apliada até a Rua Tomé Gibson. Essa seria uma medida de quem prioriza o transporte público”, exemplificou.
César Cavalcanti, da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), vai mais além. “O que nos tememos é que, com a intenção de rever o projeto, a prefeitura regrida e reduza o espaço viário do ônibus em detrimento do carro. Isso não pode acontecer de forma alguma. Ajustes até devem ser feitos, mas os ônibus têm que continuar tendo prioridade”, afirmou.
O Grande Recife Consórcio de Transporte também saiu em defesa do corredor. “Sabemos que ele necessita de mais ajustes, mas é positivo e não podemos voltar no tempo”, defendeu a diretora de operações do órgão, Taciana Ferreira.
Postado por Roberta Soares - JC Online
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