Na região metropolitana de Belém, os ônibus são o único meio de transporte público pra atender mais de um milhão de pessoas, ou seja, a metade da população. Na linha que sai do centro de Belém e vai até Ananindeua, o município vizinho, segundo o motorista, a viagem dura 45 minutos com trânsito normal, mas isso quase nunca acontece.
No Rio de Janeiro, a cena é comum no horário de rush: nos pontos de ônibus, há muitas filas com passageiros, que já pegam o transporte público lotado. Os ônibus já saem cheios do ponto.
Em Salvador, quem pega ônibus para voltar para casa já sabe que vai enfrentar aquele que é, de longe, o pior horário do trânsito na cidade, onde o número de veículos quase dobrou nos últimos dez anos. Em média, 1,3 milhão de pessoas, quase metade da população da cidade, usam o transporte público diariamente.
Em Salvador, quem pega ônibus para voltar para casa já sabe que vai enfrentar aquele que é, de longe, o pior horário do trânsito na cidade, onde o número de veículos quase dobrou nos últimos dez anos. Em média, 1,3 milhão de pessoas, quase metade da população da cidade, usam o transporte público diariamente.
Em Curitiba, 2,3 milhões de pessoas dependem do transporte coletivo todos os dias. Na cidade, há vias exclusivas para as principais linhas de ônibus, o que torna o transporte rápido. Mas isso não quer dizer que o passageiro não tenha de enfrentar um aperto danado na hora que sai do trabalho e vai para casa.
Um milhão e oitocentas mil pessoas utilizam ônibus no grande Recife. O ônibus tem capacidade para 80 passageiros. E estão sempre lotados.
Em São Paulo, mais de seis milhões de pessoas dependem dos ônibus. No horário de pico, a velocidade média dos ônibus cai para 15 km por hora. O trajeto, em condições normais de trânsito, deveria levar 30 a 40 minutos. No horário do rush, o tempo vai para uma hora e meia, uma hora e 40 minutos.
“O que diminui muito a capacidade do corredor é ser compartilhado com táxi. Atrapalha grande parte da população em benefício de poucos’, diz o urbanista Ricardo Corrêa.
O urbanista, especialista em transporte, diz que aumentar o número de ônibus não adianta. Nas grandes cidades, o certo seria um sistema integrado. "Todo integrado, como acontece nas grandes cidades do primeiro mundo, onde o transporte coletivo é planejado com maior dignidade", afirma Corrêa.
Fonte: Jornal O Globo
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