Venda de ônibus recua 15,4% em 2024 no Brasil *** Ônibus 100% elétrico da Volvo começa a operar em Curitiba *** Saiba como vai funcionar o BRT em Maceió; investimento será de R$ 2 bilhões *** Primeiro trem da Linha 15-Prata é entregue ao Metrô na China *** Salvador possui a terceira maior frota de ônibus elétricos do Brasil *** Prefeitura de Belém apresenta os primeiros ônibus elétricos *** Projeto da CBTU promete retomada do transporte sobre trilhos para o Bairro do Recife *** Conheça nossa página no Instagram
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta metroviários de São Paulo. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta metroviários de São Paulo. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Metroviários de São Paulo: Assembleia decreta ESTADO DE GREVE!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Se o Metrô não apresentar, até o dia 27 de setembro, propostas significativas para a PR 2012, jornada de trabalho e equiparação salarial a categoria não descarta a possibilidade de uma paralisação. Os metroviários decretaram Estado de Greve na assembleia do dia 13.

Além do ESTADO DE GREVE, a assembleia também deliberou a realização de um ato no dia 20, a partir das 16 horas, em frente ao Edifício Cidade II e distribuição de Carta Aberta à População, dia 25.

É a reação da categoria por conta da falta de empenho do Metrô em atender as reivindicações. Com relação à PR, numa atitude mesquinha, truculenta e elitista, a empresa insiste em privilegiar os que ganham mais.

Quer, por exemplo, pagar mais de R$ 16 mil para o assessor da presidência em detrimento a quem efetivamente “rala” para transportar os 4,5 milhões de pessoas. Ainda provoca a categoria pretendendo adiar o pagamento para abril.

Metrô também se nega a discutir as propostas para melhorar a jornada e equiparação. Metrô: o prazo é dia 27!

Todos no ATO 20/9! Quinta-feira, a partir das 16 horas, em frente ao Edifício Cidade II (rua Boa Vista, 175 – Centro).

Próxima ASSEMBLEIA dia 27/9, quinta-feira, 18h30, no Sindicato. Compareça!

    Calendário  de setoriais

    Dia 17, segunda-feira
    PCR – 8h e 23h30

    Pat JAB – 10h e 23h30
    Dia 18, terça-feira

    PSE (Bases: L 1, 2, 3 e TTI) – 10h
    Dia 19, quarta-feira

    PSE (Bases: L 1, 2 e 3) – 0h30
    PIT – 10h e 23h30

    Dia 20, quinta-feira
    Administração (Cidade II, Líbero Badaró – Ed. Conde Prates e Grande São Paulo) – 10h 

Fonte: Sindicato dos Metroviários de São Paulo - 18/09/2012

Siga o Blog Meu Transporte pelo Facebook
READ MORE - Metroviários de São Paulo: Assembleia decreta ESTADO DE GREVE!

Metroviários de São Paulo ameaçam parar na quarta-feira

terça-feira, 23 de outubro de 2012


Os metroviários de São Paulo ameaçam entrar em greve nesta quarta-feira (24), devido a um impasse nas negociações sobre o pagamento da participação nos resultados (PR). A discussão ocorre fora da data-base da categoria, que é 1º de maio. A Companhia do Metropolitano (Metrô) apresentou hoje (22) contraproposta ao Sindicato dos Metroviários, alterando a data do pagamento de fevereiro de 2013 para dois meses depois. A proposta foi rechaçada pelos sindicalistas. Para eles, o Metrô tem um “política elitista” de distribuição dos lucros.

Segundo a entidade, um assessor da presidência, cujo salário é superior a R$ 20 mil, recebe uma PR quatro vezes maior do que a recebida por um funcionário cujo salário é de R$ 1.225,51. “O Metrô manteve uma proposta que privilegia a alta chefia. "Na nossa conta, segundo o que eles nos passaram, só 400 funcionários – assessores e diretores – seriam beneficiados, e o restante, inclusive, receberia R$ 200 a menos na PR”, reclamou o vice-presidente da entidade, Sérgio Magalhães. A categoria quer uma distribuição mais justa da PR.

O Metrô marcou negociação com os dirigentes do sindicato para amanhã (23) de manhã. Mais tarde, às 15h, as partes se encontrarão em audiência com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT). “Não queremos fazer greve. Isso que falam é uma falácia. Fazer greve é terrível, então estamos tentando negociar de todas as formas”, disse Magalhães. Ele afirmou que o Metrô tem quebrado todas as normas negociais. “No essencial, a proposta deles continua sendo a mesma que a anterior, só que escrita de forma diferente”, comentou. No final de setembro, a categoria ameaçava greve em 4 de outubro, mas o movimento foi adiado após audiência no TRT à época. Após a audiência, os trabalhadores farão assembleia, marcada para as 18h30.

A categoria exige equiparação salarial e jornada de trabalho de 36 horas semanais para os funcionários de turno ininterrupto. Segundo o sindicato, os metroviários cumprem jornada excessiva.

Em nota, o Metrô declarou ter melhorado a proposta anterior, prevista no acordo coletivo de trabalho. A empresa buscou “a padronização das escalas de trabalho, respeitando as jornadas vigentes de, no máximo, 36 e 40 horas”. As condições dos intervalos continuaram as mesmas, segundo a nota. “Os intervalos remunerados para refeições e descanso para os empregados em regime de escala foram mantidos em 30 minutos, conforme acordo coletivo vigente”, diz a nota.

Assim como na paralisação ocorrida em 23 de maio, o sindicato propõe a liberação das catracas no dia da greve. O governo do estado e o Metrô, no entanto, rechaçam a proposta, alegando impossibilidade administrativa. Magalhães critica a posição do governo e aponta que este oferece, quando faz obras ou há contratempos, ônibus gratuitos para os mesmos trajetos das linhas de metrô que seriam interrompidas temporariamente. “É um contrassenso. Colocam mais ônibus nas ruas, provocando muito mais trânsito, mas proíbem a catraca livre. Passagem de ônibus de graça pode, de metrô, não”, disse. 

Informações: Rede Brasil Atual

Siga o Blog Meu Transporte pelo Facebook
READ MORE - Metroviários de São Paulo ameaçam parar na quarta-feira

Picos de 10 passageiros por metro quadrado, lentidão, falhas técnicas e opções arriscadas são o retrato do metrô paulista

sexta-feira, 4 de março de 2011

Gastam-se em média três horas para ir ao trabalho ou à escola e voltar para casa na Grande São Paulo, onde vivem 19 milhões de habitantes. Há décadas, a região convive com o deslocamento da expansão demográfica para as periferias e momentos de crescimento econômico – como o dos últimos anos –, desacompanhados de planejamento urbano e de investimentos em infraestrutura de transporte coletivo. As pessoas moram cada vez mais longe do emprego. Na cidade mais rica do país, as cenas de plataformas repletas e passageiros revoltados com as condições degradantes dos trens tornaram-se rotina – quase todas as sete linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) apresentam média de usuários superior a seis por metro quadrado, o máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A novidade é que o metrô, que já teve fama de eficiente, confortável e rápido, cada vez mais se assemelha ao “primo pobre”.

O número de passageiros por metro quadrado nas Linhas 1 (Azul) e 3 (Vermelha), responsáveis por 80% das viagens, já supera o das linhas mais lotadas da CPTM (com até 8,4 por metro quadrado) nos horários de pico: na Linha Vermelha a lotação chega a 9,8. Na hora do rush, o tempo das viagens é triplicado por paradas e velocidade reduzida. “A demanda pelo metrô cresceu com o aquecimento da economia e por sua capacidade de integração com os outros meios de transporte, impulsionada pelo bilhete único”, diz o economista Eduardo Fagnani, professor da Unicamp, com tese sobre transporte público de São Paulo. “Mas era um aumento previsto: há 20 anos a demanda já atingia picos acima de 2 milhões de passageiros por dia (hoje são mais de 3,7 milhões).”

A superlotação traz mais do que desconforto no “metrô mais caro e mais lotado do mundo”, segundo Fagnani. Cerca de 40 falhas são percebidas por dia pelos funcionários do Centro de Controle Operacional do Metrô, principalmente na Linha Vermelha, devido sobretudo, de acordo com os próprios metroviários, à superlotação dos trens, que interfere no fechamento das portas nas estações e dificulta a manutenção. No ano passado, pelo menos dez dessas falhas ganharam destaque no noticiário, envolvendo problemas em portas, freios, fornecimento de energia e ventilação. Seis delas tiveram duração de mais de 30 minutos e em alguns casos o trem teve de ser esvaziado. 

No episódio mais grave, em 21 de setembro, três horas de paralisação na Linha Vermelha prejudicaram 150 mil pessoas e provocaram a depredação de 17 trens. Tudo começou com a parada de um trem fora da plataforma no horário de pico da manhã. Presos por até 50 minutos nos vagões sem ventilação – nos trens mais novos as janelas não abrem –, passageiros acionaram a abertura de emergência das portas e saíram caminhando pelos trilhos, forçando o desligamento do sistema elétrico.

Segundo o metrô, a paralisação do primeiro trem deu-se porque o sistema de sinalização indicava portas abertas em um dos vagões, o que teria sido provocado por uma blusa. Mas o laudo do Instituto de Criminalística, divulgado semanas depois, não ratificou esse argumento. Metroviários e especialistas explicaram: houve uma pressão sobre as portas por excesso de passageiros. “O mecanismo é sensível justamente para dar segurança ao sistema e, naquele ponto, o trem faz uma curva para a direita em um trecho inclinado, o que empurrou os passageiros contra as portas”, diz o engenheiro Jaime Waisman, professor de transportes públicos da USP que atuou como projetista do metrô nos anos 1980. 

“Qualquer sistema que opera no limite está sujeito a falhas, e isso, com certeza, vai se repetir”, frisa o engenheiro Sérgio Ejzenberg, também da USP. “Somos a metrópole com o metrô mais acanhado do mundo, com o menor número de linhas e o mais lotado. No mundo inteiro, o metrô é a solução para as metrópoles por ser o único sistema com capacidade de transportar 100 mil passageiros hora/sentido e permitir várias linhas em paralelo. As linhas se interligam e o embarque é pulverizado, sem necessidade de grandes estações. Aqui, em vez de uma rede de metrô, temos apenas três linhas superlotadas”, avalia. 

Como comparação, Ejzenberg observa que entre 1967 e 2000 a Cidade do México criou uma rede de 200 quilômetros de metrô, enquanto o de São Paulo, que começou a ser construído em 1968, tem 69 quilômetros. “O nosso cresce em um ritmo de dois quilômetros por ano. Barcelona construiu 80 em cinco anos para sediar os Jogos Olímpicos de 1992”, diz. 

Lentidão e suspeita

Inaugurado em 1974, o metrô de São Paulo entrou no Guiness, em 1994, por ter a maior demanda por quilômetro quadrado. Mario Covas assumiu o governo do estado, em 1995, prometendo acelerar as obras e criar a Linha 4 (Amarela), àquela altura já tida como imprescindível. A linha vai do sudoeste ao centro da cidade, conecta-se à Vermelha (leste-oeste), na estação República – até hoje gigantesca e ociosa –, à Azul (norte-sul), na Luz, e ainda à Verde (região da Avenida Paulista), dividindo o movimento em direção ao centro. Covas morreu em março de 2001. Quando foi substituído pelo vice, Geraldo Alckmin, dois meses antes, o metrô tinha crescido apenas 3,5 quilômetros na Linha Azul e 4,1 na Verde.

Nada na Amarela, cuja licitação foi aberta no final daquele ano, com previsão de conclusão em 2004, o que não ocorreu até hoje. Em outubro de 2003 o governo assinou contratos de R$ 1,8 bilhão com empreiteiras para começar a obra. Os recursos viriam de empréstimos do Banco Mundial, Bank of Japan e BNDES. A parceria público privada (PPP), que deveria financiar metade da obra, só foi assinada no final de 2006 com o consórcio Via Quatro, encabeçado pela CCR, concessionária que já explorava comercialmente as principais rodovias estaduais.

O contrato dá à empresa privada a concessão da linha por 30 anos – empreendimento seguro, uma vez que o metrô de São Paulo é o único do mundo a dar lucro operacional, de acordo com José Jorge Fagali, presidente da companhia até o final de 2010. Quem mais coloca dinheiro no negócio, porém, é o contribuinte paulista. Até o momento, a Companhia do Metrô investiu R$ 2,4 bilhões dos R$ 3,8 bilhões previstos para por a primeira fase em operação até o final deste ano, com seis estações entre Butantã e Luz – a obra completa prevê 11 estações até 2014. 

Mas o único trecho efetivamente entregue por Alckmin, depois de seis anos de gestão, foi o da Linha Lilás, que liga o Capão Redondo, na periferia da zona sul, ao largo Treze de Maio, em Santo Amaro, a 18 quilômetros do centro. Inaugurada em outubro de 2002, essa é a única linha razoavelmente vazia, já que está fora da rede, integrando-se apenas com linhas de ônibus e uma linha de trem da CPTM. 

Outra construção, um trecho de 11,5 quilômetros entre Santo Amaro e a Estação Klabin – quando a Linha Lilás se ligaria à rede do metrô pela Linha Verde –, teve a licitação, iniciada no governo Serra em 2008, suspensa por fraudes. O orçamento de R$ 6 bilhões indica um custo por quilômetro (R$ 500 milhões) bem maior que o estimado por especialistas como Ejzenberg e Fagnanin, com base em preços internacionais (R$ 290 milhões).

Gestão duvidosa

Os atrasos sucessivos para entregar as linhas do Metrô trazem prejuízos à imagem do governo, mas favorecem a farra dos “aditivos”, que inflam o valor e os prazos previstos nos contratos iniciais. Foi o que aconteceu no primeiro trecho da Linha Lilás: o contrato firmado em 2000 pela CPTM – então responsável pela obra, depois transferida ao Metrô – com a francesa Alstom, a alemã Siemens e a espanhola CAF, no valor de R$ 527 milhões, foi alterado diversas vezes, resultando em um preço final de R$ 951 milhões e um prazo de entrega ampliado de 30 para 56 meses. 

Esse é o maior dos mais de 20 contratos da Alstom com o governo paulista investigados pelo Ministério Público. Contratos suspeitos celebrados com o Metrô somam R$ 1,37 bilhão.  O primeiro inquérito do Ministério Público sobre a Alstom foi aberto em maio de 2008, depois de o Wall Street Journal revelar que a multinacional francesa era investigada na Suíça e na França por suposto pagamento de propinas a agentes públicos do Brasil, da Venezuela e de Cingapura. A Justiça suíça tinha documentos que comprovavam pagamento de US$ 6,8 milhões de propina em um dos contratos suspeitos, justamente o da Alstom para fornecer equipamentos ao Metrô e à Eletropaulo.

As investigações levaram a prisões de intermediários estrangeiros e ao bloqueio de contas de dois brasileiros no banco Safdié, de Genebra: Robson Marinho, conselheiro do TCE desde 1997, ex-tesoureiro da campanha do PSDB e chefe da Casa Civil de Covas; e Jorge Fagali Neto, irmão de José Jorge Fagali (presidente do Metrô entre 2007 e 2010) e sucessor do hoje senador tucano Aloysio Nunes Ferreira na Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos em 1994.

 A conta atribuída a Fagali Neto em Genebra recebeu US$ 10,5 milhões; a que seria de Marinho, R$ 2 milhões. O Tribunal de Contas do Estado também considerou irregulares contratos de R$ 556 milhões entre o Metrô e a Alstom. Em um dos negócios, de 2007, o então governador José Serra ressuscitou uma licitação de 1992, que pela lei das licitações teria caducado em 1997, para comprar 16 novos trens da multinacional francesa. Como os preços estavam defasados depois de 15 anos da celebração do acordo, o governo realizou uma pesquisa na internet para atualizar o valor de uma compra de meio bilhão de reais. Pagou mais de R$ 31 milhões para cada um dos trens, quantia considerada abusiva pelo TCE.

Outro contrato para modernizar o Centro de Controle Operacional (CCO), assinado em 1994 – ano em que Covas concorria ao governo do estado e Fagali Neto, suspeito do caso Alstom, era presidente do Metrô –, recebeu 12 aditivos ao longo do tempo, o que fez o valor inicial saltar de R$ 17 milhões para R$ 56 milhões. Um parecer de 14 de setembro de 2004 do conselheiro Edgard Rodrigues anota: “Ora, não é de se supor que o Metrô esteja funcionando a todo esse tempo sem o CCO. Ele está lá. É de se estranhar que para implantar um CCO se levem dez anos”.

De acordo com operadores do CCO, a reestruturação ocorreu em 1999 e até hoje os equipamentos fornecidos pela Alstom para o “cérebro tecnológico” do superlotado metrô não têm a qualidade esperada. Citam um exemplo singelo: o software instalado nos computadores provoca quedas constantes do sistema, que deveria estar permanentemente em funcionamento. 

Ganância x segurança

Em 12 de janeiro de 2007, pouco depois de Serra assumir o governo do estado, a escavação de um túnel na estação Pinheiros, da Linha Amarela, provocou um desabamento. A cratera aberta sugou uma van – com motorista e passageiros. Sete pessoas morreram e mais de 200 foram desalojadas.

Tocada pelo consórcio Via Amarela – Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Alstom –, a obra deveria ter sido fiscalizada pelo Metrô. Mas isso não ocorreu, segundo os promotores que moveram na Justiça uma ação criminal e outra civil. Se condenados, os 14 réus da ação civil – que inclui as construtoras e o presidente do Metrô na época, o engenheiro Luiz Frayse David – terão de indenizar  em R$ 240 milhões as famílias das vítimas e o estado. E serão proibidos de assinar contratos com o poder público por cinco anos. 

A argumentação feita pelo promotor Saad Maz­loum – que está no blog da promotoria – fundamenta-se nos documentos da ação criminal, que pede a condenação dos réus por imprudência e negligência. Maz­loum aponta como responsáveis pelo acidente a “desenfreada caça ao lucro, a ganância e a cupidez” das empreiteiras e o “total e deliberado desrespeito à lei e aos mais elementares princípios administrativos” por parte do Metrô.

Apoiado em laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o promotor acusa as empreiteiras de não fazer estudos e sondagens geotécnicos complementares e de ignorar sinais de instabilidade no túnel e de rebaixamento do solo constatados em medições e relatos técnicos, prosseguindo com as obras em ritmo acelerado. Tudo com a cumplicidade do Metrô. O objetivo, na opinião do promotor, era economizar custos, uma vez que, por exigência dos financiadores da obra, o contrato foi assinado em modelo turnkey – preço fechado – para impedir os malfadados aditivos. 

Em meio ao escândalo provocado pelo acidente, a Secretaria de Transportes Metropolitanos demitiu o então presidente do Metrô e o substituiu por um engenheiro com muitos anos de casa. José Jorge Fagali ostentava o crachá funcional número 2 e era gerente de custos, em 1994, quando seu irmão, Fagali Neto, assumiu a secretaria. José Jorge concedeu entrevista à Revista do Brasil agora em dezembro, dias antes de deixar a presidência, sem comentar o bloqueio da conta atribuída ao irmão na Suíça – sobre isso preferiu divulgar nota negando envolvimento no caso. 

A reportagem questionou os problemas que afetam diretamente os usuários: a superlotação e as falhas técnicas, fatores que, segundo ele, não estão relacionados. O executivo reconheceu a demora na entrega da Linha 4 (Amarela), que teve apenas duas estações postas para funcionar parcialmente no ano passado, a poucos meses da eleição. E garantiu que as seis estações da primeira fase da linha estão prontas, atribuindo o atraso da entrada em operação aos testes do novo sistema de sinalização – CBTC –, implantado pela Siemens, que dispensa a presença de condutor no trem.

Depois do escândalo provocado pela investigação suíça, o Metrô assinou pelo menos mais um contrato com a Alstom, de R$ 706 milhões, justamente para fornecer o mesmo sistema de sinalização de trens para as linhas já existentes. “Os testes demoram porque antigamente havia um sistema de sinalização que era mais simples, mas o trem parava a 150 metros um do outro; nesse sistema o trem pode parar a 15 metros do outro. Com isso, o intervalo entre eles diminui e é possível colocar mais composições na linha, carregando mais passageiros”, afirmou, citando dois exemplos de implantação do sistema, uma linha em Barcelona e duas em Paris (com rede de 212 quilômetros de metrô). 

“Quem não precisa não troca de sistema. Por que estou substituindo? Para aumentar a oferta de trem. Sem aumentar a oferta nas linhas que estou operando não há como enfrentar a demanda”, disse José Jorge. Atualmente, o metrô de São Paulo tem o terceiro menor intervalo do mundo entre trens: 115 segundos (Moscou tem 90 segundos; Paris, 95 segundos). Com a mudança, o Metrô espera reduzir o intervalo para 75 segundos. 

A ideia de resolver a superlotação colocando mais trens preocupa os funcionários da companhia, acostumados às falhas técnicas das linhas, quase sempre resolvidas pela operação manual dos condutores. Qualquer usuário do horário de pico está acostumado a ter a viagem prolongada por redução de velocidade e sucessivas paradas anunciadas pelos alto-falantes “para aguardar a movimentação do trem à frente”. Como seria se as linhas tivessem mais trens?

José Jorge admitiu que a redução do intervalo é uma solução arriscada para o pequeno e lotado metrô: “Você tem razão, mas é preciso entender o plano como um todo, que tem a parte de expansão também. Se não fechar a rede, não botar mais linhas, chegaremos num ponto em que não tem mais o que fazer”. “Vira uma panela de pressão?”, questionou a reportagem. “Isso, com certeza”, confirmou. Naquele momento, 22 de dezembro de 2010, o Metrô previa uma expansão de 66,7 quilômetros de linha até 2014. 

Duas semanas depois, Jurandir Fernandes assumiu a pasta dos Transportes Metropolitanos, a qual já havia ocupado na gestão anterior de Alckmin, período em que se concentra o maior número de contratos investigados no caso Alstom. No dia 10 de janeiro, o secretário anunciou o cancelamento dos planos de expansão, exceto da Linha Amarela – ainda ela –, que seria entregue até a Copa de 2014. O investimento previsto para o metrô será direcionado para a instalação de trens-bala, tecnologia em que a Alstom é uma das maiores fornecedoras mundiais, ligando a capital paulista aos municípios de São José dos Campos, Campinas, Sorocaba e Santos. É melhor que os visitantes fiquem longe da “panela de pressão”. 



READ MORE - Picos de 10 passageiros por metro quadrado, lentidão, falhas técnicas e opções arriscadas são o retrato do metrô paulista

Funcionários aceitam proposta do Metrô e descartam greve em São Paulo

terça-feira, 23 de outubro de 2012


O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas  de Transportes Metroviários e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) chegaram a um acordo, e os funcionários da categoria descartaram realizar a greve inicialmente prevista para ocorrer nesta quarta-feira. A decisão foi anunciada após uma assembleia, na noite desta terça-feira, na sede do sindicato no bairro do Tatuapé, na zona leste da capital paulista, e depois de um encontro entre as duas partes na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP).

Diariamente, mais de 4,3 milhões de pessoas utilizam as linhas do metrô de São Paulo. Em maio deste ano, os metroviários chegaram a paralisar as atividades entre a 0h e o final da tarde do dia 23, para reivindicar um reajuste salarial, o que causou tumulto nas estações e congestionamento recorde de veículos.

De acordo com o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Junior, a proposta apresentada pela empresa não contemplou as reivindicações da categoria, que chegou a propor trabalhar durante a greve, mas liberar a catraca para a população, o que não teria sido aceito pelo TRT-SP. Mesmo assim, os metroviários decidiram aceitar a proposta apresentada e retomar as negociações em maio de 2013.

"O que ocorre é que essa negociação não avançou em absolutamente nada", disse o líder sindical. "Essa proposta é ruim, mas nosso objetivo e juntar forças e lutar na campanha salarial de maio, com mais força que agora", completou.

Reivindicações

Os metroviários reivindicam, entre outros itens, a divisão igualitária da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além do ajuste nas jornadas de trabalho. Porém, o sindicato argumenta que o Metrô não cedeu no ponto que considera mais importante e quis manter a distribuição da PLR como está, ou seja, de forma proporcional ao salário dos funcionários. Assim, os servidores da "linha de frente" receberiam menos que os trabalhadores com os salários maiores, como os engenheiros, por exemplo.

Já o Metrô argumenta que aceitou um dos termos das reivindicações e propôs antecipar o pagamento da PLR, que seria no dia 30 de abril, para o dia 28 de fevereiro de 2013. A empresa afirma ainda que propôs distribuir a PRL pagando uma parcela fixa e 40% do salário base, com garantia de 80% do salário, conforme o resultado geral do programa.

A greve dos metroviários estava marcada para o início do mês, mas a categoria adiou em 20 dias o início da paralisação após o Metrô se comprometer, em reunião no TRT-SP, a apresentar uma nova proposta.

Informações: Jornal do Brasil e Portal Terra


Siga o Blog Meu Transporte pelo Facebook
READ MORE - Funcionários aceitam proposta do Metrô e descartam greve em São Paulo

Em São Paulo, Monotrilho é prometido para julho

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) deve entregar as primeiras duas estações de monotrilho da capital paulista no início de julho, ou seja, com um novo atraso em relação ao cronograma divulgado no fim do ano passado, que previa as paradas Vila Prudente e Oratório da Linha 15-Prata, na zona leste, prontas em março. A nova data também ficará mais próxima do dia 4 de julho, o limite para que o governador, que tentará a reeleição, possa participar de inauguração de obras.

Com as restrições eleitorais, o tucano também deixará de descerrar as placas das próximas estações da Linha 4-Amarela, cujas obras se iniciaram dez anos atrás, ainda em seu primeiro governo. A previsão do secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, é de que a Estação Fradique Coutinho, em obras, seja aberta ao público em setembro.

Outras duas, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, só devem receber passageiros no ano que vem. As últimas - São Paulo-Morumbi e Vila Sônia -, apenas em 2016, ano em que a linha de 12,8 km e 11 estações poderá finalmente estar pronta. "Oscar Freire e Higienópolis sofreram muitos atrasos importantes. Estamos tentando ainda ver se fazemos isso (inaugurá-las) este ano. Se não for possível, no comecinho do ano que vem", disse Fernandes nesta terça-feira, 17, durante a entrega de dois trens na Estação da Luz, na região central.

Política

O secretário também atribuiu o atraso da entrega do primeiro trecho do monotrilho a um "jogo político" envolvendo sindicatos, já que os operários que participam da construção do ramal entraram em greve duas vezes neste ano. A última paralisação terminou na última sexta-feira, depois de duas semanas.

"Eles escolheram fazer greve na Linha 15, no Rodoanel e em um trecho da Linha 5-Lilás. É evidente que isso tem uma demonstração política. De mais de 1,2 mil obras no Estado, escolher três que são de alta importância para o governo, para o Estado e para a população evidencia um viés político muito forte", afirmou Fernandes.

A greve teria contado com o apoio do Sindicato dos Metroviários, informou o secretário de Alckmin. "Um sindicato que deixou de tratar da sua categoria, que deixou de pensar na melhoria de sua categoria, para pensar num viés político-partidário. Isso foi claro", atacou Fernandes, que tem criticado a entidade, desde a paralisação de cinco dias dos metroviários.

Contudo, no mês passado, o próprio Fernandes havia atribuído a demora da entrega da Linha 15-Prata, na zona leste, a outro motivo: atrasos da canadense Bombardier, responsável pelos trens que circularão no ramal. Agora, ele disse que os operários grevistas impediram a entrada de técnicos da empresa para realizar os testes.

A assessoria de imprensa do Sindicato dos Metroviários não se manifestou. Já representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sintrapav) não foram encontrados nesta terça.

READ MORE - Em São Paulo, Monotrilho é prometido para julho

São Paulo: Ferroviários podem decretar greve por tempo indeterminado hoje

terça-feira, 31 de maio de 2011

Em estado de greve desde a semana passada, os ferroviários de São Paulo podem decidir em assembleia nesta terça-feira (31) iniciar a paralisação a partir do dia seguinte. Os sindicatos ainda aguardam proposta da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que atenda às reivindicações. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) transferiu para terça, às 12h, a audiência de conciliação que seria realizada nesta segunda (30). A assembleia está marcada para as 18h.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, em conjunto com o Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana e Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, ainda busca um acordo com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos.
Entre os itens da pauta de reivindicações, estão reposição salarial com base no período de janeiro de 2010 a fevereiro deste ano, pelo maior índice (entre INPC-IBGE, IPC-Fipe e ICV-Dieese), aumento real de 5% e mudanças no plano de cargos e salários. A data-base é 1º de março. De acordo com o sindicato, a empresa propôs reajuste de 2,75%.
O presidente do sindicato, Eluiz Alves de Matos, descartou a possibilidade de operação-padrão caso a greve seja mesmo decretada. "Vamos parar todos os trens se não existir acordo, nenhum ferroviário deve ir trabalhar", afirmou.
Em nota, a companhia destaca acordo sobre benefícios, como seguro de vida, cesta básica, plano de saúde e odontológico e adicional de férias . "A CPTM reafirma seu interesse no fechamento do acordo e confia que as negociações se encerrem de forma positiva para os empregados, para a Companhia e para a sociedade."
Diariamente, cerca de 2,4 milhões de pessoas passam pelas linhas da CPTM.

Metrô

Os funcionários da Companhia do Metropolitano (Metrô) também farão assembleia na terça à noite, para decidir se entram ou não em greve a partir do dia seguinte. Eles rejeitaram proposta de reajuste de 6,39% feita pela empresa. A empresa estatal também é vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos.
Os metroviários também realizam assembleia nesta terça-feira (31), com possibilidade de deflagrar greve a partir desta quarta. Os usuários do Metrô chegam a 3,7 milhões por dia.



READ MORE - São Paulo: Ferroviários podem decretar greve por tempo indeterminado hoje

Metroviários de São Paulo suspendem greve, mas mantêm ‘guerra’ contra privatizações

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Os metroviários de São Paulo decidiram suspender a greve que estava prevista para amanhã (15). Com divergências, o sindicato da categoria avaliou que houve certo avanço na tentativa de barrar a terceirização na área de manutenção de trens – a empresa concordou em adiar o edital do chamado POT (Pátio Oratório), na Linha 15-Prata. Mas a mobilização contra a privatização vai prosseguir, não apenas no Metrô, mas na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e na Sabesp. Eles pretendem fazer paralisação conjunta em outubro.

O resultado da votação da assembleia foi divulgado pouco antes das 22h desta segunda-feira (14). Foram 1.943 votos (78,8%) pela suspensão da greve, 469 (19%) pela manutenção do movimento e 53 abstenções (2,1%).

Plebiscito sobre privatização
“O o governador tem anunciado sua intenção de privatizar todas as linhas de metrô, todas as linhas de trens da CPTM e também a Sabesp”, afirmou ao final da assembleia a presidenta do sindicato, Camila Lisboa. Ela citou a exagerada martelada de governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em leilão do Rodoanel em março. “Demonstração inútil de masculinidade frágil”, definiu. “Vamos comprar uma guerra contra a privatização.”
O pregão de terceirização no POT estava previsto para o próximo dia 28. Os metroviários, no entanto, chamam a atenção para a continuidade do “projeto privatista” do governo Tarcísio. “Privatização significa aumento de tarifa, piora dos serviços e exploração dos trabalhadores”, disse Camila. Segundo ela, em setembro será realizado um plebiscito sobre a privatização das empresas paulistas. “Desafiamos o governador a ouvir a população”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Metroviários.

“Tarcísio quer entregar a manutenção da Linha 15 para empresários. Isso é uma aventura, uma irresponsabilidade! (…) Se isso se concretizar, a segurança dos passageiros e funcionários estará em risco!”, afirma o sindicato. “A privatização das Linhas 8 e 9 já mostrou que só os empresários ganharam. Os passageiros são prejudicados constantemente, com atrasos, falhas e graves acidentes.”

Informações: Rede Brasil Atual
READ MORE - Metroviários de São Paulo suspendem greve, mas mantêm ‘guerra’ contra privatizações

Metroviários de SP definem indicativo de greve na próxima quarta

domingo, 19 de maio de 2013

Em campanha salarial, os trabalhadores da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) definem em assembleia na próxima quarta-feira (22), às 19h, se entram em greve. 

Após cinco reuniões, os metroviários reclamam por não ter sido apresentada nenhuma proposta. Na próxima terça (21), unidos a trabalhadores da Sabesp e aos eletricitários, a categoria vai realizar uma manifestação em frente ao Conselho de Defesa dos Capitais do Estado (Codec), órgão do governo Alckmin responsável por definir as políticas salariais. A próxima reunião entre o Metrô e o sindicato está marcada justamente para a quarta, às 9h.
Com data-base em 1º de maio, os funcionários do Metrô reivindicam reajuste de 14,16%, entre reposição e aumento real. A pauta inclui ainda reajuste de 24,3% no vale-refeição e aumento no vale-alimentação para R$ 382,71. Esses pontos serão discutidos na próxima reunião.

Para o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, a companhia tem sido intransigente. “O Metrô não quer negociar. Tem dado respostas negativas para todas as reivindicações e até para coisas simples, como realizar uma campanha educativa contra o assédio sexual, em espaços de publicidade que pertencem à própria companhia. Se essa postura prosseguir nas negociações salariais da próxima semana, não haverá outra saída senão a greve”, afirmou. No ano passado, após um dia de paralisação, os metroviários aceitaram proposta de 6,17%.

Nesta quinta-feira (16), os trabalhadores se reuniram em assembleia no sindicato, em que definiram trabalhar sem uniforme e com adesivos da campanha salarial nas roupas, como forma de chamar atenção da população e pressionar a direção do Metrô.

Entre as principais reivindicações já discutidas, está a revisão do plano de carreira. Segundo o sindicalista, hoje um trabalhador leva até 20 anos para chegar ao topo de sua própria função. Além disso, o sindicato quer instituir planos deste tipo para trabalhadores das áreas de segurança e manutenção. Outra reivindicação é que a participação nos lucros ou resultados (PLR) seja fixa para todos os trabalhadores. Hoje, o valor da gratificação é 60% fixo e 40% proporcional ao salário, o que Melo considera privilégio para os altos cargos da empresa. Todas essas propostas foram rejeitadas pelo Metrô, que não respondeu aos questionamentos apresentados pela reportagem.

Em 2012, a empresa transportou em média 3,75 milhões de pessoas por dia útil. O Metrô fechou o ano com 9.378 funcionários. A receita total atingiu R$ 1,987 bilhão.

Motoristas

Outra categoria ligada ao setor de transportes fechou acordo coletivo no início da semana. Em assembleia realizada na segunda-feira (13), motoristas e cobradores de São Paulo aprovou proposta que prevê 10% de reajuste salarial e R$ 800 de PLR. Segundo o sindicato da categoria, o aumento é de 33% para motoristas e oficiais de manutenção e de 45% para cobradores. O tíquete-refeição vai a R$ 15,30. A data-base também é 1º de maio.

Informações: Rede Brasil Atual
READ MORE - Metroviários de SP definem indicativo de greve na próxima quarta

Metrô deve parar em São Paulo

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Depois da greve de ônibus da semana passada, os trabalhadores do Metrô ameaçam paralisar suas atividades em São Paulo. Os funcionários da empresa marcaram assembleia para amanhã e podem decidir cruzar os braços. Entre as reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de 35,47%, e novo plano de carreira.

“Se não houver proposta concreta de reajuste, podemos votar paralisação de 24 horas, greve por tempo indeterminado ou manifestações surpresa”, disse ontem Altino Prazeres Júnior, presidente do Sindicato dos Metroviários. O Metrô paulista tem 9.800 empregados, responsáveis pelo transporte diário de 4,5 milhões de pessoas.

No sábado, os motoristas de ônibus de Osasco e outras cidades da Grande São Paulo decidiram em assembleia encerrar a greve da categoria, que chegou a afetar cerca de 240 mil passageiros na região. A Justiça do Trabalho, porém, deverá julgar nesta semana a greve dos ônibus, que prejudicou milhares de pessoas, e ainda há chances de a categoria retomar a paralisação.

No Maranhão, os rodoviários mantêm a greve que chega hoje aos cinco dias de duração, desde que foi decidida e anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do estado (Sttrema). Mas 70% da frota de ônibus de São Luís deverão circular hoje, atendendo à decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA), que considera o transporte coletivo de caráter essencial.

Informações: O Dia

Leia também sobre:
READ MORE - Metrô deve parar em São Paulo

Metroviários de São Paulo adiou para a próxima 4ª feira a paralisação da categoria

quarta-feira, 18 de maio de 2022

A Assembleia dos Metroviários de São Paulo adiou para a próxima 4ª feira a paralisação da categoria, que estava prevista para acontecer hoje. O sindicato que representa os trabalhadores já havia aprovado, no dia 12 de maio, uma greve geral e agendado, para esta 3ª feira (17.mai), uma nova assembleia para "preparar e organizar" o ato, que foi adiado após votação virtual. 
Uma nova assembleia foi marcada para o dia 24 de maio, quando deve acontecer uma audiência de conciliação entre lideranças da categoria e representantes do Metrô, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP). 

A mobilização dos trabalhadores teve início no mês de maio, com a realização de protestos em estações, "tuitaços" e retirada de uniformes. Em carta aberta à população, o sindicato exigiu uma reunião com o governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB), para negociar as exigências da categoria, destacando que "se não houver diálogo, o metrô vai parar".

Dentre as principais reinvindicações da categoria estão o reajuste salarial, a contratação de mais funcionários, por meio de concursos públicos, e chamada "isonomia salarial", que prevê equidade no piso e no teto de pagamento para trabalhadores que exercem a mesma função. Os metroviários também afirmam que, desde 2020, não têm recebido a Participação nos Resultados da empresa.

"Metroviários e metroviárias lutam em defesa do metrô público e estatal, por concurso público para contratação de funcionários em todas as áreas da empresa e salário igual para trabalho igual. São os casos de funcionários que exercem a mesma função, mas recebem salários diferenciados", informou a categoria, no documento, alegando que as contrapropostas apresentadas pelo Metrô teriam sido consideradas "insuficientes" pelo sindicato.

A paralisação afeta as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô de São Paulo. Por ser administradas pela iniciativa privada, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás seguem operando normalmente.

Informações: SBT News
READ MORE - Metroviários de São Paulo adiou para a próxima 4ª feira a paralisação da categoria

Tempo de espera no metrô de BH é a maior entre principais linhas do país

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Qualquer semelhança com um trem metropolitano não é mera coincidência. Além da aparência antiga dos vagões, o metrô de Belo Horizonte tem o maior tempo de espera entre uma composição e outra nos horários de pico em comparação com os outros cinco os principais serviços do país – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre. Os usuários mineiros ficam entre 4 min a 7 min esperando o embarque nos momentos de maior movimento, o que é diferente dos modernos sistemas adotados em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde o intervalo entre viagens gira em torno de 2 minutos.

O metrô mais demorado depois do de Belo Horizonte é Recife, onde o tempo de espera é de 5 min durante o pico. Já nos demais horários, a capital mineira fica em terceiro lugar entre os que têm maior intervalo, com 10 min, atrás apenas de Recife, com 15 min, e Brasília, com 14. “A frota é muito antiga. Se tivéssemos uma modernização, a espera seria menor”, disse a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Alda Lúcia dos Santos.

Velocidade. A lentidão também é observada no ritmo empregado pelo metrô ao longo do trajeto, segundo engenheiros em transporte. A velocidade comercial – que é a velocidade média para a composição percorrer toda a linha, incluindo as paradas – gira em torno de 40 a 45 km/h nas maiores redes de metrô do Brasil e do mundo, segundo o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dimas Gazolla.

Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o metrô da capital mineira, informou, em nota, que a velocidade média da composição é de 38 km/h e que o tempo gasto para se fazer o percurso de 28,1 km da linha 1 – da estação Vilarinho à estação Eldorado – é de 44 min.

Porém, a reportagem de O TEMPO percorreu o trajeto completo da linha 1 e gastou 53 min – sem que houvesse qualquer parada atípica –, o que corresponde a uma média de 31,8 km/h. O mesmo ritmo foi observado nas demais viagens nos horários de pico. “O metrô da capital não consegue atingir uma velocidade maior porque não tem tecnologia de metrô, como dispositivo avançado de segurança, que permite a frenagem rápida em casos de acidente. Do ponto de vista técnico, ele é um trem urbano”, afirmou Gazolla.

Na prática. Durante o percurso feito pela reportagem, na semana passada, o tempo de intervalo entre um metrô e outro chegou a 6 min – às 7h36 saiu uma composição e só às 7h42 saiu a seguinte, na estação Vilarinho. Em outros momentos de pico, a espera girou entre 4 e 6 min. Já nos demais horários, a reportagem chegou a ficar 14 min aguardando o trem na estação Central – também sem que houvesse qualquer aviso de pane aos usuários –, o que lotou a plataforma.

A CBTU informou que a frota atual é de 25 trens, e a última renovação ocorreu em 2001. Cada composição comporta 1.026 passageiros. Por dia, o metrô transporta 230 mil pessoas.

Quanto à velocidade média, a companhia alega que o ritmo é semelhante a dos outros sistemas brasileiros, podendo ser até maior que a do metrô de São Paulo, “que opera com uma velocidade comercial de 33 km/h na linha Azul”. Já o metrô de São Paulo informou as composições transitam, no mínimo, a 40 km/h.

Melhorias

Reforço.  Em julho deste ano, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) implantou duas viagens a mais por sentido, no horário de maior movimento – entre 18h e 19h, o que aumentou em 20% a capacidade. 

Novos. A partir do segundo semestre de 2014, dez novos trens começam a circular na capital, e, com isso, a meta é reduzir o intervalo entre viagens e aumentar a velocidade máxima para 90 km/h. 

Estudo. A CBTU informou que está fazendo, ainda, testes para checar se é possível circular com trens acoplados durante o pico.

Levantamento

Dados. O Ministério das Cidades está elaborando um banco de dados sobre a qualidade e o desempenho dos metrôs do país e outros serviços de transporte público. Ainda não há data para divulgação.

Por Luciene Câmara
Informações: O Tempo
READ MORE - Tempo de espera no metrô de BH é a maior entre principais linhas do país

Metroviários de São Paulo decidem adiar greve para a próxima semana

terça-feira, 28 de maio de 2013

Durante assembleia realizada na noite desta segunda-feira em São Paulo, os funcionários do Metrô decidiram adiar a greve da categoria para a próxima terça-feira (4). Inicialmente, a paralisação estava prevista para amanhã (28).

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) aumentou, em reunião realizada na tarde de hoje, a proposta de reajuste salarial de 5,3% para 6,4%. O TRT (Tribunal Regional do Trabalho), que intermedeia a negociação, propôs que o reajuste fosse de 7,13%, segundo medição do INPC. Os representantes do governo, então, afirmaram que o valor deverá ser avaliado e uma resposta só poderá ser dada na próxima semana.
Rafaella Arcuschin/Folhapress
Os metroviários pedem 14,16% de aumento real e mais 7,3% de reposição salarial (seguindo medição do IGP-M). Além do reajuste, a categoria quer também reajuste de 24,3% no vale-refeição (metrô oferece 5,37%), plano de carreira, jornada de 36 horas, entre outras.


O Metrô possui atualmente 9.378 funcionários, com salários que variam de R$ 1.700 (manutenção) e R$ 20 mil (gerente). São transportados em média, 3,8 milhões de pessoas no metrô em dias úteis, segundo dados de 2012.

A última greve da categoria ocorreu em 23 de maio do ano passado, quando os funcionários pararam por um dia e o rodízio foi suspenso. Antes disso, houve uma greve em agosto de 2007, quando o rodízio de veículos foi suspenso por dois dias.

Em caso de greve, apenas a linha 4-amarela do metrô permaneceria operando, já que ela é privatizada e os funcionários não são ligados ao sindicato dos metroviários.

Os funcionários da CPTM também fizeram assembleia e decidiram adiar a paralisação da categoria. Parte dos sindicatos que representam a categoria já tinham assinado acordos de reajuste salarial na semana passada, mas dois sindicatos ainda negociam.

Informações: Folha SP
READ MORE - Metroviários de São Paulo decidem adiar greve para a próxima semana

Metroviários de SP realizarão grande ato público

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Em Campanha Salarial, os metroviários de São Paulo estão organizando um grande ato público para a próxima quinta-feira (15 de maio). A categoria conta com cerca de 9.500 trabalhadores e tem data-base em 1º de maio.

Já foram realizadas três reuniões com o Metrô, que disse não a todas as reivindicações dos metroviários. As reuniões aconteceram nos dias 6, 8 e 13 de maio, sempre no Hotel Marabá (avenida Ipiranga nº 757, próximo à estação República do metrô). 

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo está procurando negociar diretamente com o governo do Estado, já que as reuniões com os representantes da empresa em nada avançaram. Para forçar a realização de uma reunião com o secretário de Transportes (Jurandir Fernandes), várias atividades estão programadas.

No dia 15 de maio, a partir das 10h, em frente ao Hotel Marabá, será realizado o Dia de Luta e Mobilização dos Metroviários. Trabalhadores de todos os departamentos da empresa foram convocados a participar do ato. Antes disso, nos primeiros minutos do dia 15, uma passeata de metroviários seguirá da estação República até a Praça da Sé. Eles caminharão com tochas durante o percurso. 

Principais reivindicações: 35,47% de reajuste salarial (7,95% referente perdas salariais mais 25,5% de aumento real por produtividade), equiparação salarial, 36 horas semanais, reposição do quadro de funcionários e fim da privatização e da terceirização.

Fonte: Sindicato dos Metroviários de SP 
READ MORE - Metroviários de SP realizarão grande ato público

Metrô de São Paulo lança nota contra possível greve

terça-feira, 2 de outubro de 2012


O Metrô mantém sua disposição de negociar com os metroviários e estranha a decisão, tomada por um grupo inexpressivo de sindicalistas, de precipitar uma greve inútil para a categoria e cruel para a população de São Paulo. Diante disso, caso a decisão do sindicato seja mantida, o Metrô fará o que estiver a seu alcance para proteger o direito dos usuários.

Programada para ser deflagrada a três dias das eleições municipais, e fora da data-base dos metroviários (Maio), a greve, caso realizada, deixará sem transporte 4 milhões de passageiros. Prejudicará ainda o resto da população de São Paulo, com seus efeitos nefastos sobre o trânsito e, consequentemente, sobre os serviços essenciais prestados por policiais, bombeiros e socorristas. Além de paralisar a economia da maior cidade da América Latina, que, assim como a população, ficará refém dos interesses de uma minoria sindical.

Se a greve de fato for deflagrada, será a segunda em menos de quatro meses. Na última, no dia 25 de maio, os metroviários tentaram criar o caos na cidade ao desrespeitar decisão judicial que lhes obrigava a manter 100% dos trabalhadores em seus postos nos horários de pico e 85% nos demais horários. Até hoje o sindicato nunca pagou uma única multa por seus abusos. 

O Metrô não se nega a negociar.  A empresa orgulha-se de ser uma das que têm a melhor média salarial do Estado -  R$ 4.060,00 - além de uma extensa lista de benefícios oferecidos a todos os empregados, como uma das melhores assistências médicas do país, auxílio-creche-educação até os 7 anos de idade e participação nos resultados.

Do Metrô

Siga o Blog Meu Transporte pelo Facebook
READ MORE - Metrô de São Paulo lança nota contra possível greve

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

Seguidores

 
 
 

Ônibus articulados elétricos em Goiânia


Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

BUS ELÉTRICO EM BELÉM


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Notícias Ferroviárias

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960