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Grande Recife: Vexame, usuários sofrem e ainda apanham da polícia em protesto por um transporte melhor

quarta-feira, 7 de maio de 2014

O protesto dos usuários do Terminal Integrado de Camaragibe que interditou a Avenida Belmino Correia na manhã desta quarta-feira (7) terminou em confronto entre manifestantes e policiais do Batalhão de Choque. Cerca de seis pessoas ficaram feridas por balas de borracha e bombas de efeito moral.  O grupo bloqueou a via depois de protestar sobre os trilhos da estação. Desde a última terça-feira, os usuários aguardam o conserto do metrô. Milhares de pessoas ficaram sem transporte, ocasionando o enorme tumulto.
Foto: Priscila Silva/ Reprodução/ WhatsApp
Os manifestantes atearam fogo em  pneus e entulhos para bloquaros dois sentidos da via, formando duas enormes filas de carros. O Batalhão de Choque tentaram negociar, mas algumas pessoas estavam bastante exaltadas, o que motivou o confronto. Os policiais utilizaram bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar os manifestantes. Um dos feridos, um homem, foi atingido nas costas por uma bala de borracha.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Segundo o major da PM, Cleidson Canel, quatro pessoas foram detidas por vandalismo, incitação à violência e desacato à autoridade. Todos foram conduzidas para a delegacia. Integrantes da Frente de Luta pelo Transporte Público participaram do protesto. Alguns manifestantes reclamaram da truculência dos policiais durante o confronto, mas a polícia negou que alguém tivesse passado dos limites. "Não houve excesso por parte da polícia", exclamou o major da PM.

Por volta das 11h20, ainda havia policiais na frente do TI Camaragibe, para evitar que o protesto começasse novamente. Nesta hora, muitas pessoas continuavam aglomeradas na área do terminal de ônibus. Nenhum veículo saía do local. Na porta da estação de metrô, os funcionários só permitiam a entrada das pessoas assim que o trem chegasse à plataforma.

Informações: NE 10
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No Recife, Motoristas da empresa de ônibus Borborema protestam por direitos trabahistas

terça-feira, 6 de maio de 2014

Os motoristas e cobradores da empresa Borborema fizeram uma paralisação na manhã desta terça-feira (6) na garagem do Curado, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Os funcionários se recusaram a sair para trabalhar, porque segundo eles, a empresa não tem pago benefícios trabalhistas. A mobilização começou às 4h e não tem previsão para acabar. Em nota, a Borborema afirmou que está em dia com seus empregados.

Segundo os funcionários, a empresa não tem pago horas extras, vale alimentação e atestados médicos, além de haver relatos de assédio moral no ambiente de trabalho. Eles estão concentrados na entrada da garagem, próximo à fábrica da Kibon Sorvane, no Curado. No local, estão representantes da Central Única dos Trabalhadores, do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco e o grupo de motoristas e cobradores.

No Terminal Integrado de Joana Bezerra, na área central do Recife, um grupo de funcionários realizou outra manifestação. Esse grupo chegou a sair para trabalhar hoje, mas decidiu parar. Segundo o Consórcio Grande Recife de Transporte, um dos motoristas estacionou um ônibus atravessado na portaria do terminal, gerando tumulto. A Polícia Militar foi acionada e está no local, para evitar alterações.

Nas ruas da Zona Oeste da cidade, a população já sente a falta dos ônibus. Linhas como a CDU/Caxangá/Boa Viagem, que fazem a rota da Oeste para a Zona Sul, não estão circulando, o que força o passageiro a buscar rotas alternativas. Outra linha que prejudica quem segue para o Sul da cidade é a PE-15/Boa Viagem, que integra no terminal de Joana Bezerra. A empresa ainda não se pronunciou sobre a paralisação.

O Grande Recife informou que da garagem do Curado partem 118 veículos de 18, mas apenas 24 ônibus estão nas ruas. Ainda não há informação da quantidade de pessoas prejudicadas pela paralisação.
A Borborema divulgou uma nota informando que tem pago corretamente salários e benefícios a seus empregados. Leia o comunicado na íntegra:

Em relação ao protesto ocorrido hoje, no Terminal do Curado, a Borborema explica que o pagamento dos funcionários está em dia e que as horas extras estão sendo pagas de acordo com o cronograma da empresa. A Borborema afirma que dos 400 veículos da empresa, 88 deixaram de circular. A empresa acrescenta, que até o momento, não havia recebido nenhuma pauta de reivindicação de nenhum representante de classe, mas que pretende ouvir e conversar com os trabalhadores. 

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No Rio, Esquema da Copa do Mundo priorizará metrô e BRT

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Antes do pontapé inicial de cada um dos sete jogos da Copa do Mundo no Maracanã, as atenções estarão voltadas para a chegada dos torcedores. E, no esquema anunciado nesta sexta-feira pela prefeitura, os serviços do metrô e o BRT Transcarioca serão as estrelas. Pelo menos três estações do corredor expresso de ônibus entrarão em funcionamento já no início de junho e farão a ligação do Aeroporto Internacional à Barra, com integração na estação do metrô em Vicente de Carvalho. A estimativa é de que quase 60% dos espectadores sairão da Zona Sul e Barra da Tijuca.

“Não teremos todas as estações do BRT, pois é complexo. O funcionamento pleno pode levar até seis meses”, informou o prefeito Eduardo Paes, alertando que não haverá estacionamentos de veículos próximos do Maracanã. Cerca de 600 mil turistas são aguardados no Brasil, já que 56% dos ingressos dos jogos foram vendidos para estrangeiros. 

A ligação do BRT ao metrô na estação Vicente de Carvalho facilitará o transporte de passageiros que chegarem pelo Galeão, já que a prefeitura espera que 20% do público dos jogos não vá pernoitar na cidade. A estimativa é que pelo menos 84% dos espectadores utilizem o metrô, a integração metrô/BRT ou o trem para ir ao Maracanã.

Segundo a prefeitura, as melhores opções para os torcedores é descer nas estações do Maracanã, São Cristóvão e São Francisco Xavier. A circulação de veículos no entorno será proibida quatro horas antes das partidas, não sendo permitida a aproximação de vans e ônibus fretados. As linhas convencionais que passam pela região do estádio terão o trajeto alterado.

Linhas especiais serão criadas no Aeroporto Santos Dumont, Barra e na rodoviária. “Na Barra, por exemplo, os ônibus seguirão até o Terminal Alvorada, onde os passageiros embarcarão no BRT até a estação do metrô de Vicente de Carvalho. Quem desembarcar no Aeroporto Santos Dumont terá uma linha de ônibus até a estação da Cinelândia”, disse o diretor de operações da CET-Rio, Joaquim Diniz. 

Os feriados na cidade serão parciais — a partir das 12h — nos dias 18 e 25 de junho, com jogos, respectivamente, entre Espanha e Chile e Equador e França, e integral no dia 4 de julho, nas quartas de final. Os outros cinco dias da semana serão apenas de recesso escolar. “Não acredito em prejuízo. Você cria o feriado para facilitar a circulação da cidade. A economia estará aquecida", completou Paes.

Área para TVs na orla de Copacabana

Além do Manual de Procedimentos da organização (http://www.prefeiturarionacopa.com.br/), a prefeitura divulgou detalhes de um guia para orientar profissionais de mídia. Como na Copa das Confederações, o Rio terá um Centro Aberto de Mídia (CAM) no Forte de Copacabana.

O CAM será aberto para jornalistas nacionais e estrangeiros. Eles terão acesso às estações de trabalho, internet de banda larga, coletivas de imprensa com porta-vozes de diferentes instâncias, press tours e programação cultural.

O Riocentro abrigará o centro de mídia oficial e 12 pontos turísticos terão áreas reservadas para gravação de reportagens de TV. A Fifa montou na Avenida Atlântica a Presentation Studios Copacabana, de onde transmissões poderão ser feitas em dez estúdios com o visual da orla ao fundo.

O prefeito confirmou as festas populares na cidade durante o período da Copa. De acordo com Paes, além do Fifa Fun Fest, que vai ocorrer na Praia de Copacabana com recursos privados, comemorações como a da Rua Alzira Brandão, na Tijuca, o Alzirão, estão mantidas.

“A população tem é que comemorar. Os Alzirões da vida serão incentivados. Não fui comunicado de restrição alguma”. Paes garantiu que nem mesmo as manifestações, desde que pacíficas, serão reprimidas.

“Vivemos em um país com democracia consolidada. As pessoas têm direito de se manifestar se o governo é ruim, se são contra a Copa, a Fifa. Não é preciso ter vergonha disso. O que ninguém mais aceita é ver manifestante assassinado, cinegrafista. Não há vergonha ou censura contra o protesto, se for de maneira correta e civilizada”.

Apesar da venda de cerveja no Maracanã ser garantida em eventos da Fifa, a comercialização e consumo de bebidas alcoólicas estarão proibidos em um raio de até mil metros do entorno do estádio, duas horas antes e duas depois dos jogos.

Por Felipe Freire
Informações: O Dia Online
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Metrô de Salvador só entrará em operação em 2015, 18 anos depois do início das obras

Em 2015, 18 anos depois do início da construção, o metrô de Salvador transportará, em média, 480 mil passageiros por dia. Pelo menos este é o plano do presidente do consórcio CCR Metrô Bahia, o engenheiro Harold Peter Zwetkoff, de 56 anos.

Convocado pela empresa a tocar o metrô soteropolitano, Zwetkoff, que já presidiu o Instituto Brasileiro Veicular (IBV) e a Controlar, diz que está empenhado em não frustrar novamente a população e garante fazer o metrô andar no próximo dia 11 de junho.

Ele aposta na expansão até Cajazeiras como um grande “benefício social” e promete concluir, até o final do mês, o projeto de viabilidade. 

Quais são os prazos vigentes para o metrô de Salvador?

Tem alguns marcos contratuais estabelecidos. Os principais são: início de operação assistida em junho, início de operação comercial em 15 de setembro da Lapa até o Retiro, início de operação comercial da Lapa até Pirajá em 15 de janeiro de 2015 e, depois, uma série de outros marcos intermediários, quando começa a Linha 2.

A gente vai até a Estação Detran em outubro de 2015, Rodoviária, Imbuí, Pituaçu e Centro Administrativo em abril de 2016, Mussurunga em outubro de 2016, junto com Flamboyant e Bairro da Paz, e depois Aeroporto, em 15 de abril de 2017. Ou seja, até abril de 2017, a gente conclui a instalação do metrô, da Linha 1 e da Linha 2, do que tem hoje previsto.

Existe, ainda, uma possibilidade de extensão de Pirajá até Águas Claras e Cajazeiras, mediante uma proposta que foi apresentada ao poder concedente, que tem que se posicionar se quer ou não quer fazer – tudo indica que sim – e uma extensão do Aeroporto a Lauro de Freitas.

Na Copa, o metrô levará torcedores ao estádio?

Uma coisa é a operação comercial normal, que começa em 15 de setembro. Antes, tem esse período de três meses de operação assistida, um prazo que é dado para o metrô e para os usuários começarem a interagir e entenderem como é que funciona e fazer os ajustes finais.

Isso começa em 11 de junho, com horário reduzido, sem cobrança de tarifa. Ao invés de funcionar de 5h até meia noite, funciona das 12h às 16h.

O trecho da Linha 1 começa a funcionar ainda sem a estação da Bonocô. Construir o elevado foi um erro?

Quando foi assinado o contrato, foram feitos vários marcos contratuais. A Estação Bonocô não consta do primeiro marco, ela está no terceiro marco – Lapa, Brotas, Campo da Pólvora e Acesso Norte, Retiro. É muito difícil avaliar uma decisão tomada no passado com as condições locais.

Tem uma série de justificativas que eu acho tecnicamente perfeitas. Tem três formas de fazer: enterrado, de superfície ou elevado. Enterrado é muito mais caro, de superfície você tem uma interferência muito grande com o trânsito e desapropriações. E elevado, no caso, deve ter sido a operação mais econômica. A decisão à época, eu tenho certeza que foi a melhor. Hoje, em função de outras demandas ambientais e estéticas, pode ser que a decisão tivesse sido outra.

No edital consta que algumas estações têm que ter estacionamento, além de locais para bicicleta. A ideia é essa, que a pessoa vá de carro até a estação?

Existe essa obrigação com relação a bicicletas. A bicicleta é um ponto fundamental de sustentabilidade, de mobilidade nas grandes cidades, além de ser saudável. Apesar de a temperatura de Salvador não ajudar muito e ter muita ladeira, também.

Então, existe a obrigação de colocar bicicletários e nós vemos com bons olhos. É uma forma fácil de integração, tendo em vista que o metrô te dá uma regularidade de viagem, uma previsibilidade, faça chuva ou faça sol, mas não tem a capilaridade que um sistema de transporte metropolitano precisa ter. Então, muitas vezes, você vai de bicicleta.

Existe a obrigatoriedade para estacionamento de carros?

Não existe, mas nós vamos em algumas estações buscar fazer essa integração com o automóvel, também, que é um público a atrair.

Qual a previsão de fluxo de passageiros no trecho até o Retiro depois da Copa?

A demanda de metrô tem um crescimento ao longo do tempo. No dia que nós inaugurarmos, uns curiosos vão querer saber como é. A adoção de um modal de transporte diferente é demorada. Nós achamos que no primeiro ano as pessoas vão aderindo aos poucos.

Posso te dar números aproximados: em 2015, média aproximada de 480 mil passageiros por dia; em 2016, de 550 mil por dia; em 2017, de 510 mil passageiros por dia; em 2018, 530 mil passageiros por dia e em 2019, média aproximada de 550 mil passageiros por dia.

Com esse fluxo, há lucro?

Toda forma de transporte público estruturante, como é o metrô, o investimento é muito alto. Gasta-se muito para construir um metrô. O custo para exploração pura e simplesmente do metrô nunca daria resultado. É por isso que é um modelo de Parceria Público Privada (PPP), é necessário que o governo aporte uma parte dos recursos e o privado complemente e recupere a parcela de investimento através da cobrança de tarifa.

Se você faz a equação econômica, o metrô é altamente vantajoso, porque você imagina que vai ter 400 mil usuários que vão usar o metrô nos três primeiros anos, e cada um economize uma hora por dia. Quanto vale uma hora por dia de cada cidadão, de 400 mil pessoas?

Vale muito dinheiro. Custo ambiental: quanto você ganha de redução de emissões, de tirar milhares de automóveis e ônibus da rua? Mas, como pagamento de tarifa, ele tem que ter uma parte subsidiada, que é o modelo de PPP. Da parte da concessionária, nós recuperamos nos 30 anos de exploração.

Para esta primeira etapa, qual será a contrapartida anual?

A contrapartida é de um modo geral. Ou seja, nós temos uma contrapartida de R$ 2,2 bilhões do governo do estado e do governo federal. Existe um cronograma de pagamento para isso, não é bem específico para marco um ou marco dois, porque uma parte dessa é complemento de tarifa também.

Cajazeiras entra no sistema quando? O projeto deveria ser feito pela CCR até janeiro. Está pronto?

Não que seja feito por nós. Nós temos uma obrigação de apresentar um estudo de viabilidade para levar o metrô de Pirajá até Cajazeiras. Nós vamos apresentar essa proposta para o governo do estado. A construção não precisa ser necessariamente feita por nós. O nosso negócio é operar o metrô. (O projeto) está pronto, nós entregamos uma primeira versão há duas semanas e agora vamos fazer alguns complementos. Até o fim do mês, a gente vai ter esse estudo pronto. O custo é irrelevante, é de engenharia, topografia, é 1% do valor total do investimento.

Qual acréscimo de passageiros ao sistema?

Ele acrescenta passageiros, mas esse acréscimo não é o mais importante do trecho. Hoje, nós temos uma população muito grande que mora ao norte de Pirajá, uma população de mais de 1 milhão de habitantes. Com integração (do metrô) com ônibus, grande parte dessa população vai pegar um ônibus e ao invés de ir até a Lapa ou até o Detran, vai até Pirajá, pegar o metrô e seguir viagem.

Quando você estende o metrô até Águas Claras, traz um benefício social muito grande, porque economiza o tempo de transporte das pessoas. Aquele trecho da BR-324 é sempre congestionado no horário de pico. O número de passageiros acrescentados não é proporcionalmente tão grande, estamos falando de alguma coisa da ordem de 30 mil passageiros por dia. 

O sistema prevê integração para alimentar metrô. Não teme rejeição inicial da população por conta do preço da tarifa?

A tarifa de metrô é de R$ 3,10, quer você ande uma estação, duas ou dez. Se a pessoa quiser pegar o metrô, só, é R$ 3,10. Existe uma tarifa de integração ônibus-metrô que está definida em R$ 3,90. Por R$ 3,90, a pessoa pega um ônibus, o metrô e um segundo ônibus. 

O projeto anterior prevê um trilho tradicional de lastro de brita, mas em todas as obras a partir de agora, será usada a tecnologia LVT (Low Vibration Track). O trem que rodará nos trilhos antigos terá tecnologia para rodar também nos novos?

O que já foi feito hoje foi feito em lastro de brita, não faz sentido desmontar e fazer um novo. O LVT é uma tecnologia mais moderna. Você tem uma laje de concreto, com uma sapata de concreto e uma base de um material absorvente. Aquilo reduz a vibração e o barulho do trem.

Terá vagões para mulheres?

Não está previsto até o instante. Nós chegamos agora, já estamos desencavando um longo histórico de metrô parado, então muitas coisas nós estamos aprendendo. Se houver uma demanda muito grande para vagão só para mulher, nós podemos fazer. 

E o intervalo entre os trens?

Nessa primeira etapa, primeira operação comercial, agora na operação assistida e depois em setembro e até janeiro do ano que vem, nós temos os seis trens existentes. Os trens novos que nós compramos vão demorar a chegar, porque são fabricados por encomenda.

Com esses trens, nós conseguimos fazer um intervalo de dez minutos. Mas, no futuro, com a ampliação da Linha 2 e a chegada de novos trens, vai diminuindo conforme a demanda e chega a três minutos no horário de pico e seis nos horários de vale. 

O senhor  garante cumprir os prazos. Acha que os baianos, acostumados aos atrasos, acreditam?

Parece brincadeira, né? Muitas vezes eu falo isso, parece que há uma irresponsabilidade nossa, ‘vamos inaugurar em junho’. A gente tem tido um empenho muito grande para não frustrar novamente o cidadão soteropolitano. Existem vários fatores (para a demora), mas talvez o principal seja a mudança do modelo de negócio.

A partir de duas décadas atrás, começou a existir um modelo de concessão que evoluiu até a PPP,  na qual o estado e o município ajudam com recursos. Ou seja, fazem a obra, como faziam antigamente, mas o parceiro privado é obrigado a investir uma parte  e recuperar o dinheiro através da operação.

Para nós, é impossível investir em metrô e depois não operar. Quando você faz uma PPP, você tem um compromisso e  só consegue recuperar seu investimento com a operação. Isso te obriga a operar, a terminar a obra no prazo e prestar um serviço de  qualidade, porque se não,  não atrai o usuário e toma multa. 

Um relatório do Tribunal de Contas da União apontou falhas na obra executada pelo consórcio Metrosal. Já foram corrigidas? Quanto custou?

Nós, quando participamos da licitação, fizemos a avaliação da estrutura existente das obras e dos trens e o que nós percebemos é que se encontram em muito bom estado. Existe a deterioração natural com o passar do tempo. Por exemplo, os trilhos tiveram que ser esmerilhados. Os trens passaram por manutenção.

Tem componentes eletrônicos, sujeitos à maresia. Mas nada fora do contexto normal. Todo túnel em rocha é natural que passe por regiões onde tem um lençol freático e tem alguma infiltração. Essa infiltração não compromete a estrutura do túnel, é perfeitamente normal nesse tipo de serviço.

Há algum constrangimento no fato de duas das acionistas da CCR estarem sendo acusadas pelo TCU de superfaturamento desta mesma obra?

Nenhum constrangimento. A CCR, da qual o Metrô Bahia faz parte, é uma empresa de capital aberto, que tem um conselho independente. Mais de dois terços das ações são negociadas em bolsa de valores. É uma empresa que tem uma governança muito rígida.

Algumas empresas que faziam parte do consórcio Metrosal têm ações na CCR. O fato de um consórcio ter prestado um serviço para o governo com o nome de Metrosal e alguns membros serem acionistas da CCR não tem nada a ver, não temos nenhuma relação com o Metrosal. Temos uma relação comercial com o governo do estado e, se houver alguma pendência que precisa ser reparada pelo Metrosal, nós vamos acionar o governo e eles vão acionar o Metrosal. 

O senhor era presidente da Controlar e foi processado no Rio Grande do Norte pelo MP por acusação de formação de quadrilha, peculato e fraude em licitação. O que diz? 

Fui presidente da Controlar de 2009 a 2013. Essa questão  já foi enterrada há muito tempo. A Controlar era a empresa que explorava a inspeção veicular na cidade de São Paulo. O Rio Grande do Norte queria implantar um sistema semelhante, eu fui procurado por agentes do governo que queriam conhecer o nosso modelo.

Eu recebi esses agentes como recebi de diversos outros estados. E nessas conversas é natural que haja troca de informações, eu mandei cópia de e-mails com legislação de modelo de negócios e tudo que foi feito em São Paulo e uma dessas pessoas no Rio Grande do Norte foi, posteriormente, acusada, envolvida num escândalo de favorecimento. E como tinha e-mail meu, eu acabei sendo notificado, mas já foi julgado o processo, já viram que eu não tinha nada a ver. Fui sumariamente absolvido.

Por Clarissa Pacheco
Informações: Correio 24 Horas
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No DF, Faixa da EPTG volta a ser exclusiva para ônibus nesta terça-feira

A faixa exclusiva para ônibus da EPTG (Estrada Parque Taguatinga) voltará  a ser restrita aos veículos de transporte coletivo a partir das 6h desta terça-feira (6), de acordo com o DER (Departamento de Estradas de Rodagem).  A via estava liberada para carros devido à greve dos metroviários que chegou ao fim neste sábado (3).  

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 10ª Região determinou o fim da greve do Metrô-DF, que durou 29 dias. A decisão saiu na tarde de sexta-feira (2) e estabeleceu multa no valor de R$ 20 mil diários, em caso de descumprimento.  

De acordo com André Damasceno, presidente do TRT, apesar de a greve ser considerada legal, foi determinado o retorno ao trabalho de toda a categoria, lembrando que a população não pode ser prejudicada pelo movimento grevista.    

— Em função de considerarmos o movimento legítimo, os dias anteriores à negociação serão pagos aos trabalhadores de forma integral, e os dias que se seguiram devem ser compensados de alguma forma com acordo entre as partes.

Após 29 dias de greve, o metrô do Distrito Federal voltou a circular neste sábado (3) com 24 trens nos horários de maior movimento. Durante a greve, apenas 12 trens estavam em operação no horário de pico: das 6h às 9h manhã e entre as 17h e as 21h.

Informações: R7.com
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Recife: Revoltados com atraso, passageiros depredam ônibus no TI do Barro

Passageiros da linha TI Cajueiro Seco/TI Barro (216) se revoltaram com o atraso do ônibus e fizeram protesto na manhã desta segunda-feira (5) no Terminal Integrado do Barro, na Zona Oeste do Recife. Segundo a assessoria do Consórcio Grande Recife de Transportes, a manifestação durou cerca de 40 minutos. A Polícia Militar foi acionada e negociou com a população o fim da mobilização.
Foto: Kennedy Anderson/Especial para o JC
O Grande Recife disse que a linha 216 pegou engarrafamento na BR-101 Sul, atrasando a sua chegada ao terminal do Barro. Quando o ônibus chegou na entrada do TI, os passageiros acionaram as travas da saída de emergência do veículo, quebrando as janelas, que ficaram dependuradas.

O motorista Kennedy Anderson estava no local do protesto e relatou que os passageiros chegaram a interditar a entrada de veículos no TI. "Eles paravam os ônibus do lado de fora do terminal. Nenhum veículo entrava no Barro", contou Kennedy.

Com a chegada dos policiais militares, o tumulto se acalmou. Não foram registrados maiores alterações, como feridos ou outros ônibus depredados além do veículo envolvido.

Informações: JC Online
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Geração de trens-bala pode bater recorde de velocidade no Japão

O Japão testa um novo sistema para aumentar ainda mais a velocidade dos trens-bala. Cruzando a cidade de Tóquio assim, em marcha lenta, o povo nem repara. Mas quando o trem bala alcança os 300km/h, é um marco do Japão moderno.

O shinkansen surgiu há 50 anos, para as Olimpíadas de Tóquio em um país que vive seu dia a dia sobre trilhos, a tecnologia avança para praticamente dispensá-los.

A levitação magnética está sendo testada em um centro de pesquisas, mas os resultados já apareceram. Exposto à visitação, o trem mais veloz do mundo: há 11 anos, uma composição chegou a 581km/h. Mas pode perder a majestade.
O trem que bateu o recorde de velocidade em 2003 era de uma geração anterior a este que está sendo testado. E se você perguntar se um novo recorde pode ser batido agora, ou pelos próximos anos, a resposta é a seguinte: provavelmente sim. 

Se piscar a gente não vê. O modelo tem a frente bastante alongada. É uma evolução do chamado "maglev”. O segredo é um campo magnético: criado por imãs na lateral do trem. E bobinas elétricas ao longo da linha. 

Poder de atração e repulsão do magnetismo faz trem levitar 10 centímetros

O poder de atração e repulsão do magnetismo faz o trem levitar 10 centímetros e correr. O equipamento desenvolvido roda sozinho, sem maquinista, por segurança, a "apenas" 500km/h.
Uma senhora de 88 anos assistiu ao teste com as amigas. E se emocionou: "vou levar esse dia para sempre comigo".

O Japão espera exportar essa tecnologia. E, por tabela, o encantamento.
Esse novo trem-bala deverá começar a ser utilizado só em 2027.

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Planos que integrariam a CPTM ao Metrô na última década não saíram do papel

O governo do Estado gasta tempo, dinheiro, mobiliza especialistas em mobilidade urbana e prefeituras de diversos partidos para criar planos de expansão ao transporte sobre trilhos, mas, sem maiores explicações, descarta o combinado e adota estratégias de última hora que comprometem o futuro do metrô de São Paulo. Esta é a conclusão de uma tese de mestrado defendida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP pelo arquiteto Marcos Kiyoto.

Criada em 1968, a Companhia do Metropolitano de São Paulo coleciona planos de expansão que foram abandonados ao longo do tempo. Inaugurada em 1974, a Linha 1 – Azul, que ligou o norte ao sul da cidade, foi seguida pela implantação da linha Leste-Oeste, batizada de 3 – Vermelha, quatro anos depois.

A empolgação com a malha que finalmente saia das pranchetas motivou um estudo ainda em 1978 que estabelecia os trechos prioritários para o futuro, e que previa até a construção da linha 4 – Amarela, inaugurada só em 2010. Quatro anos depois e a ideia era descartada. "Na época decretaram o abandono do plano e a adoção de uma rede de apenas quatro linhas, todas mais curtas que as anteriores e curiosamente com o mesmo desenho da malha de 1968", afirma Kiyoto.

Naquele ano de 1982, um novo plano foi criado, mas logo substituído por outro, de 1985. Ao se debruçar sobre cada projeto, o arquiteto se surpreendeu ao perceber que as metas não eram cumpridas e as linhas acabavam alteradas diversas vezes antes que algo fosse efetivamente implantado. Quando alguma obra era executada, acabava mais tímida do que as concepções. "A extensão da linha oeste até a Lapa, que nunca foi realizada, esteve presente em todos os estudos a partir de 1975."

Sob a justificativa de estagnação econômica, a construção de novas linhas foi congelada no final dos anos oitenta, o que não impediu que o Metrô encomendasse "amplos estudos” no início da década seguinte. O de 1990 tinha meta de uma década, mas foi abandonado antes que fosse publicado em um artigo acadêmico por um de seus autores. No ano seguinte, um novo plano esticou a meta para 2010, mas suas diretrizes só circularam internamente antes do descarte. O único oficialmente publicado foi desenvolvido em 1993, também com planos até 2010.

O estudo também não durou muito. No final daquela década, o governo criou a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM), que em 1999 publicou seu planejamento mais completo e importante até hoje: o Plano Integrado de Transportes Urbanos (PITU) 2020. Elaborado para integrar todo o transporte na Região Metropolitana, foi considerado pelo estudioso "o melhor esforço já feito" por contar com a contribuição de 30 dos 39 municípios da região.

Dentre as três estratégias avaliadas, venceu a "Rede Aberta", que projetava 7,7 kms de linhas por milhão de habitantes, o dobro da proporção atual, de 3,4 kms/milhão, e o triplo de 1999, então com 2,2 kms/milhão de habitantes.

Mais: Sistema de R$ 750 milhões que reduz espera no Metrô só funciona aos domingos

Após a publicação do PITU 2020, cada companhia passou a desenvolver seus projetos de acordo com as diretrizes. E foi então que o plano começou a ruir. A CPTM, por exemplo, não trabalhou com a previsão de integrar sua malha ao metrô, cujas conexões reorganizariam todo o fluxo. Os projetos priorizaram a melhoria da qualidade e capacidade dos serviços que já existiam na época.

A proposta de integrar o trecho central também não foi implantada. Se cumprido, o plano introduziria o menor intervalo entre os trens em toda a malha, demonstrando atenção especial à região, a mais congestionada. "As medidas tiveram caráter imediato; desconsiderava a rede futura que havia sido proposta", afirma o arquiteto.

Trilhos: Metrô e CPTM têm uma grande falha a cada três dias em São Paulo

Em 2006, o PITU 2020 já estava engavetado. Naquele ano, o PITU 2025 foi publicado pela secretaria sob a justificativa de revisão atualizada. "São propostas completamente distintas", assegura Kiyoto, para quem a meta do plano "é a mera manutenção das condições existentes", o que significa que a média atual de 3,4 km por milhão de habitantes permanecerá a mesma em 2025. "As mudanças de rumo são sempre defendidas como ‘adaptações’ a partir de novos dados e de um 'processo contínuo de planejamento', argumento que não se sustenta."

Propaganda?

Em meio a implantação do novo PITU, o governo do Estado começou a divulgar outro, chamado "Plano de Expansão", em vigor entre 2007 e 2011, mas que acabou descartado sem nenhum substituto. De acordo com a tese, esse plano foi "amplamente divulgado em material publicitário de rádio e TV", onde prometiam "quadruplicar as linhas de trem com qualidade de metrô".

Embora essa época se caracterize pelo fim de uma fase de planejamento e o aumento da propaganda, cresce também os investimentos em trilhos em razão da crise nos transportes. É quando, em 2009, o Estado lança o monotrilho, inexistente nos PITUs 2020 e 2025. Desde então, seis linhas foram anunciadas oficialmente, duas das quais abandonadas (M´boi Mirim e Cachoeirinha-Lapa).

O arquiteto lembra do “problema estético” dessa modalidade de transporte, cuja estrutura de concreto se assemelha ao Minhocão (Elevado Presidente Costa e Silva), mas afirma que o principal problema é que ele é falsamente comparado ao metrô. “Ele vai transportar 45 mil pessoas por hora, contra 60 mil do metrô.”

Ele critica principalmente a linha Cidade Tiradentes, projetada para chegar à Vila Prudente sem fazer nenhuma conexão em seu trajeto. Esse teria sido o erro da Linha 3 - Vermelha, hoje superlotada. “As linhas precisam fazer parte de uma rede, é para isso que os planos são desenvolvidos. Quando uma linha não se articula com outras significa que o plano foi mal feito.”

O que diz a Secretaria dos Transportes Metropolitanos?

Em resposta às questões do iG, a Secretaria encaminhou uma nota afirmando que PITU é um processo permanente de planejamento, “cujas propostas devem ser revisadas periodicamente para que esteja de acordo com as mudanças de conjuntura.” O plano integraria as políticas de transporte e uso do solo, possibilitando uma distribuição mais balanceada entre empregos e habitações.

De acordo com a STM, o plano é feito com base em estudos de demanda feitos a cada 10 anos pelo Metrô.  A respeito do monotrilho, a secretaria diz ter levado em conta “seu custo mais baixo e o menor tempo de construção” em relação ao metrô. “Em São Paulo, trata-se de um modal projetado para receber uma alta demanda, com velocidade superior a dos ônibus, sem sofrer interferências físicas, como cruzamentos de avenidas.”

A STM não respondeu ao ser questionada sobre os valores gastos para a formulação dos PITUs 2020 e 2025.

READ MORE - Planos que integrariam a CPTM ao Metrô na última década não saíram do papel

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