“Além da questão de ser um abrigo que possa proteger do sol e da chuva, é importante que os assentos sejam adequados para que as pessoas se sentem. Iisso também é alvo do meu projeto. A ideia é monitorar os pontos, para saber qual a real necessidade da população e dessa forma chegar em um abrigo que possa ser útil para quem precisa andar de ônibus”, encerrou Walsyneide.
- Usuários buscam proteção contra sol e chuva
Muitos usuários de transporte coletivo buscam proteção contra sol e chuva em árvores e barracas de lanche localizadas nos pontos de ônibus. Buscar uma sombra enquanto o ônibus não chega é que fazem muitos passageiros, como as amigas Camila Silva e Marisa Oliveira.
Ao deixarem a escola, no Centro Educacional Antônio Gomes de Barros, as estudantes se dirigem ao ponto e, com outros alunos, se refugiam do sol na sombra de uma árvore. Quando chove, elas contam, o jeito é subir nos bancos do abrigo na tentativa de não se molhar, o que é repetido por quem está à espera do ônibus.
“A gente tem que dar um jeito porque esses pontos não protegem de nada. É muito ruim porque a gente já sai da escola com uma temperatura muito alto e é difícil ficar no ponto também assim. Tem dias que em que essa árvore fica cheia de gente em busca de uma sombra”, colocou Marisa.
- Novos pontos
Em Maceió há 1.500 paradas de ônibus, sendo 338 pontos de concreto e 164 metálicos. De acordo com José Guilherme da Silva, assessor especial de transporte urbano da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), os pontos metálicos foram colocados após um estudo e novas estruturas serão implantadas na cidade. Ele afirmou que esse tipo de abrigo custa cerca de R$ 8 mil e os de concreto chegam a R$ 13 mil por unidade.
“Essa é uma questão muito delicada. Estamos fazendo a substituição, mas há alguns lugares onde ficaram os de concreto, para evitar a ação dos vândalos. É difícil se chegar a um ponto ideal, que agrade a todos. Na Fernandes Lima, por exemplo, de um lado da avenida tem momentos do dia em um ponto terá sol e outros não. O sol gira, o ponto não tem como ser assim. Estudamos a possibilidade de colocar algo na lateral para o caso de chuva, mas se isso acontecer iria prejudicar a visão de quem está esperando o ônibus”, colocou Silva.
Além dos abrigos metálicos, que tanto incomodam a população, um outro problema é a falta de estruturas em determinados bairros da cidade. De acordo com Silva, o grande problema é que algumas ruas e avenidas não oferecem calçadas amplas o bastante para a colocação dos abrigos e os pontos são indicados por placas.
“Quando vamos colocar um abrigo é preciso haver um estudo amplo, inclusive do solo. Se colocarmos abrigos em determinados locais, passar pela calçada vai ficar inviável. Entendemos todas as necessidades e reclamações da população e a SMTT está atenta para solucionar”, colocou Silva.