Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil *** Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil *** Em Fortaleza, Cartão Bilhetinho garante gratuidade para mais de 51 mil crianças *** No DF, Mais 171 linhas de ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro *** Novo modelo de ônibus elétrico, 2 toneladas mais leve, é testado em Porto Alegre *** Metrô do Recife dá um passo a frente para a privatização *** GDF pretende renovar a frota de metrô com investimento de R$ 900 milhões *** Conheça nossa página no Instagram

Rio recebe primeiro trem do sistema Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)

segunda-feira, 6 de julho de 2015

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou o primeiro trem do sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), de um total de 32 que vão funcionar no centro e na zona portuária da capital fluminense por 28 quilômetros de trilhos. A composição foi apresenta neste domingo (5).

Com previsão de começar a circular a partir de abril de 2016, esses serão os primeiros meios de transporte público do País com validação voluntária, ou seja, sem roletas e cobradores. Os passageiros é que devem pagar a tarifa espontaneamente com o bilhete único, de maneira similar ao modelo empregado em algumas cidades da Europa, como Amsterdã e Berlim. Para o prefeito, o carioca terá de aprender a respeitar as regras.

“As pessoas têm que entender que se elas derem o trambique e não pagarem, quem pagará é a própria população, porque a prefeitura terá de arcar com essa conta. Culturas que são importantes mudarmos no Brasil”, disse ele.

As bilheterias serão instaladas em quatro estações - Rodoviária, Central do Brasil, Praça 15 e Aeroporto Santos Dumont -, onde será possível comprar a passagem. Cada módulo vem equipado com oito validadores eletrônicos de cartões já utilizados em outros meios de transporte, como o Bilhete Único. O sistema prevê a instalação de 32 pontos de paradas para o embarque e desembarque de usuários. Não haverá cancelas ao longo dos 28 quilômetros de trilhos.

O prefeito também destacou que o VLT integrará todos os demais modais da cidade. “Quem chega de barca na cidade encontra um VLT, quem vier de trem também, o metrô integra com o VLT e todos os BRT (Bus Rapid Transit) vão integrar o VLT. Isso é um avanço enorme na mobilidade da cidade, tirar essa confusão de ônibus do centro. É a volta do bonde, que sempre foi uma marca da cidade e essa política pública nunca deveria ter sido mudada. Cidade e carro não funcionam", completou Paes.

O primeiro trecho a entrar em operação vai transportar passageiros entre a Rodoviária Novo Rio e o Aeroporto Santos Dumont. Segundo a prefeitura, o serviço será oferecido as 24 horas e deve transportar diariamente 300 mil pessoas, com intervalos de três a 15 minutos.

Com capacidade para 420 pessoas, o modelo apresentado foi construído na França, de onde virão mais quatro trens. Os demais veículos vão ser fabricados na cidade de Taubaté, em São Paulo, com tecnologia francesa.

Investimento público

O novo meio terá um total de R$ 1,157 bilhão de investimento público, sendo R$ 532 milhões de recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento da Modalidade (PAC 2) e R$ 625 milhões viabilizados por meio de Parceria Público-Privada (PPP) da prefeitura. O serviço será terceirizado por meio de concessão, com prazo de 25 anos.

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Empresas decidem participar de licitação do transporte de Porto Alegre

Após dois editais sem concorrentes, cinco empresas de ônibus se inscreveram para participar da licitação do transporte coletivo de Porto Alegre. A abertura dos envelopes ocorreu nesta segunda-feira (6) na sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

Apresentaram propostas a empresa Stadbus e os consórcios Leste, Sul, Sudeste e Mobi, formado por empresas de ônibus que já operam na capital, apenas com nomes diferentes. Apenas a Stadtbus, empresa que tem sede em Santa Cruz do Sul, apresentou proposta sozinha.

O prefeito José Fortunati se mostrou satisfeito com a apresentação na terceira tentativa de licitar o transporte coletivo. Todos os seis lotes tiveram interessados. "Se não tivermos problemas com a documentação a licitação vai ter êxito", afirmou Fortunati. Cada um dos lotes tem preços de passagem diferentes. Vence em cada lote a empresa/consórcio que oferecer o menor valor.

É a terceira tentativa de licitação do transporte coletivo da capital. Nas duas primeiras vezes a licitação foi frustradas porque não teve interessados. Desde 1920, quando foi autorizada oficialmente a operação de ônibus em Porto Alegre, o serviço funciona sustentado em permissões.

Atualmente, o sistema conta com 1.709 ônibus, 400 linhas - operadas em três consórcios (STS, Unibus e Conorte) -, além da empresa pública Carris, segundo dados da prefeitura. Cerca de um milhão de pessoas utiliza o serviço diariamente.

O novo edital, dividido agora em seis lotes, prevê a ampliação de ar-condicionado na frota. Será de forma gradual, para não pesar no preço da tarifa. No prazo máximo de 10 anos, 100 % da frota estará equipada, sendo 25% já no primeiro ano, em todos os lotes das bacias.

A licitação define ainda como itens de qualificação do serviço a previsão de acessibilidade em toda a frota; a ocupação de, no máximo, quatro pessoas por metro quadrado, diferente dos seis usuários atuais por metro quadrado; um aumento projetado de 72 veículos na frota atual de 1.709 ônibus; e instalação de GPS em toda a frota, entre outros avanços.

Informações: G1 RS


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Greve de ônibus em João Pessoa marcada para esta terça-feira é adiada

Na tentativa de assegurar a regularidade dos serviços de transporte coletivo e a circulação dos ônibus em João Pessoa, a partir da zero hora desta terça-feira (07), o Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos da capital (Sintur-JP), protocolou, no início da tarde desta segunda-feira (06), na sede do Sindicato dos Motoristas da Paraíba um ofício propondo o adiamento da greve e a realização de uma nova rodada de negociação para apresentação de outra proposta de reajuste salarial, a ser feita até às 18h, desta terça-feira. O documento foi recebido pelo presidente do Sindicato dos trabalhadores, Antônio de Pádua que disse que vai colocar a proposta para ser avaliada pelos associados.

Os trabalhadores das empresas de transportes da capital anunciaram, na semana passada, que vão entrar em greve, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante duas assembleias realizadas na noite do dia 30 e na manhã do último dia 1º por causa do impasse entre patrões, que oferecem 6% de reajuste salarial, e os empregados, que só aceitam 12%, além do aumento no ticket refeição.

Segundo o presidente do Sintur-JP, Alberto Pereira, como a data-base da categoria, que é 1º de julho, está assegurada, não haverá prejuízo para os trabalhadores se houver o adiamento da greve. “O que pretendemos é resolver esse impasse sem prejudicar a população, que é quem mais sofre com uma greve de ônibus e como a data-base está garantida, tudo o que for acordado entre as partes retroage ao dia 1º, portanto, não haverá prejuízo para os trabalhadores esse adiamento”, destaca o empresário. Alberto lembra que apesar da crise, da tarifa defasada e das empresas virem perdendo passageiros, a classe patronal ainda está buscando formas de definir o acordo coletivo sem a realização da greve.

Ainda segundo o empresário, a classe patronal espera que os trabalhadores reavaliem a decisão e esperem até às 18h desta terça-feira (07) para ouvir uma nova proposta. “A greve é uma manifestação democrática, mas se ela puder ser evitada, todos saem ganhando. Esperamos que o Sindicato tenha essa compreensão e aceite nossa solicitação”, finaliza o dirigente do Sintur-JP.

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Motoristas e cobradores de Porto Velho entram em greve

Motoristas e cobradores do transporte público de Porto Velho entraram em greve nesta segunda-feira (6),  em protesto por 19% de reajuste salarial e aumento nos vales alimentação e refeição. A greve não tem data para terminar e foi decidida em assembleia na útima quinta-feira (2). Reuniões entre a categoria e as empresas foram realizadas ao longo do fim de semana, mas não houve acordo. Uma nova audiência de conciliação está marcada para as 15h desta segunda.
Foto: Suzi Rocha
O Tribunal Regional de Trabalho (TRT)  determinou que os sindicatos da categoria assegurem a prestação de serviços com 80% da frota nos horários de pico e 50% em outros períodos, sob pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Coletivo Urbano (Sitetuperon) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Porto Velho (SET) pedem 19% de reajuste salarial, mais vale refeição de R$ 15 (o valor atual é de R$ 10) e vale alimentação de R$ 300, no lugar de R$ 135. Os rodoviários também esperam garantia do prefeito Mauro Nazif em relação aos postos de trabalho, já que o contrato das duas empresas de transporte público que atuam em Porto Velho foi encerrado pela prefeitura.
"Nos outros anos já estaríamos negociando as melhorias. Mas este ano, as empresas já disseram que não há contrato com a prefeitura e decidimos incluir o poder público para não ficarmos desamparados", disse o presidente do Sitetuperon, Edilson Pereira. 

A greve foi decidida em assembleia dos sindicatos na última quinta, sob ameaça de paralisação de 100% da categoria. Para evitar prejuízos, a prefeitura ajuizou uma ação contra os sindicatos. Com isso, uma audiência foi realizada no Tribunal Regional de Trabalho (TRT) para tentativa de conciliação entre município e os funcionários do setor no sábado. No entanto, os dois sindicatos não compareceram para as reuniões.

Na mesma data, o TRT decidiu o efetivo de trabalhadores que deveriam trabalhar em horários de pico e interpico. Os trabalhadores devem trabalhar com efetivo de 80% nos horários de pico  - entre 6h e 8h, das 12 às 14h e das 17h às 20h - e 50% nos horários de interpico.

De acordo com o presidente do TRT, Francisco Cruz, um oficial de justiça tentou notificar os representantes do transporte desde sexta-feira (3) para que pudessem participar da audiência de conciliação, mas até a tarde de sábado nenhum contato com os representantes da categoria concretizado.

Sem a presença dos representantes de transporte, o Ministério Público informou que tentará, por meio de uma ação de dissídio de greve, a conciliação entre os envolvidos.

Por Ísis Capistrano
Do G1 RO
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Prefeito de SP publica regras que alteram organização das linhas de ônibus

domingo, 5 de julho de 2015

A Prefeitura de São Paulo publicou nesta sexta-feira (3), no Diário Oficial, um decreto com as regras da licitação que vai reorganizar completamente o serviço de ônibus da cidade pelos próximos 20 anos e trará alterações para os cerca de 10 milhões de passageiros que usam o serviço todos os dias. A consulta pública para a licitação será lançada nos próximos dias.

O decreto do prefeito Fernando Haddad (PT) mescla indicadores para a remuneração das empresas. Eles incluem gastos para a operação, número de passageiros, qualidade de serviços - que será medida com pesquisas de satisfação - e ganho de produtividade.
Cidade foi dividida em 20 setores para distribuição das linhas de ônibus (Foto: Reprodução/Diário Oficial)
No atual contrato, a opinião dos usuários não é um quesito para a remuneração das empresas. Segundo a SPTrans, atualmente as concessionárias recebem por passageiro transportado, ou por quantas vezes a catraca é girada nos coletivos - os não-pagantes também entram na conta para o repasse.

A remuneração também está ligada ao tipo de veículo que a empresa opera (um biarticulado, por exemplo, tem custo superior a um coletivo menor).

Segundo o documento publicado nesta sexta, será observada "a qualidade dos serviços ofertados, medida por meio de indicadores de desempenho operacional e por meio de pesquisas de satisfação dos usuários, conforme critérios a serem estabelecidos no edital e nos contratos de concessão". Os cálculos específicos para a remuneração de cada empresa, no entanto, deverão ser divulgados apenas nos editais de licitação.

Aumento das viagens
O projeto prevê aumentar a oferta de viagens em 24% e o número de assentos disponíveis em 13%. A cidade deve ganhar um número maior de ônibus de grande porte que circularão por faixas exclusivas e corredores. Linhas locais saindo dos bairros vão alimentar o sistema. 

Tudo será controlado eletronicamente por dispositivos eletrônicos instalados nos ônibus e por um centro de controle a ser construído pelas empresas. As ganhadoras da licitação serão aquelas que se propuserem a trabalhar com a menor taxa de retorno.

Embora não tenha todos os corredores exclusivos previstos prontos, a Prefeitura afirma que as faixas exclusivas já garantem velocidade acima de 20 km/h. As empresas ganhadoras da licitação também terão direito a ficar com as garagens hoje existentes desapropriadas pela Prefeitura.

Divisão das linhas
As empresas que serão contratadas terão de oferecer linhas estruturais, regionais e locais. Já a cidade, que hoje é dividida em nove áreas que têm como marca uma determinada cor nos ônibus, passará a ter diferentes configurações dependendo do tipo de linha.

No total, a Prefeitura de São Paulo vai licitar 27 lotes para a iniciativa privada. Empresas estrangeiras poderão participar da disputa.

A rede “estrutural” será responsável por linhas que ocuparão as maiores avenidas da cidade e que ligarão os bairros da cidade e vão conectar a periferia ao Centro. Elas ocuparão, por exemplo, os grandes corredores de ônibus da cidade, como o das avenidas Santo Amaro e Nove de Julho. Neste serviço, a cidade estará dividida em quatro grandes regiões (Leste, Oeste, Norte e Sul). Essas regiões agrupam os 20 setores nos quais a cidade foi dividida para a licitação.

A cidade terá também uma rede que será chamada de “articulação regional”, que vai ligar bairros e centralidades de interesse regional e ainda bairros ao Centro sem passar pelas grandes avenidas do município. Além disso, uma rede de distribuição local atenderá a população nas ruas menores dentro dos bairros.

A licitação deveria ter sido feita em 2013, mas o prefeito Fernando Haddad (PT) resolveu cancelar a disputa em meio aos protestos de rua pela suspensão do aumento de R$ 0,20 na tarifa dos  ônibus e do Metrô. A licitação anterior, feita pelo governo Marta Suplicy em 2003, foi prorrogada.

Após junho de 2013, a Prefeitura de São Paulo fez uma auditoria dos contratos de ônibus.  A empresa de consultoria Ernst&Young, contratada para o trabalho, concluiu que a Prefeitura de São Paulo tem potencial de economizar 7,4% dos gastos do atual contrato.

Subsídios
O prefeito Fernando Haddad evitou falar sobre aumento ou redução no valor das passagens ou sobre uma eventual queda do subsídio pago pela Prefeitura às empresas de ônibus.

Ele explicou que, na licitação de 2004, a taxa de retorno (lucro sobre o investimento e não sobre o faturamento) era de 15% e na nova licitação deve ser rebaixada para menos de 10%.
"Nós queremos trazer essa TIR [Taxa Interna de Retorno] para um dígito. A TIR máxima prevista no edital será de 9,9%. Esse é o teto que nos vamos admitir."  Haddad disse que, além disso, a Prefeitura busca estimular novos concorrentes ao abrir a possibilidade de que eles comprem as garagens atuais para estacionar. "Isso é para evitar o que a gente chama barreira à entrada. São essas medidas que vão garantir uma concorrência mais robusta."

Tipos de linhas
Veja abaixo os modelos de atuação das novas empresas:

1) Linha local de distribuição (ex: ruas menores de bairros): farão o atendimento nos bairros. Poderão ter traçado bidirecional (sai e volta para o terminal), ou com traçado circular. O objetivo é atender as pessoas que as vezes querem sair de um bairro e ir para o outro, sem a necessidade de irem para o centro.Linhas estruturais (Foto: Reprodução)

2) Linhas estruturais radiais (ex. corredores de ônibus/faixa exclusiva): elas devem interligar regiões da cidade, ter trajeto mais simples e atender maior demanda, com intervalos menores e apresentar veículos com mais capacidade.

3) Linhas estruturais perimetrais (ex: avenidas com faixas exclusivas ou não): devem ter articulação entre regiões, ligação com corredores radiais e ligação entre centralidades urbanas.Articulação regional  (Foto: Reprodução)

4) Linhas de articulação (ex: ruas largas de articulação locais): serão linhas para ajudar aquele passageiro que tem dificuldade para se deslocar a pé entre um ponto de parada ou outro. Essas linhas devem ligar regiões da cidade, ter uma maior cobertura de território, atender média ou baixas demandas, com intervalos maiores e apresentar veículos de menor capacidade.

Por Márcio Pinho e Roney Domingos
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Faixa azul do Recife vai enfim ganhar fiscalização eletrônica

A tão esperada fiscalização eletrônica para coibir o uso indevido da Faixa Azul (exclusiva para transporte coletivo) por veículos particulares finalmente está saindo do papel. As primeiras 22 câmeras das 206 licitadas estão sendo implantadas na Avenida Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife, e metade delas (sentido subúrbio-Centro) começa a multar os infratores na segunda quinzena deste mês. As demais entrarão em funcionamento na sequência.

A avenida foi a escolhida por ser a que registra maior número de reclamações de desrespeito à legislação. “As câmeras vão atuar em pares. Somente os motoristas que forem flagrados por dois equipamentos serão multados, pois isso comprovará que ele estava circulando irregularmente pela faixa exclusiva. Esse processo evita penalizar quem vai acessar vias ou lotes à direita”, explica a presidente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Taciana Ferreira. 

A implantação da Faixa Azul faz parte de um projeto maior, o Serviço de Ônibus Rápido (BRS, na sigla em inglês), que, além da implantação de cinco corredores exclusivos, inclui recuperação de calçadas, pavimentação, arborização e fiscalização eletrônica. Em novembro de 2014, o Ministério das Cidades assegurou R$ 98,3 milhões para essas obras, mas cada via exige um projeto específico e esse processo ainda está em andamento via Empresa de Urbanização do Recife (URB), conforme explica Taciana Ferreira.

“Diante das reclamações e necessidade de se priorizar o transporte público, o município decidiu sinalizar algumas vias e contratar a fiscalização eletrônica, etapa que será suprimida dos projetos em andamento. Isso não inviabiliza o BRS, faz parte dele”, esclarece. As faixas começaram a ser pintadas em dezembro de 2013, quando se anunciou cronograma para implantação de 50,6 quilômetros até junho de 2014. Hoje, são apenas 21,4 quilômetros.

A ampliação vinha sendo diretamente atrelada à contratação da fiscalização eletrônica, pois foi verificado alto índice de desrespeito às faixas. Mas, mesmo com a licitação das câmaras, esse processo continuará em ritmo lento, por questões orçamentárias, conforme a CTTU. Três câmeras instaladas para teste na Avenida Herculano Bandeira vão entrar em funcionamento logo após as da Mascarenhas de Morais, mas as próximas só devem operar em novembro, inaugurando também um novo corredor, na Avenida Recife. “Neste caso estamos dependendo da recuperação do pavimento da Rua Hélio Brandão”, diz Taciana Ferreira.

As demais não têm prazo para funcionar. Elas serão instaladas nas Avenidas Conselheiro Aguiar (17), Domingos Ferreira (17) e Antônio de Góis (2), em Boa Viagem, Zona Sul; e em conjunto na Rua Cosme Viana, em Afogados, e Real da Torre, na Madalena, Zona Oeste (25 equipamentos). Outros corredores anunciados anteriormente (como as Avenidas Abdias de Carvalho e Beberibe) também estão sem previsão.

CUSTOS - O serviço de fiscalização eletrônica será operado pela Serttel, que já tem outros contratos com o município. A empresa receberá R$ 3.080 ao mês por cada equipamento, incluindo o processamento das multas. A fiscalização da Avenida Mascarenhas de Moraes exigirá investimento de R$ 67,6 mil mensais. Quando todas as 206 estiverem funcionando, o valor pulará para R$ 634,4 mil.

A falta de operacionalidade das faixas exclusivas sem a fiscalização fica clara diante do número de infrações flagradas pelos agentes de trânsito. Em 2014, foram aplicadas 725 multas do tipo na Mascarenhas, este ano já são 683 – o equivalente a R$ 36,3 mil. Mesmo fora do horário de pico basta circular pela via para encontrar os infratores. Invadir o corredor exclusivo é infração de porte leve, custa R$ 53,20 e três pontos na carteira de habilitação.

Por Margarette Andrea
Informações: JC Online

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Transporte coletivo de Curitiba tem prioridade de passagem pelos semáforos de canaletas

Os quase 600 mil passageiros que diariamente utilizam as oito linhas de biarticulados são beneficiados pela prioridade que os ônibus têm nos semáforos. Podem até nem perceber, mas em função dessa prioridade dada ao transporte coletivo no trânsito, a viagem é mais rápida, pois os veículos ficam menos tempo parados em cruzamentos.

Definido tecnicamente como prioridade semafórica, o sistema pode prolongar o tempo de verde quando o ônibus se aproxima e reduzir o tempo do vermelho quando o ônibus chega a uma determinada distância ou, ainda, sincronizar um grupo de semáforos para que o ônibus não precise parar em cruzamentos entre uma estação e outra. Outro sistema, também utilizado em Curitiba, é a programação dos semáforos, com tempo de vermelho menor nas canaletas.

Esse controle é feito por operadores de trânsito no Centro de Controle Operacional, mesmo local onde ficam fiscais da Urbs que ajudam a orientar essa prioridade.

O tempo que vai definir a prioridade para o ônibus é variável. Como eles trafegam em sentidos opostos com os mesmos intervalos e mesmos conjuntos de semáforos, os tempos de chegada e saída por sentido são diferentes. Assim, a prioridade semafórica é trabalhada por sentido e faixa horária de acordo com o maior fluxo de usuários, o que exige engenharia para garantir que o ônibus não pare na maioria dos semáforos e fique o mínimo de tempo parado em cruzamentos, sem perder de vista a necessidade de garantir o fluxo do trânsito nas transversais.

No caso das linhas do Expresso Ligeirão, nos eixos Boqueirão e Linha Verde, essa prioridade varia de acordo com o horário e o sentido do ônibus, chegando nos horários de pico a 50%. Isso significa que o tempo de verde pode ser ampliado em até 50% do tempo do semáforo, garantindo que ao chegar no cruzamento o ônibus encontre o sinal aberto. Da mesma forma, se o sinal estiver fechado quando o ônibus está a uma determinada distância o tempo do vermelho pode ser reduzido em até 50%.

Levantamento feito no ano passado pela área de Estudo e Estatísticas da Urbs sobre o tempo de viagem dos ônibus nos eixos de transporte mostra que, em média, nas primeiras horas da manhã, o Ligeirão Boqueirão sentido Centro passa direto em 27 dos 33 semáforos do trajeto o que significa que ele passa direto em cerca de 80% dos cruzamentos. No pico da manhã, o tempo total parado em semáforo no sentido Centro fica em apenas 2 minutos.

Na Linha Verde, no sentido bairro/Centro, no pico do horário de almoço o ônibus passa direto em 79% dos cruzamentos parando, em média 24 segundos, em apenas nove dos 31 semáforos do trajeto. Quando o ônibus encontra um semáforo fechado o tempo de vermelho é reduzido.

Nos eixos Boqueirão e Linha Verde o sistema de prioridade semafórica é feito através de sensores que ficam no pavimento e, acionados por um aparelho instalado nos ônibus, alteram o tempo dos semáforos de acordo com a programação de prioridade, feita pela área de engenharia de tráfego da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran).

Na Avenida Sete de Setembro, a prioridade é feita com a sincronização dos semáforos entre duas estações. Assim, ao sair de uma estação o ônibus vai encontrar os três semáforos abertos ou, se o primeiro estiver no vermelho, o tempo de sinal fechado será reduzido também em porcentuais diferentes de acordo com horário e sentido.

Na Avenida República Argentina, sensores no solo reconhecem a passagem de veículos na canaleta e se comunicam com os semáforos, acionando a prioridade. No eixo Norte, a prioridade é feita com a programação de tempo dos semáforos que ficam menos tempo fechados no sentido da canaleta.

Ligeiro

Motorista de ônibus há 28 anos e, desde 2010, do Ligeirão Boqueirão, Airton Rodrigues de Oliveira é um entusiasta do sistema de prioridade. “É só passar no sensor que o semáforo abre, espere para ver”, desafia. De fato, em função do horário, os semáforos do trajeto – sentido bairro-Centro a partir do terminal Hauer, abrem em todos os cruzamentos até a Praça Carlos Gomes. “Isso varia conforme o horário, de tarde a prioridade maior será no sentido contrário, afinal, esse é o Ligeirão, não é?", brinca o motorista. O tempo total de viagem no horário de pico é de 22 minutos, subindo para 25 fora do pico.

Pedrina Lúcia Rosa, professora aposentada, usa o Ligeirão sempre que precisa ir ao Centro ou para um bairro no trajeto. “O Ligeirão para mim é uma maravilha, é rapidíssimo. Imagine para quem trabalha e precisa do ônibus”, diz. Embora utilize o ônibus com frequência, ela não sabia da prioridade semafórica. Ao ser informada de como funciona, aprova o sistema. “Com certeza que isso é um benefício sim, dá agilidade. Para quem trabalha o Ligeirão é o que há de bom”, diz.

Trafegando no eixo Boqueirão, o motorista do Circular Sul, José Luciano Perotoni, diz que naquele horário e sentido (perto do almoço, indo para o bairro), a viagem seguia tranquila. “Agora na ida vai bem, para quem está vindo o tempo é diferente”, conta. Essa diferença é o que exige uma programação precisa e intrincada porque a canaleta tem dois sentidos e o semáforo é o mesmo. Por isso, o acionamento é feito por sensores que ficam na faixa em que está o ônibus e não em toda a largura da canaleta.

No Ligeirão Pinheirinho/Carlos Gomes, o motorista Rubens de Souza, que trabalha há 20 anos no sistema, também considera que a prioridade semafórica é essencial. “Sem essa prioridade ficaria muito difícil. A cidade cresceu muito, tem muito carro”, diz.

João Alves, aposentado e que usa o Pinheirinho/Carlos Gomes, conta que nunca tinha percebido que o ônibus fica pouco tempo parado no semáforo, ou passa por ele aberto. Ao observar durante a viagem, aprovou na hora. “É muito bom, assim chega mais rápido”, diz ele.

No mesmo ônibus, a estudante Paula Vasconcelos Marjolla percebe o quanto a linha é rápida. “O ônibus não pega trânsito, ele vem muito rápido. Eu acho que é bem mais rápido e bem mais em conta.”

Curitiba tem oito linhas de biarticulados (incluídas as duas linhas de Ligeirão) que trafegam em seis eixos de transporte (Norte, Sul, Leste, Oeste, Boqueirão e Linha Verde). Os eixos são a espinha dorsal do sistema integrado que transporta, por dia, em torno de 1,8 milhão de passageiros no sistema urbano.

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São Paulo quer ônibus com padrão de metrô

O novo modelo de concessão de ônibus da capital apresentado ontem pela Prefeitura de São Paulo pretende "metronizar" os coletivos, com mais assentos para passageiros e velocidade superior à atual nos corredores.

Se por um lado o formato apresentado deve reduzir a frota em mil veículos, passando a menos de 14 mil, por outro a Prefeitura promete aumentar o número de viagens em 24% e criar 151 mil novos assentos.

O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, acredita que o novo modelo não entrará em funcionamento até o fim de 2016, quando se encerra a gestão Fernando Haddad (PT). "Isso passa para as próximas gestões", afirmou.

A Prefeitura de São Paulo deve lançar a minuta do edital na semana que vem. A partir da data de publicação, o processo estará aberto para consulta pública por 30 dias. A licitação está estimada em ao menos R$ 140 bilhões, por 20 anos.

A Prefeitura não informou se o modelo reduzirá o número de linhas - hoje são 1.386. "É uma reorganização. Aumenta os assentos e diminui o número de veículos. Vai atender melhor.

O ideal, tanto quanto possível, é aproximar do padrão do metrô", disse Haddad. Com a redução no número de veículos, a previsão do prefeito é de que a velocidade nos corredores de ônibus ultrapasse a média atual de 20 km/h.

O secretário Tatto afirmou que empresas internacionais já manifestaram interesse em concorrer, mas não quis dar detalhes. Haddad lembrou que, para estimular a concorrência, a Prefeitura removeu "todos os obstáculos possíveis". A gestão vai desapropriar cerca de 50 garagens usadas pelas empresas de ônibus, por exemplo, e repassá-las aos vencedoras da licitação.

Centro de controle

As empresas serão responsáveis por formar uma sociedade jurídica e criar um Centro de Controle Operacional (CCO). Do ponto de vista da Prefeitura, o CCO é uma das principais vantagens do novo modelo de concessão.

Embora seja um investimento das empresas, o centro será monitorado também por uma equipe da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da São Paulo Transporte (SPTrans), segundo o secretário Tatto.

Para o presidente da SPUrbanuss, sindicato que representa os donos das empresas, Francisco Christovam, também se trata do maior avanço do decreto.

"Não tem cabimento 14 mil ônibus circularem em São Paulo sem acompanhamento em tempo real, para saber se os veículos estão muito carregados, presos no trânsito, atrasando partidas", afirmou.

O desejo das empresas é que, além de representantes das garagens, os CCOs tenham agentes da CET e da SPTrans, além da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Como os veículos terão computadores de bordo e GPS, uma das exigências da Prefeitura para a concessão, os centros poderão saber a velocidade média de cada veículo. Caso as partidas dos terminais estejam atrasando, o CCO entrará em contato com os motoristas e fiscais para normalizar a situação.

A promessa da Prefeitura era de que o edital fosse lançado em maio, com término do processo marcado para junho. O procedimento foi feito em meio a suspeitas por parte do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindimotoristas) de que o novo sistema cortará o número de postos de trabalho, uma vez que prevê a redução de veículos em circulação. A gestão Haddad negou que o modelo provoque desemprego no setor.

Segundo Tatto, os trabalhadores não serão prejudicados, porque as vencedoras da licitação terão de readmiti-los. 

Por Juliana Diógenes e Rafael Italiani
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