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Ônibus da Zona Sul do Rio circulam com 50% da capacidade em horário de rush, mostra estudo

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Enquanto em outras áreas da cidade os ônibus se arrastam pelas ruas apinhados de gente, na Zona Sul o problema é o oposto: eles andam vazios demais, mesmo na hora do rush. Longe de ser um problema menor, o excesso de ônibus em circulação ajuda a aumentar os congestionamentos e a poluir mais a atmosfera. Uma pesquisa da PUC- Rio sobre planejamento do transporte coletivo, divulgada em agosto, mostra que 80 linhas municipais que circulam hoje entre Zona Sul e Centro costumam rodar com apenas 15% de sua capacidade fora dos horários de pico; e com aproximadamente 50% da capacidade em horas de rush. Isso se dá, principalmente, por causa da sobreposição de muitas dessas linhas, que fazem quase os mesmos trajetos, com uma ou outra ramificação.

A pesquisa indica ainda que, dentro do horário de pico, quando os ônibus chegam ao Centro, atingem sua lotação máxima e passam a ser insuficientes para a demanda. Isto é, são subutilizados na Zona Sul, mas faltam nas áreas centrais da cidade.

O estudo foi feito entre os meses de março e julho pela estudante de Engenharia de Produção Marina Waetge, agora na Alemanha pelo programa Ciências Sem Fronteiras, sob orientação do professor Hugo Repolho. Apresentado na Semana de Iniciação Científica da PUC- Rio, há dois meses, o trabalho foi concluído com a análise exclusivamente das linhas da Zona Sul, uma a uma, a partir do site "Vá de Ônibus”, mantido pela Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro ( Fetranspor). O método foi o único encontrado pelos pesquisadores, que não obtiveram da Prefeitura um mapa da malha rodoviária da cidade.

— Quando pedimos acesso ao mapa, a prefeitura disse, para minha surpresa, que não tem um. Como é possível controlar a quantidade de linhas e de veículos, se não há um mapa dessa malha? — questiona Hugo Repolho.

O espanto do professor começou muito antes, no início de 2013, quando se mudou de Portugal, sua terra natal, para o Brasil. Em solo português, era hábito diário conferir a tabela com os horários de cada ônibus antes de sair de casa. Mesmo se o coletivo não passasse na hora exata, a margem de erro corriqueira era de cinco minutos, no máximo. Hoje, ele já aprendeu como funciona por aqui: "na hora que passar, passou, não é assim?”, brinca o professor.

— Para quem vem de fora é mais fácil ver que o sistema funciona muito aquém do ideal. A atual estruturação da frota traz dois principais problemas para o usuário: a falta de horários dos ônibus e a falta de legibilidade de cada linha, porque nem pelo número nem pela aparência do veículo é possível saber a que linha ele pertence — reclama o engenheiro.

Para tornar o sistema de transportes mais eficiente, a pesquisa propõe transformar as 80 linhas pesquisadas em cinco grandes linhas, que, interligadas, passariam por terminais na Gávea, em Botafogo e na Central do Brasil. Uma delas seguiria via Jardim Botânico; a segunda iria pelo Túnel Rebouças; a terceira, pelo Túnel Santa Bárbara; a quarta, pelo Aterro do Flamengo; e a última, por Ipanema, cobrindo toda a orla. Ônibus menores poderiam alimentar essas cinco linhas, fazendo rotas não compreendidas por elas. A proposta também prevê zonas, ao longo desses trajetos, em que os usuários possam facilmente fazer integração com o metrô ou pegar bicicletas públicas.

O objetivo é disponibilizar mais ônibus onde eles realmente são necessários, e nos horários em que a demanda é maior. — Hoje, seja em horários de pico ou em outros períodos do dia, a quantidade de ônibus circulando é basicamente a mesma. Não há um redimensionamento de acordo com a demanda. São colocados na rua quantos ônibus a frota tiver, não importa o horário. Isso faz com que vários da mesma linha passem juntos, vazios. Existem cerca de 600 veículos em toda a frota da Zona Sul. Com certeza, dá para atender a população com bem menos — analisa o professor.

Moradora do Jardim Botânico, a estudante que estruturou a pesquisa é habituée do ônibus da linha 410, que a transportava todos os dias para a PUC-Rio. Fora do país por ainda alguns meses, Marina mantém vivo na memória o cenário que encontrava tanto no ponto de ônibus à espera do 410, quanto em seus trabalhos de campo, quando saía para observar o número de passageiros em cada veículo.

— Eu via constantemente pessoas confusas, sem saber qual é a rota dos ônibus e sem ter um mapa das linhas para consultar. Eu mesma, ainda que estivesse acostumada a andar pela cidade de ônibus, muitas vezes precisava pedir informações na rua para descobrir como chegar a algum lugar — contou Marina, por e- mail. — O que mais me motivou no projeto foi a perspectiva de melhorar esse sistema para que a população possa ter vontade de usar ônibus e deixar os carros em casa, podendo assim diminuir o trânsito na cidade.

O tema preocupa muitos pesquisadores, até mesmo de fora da Zona Sul. Alexandre Rojas, doutor em Engenharia de Transportes e professor da Uerj, por exemplo, fez, no início do ano, uma pesquisa de campo na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema. Lá, ele ficou por algumas horas observando quantos coletivos passavam e com que lotação. O resultado do trabalho faz coro com os principais pontos levantados por Marina e Hugo.

— Quando o BRS ( Bus Rapid System, o corredor exclusivo para ônibus) foi criado, em 2011, a Prefeitura informou que tinha remanejado e até reduzido algumas linhas de ônibus. No entanto, constatei nesse trabalho que ainda existem inúmeras linhas em excesso, com veículos vazios em quase todos os horários. Há uma grande discrepância entre a quantidade de coletivos que atende a Zona Sul e a Zona Norte. Esta última é claramente menos favorecida — afirma Rojas.

Segundo a engenheira de tráfego da Escola Politécnica da UFRJ Eva Vider, há mais de uma solução possível para melhorar a disposição da malha urbana. Ela afirma que, entre o final de 2012 e o início de 2013, um dos estudos que acompanhou chegou a propostas semelhantes às da pesquisa da PUC-Rio. Na ocasião, no entanto, a proposta era criar linhas de ônibus circulares, que se conectavam às linhas alimentadoras. De lá para cá, outra pesquisa, também orientada por Eva, sugeria apenas um corredor de ônibus do Leblon ao Centro, passando pela orla. A ele, seriam ligados coletivos que trariam passageiros de outros bairros da Zona Sul.

— Há várias maneiras de melhorar o sistema, mas o que costuma unir todas elas é a ideia de formar linhas principais, com ônibus compridos e articulados sendo alimentados por coletivos pequenos que circulam por onde não existe tanta demanda — acredita Eva, que é especializada em mobilidade urbana.

Ela ressalta que a maior produtividade do serviço impacta diretamente no preço das passagens, porque diminui o gasto com combustível e manutenção dos veículos.

— Quando não há ônibus ociosos, que transportam pouquíssimos passageiros e servem apenas para congestionar o trânsito, a eficiência do serviço sobe. Há mais produção com menos custo — sintetiza a pesquisadora.

Informações: O Globo e ANTP

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BikePoa já é usado preferencialmente como modal de transporte

Das duas mil viagens diárias do BikePoa, cerca de 65% acontecem nos picos da manhã (7h às 10h) e da tarde (17h às 20h), de segunda à sexta-feira. Os dados da empresa Serttel, administradora do sistema na Capital, revelam o envolvimento, cada vez mais crescente, dos usuários na utilização das bicicletas compartilhadas na cidade, como um verdadeiro modal de transporte. 

“Estes 65% representam um índice realmente muito elevado no conjunto da rede de bikes compartilhadas no País. É uma verdadeira demonstração do envolvimento dos portoalegrenses nesta iniciativa da Prefeitura, com utilização cada vez mais intensa das bikes, ainda mais com o crescimento da rede cicloviária na cidade”, afirma Peter Cabral, diretor-presidente da Serttel.

O sistema BikePoa completou dois anos no dia 22 de setembro, com 104 mil pessoas cadastradas, 500 mil viagens realizadas. Ao todo são 39 estações, com 390 bicicletas à disposição da população. “É uma iniciativa que deu certo, já como modal de transporte e também como lazer. Agora estamos trabalhando junto à comunidade para aumentar a rede cicloviária no novo espaço proposto a ser criado no bairro Santa Cecília, com ligação entre a Ipiranga e a Praça da Encol”, afirma Vanderlei Cappellari, Diretor-Presidente da EPTC.

Informações: EPTC


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Urbs testa novos materiais nas estações tubo para aumentar conforto

A Urbs vai testar a utilização de novos materiais para redução de calor e melhoria da sensação térmica no interior das estações tubo. O projeto piloto, que será implantado até o fim de outubro, prevê a utilização de forro interno de fibra de vidro e a aplicação de uma manta térmica, produzida a partir de garrafas PET, entre este forro e a placa de aço inox da estação.

Também será utilizado vidro especial com um material (KNT) que reduz a incidência dos raios solares UV em até 99% e dos raios solares IV em 40%. Os raios IV são responsáveis pelo aquecimento. Para proteger melhor o cobrador da incidência solar, os vidros do posto de trabalho receberão, além do vidro KNT uma proteção extra com uma pintura pontilhada (serigrafia), que deverá proteger sem tirar totalmente a transparência do vidro.  Nesta estação também serão instalados, para avaliação, ventiladores elétricos para melhorar a renovação do ar no interior das estações.

Se os resultados se mostrarem compensadores, a Urbs vai elaborar projeto para instalação destes materiais em todas as estações-tubo. A previsão dos técnicos é que os efeitos dos novos materiais possam ser medidos em duas semanas, com a comparação do calor registrado na estação onde o projeto será testado e nas estações próximas.

No começo deste ano foi testada a instalação de uma manta térmica na estação Osternack, no Sítio Cercado, que reduziu o calor interno. A avaliação, no entanto, é de que será necessária a adoção de outras medidas para chegar a uma condição mais satisfatória. Para ser testado com mais eficiência, o projeto-piloto precisa ser implantado em período de calor.

Criadas em 1991, quando a Rede Integrada de Transporte (RIT) só atendia Curitiba, as estações-tubo são estruturas tubulares, revestidas em vidro. As mudanças climáticas, com aumento do número de dias de calor, e o crescimento da RIT - que hoje atende outros 13 municípios – mudaram a realidade das estações tubo que ainda hoje são um ícone da cidade e um dos equipamentos públicos mais fotografados por turistas.

Desde o ano passado a Urbs vem intensificando os estudos para melhoria do conforto nas estações. Na Linha Verde, por exemplo, as estações já existentes, e as que serão implantadas no trecho Norte, têm um desenho diferenciado, são mais amplas e climatizadas. A climatização é feita por um processo de aquecimento (limpeza) e resfriamento do ar que, captado em canos, passa por um fosso aquecido por uma lâmpada e um fosso de água fria. A cada 90 segundos entra ar puro e resfriado na estação.

Também faz parte desse projeto a ampliação de estações. No ano passado, a Estação Osternack, no Sítio Cercado, passou de 10 para 40 metros quadrados de área interna. Outra que ficará maior é a estação PUC, que terá seu tamanho duplicado e onde também serão utilizados novos materiais, buscando redução do calor interno.

Em fase de implantação - na confluência da Rua Imaculada Conceição com Avenida Salgado Filho – a nova estação PUC será formada por tubos acoplados e terá ajardinamento no entorno. A cobertura terá manta térmica, vidros revestidos e breeze metálico reduzindo a incidência dos raios solares.

No ano passado foram testados os chamados sistemas evaporativos, uma espécie de exaustor para saída do ar quente, o que se mostrou pouco eficaz em função da baixa altura das estações. Também já foi tentada a colocação de aparelhos de ar condicionado, o que não deu resultado em função do desenho das estações, que têm aberturas laterais e pouca altura para circulação do ar.

Pelas catracas das estações-tubo passam, em média, 360 mil pessoas por dia. São 359 estações por onde passam 193 ônibus biarticulados, das oito linhas do Expresso; e 397 Ligeirinhos, do sistema Linha Direta. A Rede Integrada de Transporte tem, no total, 1.945 ônibus e transporta por dia 2,3 milhões de passageiros.

Informações: URBS

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