Venda de ônibus recua 15,4% em 2024 no Brasil *** Ônibus 100% elétrico da Volvo começa a operar em Curitiba *** Saiba como vai funcionar o BRT em Maceió; investimento será de R$ 2 bilhões *** Primeiro trem da Linha 15-Prata é entregue ao Metrô na China *** Salvador possui a terceira maior frota de ônibus elétricos do Brasil *** Prefeitura de Belém apresenta os primeiros ônibus elétricos *** Projeto da CBTU promete retomada do transporte sobre trilhos para o Bairro do Recife *** Conheça nossa página no Instagram
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Belo Horizonte no transporte coletivo. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Belo Horizonte no transporte coletivo. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

Moovit apresenta relatório sobre transporte público em 2022

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Moovit, uma empresa da Mobileye e o aplicativo de mobilidade urbana mais utilizado no mundo, lança a versão atualizada do seu Relatório Global sobre Transporte Público. O levantamento foi feito com a análise de milhões de viagens por transporte público planejadas com o Moovit ao longo de 2022 em cem grandes metrópoles – dez delas no Brasil. Além da avaliação dos dados, o relatório traz também uma pesquisa de opinião com os usuários do app. 

A pesquisa quis saber o que incentivaria passageiros a usarem mais o transporte público. Para 24%, a maior demanda é o aumento na frota para reduzir o tempo de espera. Em seguida aparecem passagens mais baratas com 21%, e cronogramas mais confiáveis com 16%.

Esta edição do relatório também mostra como os passageiros passaram a usar transporte público após a fase mais aguda da pandemia de COVID 19. A pesquisa mostra que 17% dos passageiros diminuíram o uso de usar ônibus, trens e metrôs nos últimos dois anos. E 9% passaram a se locomover de outra forma, sem usar transporte público.  

Dez regiões metropolitanas brasileiras fazem parte do relatório: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A pesquisa foi respondida por 33 mil usuários dessas cidades em novembro de 2022. Todos os dados são anônimos.

Confira algumas das conclusões do relatório, que pode ser visualizado na íntegra aqui:

Três cidades brasileiras ficam entre as dez com o maior tempo médio de viagem: Rio de Janeiro (67 min); Recife (64 min) e São Paulo (62 min);
Recife tem o maior tempo médio de espera no país

Recife tem o maior tempo médio de espera no país, com 27 min, seguido por Belo Horizonte, com 24 min, e Brasília e Salvador empatadas, com 23 min;

39% das viagens em Brasília percorrem mais de 12 km, o que é considerado uma longa distância;

Porto Alegre é a única cidade brasileira em que mais da metade das viagens (53%) são diretas;

O uso combinado de bicicletas compartilhadas com transporte público cresceu 7% em relação ao último relatório. 

“Há 3 anos, a COVID impactou fortemente o uso de transporte público. Nosso relatório mostra que as pessoas voltaram a se locomover em 2022, trazendo novos desafios para quem opera e administra os sistemas de transporte. Esperamos que o Relatório Global sobre Transporte Público seja uma ferramenta que ajude operadores e governos na tomada de decisões para ter uma operação eficiente que atenda às necessidades dos passageiros”, afirma Yovav Meydad, vice-presidente de marketing e expansão do Moovit.

O Relatório Global sobre Transporte Público está disponível para qualquer pessoa que deseje utilizar assim como comparar dados das cidades analisadas. As informações são distribuídas sob licença Creative Commons e podem ser utilizadas em artigos, reportagens, estudos bem como trabalhos acadêmicos, com crédito para o Moovit e link para www.moovit.com. 

Dados do Relatório Global sobre Transporte Público

Tempo de Viagem
– O Rio de Janeiro é a quarta cidade no mundo em tempo médio de viagem, com 67 minutos;

– Três cidades brasileiras ficam entre as dez com o maior tempo médio de viagem: Rio de Janeiro (67 min); Recife (64 min) e São Paulo (62 min);

– 12% das viagens no Rio têm pelo menos 2h de duração;

– As viagens curtas, com menos de 30 min, cresceram em todo o país em relação a 2020.

Distância Percorrida

– Brasília tem a maior distância média no Brasil, com 12,41km. É também a sexta maior em todo o relatório;

– 39% das viagens em Brasília percorrem pelo menos 12 km;

– Rio de Janeiro tem a segunda maior distância média no país, com 11,42km; 33% das viagens passam por pelo menos 12km.

Tempo de Espera

– Recife tem o maior tempo médio de espera no país, com 27 min, seguido por Belo Horizonte, com 24 min, e Brasília e Salvador empatadas, com 23 min;

– 55% dos passageiros em Recife esperam mais de 20 min pelo transporte; 

– Curitiba é a cidade com a maior porcentagem de esperas curtas (menos de 30 min): 17%;

– Tempo médio de espera diminuiu em seis cidades das dez cidades do levantamento.

Baldeações

– 27% das viagens em Curitiba têm três baldeações ou mais. É terceira cidade no mundo, atrás da Cidade do México (29%) e Paris (28%); 

– Porto Alegre é a única cidade em que mais da metade das viagens são diretas (53%);

– Recife tem o maior tempo média de espera de todas as cidades – 27 min.

Informações: Portal do Transito
READ MORE - Moovit apresenta relatório sobre transporte público em 2022

Em BH, Projeto de faixas exclusivas para ônibus está em atraso

domingo, 7 de agosto de 2022

O Plano de Mobilidade Urbana apresentado pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) em setembro do ano passado e que pevia adicionar 78,7 km de faixas exclusivas para ônibus, mais pontos e ampliação das ciclovias na capital está em atraso. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, somente a primeira etapa do projeto deverá ser concluída este ano. No anúncio, feito em 2021, a expectativa é de que a primeira e a segunda fase fossem concluídas em setembro deste ano.

"Atualmente, estão em implantação mais sete quilômetros de faixas exclusivas nas avenidas do Contorno e Andradas. Os projetos estão sendo finalizados", disse a prefeitura em nota. O Executivo não justifica o motivo dos atrasos, mas aponta que oito vias da capital receberam faixas exclusivas no ano passado. Em agosto foram implatadas nas ruas Espírito Santo, Itajubá e São Paulo. No mês de setembro, foram nas ruas Niquelina e Domingos Vieiras. Já em outubro, as ruas Rio Pomba e Três Pontas tiveram as faixas implantadas.

Para o Sindicato das Empresas de Belo Horizonte (Setra-BH), que representa as empresas do transporte público da capital, a falta de faixas exclusivas e prioritárias compromete serviço na  cidade. "O maior problema do transporte público não é a lotação e sim o de ter agilidade e eficiência no transitar nas ruas sempre congestionadas da cidade", disse. Segundo o Setra-BH, as vias lotadas, principalmente nos horários de pico, afeta a pontualidade das viagens e causa insatisfação aos usuários.
O projeto, anunciado no último ano, foi desenvolvido com o objetivo de implantar 24 km de faixa exclusiva das seis horas da manhã às 19h30, 7,5 km durante os horários de pico da manhã e tarde (6h às 9h e 16h30 às 19h30), 14 km de faixa exclusiva somente no pico da manhã (6h às 9h), 0,8 km de faixa exclusiva somente no pico da tarde (16h30 às 19h30), 12,5 km de faixa preferencial, além de 24 km de ciclovias ou ciclorrotas e 18 km de vias com melhorias nos cruzamentos, semáforos, acessibilidade e outros. A expectativa era conseguir aumentar em média de 20% a velocidade operacional dos coletivos, além de reduzir o tempo de viagem e de espera dos passageiros. A medida ainda acarretaria benefícios como a pontualidade no quadro de horários, a redução de custos operacionais e na emissão de gases poluentes.

O investimento para a primeira e a segunda fase do projeto seria de  R$ 42 milhões. Ao todo, estavam previstas 47 intervenções em praticamente todas as regionais da cidade. Uma delas na avenida Afonso Pena, que, além de faixa exclusiva das seis horas da manhã às 19h30 nos dois sentidos, ganharia ciclovia de cada lado do canteiro central. Para o Superintendente da Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (SUMOBH), André Dantas, a capital possui um conjunto de projetos de estruturação do transporte público e que alguns têm sido implantados.

"Eu vejo que estamos avançando dentro das nossas possibilidades", disse o superintendente em relação aos atrasos do projeto. A justificativa ocorreu em entrevista ao O Tempo durante o anúncio de investimentos para a implantão de mais calçadas, faixas exclusivas e ciclovia na Avenida Afonso Pena, na última terça-feira (2).

Para o engenheiro civil e mestre na área de transportes, Silvestre de Andrade Puty Filho, as faixas exclusivas são importantes alternativas para melhorar o trânsito da capital no período de curto prazo. "Elas são importantes, bem vindas, mas não podem ser definitivas. Elas devem ser pensadas como alternativas para a execução de alguns projetos que demandam um longo prazo", explica.

O especialista destaca que as medidas possuem baixo investimento, mas que a capital precisa priorizar recursos para o transporte público. "É inegável que Belo Horizonte precisa de investimentos em transporte público, o último, mais expressivo, foi no Move, na época da Copa do Mundo. Tínhamos que pensar em uma rede, com ônibus, metrô, VLT e trens", sugere.

Conheça as obras que foram anunciadas em setembro do ano passado e que deveriam ser implementadas na capital:

1. AVENIDA AFONSO PENA (CENTRO-SUL) 
- Faixa exclusiva das 6h às 19h30 nos dois sentidos entre a praça da Rodoviária e a av. Getúlio Vargas 
- Ciclovia de cada lado do canteiro central e sobre o canteiro após a av. Carandaí 
- Criação de cinco novos pontos de ônibus com redistribuição das linhas e pontos 
- Manutenção da maior parte dos pontos de táxi e de táxi-lotação 
Objetivo: aumento da velocidade dos ônibus em 37% no sentido bairro-centro e 21% no sentido centro-bairro 

2. RUA PADRE PEDRO PINTO (VENDA NOVA) 
- Faixa exclusiva das 6h às 19h30 nos dois sentidos entre a rua Menezes e a estação Venda Nova 
- Novos semáforos de pedestres 
Objetivo: aumento da velocidade operacional no pico tarde em 18% (bairro-centro) e 25% (centro-bairro) 

3. AV. PORTUGAL (PAMPULHA) 
- Faixa exclusiva das 6h às 19h30 sentido bairro-centro entre a estação Pampulha e a rua Arvoredo 
- Pista passará a ter três faixas direcionais no sentido bairro-centro sendo uma exclusiva para ônibus 
- A rua das Canárias funcionará com mão direcional no sentido centro-bairro, com duas faixas de tráfego e estacionamento à direita 
- Novos semáforos 
Objetivo: Aumento da velocidade operacional no pico tarde em 4% (bairro-centro) e 9 (centro-bairro) 

4. AV. JOSÉ CÂNDIDO DA SILVEIRA (NORDESTE) 
- Faixa preferencial em toda a avenida das 6h às 19h30 nos dois sentidos 
- Novos semáforos de pedestres 
- Tratamento de acessibilidade nas interseções e pontos de ônibus 
Objetivo: Aumento da velocidade operacional no pico tarde em 20%  

5. AV. ABÍLIO MACHADO (NOROESTE) 
- Faixa exclusiva das 6h às 19h30 nos dois sentidos entre av. Heráclito Mourão e Anel Rodoviário 
- Correções na largura da pista para comportar quatro faixas de tráfego 
-  A partir da rua Itobi do Oeste, apenas ônibus e caminhões poderão seguir; os carros e motos terão que convergir à direita na rua Itobi do Oeste e virar à esquerda na av. Ivaí 
Objetivo: Aumento da velocidade operacional pico tarde em 11% (bairro-centro) e 55% (centro-bairro) 

6. RUA POUSO ALEGRE (LESTE) 
- Faixa exclusiva das 6h às 19h30 entre a rua Flávio dos Santos e a rua Itajubá sentido bairro-centro 
-  Uma faixa de ônibus, uma faixa de uso misto e estacionamento permitido à esquerda 
- Entre a rua Salinas e a rua Itajubá, o estacionamento será proibido, e a pista passa a ter três faixas de tráfego 
- Melhoria nos pontos de ônibus 
Objetivo: Aumento da velocidade dos ônibus em 43% 

7. AV. RAJA GABAGLIA (CENTRO-SUL/OESTE) 
- Faixa exclusiva das 6h às 21h no sentido centro-bairro, entre a av. do Contorno e a av. Barão Homem de Melo 
- Nova forma de conversão à esquerda para o bairro Gutierrez dos veículos que estão em circulação no sentido Belvedere-centro na rua Américo Macedo 
- A conversão para o bairro Cidade Jardim, dos veículos que estão no sentido centro-Belvedere, será transferida para a semirrotatória da entrada do Exército (4ª Região) 
- Acréscimo de mais uma faixa de tráfego no acesso à av. Barão Homem de Melo e entre a av. Raja Gabaglia e a rotatória da av. Mário Werneck 
Objetivo: Aumento da velocidade dos ônibus em 8% 

Por Rayllan Oliveira
Informações: O Tempo
READ MORE - Em BH, Projeto de faixas exclusivas para ônibus está em atraso

Governo de Minas lança plano para integrar transporte público na Grande BH

domingo, 17 de dezembro de 2023

O governo de Minas lançou nessa quarta-feira (13/12) o Plano de Mobilidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PlanMob – RMBH). Em linhas gerais, o objetivo é tornar os sistemas mais eficientes, inclusivos e sustentáveis, além de promover a integração do transporte coletivo na Grande BH com oferta de descontos aos usuários que precisam usar os serviços entre as cidades.

Hoje, na RMBH, o sistema de transporte metropolitano possui somente integração física com os sistemas municipais e física, operacional e tarifária (em parte das linhas) com o metrô. Não há integração institucional entre os entes responsáveis pelo transporte coletivo.

Com isso, o desequilíbrio é refletido pela tendência de queda da demanda do serviço de transporte coletivo na RMBH, verificada de 2014 até 2019. O problema ficou ainda mais acentuado após 2020 em função dos efeitos da pandemia por COVID-19. “Há forte indício de que a participação do modo coletivo foi reduzida a partir de 2012, quando já representava menos de 50% das viagens”, afirma o governo no texto do PlanMob.

Vale dizer que a perda de passageiros vem acontecendo nos quatro sistemas de maior demanda na RMBH: trilhos, ônibus metropolitano e ônibus municipais de Belo Horizonte e Contagem. Nesse contexto, a dificuldade em manter receitas tarifárias capazes de cobrir os custos operacionais leva a pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro, por parte de operadores, ao poder público.

“Quanto maior o nível dos descontos aplicados nas viagens integradas, mais significativo será o potencial de atração de demanda para os sistemas de transporte público coletivo, tendo em vista a considerável sensibilidade da demanda em relação aos preços, em parte explicada pela realidade socioeconômica dos usuários”, diz outro ponto do documento. A expetativa é gerar redução tarifária média de 2,4%.

Durante o lançamento do PlanMob, o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), Pedro Calixto, pontuou que a Grande BH transcende os limites de cada município. “Então, para termos uma solução de mobilidade, é impossível que cada cidade pense de forma isolada. Agora, precisamos avançar para além do plano”, disse.

Veja algumas das principais propostas do PlanMob:
- Priorizar políticas públicas que contribuam para a segurança, seguridade e equidade no acesso aos serviços de transporte, com especial atenção para pessoas em situação de vulnerabilidade;

- Buscar fontes de financiamento e formas de remuneração do transporte coletivo que garanta a sua oferta como direito social, em especial nas áreas e horários de maior vulnerabilidade;

- Elaborar estudos para rever o modelo tarifário da tarifa pública e a implementação de subsídios, com base em critérios sociais e do uso do solo;

- Articular com os municípios para a adoção de pedágios urbanos e política de restrição de acesso em áreas críticas, com arrecadação de recursos para melhorar a qualidade do transporte coletivo;

- Adoção de novas tecnologias para monitoramentos dos serviços de transporte.

Informações: Estado de Minas

READ MORE - Governo de Minas lança plano para integrar transporte público na Grande BH

Em BH, Passagem de ônibus subiu 110% em dez anos, e serviço segue ruim

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Em 2003, o usuário do transporte coletivo da capital mineira desembolsava R$ 1,45 ao fazer uma viagem de ônibus. Para rodar pela região metropolitana, o passageiro não gastava mais que R$ 1,64. Mais de dez anos se passaram, e esses valores subiram 93% em Belo Horizonte e 110% nas linhas metropolitanas - reajustes bem superiores à inflação no período, de 76,6%. Em contrapartida, as reclamações dos usuários são as mesmas até hoje. Eles se queixam dos constantes atrasos e de superlotação. Para agravar a situação, a frota da capital cresceu apenas 7% a partir de 2003 e, no transporte metropolitano, o aumento foi de 41%.

Além de conviver com o preço alto da passagem e com a falta de qualidade, nos últimos dez anos, os passageiros também receberam do poder público uma série de promessas que não saíram do papel. Um dos principais exemplos é o Sistema Inteligente de Transporte por Ônibus (Sitbus). Por meio do rastreamento via satélite dos ônibus e de painéis eletrônicos instalados nos pontos de ônibus, os usuários saberiam o instante em que os veículos chegariam. Foram prometidos, para dezembro de 2011, 600 equipamentos, mas, até agora, somente 21 estão em funcionamento, de acordo com a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans).
Em 2011, também foi prometida a instalação de contadores de passageiros nos veículos, mas o projeto ainda não saiu da fase de testes. A intenção era que uma luz avisasse o motorista quando os ônibus atingissem a capacidade máxima, evitando a superlotação. "Por se tratar de tecnologia ainda em avaliação por diversos fornecedores, as várias opções estão sendo apresentadas, avaliadas e discutidas", informa a BHTrans, por meio de nota.

Para a auxiliar de limpeza Euza Inácio Silvestre, 49, a demora dos ônibus e a superlotação não são os maiores problemas. "Não posso levar meus filhos para passear no fim de semana porque é muito caro. Se eu tiro essas passagens do meu cartão, tenho que repor", conta.

O estudante Thiago Ferreira Silva, 22, usa com frequência as linhas da região Centro-Sul. "Os ônibus demoram demais. Antes, eram os ônibus das avenidas principais que enchiam, mas hoje as linhas já estão lotadas nos bairros", reclama. Thiago também diz que os abrigos em pontos de ônibus são insuficientes e que não protegem da chuva e do sol. A BHTrans afirma que 438 abrigos foram instalados em 2012 e que Belo Horizonte possui hoje 2.112 pontos com cobertura.

Mobilidade. A presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Belo Horizonte (AUTC), Gislene Gonçalves dos Reis, afirma que o valor da passagem penaliza a população e destaca que, entre os problemas, ainda está a falta de elevadores para portadores de deficiência. Por lei, toda a frota da BHTrans deveria ter o equipamento desde novembro de 2011. "Só 6% dos ônibus têm elevadores. É uma falta de respeito", diz. Do outro lado, a prefeitura afirma que 77% da frota da capital possui o equipamento. Já a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) diz que 54,4% dos ônibus metropolitanos têm elevadores.

Especialistas criticam preço e qualidade do transporte
A tarifa do transporte coletivo envolve gastos com vários itens, entre eles, funcionários, manutenção dos ônibus e combustível. Mas, para o professor do departamento de engenharia de transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dimas Alberto Gazolla, esse valor não se justifica em Belo Horizonte. "É realmente muito alta. A ONU recomenda que o peso da tarifa de transporte de um cidadão não exceda 3% do salário. No caso de BH, a tarifa passa dos 30% do salário mínimo", diz.

Para o professor Juan Carlos Horta, do departamento de mecânica da UFMG, a qualidade do transporte oferecido também não condiz com o valor da passagem. "O conforto dos nossos ônibus é ruim se comparado com cidades europeias e até do Japão. Aqui, os ônibus são, na verdade, chassis de caminhões encarroçados como ônibus. E muitos não são adequados para a nossa topografia", avalia. (JHC)

Por Johnatan Castro
Informações: O Tempo Online
READ MORE - Em BH, Passagem de ônibus subiu 110% em dez anos, e serviço segue ruim

Prefeitura de BH reativa a linha 3150 (Regina-Lindeia/BH Shopping via Anel Rodoviário)

terça-feira, 14 de maio de 2024

A Prefeitura de Belo Horizonte volta a operar a linha 3150 (Regina-Lindeia/BH Shopping via Anel Rodoviário), que faz ligação direta entre bairros da regional Barreiro e o BH Shopping, a partir desta segunda-feira (13). Outro benefício é a possibilidade de os moradores dos bairros Regina e Lindéia acessarem o centro comercial do Barreiro, beneficiando o comércio local. 

O retorno da operação da linha 3150 foi anunciado pelo prefeito Fuad Noman no final do mês passado. A linha foi suspensa no início da pandemia, e a reativação era uma demanda da comunidade.  Serão disponibilizadas 38 viagens em dias úteis, entre 5h e 21h40, com intervalos de 20 a 30 minutos. 

O itinerário e o quadro de horário da linha podem ser consultados no portal da Prefeitura. 

Melhorias no transporte coletivo 

Desde julho do ano passado, com a sanção da Lei 11.458/23, seis novas linhas foram criadas pela Prefeitura: a 721, na regional Norte, a 513, 5034, 5035. 5036, na regional Pampulha, e a 646 na regional Venda Nova. A política de melhoria do transporte coletivo da Prefeitura de Belo Horizonte já acrescentou 1.432 viagens diariamente ao transporte coletivo da capital e já colocou 653 novos ônibus – todos com ar-condicionado, suspensão a ar e acessibilidade – rodando nas linhas da capital. 

O número supera, em mais de 220 veículos, a exigência prevista na Lei 11.458/23, que era a inclusão de 420 coletivos na frota da capital. Com a entrada dos novos ônibus, Belo Horizonte já conta com quase 80% da frota com ar-condicionado e suspensão a ar. A idade média dos veículos, que era de seis anos e oito meses, em julho/2023, caiu para cinco anos e sete meses.

Informações: Prefeitura de BH

READ MORE - Prefeitura de BH reativa a linha 3150 (Regina-Lindeia/BH Shopping via Anel Rodoviário)

Em Belo Horizonte, Passagem de ônibus metropolitano e intermunicipal vai aumentar a partir desta quinta-feira

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Os usuários do transporte coletivo de Belo Horizonte e da região metropolitana devem se preparar para desembolsar mais dinheiro no pagamento da passagem a partir da 0h de quinta-feira (29). Isso porque o preço das tarifas das linhas de ônibus do sistema de transporte coletivo intermunicipal e metropolitano e os táxis metropolitanos serão reajustadas, conforme a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop). Os ônibus intermunicipais e os metropolitanos terão um reajuste de 7,02% e os táxis especiais de 7,35%. Com o reajuste, a passagem mais cara do sistema intermunicipal passa a ser R$ 191,25 para viajar de Uberlândia a Juiz de Fora, que é também a linha mais longa, percorrendo 854,5 quilômetros. 
Foto: Alex de Jesus
Quem pagava R$ 1,95, nas passagens dos ônibus das linhas: 3950, 3954, 3955, vai passar a pagar R$ 2,10. A tarifa mais cara era R$ 24,70 linha (BH - Fazenda Vargem do Lobo) e, depois do reajuste, passa a R$ 26,45. No total, o sistema metropolitano possui 54 grupos tarifários. O bilhete integrado ônibus – metrô tem oito grupos de tarifas, variando de R$ 2,75 a R$ 4,10, dependendo da linha metropolitana integrada ao metrô. A tarifa mais comum do sistema de transporte coletivo metropolitano custa R$ 3,25.
 
No caso do aumento da passagem de ônibus a Secretaria de Estado de Transportes justificou o reajuste devido ao aumento no gasto com custos operacionais das empresas com a remuneração da mão de obra, que teve um reajuste de 8%, além de benefícios. Além de gastos com as peças de reposição, pneus e o custo do veículo, no período de novembro de 2010 a dezembro de 2011. 
 
A partir de quinta-feira, os usuários de transporte coletivo que seguirem de Ouro Fino para Inconfidentes terão que desembolsar 2,30 - antes era preciso pagar R$ 2,15. Já para quem segue de Barão de Cocais para Santa Bárbara, um trecho de 13km, vai pagar 2,60 - antes era R$ 2,45. De Belo Horizonte para a histórica Diamantina o usuário paga R$ 68,60 pela passagem que antes custava R$ 64,10. E para aqueles que saem da capital mineira rumo a Montes Claros, no Norte de Minas, será preciso pagar R$ 96,85. Antes, o preço da passagem era R$ 90,50. 
 
O reajuste de 7,02%, segundo a Setop, segue a inflação acumulada no período, que foi de 6,95% de acordo com o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) e 6,97%, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 
 
Táxis Especiais 
O serviço de Taxi Especial Metropolitano, que circulam preferencialmente na região metropolitana de Belo Horizonte, opera com uma frota de 235 veículos e tem a função principal de atender a região metropolitana. O valor da bandeira 1 será de R$ 2,31 e a bandeirada, a tarifa cobrada ao ser ligado o taxímetro, passará a custar R$ 4,20. A cobrança do custo da bandeira 2 será de R$ 2,77, permitida somente em corridas aferidas pelo taxímetro no horário compreendido entre 22 e 6 horas, nos dias úteis, de segunda a sexta-feira, aos domingos e feriados o dia inteiro e aos sábados após as 14 horas. 
 
Fonte: O Tempo

READ MORE - Em Belo Horizonte, Passagem de ônibus metropolitano e intermunicipal vai aumentar a partir desta quinta-feira

Trânsito é alterado na Avenida Pedro I após desabamento de viaduto em BH

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Por causa do desabamento de um viaduto na Avenida Dom Pedro I, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (3), o trânsito foi alterado na região do Parque Lagoa do Nado. Segundo a BHTrans – empresa que gerencia o tráfego na cidade – a via em que ocorreu o incidente está interditada entre as avenidas Portugal e Cristiano Guimarães.
Foto: Raquel Freitas/G1
Agentes e estão no local operando e indicando os desvios aos motoristas. A BHTrans orienta que condutores evitem a região e deem preferência a caminhos alternativos, como as Avenidas Cristiano Machado, Portugal, Olímpio Mourão Filho e Vilarinho.

Quem segue no sentido bairro deve passar pela barragem da Pampulha, Avenida Portugal, Avenida Cristiano Guimarães, Avenida Pedro I, Avenida Waldomiro Lobo e Cristiano Machado. Motoristas que trafegam nesta direção podem também passar pelo  Viaduto João Samaha, Avenida 12 de Outubro, Avenida João Samaha e Avenida Vilarinho.

Já no sentido Centro, o desvio deve ser feito pela Rua Padre Pedro Pinto, Hospital Risoleta Neves e Avenida Cristiano Machado.

Transporte coletivo
Linhas do transporte coletivo de Belo Horizonte e metropolitanas também tiveram o itinerário alterado. As estações do Move Lagoa do Nado, São João Batista, Planalto e Cristiano Guimarães estão com funcionamento suspenso.

De acordo com a BHTrans, os ônibus diretos das estações Vilarinho e Venda Nova que passam pela Avenida Pedro I serão desviadas para a Avenida Cristiano Machado.

As linhas paradoras de Belo Horizonte das duas estações que passam pela Avenida Pedro I serão desviadas para vias internas. No sentido Centro, saindo de Venda Nova, elas seguirão pela Rua Alfredo Santos Neves, Avenida Vilarinho, Rua Dr. Álvaro Camargos, São Pedro do Avaí, Pedro I. A partir daí, o itinerário é o mesmo. No sentido Bairro, as linhas seguem o itinerário normal até a Estação Montese e depois entram no viaduto João Samaha, Rua João Samaha, seguem pela Rua Álvaro Camargos e Avenida Vilarinho.

Já a Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop) informou que bloqueio da Pedro I atinge todas as linhas do transporte coletivo metropolitano que têm itinerário nestes locais.

Informações: G1 MG


READ MORE - Trânsito é alterado na Avenida Pedro I após desabamento de viaduto em BH

Mercedes-Benz fornece 500 ônibus para novo BRT de Belo Horizonte

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A Mercedes-Benz firmou negócio importante com o Estado de Minas Gerais. A fabricante fornecerá 500 chassis de ônibus ao novo sistema BRT (Bus Rapid Transit), de transporte coletivo urbano, que começa a operar no primeiro trimestre de 2014 em Belo Horizonte, capital mineira. 

O anúncio foi feito por Curt Axthelm, gerente sênior de marketing de ônibus da Mercedes-Benz, em evento na sexta-feira, 29. Segundo o executivo, foram adquiridas 200 unidades do articulado 500 MA e mais 300 de outros modelos, como os chassis OF 1724 L, equipado com motor de 6 cilindros e 238 cavalos de potência, suspensão pneumática, coluna de direção ajustável e retarder incorporado. 

Além dos produtos, desenvolvidos no Brasil, Axthelm conta que a Mercedes também vai assessorar as equipes responsáveis pelo BRT de Belo Horizonte. “A Mercedes-Benz tem conhecimento e experiência mundial para a implantação desse sistema. Está presente hoje em todos os principais BRTs no mundo, como de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba no Brasil, Bogotá na Colômbia, Santiago do Chile, México e Turquia. Temos um time totalmente focado em apoiar os nossos clientes.” 
O BRT de BH, conhecido como Move, terá mais de 23 quilômetros de extensão, em três vias de ligação (Antônio Carlos, Cristiano Machado e Hipercentro). Serão cerca de 40 estações de transferência, com distância média de 400 metros entre uma e outra. 

A BHTrans (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte) espera que 700 mil passageiros sejam atendidos diariamente pelo BRT, com previsão de redução média de 45% no tempo de viagem. Os 500 ônibus da Mercedes correspondem a 80% dos veículos do novo sistema e já estão sendo enviados às empresas operadoras da BRT. 

“A escolha da nossa marca proporcionará muitos ganhos”, comenta Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing de ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “Além de ser fabricante da mais completa linha de chassis de ônibus do País (tem 15 modelos diferentes, de micro-ônibus a superarticulados), nossa empresa oferece assessoria especializada em BRT, potencializando as vantagens desse sistema de transporte coletivo urbano para os gestores e operadores, bem como para a população, que ganha mais conforto e agilidade na mobilidade urbana.”

Informações: AutomotiveBusiness
READ MORE - Mercedes-Benz fornece 500 ônibus para novo BRT de Belo Horizonte

Sistema BRT irá alterar a estrutura do transporte coletivo em Porto Alegre

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

As obras para a implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) em Porto Alegre começam a evoluir, e as melhorias esperadas pelas alterações na estrutura do transporte coletivo porto-alegrense devem ser sentidas gradualmente. No total, onze projetos estão em andamento para qualificar a mobilidade urbana e o sistema viário da cidade, sendo que três deles contemplam as necessidades para a operação dos BRTs. “Cada etapa terminada irá proporcionar algum benefício, tanto para o usuário do transporte coletivo quanto para o trânsito em si”, indica Luiz Cláudio Ribeiro, engenheiro da EPTC e coordenador do projeto.

Mesmo que o cronograma para conclusão das obras aponte para maio de 2014 o prazo para as adequações – a tempo de melhorar os serviços antes do início da Copa do Mundo –, a prefeitura espera terminar a troca do piso dos corredores de ônibus, o que é essencial ao sistema, até o final de 2013. O asfalto antigo está sendo substituído por placas de concreto, mesmo material utilizado na Terceira Perimetral e na freeway, que liga Porto Alegre ao Litoral Norte do Estado. Em um primeiro momento, enquanto os cinco terminais integrados do sistema BRT não estiverem finalizados, os ônibus regulares trafegarão pelos novos corredores. 

Atualmente, são 400 linhas em operação na Capital. Esse número cairá drasticamente, uma vez que diversas delas deverão desaparecer ou ter seu trajeto diminuído.  Os serviços transversais devem permanecer, integrando-se ao novo sistema. Mas as linhas que saem do bairro e vão ao Centro, chamadas radiais, passarão a funcionar como alimentadoras dos novos terminais de ônibus BRT, onde os passageiros devem escolher a linha do seu interesse. “Hoje temos cerca de 30 mil viagens que vão ao Centro da cidade. Vamos diminuir muito o volume de ônibus nesse trajeto”, sinaliza Vanderlei Cappellari, secretário da Mobilidade Urbana de Porto Alegre.

As facilidades do novo sistema devem garantir uma viagem mais rápida, confortável e segura para os passageiros das onze linhas BRT que serão criadas. Dependendo do horário, a viagem pode levar metade do tempo na comparação com um ônibus comum, pela estimativa da EPTC. Tudo por causa da priorização que os ônibus especiais terão em cruzamentos e pela rapidez no embarque de passageiros nos terminais. O BRT chega à estação ao mesmo nível do solo, não há escadas, o que facilita o acesso de cadeirantes e idosos, principalmente. O serviço segue os moldes do sistema de metrô, quando a passagem é paga nos terminais, e, quando a condução chega, o passageiro deve apenas entrar, sem precisar formar fila para pagamentos.

“Hoje, quando um ônibus vai coletar passageiros, ele pode levar até quatro minutos parado para que todas as pessoas entrem. Com o BRT, vai demorar 15 ou 20 segundos, no máximo, o que reflete em uma agilidade muito maior. Esse é principal benefício, além de conforto, segurança, acessibilidade, qualidade e tecnologia”, exalta Luiz Cláudio Ribeiro.

Cinco estações de integração fazem parte do projeto

As obras para construção dos terminais ainda não começaram, está sendo realizada apenas a troca da pista dos corredores. Mas os locais onde a integração entre o sistema atual e as novas linhas BRT serão possíveis já são conhecidos: Av. Protásio Alves com a Av. Manoel Eilas (terminal Manoel Elias), Av. Bento Gonçalves com a Av. Antônio de Carvalho, Av. Icaraí, beirando a futura Av. Tronco, Av. Voluntários da Pátria (Estação São Pedro) e no corredor da Av. João Pessoa (Terminal Azenha). 

Atualmente, Porto Alegre conta com 55 km de corredores de ônibus, sendo apenas 11 km, na Terceira Perimetral, com piso de concreto. Após as obras para a Copa do Mundo, a cidade passará a ter 78 km de vias segregadas para o transporte coletivo, e os novos 23 km também serão feitos com concreto, material mais adequado para o conforto do passageiro por se desgastar menos com o uso. A partir da implementação dos terminais e da finalização dos corredores, será possível iniciar a operação do sistema BRT.

“No terminal, o usuário não vai esperar mais do que um minuto na parada, a todo o momento vai ter um ônibus BRT passando. Assim, temos um sistema de dimensionamento de frota conforme demanda, tudo é calculado matematicamente”, explica Cappellari. “O usuário terá várias alternativas para se deslocar para diversos pontos da cidade, sem custo adicional se já tiver utilizado algum ônibus para se chegar ao terminal”, completa. A tabela horária que determinará a frequência das linhas BRTs será elaborada a partir de um estudo realizado pela EPTC que vai projetar o aumento do número de passageiros até 2035.

As estações de integração serão fechadas e climatizadas, com informações sore o itinerário das linhas em painéis eletrônicos. Os novos veículos são maiores, com capacidade para transportar até 140 passageiros, se forem articulados, terão 18 metros de comprimento, se forem biarticulados, 23 metros. No princípio da operação, devem ser utilizados entre 150 e 200 ônibus nesses moldes.

Conceito adaptado às características da Capital

Para ser considerada uma operação de Bus Rapid Transit (BRT) completa, são exigidas algumas características do sistema, como corredores exclusivos ou preferenciais, embarques e desembarques rápidos, sistema de pré-pagamento e veículos modernos e de alta capacidade. Estas recomendações estão previstas no projeto preparado para Porto Alegre. Porém, algumas peculiaridades da cidade devem dificultar o serviço em determinados pontos. Na Av. Protásio Alves,  por exemplo, não haverá pontos de ultrapassagem nos corredores. Como as linhas regulares também terão acesso à mesma pista, o BRT terá que esperar para poder seguir sua rota. “Para colocarmos uma faixa a mais na Protásio Alves quantos prédios teriam que ser derrubados, quantas desapropriações teríamos que fazer”, reflete o secretário da Mobilidade Urbana de Porto Alegre, Vanderlei Cappellari.

Nesses pontos, a velocidade do serviço será prejudicada. “Desapropriar áreas quase iguala o valor despendido para a montagem da infraestrutura do BRT. Em Belo Horizonte, o valor de um corredor foi orçado em R$ 600 milhões, e as desapropriações necessárias ficaram em volta de R$ 500 milhões”, exemplifica Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da Associação Nacional de Empresas de Transporte Público (NTU).

Como os financiamentos da Caixa Econômica Federal para os projetos da Copa de 2014 não preveem recursos para cobrir desapropriações de áreas, as prefeituras estariam responsabilizadas por esse gasto. Em Belo Horizonte, a prefeitura assumiu a conta. “O BRT é um serviço muito eficiente que precisa ser operado como tal, senão vira um corredor comum e não traz o resultado que se espera dele”, adverte Cunha Filho. 

Daniela Facchini, diretora de projetos da Embarq, organização internacional não governamental voltada para o auxílio aos governos no planejamento de mobilidade urabana, o saldo final com as adequações deverá ser positivo. “Se tu consegues transportar pessoas de forma mais rápida e eficiente, já será um sistema melhor. É preciso formatar o projeto de acordo com a realidade de cada cidade e de cada corredor”, salienta.

Outras 14 cidades brasileiras investem no sistema BRT

Depois de aproximadamente 20 anos sem realizar grandes investimentos para a melhoria da infraestrutura urbana para os transportes coletivos por ônibus, o governo federal reaparece em cena, motivado pelos eventos esportivos que serão realizados no Brasil, a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. Porto Alegre deverá receber aproximadamente R$ 560 milhões para os projetos de mobilidade urbana, sendo R$ 484 milhões com financiamento federal garantido pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No total, serão 30 projetos de BRT em 15 cidades.

Segundo a Embarq, organização voltada à mobilidade urbana, atualmente 160 sistemas de BRT estão em operação ou construção no mundo. “Os projetos estão explodindo por todos os lados. O Rio de Janeiro está preparando mais de 150 km de prioridade para o transporte coletivo. O corredor da Avenida Brasil vai carregar um milhão de pessoas por dia”, ressalta Daniela Facchini, diretora de projetos da Embarq, que presta consultoria para os projetos no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.

Inaugurado há menos de quatro meses, o Transoeste, no Rio de Janeiro, já conta com a aprovação de 90% dos usuários. “Estamos falando em dobrar a velocidade comercial, reduzir pela metade o tempo de percurso”, empolga-se Cunha Filho. A previsão é de que os benefícios proporcionados pelo sistema BRT acabem por induzir que aproximadamente 10% da população que utiliza veículos próprios migre para o sistema público. “As pessoas vão notar que estão paradas no trânsito enquanto poderiam se deslocar muito mais rápido ao seu destino”, indica Daniela.  

Desde que começou a operar, o Transoeste já teve seis acidentes. Isso aconteceu, segundo Daniela Facchini, porque os usuários no Rio de Janeiro não estavam acostumados com vias segregadas para o transporte público, e a adaptação pode levar algum tempo. “Estamos adicionando aspectos de qualidade e segurança ao corredor. Fizemos uma inspeção para evitar acidentes e estamos cuidando dos detalhes para que o serviço seja o mais seguro para o passageiro”, defende.

Licitação apontará empresa encarregada de operar o sistema

Até o começo de 2014, será conhecida a empresa vencedora da licitação para operar as linhas BRT em Porto Alegre. “Um grupo dentro da prefeitura já está preparando um edital de licitação para o transporte coletivo da cidade. No início do ano que vem já estaremos sabendo quem vai operar”, conta o secretário municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico, Urbano Schmitt. O processo para a escolha da empresa deve ser semelhante ao utilizado na eleição da operadora em outras cidades, como o Rio de Janeiro.

“Normalmente as licitações são abertas. Evidentemente que como são corredores de alta capacidade, que exigem investimentos de certa envergadura, exige-se alguma experiência anterior. Isso normalmente é suficiente para que haja uma seleção natural”, explica Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da Associação Nacional de Empresas de Transporte Público (NTU). Em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro as licitações foram feitas antes mesmo que os corredores existissem. O modelo foi realizado por áreas e a empresa vencedora passaria a ter a responsabilidade de operar também os possíveis projetos de expansão da linha, na área em que foi vencedora. “Como tinham muitas empresas atuando no serviço de transporte coletivo, bastante fragmentado, eles se uniram e constituíram um consórcio”, relata Cunha Filho. 

Se as empresas que operam o sistema de transporte coletivo atualmente em Porto Alegre conseguirem renovar o direito, as linhas alimentadoras do sistema BRT deverão receber um reforço de frota, tendo em vista que diversas linhas deverão ser canceladas ou ter o trajeto diminuído para que os ônibus adaptados comecem a ser utilizados.  “Temos cerca de 1.600 ônibus atualmente. Essa frota deve permanecer, mas será aproveitada no itinerário entre os bairros e os terminais, o que vai garantir um aumento da frequência do serviço”, aponta Vanderlei Cappellari. 

READ MORE - Sistema BRT irá alterar a estrutura do transporte coletivo em Porto Alegre

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

Seguidores

 
 
 

Ônibus articulados elétricos em Goiânia


Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

BUS ELÉTRICO EM BELÉM


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Notícias Ferroviárias

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960