Trolebus em SP
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Especialistas alertam para grave crise de mobilidade urbana
terça-feira, 10 de abril de 2012
Otávio Vieira, presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, informou que, em 1977, sete em cada dez brasileiros se deslocavam por meio de transporte público. Em 2009, disse, já metade da população se deslocava por transporte individual.
– Acredito que hoje seja mais de 60% e não sabemos a quanto isso chegará em 2020. Creio que até lá as cidades estarão efetivamente paradas, se alguma coisa não for feita para melhorar essa questão – alertou.
Também Nazareno Stanislau Affonso, coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade, apontou a falta de prioridade para o transporte público e os incentivos à aquisição de veículos como as principais causas dos congestionamentos nos municípios brasileiros.
– O investimento para viabilizar uso do automóvel foi gigantesco, mas o uso do automóvel é um modelo falido. Os que têm carro vão ver que, se levavam 20 minutos [para chegar ao trabalho], vão levar 40 ou 50 minutos – disse.
No mesmo sentido, Ernesto Galindo, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), apontou limitações do transporte individual para equacionar problemas de mobilidade urbana.
– Não se trata de restringir a compra ou produção de veículos, mas o transporte individual não consegue atingir eficiência de uso de espaço público, uso energético e redução de acidentes, como o transporte público consegue – opinou.
Integração
No debate, os especialistas defenderam a combinação de opções de transporte, como sistemas rápidos de ônibus com linhas de metrô, vias para bicicleta e adequação de calçadas para pedestres.
Para Maria Rosa Abreu, da Universidade de Brasília (UnB), é preciso implementar, nas grandes cidades, a integração física dos modais de transporte coletivo, interligando ciclovias, aquavias e ônibus locais, com estações de metro e de trens regionais. Ela destacou ainda a importância da integração tarifária, com cartões de uso semanal, mensal ou mesmo anual, adquiridos com descontos.
– Nosso país está na contramão – disse, ao criticar os incentivos à indústria de veículos, sem a estruturação do transporte público urbano.
Na discussão, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) acrescentou a educação às soluções de engenharia e tecnologia para os problemas de transporte.
– Precisamos mudar a mentalidade sobre a forma de pensar o progresso. Progresso não se mede pelo maior número de carros, mas pelo menor número de horas que se perde no trânsito – disse. Para o senador, também é precioso educar os governantes, para que eles façam escolhas de modais de transporte buscando o bem-estar da população.
Lei de Mobilidade Urbana
Em sua apresentação, Nazareno Affonso destacou a Lei da Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012), sancionada pela presidente Dilma Rousseff em janeiro e que entrará em vigor agora em abril. A lei institui diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), prevendo “prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado”.
Determina ainda “a integração entre os modos e serviços de transporte urbano e a mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade”. Com a nova política, as prefeituras deverão definir regras do transporte urbano local e o governo federal poderá aportar recursos para iniciativas que atendam as diretrizes da Lei de Mobilidade.
– Cidades com mais de 20 mil habitantes deverão ter plano diretor e plano de mobilidade urbana, construído pela sociedade civil organizada, através de órgãos colegiados – frisou Affonso.
Fonte: Jornal do Brasil
Postado por Meu Transporte às 21:12 1 comentários
Marcadores: Brasil, Especialistas, Reportagem especial
'Cidades podem parar em 2020', diz líder das empresas de Transportes Urbanos
segunda-feira, 9 de abril de 2012
O presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, alertou para a possibilidade de que em 2020 as cidades brasileiras "parem" se nada for feito para melhorar o transporte público e reduzir os congestionamentos de automóveis. Ele participou da audiência pública sobre a situação do transporte coletivo no país e as condições de mobilidade nas cidades brasileiras, promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Segundo ele, a situação é crítica e se agrava porque o governo não prioriza o setor, que tem se tornado ineficiente. Em sua opinião, é preciso aproveitar os investimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a Copa de 2014 (R$ 12 bilhões, dos quais 40% serão destinados à construção de corredores exclusivos de ônibus e 36% para monotrilhos) para deixar um legado de melhoria que estimule o governo federal a destinar mais recursos ao transporte público.
O presidente da NTU ressaltou também a importância da aprovação do PL 310/2009, que prevê a redução de tributos incidentes sobre o transporte público e os insumos utilizados no setor, com o objetivo de promover a redução das tarifas cobradas dos usuários. A proposição já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e tramita no Senado.
Participam também do debate o presidente do Movimento pelo Direito ao Transporte, Nazareno Afonso, o coordenador do Grupo de Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres, Luis Antonio Festino, e a professora da Universidade de Brasília (UnB), Maria Rosa Abreu. A reunião é presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
As informações são da Agência Senado
Postado por Meu Transporte às 20:58 0 comentários
Marcadores: Brasil, Especialistas, Pesquisas
VLT muda visão do transporte público em Maceió
A viagem era exaustiva e cheia de percalços entre Maceió e Lourenço de Albuquerque, em Rio Largo. Mas, atualmente, o chamado do trem não é mais um incômodo para quem precisa se deslocar de um município para outro, seja em que horário for. A mudança é percebida por quem agora usa o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como forma de locomoção com baixo custo, comodidade e segurança.
Ao percorrer o itinerário entre a capital e Rio Largo, percebe-se a unanimidade da opinião das pessoas: “Viajo de VLT por diversos motivos, mas o conforto é o que mais me deixa à vontade em sair de casa para trabalhar”, relata Jeane Costa, cantora.
Ela precisa fazer três viagens por semana para a capital e faz questão de esperar o VLT para resolver seus compromissos. Por falar em horário, a pontualidade é outra exigência já que, ao contrário do antigo trem, o mais novo veículo alagoano leva uma hora para percorrer de Maceió a Satuba, tendo em vista que a linha férrea para Lourenço de Albuquerque ainda está em construção, em decorrência das chuvas de junho de 2010.
“Não posso me atrasar e, por isso, ando com os horários do VLT na bolsa. A pontualidade do dia a dia precisa ser respeitada e é isso que acontece. Quando íamos no antigo trem, era preciso aguardar mais de uma hora e, hoje, temos a mordomia de esperar pouco mais de 25 minutos para viajar”, analisa Fátima Ângela, que trabalha com vendas.
A realidade de quem anda no VLT de Maceió praticamente é outra comparada com a de quem andava no antigo trem: uma pessoa não precisa dividir os seus assentos com animais, sacolas sujas, nem ter outros tipos de contratempos.
Esses transtornos deram lugar a uma viagem confortável, com 152 passageiros sentados e mais 410 em pé. Sem exceção, todos vão no ar condicionado, o que torna a viagem mais cômoda.
Viagem permite que usuário contemple paisagem no percurso
Viajar e ainda contemplar as belezas naturais da Lagoa Mundaú agora é rotina para muitos. A paisagem passava despercebida pelos passageiros do antigo trem.
Embora possa parecer exagero, as pessoas que utilizam diariamente o VLT aprenderam a admirar como a vida passa sem aperreios enquanto admira as cenas do cotidiano.
Certa vez, a dona de casa Janaína dos Santos acabara de sair da estação de Satuba para Maceió. Embarcou no VLT e sentou-se à janela. “Não tinha noção do quanto é admirável a nossa lagoa. É saudável para nós que levamos uma vida tão corrida saber que temos muito a aprender com a natureza e o que ela nos reserva. Quando utilizávamos o trem, entrávamos correndo para pegar um lugar e nos espremer diante de tantas pessoas. A única coisa que dava vontade era aguardar que o nosso destino chegasse e ponto final”, relata Janaína.
Entre uma parada e outra, seja saindo de Maceió ou de Satuba, nota-se o quanto as pessoas estão tranquilas durante o percurso.
Alguns fatores como segurança, limpeza e até mesmo a poluição sonora são determinantes para o convívio harmônico entre os passageiros. “É inadmissível que a população utilize veículos sujos ou sintam-se incomodados com a variedade de músicas, muitas vezes de baixo calão, tocadas a toda altura. Aqui é regra: fone de ouvido, ambiente limpo e respeito ao próximo”, conta o maquinista Luiz Carlos, que faz duas viagens por dia, e raramente lida com reclamações.
Com relação à proteção das pessoas, o Veículo Leve sobre Trilhos conta com dois seguranças que rondam permanentemente os vagões. Além do mais, as janelas fechadas impedem que alguns objetos sejam arremessados contra os passageiros e causem danos.
População quer VLT também na área urbana
Evoluir se faz necessário para estender os bons serviços à população. E é nesse contexto que a sociedade aguarda novas rotas para o Veículo Leve sobre Trilhos.
O olhar parte de quem utiliza o VLT saindo de Rio Largo ou Satuba para Maceió. O ideal, revela a estudante Tatiana da Silva, era expandir a linha férrea para outros bairros da capital alagoana, e não ficar limitado ao Centro.
“Eu sei que já é um avanço chegar no horário em Maceió, e ainda viajar com tranquilidade. Entretanto, já ouvi falar que o VLT pode ir até o bairro de Jaraguá ou até mesmo ao bairro de Mangabeiras. Isso seria relevante para nós”, justifica.
A esperança provocada pelo VLT não condiz apenas com o desejo de uma nova rota. O bolso também é fator preponderante para quem necessita se deslocar.
“Gasto 50 centavos para sair de Satuba ou Rio Largo para Maceió. Se vou de táxi ou de ônibus vou pagar três reais e não terei conforto. Aqui, os nossos direitos a assento especial e os lugares reservados aos deficientes são respeitados”, analisa o aposentado José Gomes, que enfrentava transtornos para chegar em Maceió.
Prefeitura tem projeto para implantar novo trem na Avenida Fernandes Lima
A Prefeitura de Maceió já tem o projeto de implantar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Avenida Fernandes Lima. Conforme a proposta, o novo trem fará um trajeto de 20 quilômetros, partindo na Praça Centenário até a Central de Abastecimento, no bairro do Santos Dumont. A ideia já foi apresentada ao Ministério das Cidades e pode entrar no rol de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC Mobilidade). O VLT da Fernandes Lima deve beneficiar cerca de 3,5 milhões de passageiros todos os dias. O projeto prevê a criação de 10 estações, nos dois sentidos, incluindo na Avenida Durval de Góes Monteiro. O trajeto de uma hora será percorrido em cerca lde 15 minutos.
Informações: Nigel Santana / tribunahoje.com
Postado por Meu Transporte às 19:09 0 comentários
Ministério Público cobra licitação para o transporte público de Campo Mourão
Nesta segunda-feira (09), o Ministério Público ajuizou uma ação civil pública com o objetivo de obrigar o município de Campo Mourão a abrir licitação para contratar o serviço de transporte urbano.
A Promotoria do Patrimônio Público da cidade argumenta que a prefeitura concedeu permissão para explorar o serviço em 1983 à empresa Viação Mourãoense, e desde então o contrato de permissão foi prorrogado inúmeras vezes sem ter sido realizada uma licitação, como determina a lei.
A Promotoria sustenta que o prazo máximo para permitir a prorrogação da atual concessão seria 31 de dezembro de 2010. Segundo a Promotoria de Justiça, antes de ingressar com a ação, o MP solicitou informações ao município sobre quais medidas estariam sendo tomadas para a realização de uma licitação, mas não obteve respostas concretas, sem apontar medida concreta para sanar a ilegalidade.
A Promotoria do Patrimônio Público da cidade argumenta que a prefeitura concedeu permissão para explorar o serviço em 1983 à empresa Viação Mourãoense, e desde então o contrato de permissão foi prorrogado inúmeras vezes sem ter sido realizada uma licitação, como determina a lei.
A Promotoria sustenta que o prazo máximo para permitir a prorrogação da atual concessão seria 31 de dezembro de 2010. Segundo a Promotoria de Justiça, antes de ingressar com a ação, o MP solicitou informações ao município sobre quais medidas estariam sendo tomadas para a realização de uma licitação, mas não obteve respostas concretas, sem apontar medida concreta para sanar a ilegalidade.
Fonte: Bem Paraná
Postado por Meu Transporte às 19:03 0 comentários
Marcadores: Paraná
Em Uberaba, Aberta licitação para construção de terminal do transporte coletivo
Aberta licitação para a contratação de empresa de engenharia para a construção do terminal leste do sistema de transporte coletivo, sob regime de empreitada por preço global. A obra, idealizada dentro do projeto de Mobilidade Urbana, está estimada em R$ 3,9 milhões.
O terminal será construído em uma área de 812,99 metros quadrados, localizada na avenida Niza Marquez Guaritá, no Conjunto Manoel Mendes.
A data limite para entrega dos documentos de habilitação e proposta de preço vence às 14h45, do dia 15 de maio, no Centro Administrativo. A abertura dos envelopes será feita logo em seguida, às 15 horas do mesmo dia e no mesmo local. O edital já se encontra disponível para as empresas interessadas na obra no Departamento Central de Aquisições e Suprimentos da Secretaria de Administração, no Centro Administrativo.
A data limite para entrega dos documentos de habilitação e proposta de preço vence às 14h45, do dia 15 de maio, no Centro Administrativo. A abertura dos envelopes será feita logo em seguida, às 15 horas do mesmo dia e no mesmo local. O edital já se encontra disponível para as empresas interessadas na obra no Departamento Central de Aquisições e Suprimentos da Secretaria de Administração, no Centro Administrativo.
O prefeito Anderson Adauto (PMDB), em entrevista recente à Rádio JM 730 kHz, assegurou que a implantação de todo o projeto de mobilidade urbana deve ser concluído até agosto de 2012. Ele também informou que das doze subestações de passageiros, a serem distribuídas ao longo da avenida Leopoldino de Oliveira, sete já foram adquiridas e a concorrência das outras cinco restantes está prevista para ser realizada nos próximos meses.
Além disso, o governo municipal já aprovou projeto de lei para permuta da área onde será construído o terminal oeste do sistema de transporte coletivo, próximo ao Uberabão.
Além disso, o governo municipal já aprovou projeto de lei para permuta da área onde será construído o terminal oeste do sistema de transporte coletivo, próximo ao Uberabão.
Fonte: Jornal da Manhã
Postado por Meu Transporte às 18:20 1 comentários
Marcadores: Minas Gerais
Monotrilho de São Paulo só será concluído após abertura da copa do mundo
O monotrilho de São Paulo, a única obra paulista no PAC da Mobilidade Urbana da Copa de 2014, deve ser concluído somente 15 dias após o pontapé inicial da competição.
Segundo o contrato assinado pelo governo do estado e o consórcio responsável pela obra, a construção da linha 17-Ouro do Metrô será entregue até o dia 27 de junho de 2014.
O início da obra da linha que ligará o bairro do Morumbi ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, estava prevista para junho do ano passado. O contrato, contudo, só foi firmado no final de julho e a intervenção, por sua vez, começou no último dia 29.
O governo paulista alegou problemas para conseguir a licença de instalação, já que moradores do Morumbi entraram com liminar para impedir a implantação do monotrilho.
De acordo com uma das cláusulas do contrato que faz menção aos prazos, a primeira etapa da obra deve ser entregue "até 1050 dias contados da data de emissão da Ordem de Serviço", que ocorreu em 11 de agosto de 2011.
São Paulo receberá seis jogos na Copa do Mundo, com apenas dois confrontos disputados após o dia 27 de junho de 2014 --um de oitavas de final, no dia 1º de julho e uma semifinal no dia 9.
O monotrilho corre o risco de não estar completamente apto nem durante essas partidas, pois os 180 dias subsequentes à entrega do monotrilho é definido, no contrato, como um período de "Manutenção Assistida".
Ouro
O primeiro trecho do monotrilho está orçado em R$ 1,9 bilhão. Ao todo, serão 7,7 km, com oito estações: Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi. Até 2016, a linha terá mais seis estações: Santo Antônio, Panambi, Paraisópolis, Américo Mourano, Estádio Morumbi e São Paulo-Morumbi –esta conectada à linha 4-Amarela do Metrô.
O último trecho, sem prazo, fará a ligação entre Congonhas e a estação Jabaquara da linha 1-Azul. O custo total do projeto é estimado em R$ 3,2 bilhões, sendo que R$ 600 milhões virão da prefeitura. O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) repassará R$ 1,082 bilhão.
O projeto do monotrilho recebeu aval do Ministério das Cidades quando o Morumbi ainda era o estádio paulista da Copa. Segundo o governo paulista, durante a competição, a linha será importante por ligar o aeroporto a uma região que concentra muitos hotéis.
Fonte: Portal da Copa 2014
Postado por Meu Transporte às 00:38 0 comentários
Marcadores: Copa 2014, Monotrilho, São Paulo
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