O projeto do metrô de Curitiba tem o apoio dos empresários da construção civil do Paraná. O suporte às obras da primeira linha do metrô foi manifestado ao prefeito Luciano Ducci em reunião na noite desta terça-feira (5) na sede do Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná). “Curitiba tem o melhor e mais adiantado projeto e também temos pouquíssimos casos para desapropriação de terrenos. Tudo isso nos coloca em vantagem em relação às demais cidades que disputam recursos do governo federal. Temos, pela primeira vez uma possibilidade concreta de ter metrô funcionando em Curitiba”, disse Luciano Ducci.
No encontro, o prefeito detalhou a primeira fase da Linha Azul, que liga a CIC ao centro da cidade, e fez um panorama das obras prioritárias de sua gestão. “A cidade merece ver um projeto como esse sair do papel, e pode contar conosco no que for preciso para ver o metrô de Curitiba acontecer”, afirmou o presidente do Sinduscon, Normando Antônio Baú.
O governo federal deve anunciar em 26 agosto os projetos aptos a receber os recursos do PAC da Mobilidade das Grandes Cidades, no qual está inscrito o metrô curitibano.
Primeira fase - Com 14,2 quilômetros de extensão, e 13 estações, desde a CIC-Sul a Rua das Flores, a primeira fase do metrô curitibano, chamada Linha Azul, está orçada em R$ 2,25 bilhões. A frota terá 18 trens, compostos de cinco carros cada, com capacidade para 1450 passageiros. Cada trem tem capacidade equivale a um ônibus biarticulado.
“No mesmo trecho, o atual sistema público integrado transporta hoje cerca de 400 mil passageiros por dia. O metrô terá condições de transportar 700 mil pessoas por dia num sistema rápido, seguro, não poluente e com menos ruído”, observou o presidente do Ippuc, Cléver Almeida.
Norte-Sul - O custo total do metrô curitibano é estimado em R$ 3,25 bilhões para 22,4 quilômetros em toda a sua extensão, desde o Terminal CIC Sul (no cruzamento do Contorno Sul com a BR 116) ao Terminal Santa Cândida, no Norte da cidade. Serão 21 estações para veículos compostos por cinco carros e capacidade para 1.450 passageiros.
A única desapropriação prevista será para a construção do complexo CIC-Sul, perto do contorno sul, perto da estação. No local ficará o pátio de manobra dos trens, as salas de controle e também áreas de manutenção.
O trajeto do metrô será por baixo da canaleta do ônibus expresso que liga o Sul ao Norte da cidade. E este é o grande diferencial do projeto de Curitiba, pois a canaleta desativada e transformada num grande corredor para pedestres e numa ciclovia, tendo ainda outro modal de transporte. “Vamos devolver essa área para as pessoas, não para os carros”, completou Almeida.
Linha Verde Norte - Na audiência que contou com a participação de secretários municipais, o prefeito afirmou que em 20 dias devem começar as obras da Linha Verde Norte, entre o bairro Jardim Botânico e a avenida Victor Ferreira do Amaral. Os recursos para essa obra foram liberados pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
Outro trecho da Linha Verde Sul, entre a churrascaria Gaúcha e a rua Isaac Ferreira da Cruz foi licitada no mês passado. Foi a primeira licitação do PC da Copa. O trecho terá 1,7 quilômetro. “Também estamos negociando com o Ministério das Cidades recursos para chegar com a Linha Verde até o Atuba, finalizando em Curitiba esse novo eixo de transporte”, disse Luciano Ducci.
Os vereadores Jonny Stika, Serginho do Posto e Professor Galdino também participaram da audiência no Sinduscon.
Metrô de Curitiba em números